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Semiárido terá R$ 500 milhões para 50 mil novas cisternas
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Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil
Uma nova etapa do Programa Cisternas levará mais 50 mil equipamentos de coleta e armazenamento de água para consumo e produção de alimentos, além de promover a recuperação de tecnologia existente no semiárido brasileiro. O edital de chamamento público para organizações da sociedade civil executarem os projetos foi lançado nesta sexta-feira (29), em Aracaju, pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias.
O ministro anunciou que serão investidos R$ 500 milhões na implementação de 46 mil cisternas com capacidade de até 16 mil litros; 4 mil cisternas para uso na produção de alimento com tecnologia de segunda água e a restauração de mais 2,5 mil cisternas na região.
“Essa integração com estados, municípios e com as entidades da sociedade civil tem trazido bons resultados na linha do Água Para Todos e do Programa de Cisternas”, destacou o ministro sobre as parcerias firmadas pelo governo federal para execução de políticas públicas.
As organizações com experiência na implementação e restauro das cisternas têm até o dia 5 de janeiro para apresentar as propostas e documentações iniciais. Os projetos deverão ser direcionados aos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Ceará. Para o Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe os projetos também deverão prever serviço de acompanhamento familiar para a inclusão social e produtiva, conforme o edital.
O resultado final da seleção das organizações sociais será anunciado no dia 3 de fevereiro e os projetos deverão ser concluídos em até 3 anos.
Criado em 2003, o Programa Cisternas leva tecnologia simples de coleta de água da chuva e armazenamento que já mudou a vida de milhares de famílias no semiárido e na Região Amazônica.
Mudanças
Dona Josefa Santos de Jesus, guardiã de sementes crioulas da comunidade Sítio Alto, em Sião Dias, em Sergipe, é um exemplo da mudança que o fácil acesso à água pode promover.
“Depois da chegada das cisternas, a vida da gente mudou com mais qualidade. A gente passou a ter mais alegria, mais felicidade, teve mais renda, porque o tempo que a gente caminhava para pegar um pote de água, agora a gente faz outros serviços”, explicou a agricultora.
A comunidade Sítio Alto abriga 390 famílias remanescentes de quilombo, que vivem basicamente da agricultura, mas a dificuldade em acessar a água forçava as famílias a abandonarem o campo, em busca de outras oportunidades. Depois que o Programa Cisterna levou tecnologia para as famílias da região, houve uma mudança visível, disse dona Josefa.
“Incentivou o homem do campo no lugar onde ele vive, que quando eles recebem uma cisterna de calçadão para trabalhar o quintal produtivo, cria uma felicidade que gera emprego e renda”.
Para a comunidade, água em casa também significou mais saúde para as famílias atendidas pelo programa. “As crianças que viviam doentes, porque tinham hepatite, diarreia, e nunca ficavam com saúde, era a questão da água, mas depois que a água chegou, as crianças melhoraram”, disse Josefa.
Para o ministro Wellington Dias, esse novo aporte de cisternas vai continuar a transformar a realidade dessas comunidades, com um modelo de desenvolvimento sustentável, que “garante ao governo a condição de alcançar famílias em locais onde não há alternativa de água de subsolo, onde a água é ferrosa, é salinizada, ou não tem alternativa de uma adutora. E esse é um caminho simples, porque a própria comunidade faz a manutenção”.
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Três homens que aplicavam “golpe do amor” são presos em São Paulo
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15 minutos atrásem
5 de dezembro de 2024 Agência Brasil
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (5) três integrantes da quadrilha especializada no chamado “golpe do amor”. Por meio de perfis falsos em redes sociais, os suspeitos atraiam as vítimas para encontros românticos, mas que terminavam em sequestro. Os integrantes do bando foram presos em suas residências, no bairro do Jaguaré, na zona oeste da capital paulista.
Presos responderão por crimes de extorsão mediante sequestro e organização criminosa.
O Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) cumpriu, além das prisões, mandados de busca e apreensão. Vários aparelhos eletrônicos, possivelmente utilizados no golpe foram apreendidos.
O modus operandi da quadrilha consistiu em sequestrar as vítimas, mantê-las em cárcere privado, sob ameaça, enquanto os integrantes do banco realizavam transações bancárias. Em julho, uma vítima ficou horas em poder dos suspeitos antes de ser libertado.
