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Rússia alerta que ataques ATACMS da Ucrânia marcam ‘nova fase’ da guerra | Notícias da guerra Rússia-Ucrânia

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A Rússia afirmou que a utilização pela Ucrânia de sistemas de longo alcance Mísseis ATACMS contra o seu território marcou uma “nova fase da guerra ocidental” contra Moscovo e disse que reagirá “de acordo”.

A Ucrânia usou mísseis fabricados nos EUA para atingir uma instalação militar na região fronteiriça russa de Bryansk durante a noite, disse Moscou na terça-feira, poucos dias depois de Washington dar luz verde para Kiev usar armas de longo alcance contra alvos russos.

O relato do uso do Sistema de Mísseis Táticos do Exército, conhecido como ATACMS, ocorreu no momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, reduziu formalmente o limite para o uso de armas nucleares, abrindo a porta para uma potencial resposta nuclear de Moscou até mesmo a um ataque convencional por qualquer nação apoiada por um potência nuclear.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que a Ucrânia atingiu a região russa de Bryansk com seis mísseis e que os sistemas de defesa aérea interceptaram cinco e danificaram um.

“Este é, obviamente, um sinal de que eles querem escalar”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, falando em entrevista coletiva do Grupo dos 20 (G20) no Brasil, sobre o ataque.

“Iremos encarar isto como uma fase qualitativamente nova da guerra ocidental contra a Rússia. E reagiremos em conformidade”, acrescentou, acusando Washington de ajudar Kiev a operar os mísseis.

A Rússia afirma há muito tempo que o ATACMS é programado por especialistas dos Estados Unidos e requer orientação de satélites norte-americanos.

Também na terça-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, disse que o seu país estava a trabalhar com todos os parceiros para obter o seu apoio para ataques de longo alcance.

Quando questionado sobre o ataque na região russa de Bryansk, Zelenskyy disse que Kiev agora tinha sistemas US-ATACMS, bem como suas próprias capacidades de longo alcance, e usaria todos eles.

Os militares ucranianos não especificaram publicamente que armas utilizaram, mas uma fonte oficial ucraniana e um responsável norte-americano, ambos falando anonimamente, disseram à agência de notícias Reuters que utilizaram o ATACMS.

Nova doutrina nuclear

Lavrov também instou o Ocidente a ler um decreto assinado por Putin que reduz o limite para quando Moscou pode usar armas nucleares.

“Espero que leiam esta doutrina… na sua totalidade”, disse Lavrov.

A Rússia vinha alertando o Ocidente há meses que, se Washington permitisse que a Ucrânia disparasse mísseis norte-americanos, britânicos e franceses profundamente na Rússia, Moscovo consideraria esses membros da NATO directamente envolvidos na guerra na Ucrânia.

Washington permitiu que a Ucrânia usasse armas de longo alcance contra alvos dentro da Rússia depois de declarar que milhares de soldados norte-coreanos foram destacados para a região russa de Kursk para combater uma incursão das forças de Kiev.

A doutrina nuclear russa atualizada, que estabelece um quadro para as condições sob as quais Putin poderia ordenar um ataque ao maior arsenal nuclear do mundo, foi aprovada por ele na terça-feira, de acordo com um decreto publicado.

Embora a doutrina preveja uma possível resposta nuclear da Rússia a um ataque convencional deste tipo, é formulada de forma ampla para evitar um compromisso firme de utilização de armas nucleares e manter abertas as opções de Putin.

A aprovação do documento demonstra a disponibilidade de Putin para recorrer ao seu arsenal nuclear para forçar o Ocidente a recuar, enquanto Moscovo pressiona uma ofensiva lenta na Ucrânia, à medida que o guerra chega ao seu milésimo dia.

Questionado na terça-feira se um ataque ucraniano com mísseis norte-americanos de longo alcance poderia potencialmente desencadear uma resposta nuclear, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu afirmativamente, dizendo que a doutrina oferece margem para tal resposta a um ataque convencional que ameaça a “soberania e integridade territorial” do país. A Rússia e o seu aliado, a Bielorrússia.

A doutrina anterior, contida num decreto de 2020, dizia que a Rússia pode usar armas nucleares em caso de ataque nuclear por um inimigo ou de um ataque convencional que ameaçasse a existência do Estado.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse na terça-feira que os EUA não ficaram surpresos com a redução do limite da Rússia para um ataque nuclear e não planejam ajustar sua própria postura nuclear em resposta.

“Infelizmente, não estou surpreendido com os comentários que o Kremlin fez em torno da publicação deste documento novo e revisto”, disse Miller, acrescentando que desde o início da guerra, a Rússia tem procurado “coagir e intimidar tanto a Ucrânia como outros países ao redor do mundo”. mundo através de retórica e comportamento nuclear irresponsável”.

Acrescentou que Washington não vê qualquer razão “para ajustar a nossa própria postura nuclear, mas continuaremos a apelar à Rússia para que pare com a retórica belicosa e irresponsável”.

Entretanto, o principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, acusou a Rússia de emitir ameaças nucleares “completamente irresponsáveis”.

“Não é a primeira vez que Putin joga a aposta nuclear”, disse o chefe da política externa da UE, que está deixando o cargo, aos jornalistas, após as conversações dos ministros da Defesa em Bruxelas, na terça-feira, dizendo que “qualquer apelo à guerra nuclear é uma irresponsabilidade”.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também denunciou a doutrina nuclear revista como o “mais recente exemplo de irresponsabilidade” do “depravado governo russo”, segundo a porta-voz Camilla Marshall.

“É a Rússia que continua a intensificar esta guerra e o uso de tropas norte-coreanas é apenas um exemplo disso”, disse Marshall. “(Putin) poderia retirar as suas tropas, reverter os seus tanques e acabar com o ataque e o derramamento de sangue desnecessário tanto na Ucrânia como na Rússia.”



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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