Na mesma operação, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que também foi efetuada a prisão de um homem que participou de uma tentativa de sequestro, no mesmo bairro do Jaguaré, também no mês de julho deste ano.
Todos os quatro presos têm entre 22 e 25 anos, com passagens pela polícia por tráfico de entorpecentes, violência doméstica e receptação
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UE investiga TikTok após vitória surpresa nas eleições na Romênia – DW – 12/05/2024
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5 de dezembro de 2024O União Europeia (UE) ordenou TikTok congelar dados vinculados a recentes romeno eleições devido a uma possível interferência, disse o bloco em comunicado na quinta-feira.
A Comissão Europeia emitiu uma “ordem de retenção” ao abrigo da abrangente Lei de Serviços Digitais (DSA) do bloco, que regula a forma como as plataformas de redes sociais e as empresas de tecnologia operam na Europa.
A UE exigiu que o TikTok “congelasse e preservasse dados relacionados a riscos sistêmicos reais ou previsíveis” que a plataforma poderia representar para “processos eleitorais e discurso cívico” na UE.
A comissária de tecnologia da UE, Henna Virkkunen, classificou a ordem de retenção como um “passo fundamental” na investigação do bloco sobre relatórios de inteligência romenos desclassificados que revelaram a interferência russa na votação.
A Rússia negou na quinta-feira a acusação.
O cepticismo da UE surge no meio de preocupações sobre a potencial interferência externa numa eleição que viu o ultranacionalista independente e pró-Rússia Calin Georgescu emergir da relativa obscuridade para tornar-se o favorito após o primeiro turno da disputa presidencial em 24 de novembro.
TikTok rejeita interferência através de sua plataforma
Em resposta à ordem da UE, o TikTok disse que estava “cooperando” com Bruxelas no assunto.
“Esperamos estabelecer os fatos à luz de algumas das especulações e relatórios imprecisos que vimos”, disse TikTok em comunicado.
O serviço de hospedagem de vídeos curtos, de propriedade da chinesa ByteDance, refutou a sugestão de interferência nas eleições romenas por meio de sua plataforma.
A campanha de Georgescu foi veiculada exclusivamente nas redes sociais, com o candidato faltando aos debates na TV e até mesmo renunciando aos cartazes de campanha.
Em vez disso, ele produziu centenas de vídeos no TikTok apresentando-se em diversas situações e cenários, todos enfatizando força, tradição e fé – nadando em um lago de inverno, andando a cavalo em trajes tradicionais romenos, acendendo velas em frente a um ícone em uma igreja ortodoxa, etc. .
Os vídeos logo se tornaram virais, reunindo milhões de cliques. Outros canais do Facebook, Instagram e X também surgiram rapidamente para apoiá-lo.
Como o TikTok pode ser usado para promover candidatos eleitorais
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Promotores romenos abrem investigação sobre campanha de Georgescu
O Ministério Público da Roménia também anunciou que iria abrir uma investigação sobre Georgescu e se ocorreu branqueamento de capitais e outras actividades ilegais durante a sua campanha.
Georgescu afirmou ter gasto “zero” na sua campanha TikTok, no entanto, o relatório de inteligência desclassificado divulgado pelo Conselho Supremo de Defesa da Roménia (CSAT) sugere um preço de 1 milhão de euros (1,06 milhões de dólares).
Na quarta-feira, o Departamento de Estado dos EUA abordou essa questão num comunicado, dizendo: “Estamos preocupados com o relatório do Conselho Supremo Romeno de Defesa Nacional (CSAT) sobre o envolvimento russo em atividades cibernéticas malignas destinadas a influenciar a integridade do sistema eleitoral romeno. Os dados mencionados no relatório devem ser exaustivamente investigados para garantir a integridade do processo eleitoral da Roménia.”
Na segunda volta das eleições, em 1 de Dezembro, os partidos de extrema-direita tiveram um bom desempenho, embora o governo de centro-esquerda Social-democratas emergiu como o partido mais poderoso e espera formar um governo de coligação pró-UE.
No domingo, 8 de dezembro, Georgescu enfrentará a reformista pró-UE Elena Lasconi, do partido Salve a União Romena (USR) – que ficou em segundo lugar na votação de novembro – em uma votação final.
Eleições parlamentares: A Roménia mudará novamente para a direita?
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js,jsi/ab (Reuters, AFP, AP)
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Anistia Internacional classifica ação de Israel em Gaza como genocídio
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5 de dezembro de 2024 Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
Uma das principais organizações de direitos humanos do mundo, a Anistia Internacional, publicou nesta quinta-feira (5) um longo relatório de quase 300 páginas classificando como genocídio as ações de Israel na Faixa de Gaza. Acusado desse crime na Corte Internacional de Justiça (CIJ), por processo movido pela África do Sul, o governo de Tel-Aviv nega as acusações.
Para a Anistia Internacional, o bloqueio de ajuda humanitária, os massacres de grande número de civis e a destruição da maior parte da infraestrutura do enclave palestino, incluindo hospitais, escolas e mesquitas, além das prisões e torturas relatadas, demonstram que há uma intenção deliberada do governo de Israel de praticar genocídio.
Genocídio é o crime de destruir, total ou parcialmente, um grupo de pessoas por sua nacionalidade, etnia, raça ou religião.
“Muitos dos atos ilegais de Israel são, por definição, intencionais, inclusive a detenção arbitrária e ilegal e a tortura. Da mesma forma, a negação e a restrição de ajuda humanitária por parte de Israel foram medidas precisas e deliberadas, sem nenhuma indicação de irresponsabilidade. Ver seus alvos como subumanos é uma característica consistente do genocídio”, afirma o documento.
A diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, ressalta que o estudo revela que Israel agiu com “incontestável” intenção de destruir os palestinos de Gaza.
“Dentre os atos praticados estão assassinatos, causar sérios danos físicos ou mentais em membros do grupo e a imposição de condições de vida calculadas para provocar sua destruição em Gaza. As denúncias que a Anistia Internacional documentou devem servir de motivação para que a comunidade internacional exija o fim do genocídio”, afirmou a diretora da Anistia no Brasil.
Relatório
O relatório examina os atos de Israel entre 7 de outubro de 2023 e o início de julho de 2024. A organização entrevistou 212 pessoas, incluindo vítimas e testemunhas palestinas, autoridades locais de Gaza e profissionais de saúde e humanitários.
“Além de trabalho de campo, o relatório analisa uma ampla gama de evidências visuais e digitais, incluindo imagens de satélite. A Anistia Internacional revisou ainda declarações de altos funcionários militares e do governo israelense e de órgãos oficiais do país e a forma como elas impactaram diretamente violações ocorridas em Gaza”, informou a organização.
Subumano
A Anistia colheu informações com Mohammed, de 42 anos de idade, e pai de três filhos. “Aqui em Deir al-Balah é como um apocalipse. Não há espaço para você armar uma barraca; você tem que montá-la perto da costa. Você tem que proteger seus filhos de insetos, do calor, e não há água limpa, nem banheiros, tudo isso enquanto o bombardeio nunca para. Você se sente subumano aqui”, relatou o palestino deslocado de Rafah, ao sul de Gaza.
A Anistia Internacional enfatiza que a dimensão e a velocidade dos danos e da destruição de residências e da infraestrutura em todos os setores da economia de Gaza não encontra precedente em nenhum outro conflito no século 21.
“Cerca de 62% de todas as residências em Gaza foram danificadas ou destruídas até janeiro de 2024, afetando aproximadamente 1,08 milhão de pessoas”, denuncia o documento, acrescentando que existe, em média, um prédio danificado ou destruído a cada 17 metros em Gaza.
A organização pondera que não há justificativa para esse nível de destruição e morte provocada em Gaza e que as razões apresentadas por Israel, de que apenas estão combatendo o Hamas, não são suficientes para fundamentar as ações do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
“A presença de combatentes do Hamas perto ou dentro de uma área densamente povoada não isenta Israel das suas obrigações de tomar todas as precauções possíveis para poupar os civis e evitar ataques indiscriminados ou desproporcionais. O relatório coloca de forma patente e comprovada que Israel não tomou nenhuma das medidas de mitigação necessárias, o que reforça a sua intenção de genocídio”, diz a organização.
Israel
Ao se defender da acusação de genocídio em Haia, os representantes de Israel afirmaram que há uma “distorção da realidade” por aqueles que os acusam da prática de genocídio em Gaza.
Para o advogado de Israel Tal Becker, a denúncia é “uma difamação destinada a negar a Israel o direito de defender-se, de acordo com a lei, do ataque terrorista sem precedentes que continua a enfrentar e libertar os 136 reféns que o Hamas ainda mantém”.
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