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Sensação de impunidade ‘absoluta’: ONG responsabiliza soldados israelenses | Notícias do conflito Israel-Palestina

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Autoridades israelenses estão preocupadas com a prisão de seus soldados após combates em Gaza, depois que um soldado fugiu do Brasil para evitar ser questionado sobre supostos crimes de guerra que cometeu em Gaza e filmado para as redes sociais.

A sede na Bélgica Fundação Hind Rajab (HRF) é a força por trás deste esforço internacional pela responsabilização.

Formada há apenas cinco meses, a HRF reuniu advogados e ativistas de todo o mundo para preparar casos, principalmente com base em conteúdos de redes sociais partilhados pelos próprios soldados israelitas.

O reservista israelense Yuval Vagdani foi um dos primeiros do que o fundador e presidente do HRF, Dyab Abou Jahjah, diz que serão muitos soldados acusados ​​de crimes de guerra.

Falando à mídia israelense na quarta-feira, depois de ser “forçado” a interromper sua “viagem dos sonhos” ao Brasil, Vagdani disse que se ver sujeito a uma investigação de crimes de guerra no exterior depois de ter se filmado explodindo casas de pessoas em Gaza “sentiu um pouco como um bala no coração”.

A mídia israelense responde aos esforços para responsabilizar os reservistas (Screengrab, 10 de janeiro de 2025/The Times of Israel/Ynet)

De acordo com a mídia local, o Ministério das Relações Exteriores de Israel desempenhou um papel fundamental ao ajudar Vagdani a escapar de investigações e possíveis processos judiciais por crimes de guerra, primeiro fazendo com que ele fosse contrabandeado para a Argentina e de lá para os Estados Unidos, antes de finalmente partir para Israel. .

As autoridades e a mídia israelense emitiram orientações aos soldados sobre evitando prisão no exterior e camuflando suas identidades durante a implantação.

Não foi recebida qualquer resposta à pergunta da Al Jazeera sobre se estas medidas adicionais incluem a formação de reservistas sobre o que pode constituir um crime de guerra.

Yuval Vagdani
O reservista israelense Yuval Vagdani em Gaza (Cortesia do Instagram: @imamomarsuleiman)

Fornecendo as evidências contra eles

Depois de 15 meses em que soldados israelitas partilharam orgulhosamente vídeos deles próprios cometendo potenciais crimes de guerra em Gaza, a HRF tinha muitas provas para utilizar quando procurasse a sua acusação ao abrigo do direito internacional e interno.

Os vídeos e fotos mostram soldados forçando Homens palestinos desfilarão de cuecaabusando de cativos, saque e vandalizando casas e até mesmo vestindo roupas femininas eles saquearam.

“Trata-se de ser responsável perante a lei”, disse Abou Jahjah. “Se os soldados individuais sentirem que não cometeram um crime de guerra, tudo bem. Vamos ouvir o caso deles. É do interesse de todos fazê-lo.”

Hind Rajab é o nome de uma menina de cinco anos que foi morta em um carro em Gaza por Israel enquanto implorava por ajuda ao telefone durante três horas, cercada por membros de sua família morta e à vista dos paramédicos palestinos que também foram mortos enquanto tentavam alcançá-la.

Até agora, a fundação que leva seu nome já apresentou mais de 1.000 casos ao tribunal internacional.

A garota palestina Hind Rajab posa para uma fotografia, nesta foto de apostila sem data
A menina palestina Hind Rajab posa para uma fotografia, nesta foto sem data obtida pela Reuters em 10 de fevereiro de 2024 (Sociedade do Crescente Vermelho Palestino/Reuters)

Os advogados da HRF e ativistas online vasculham montanhas de imagens e vídeos que lhes são submetidos online para verificar e geolocalizar cada um deles, verificar os seus metadados e verificar a sua cadeia de custódia, desde o soldado que filma até à HRF, explicou Abou Jahjah.

Quando o perpetrador tem dupla nacionalidade, a HRF procura ser processada ao abrigo das leis existentes no segundo país sobre crimes de guerra e, no caso de cidadãos israelitas individuais, reúne os ficheiros legais, que são então apresentados como prova no Tribunal Penal Internacional (TPI).

Previsivelmente, o trabalho da HRF foi recebido com críticas ferozes em Israel, com alguns alegando que estes procedimentos legais são “doxxing” (a publicação não autorizada de identidades individuais) de soldados que se filmaram.

Abou Jahjah também foi pessoalmente ameaçado pelo Ministro israelita dos Assuntos da Diáspora, Amichai Chikli, que – aludindo aos ataques aos sistemas de comunicação dos membros do Hezbollah em Setembro de 2024 – disse-lhe para “vigiar o seu pager”.

Captura de Scteen no Twitter/X 01/06/2025
(Captura de tela do Twitter/X em 6 de janeiro de 2025)

“Eu realmente não me importo”, disse Abou Jahjah, “estou nisso há muitos anos e, quando você compara isso com o que está acontecendo em Gaza, as ameaças contra mim não significam muito”.

A HRF também mantém um catálogo do que descreve como “perpetradores, cúmplices e incitadores” contra os quais procura investigações por crimes de guerra.

Impunidade e perseguição

“Eles estão orgulhosos destes actos”, disse Milena Ansari, da Human Rights Watch, de Jerusalém, sobre os potenciais crimes de guerra transmitidos pelos soldados através das redes sociais.

“Colocá-lo online contribui para a desumanização dos palestinos e também é motivo para verdadeira celebração”, disse ela à Al Jazeera.

“A sensação de impunidade é absoluta… Sempre existiu, especialmente no que diz respeito às ações israelenses na Cisjordânia ocupada, mas aumentou significativamente desde outubro de 2023 (quando começou a guerra de Israel em Gaza).”

Muitos em Israel consideram os casos contra os reservistas injustos e uma continuação de séculos de anti-semitismo, sentimentos reivindicados e transformados em armas pelo Estado israelita, disse o cientista político Ori Goldberg em Tel Aviv.

“As coisas estão deteriorando em Israel”, disse Goldberg. “Não se pode envolver-se num genocídio durante 15 meses e esperar outra coisa. Israel mudou fundamentalmente.

Um soldado israelense está em um apartamento durante uma operação terrestre na Faixa de Gaza,
Um soldado israelense está em um apartamento durante uma operação terrestre na Faixa de Gaza, na quarta-feira, 8 de novembro de 2023 (Ohad Zwigenberg/AP Photo)

“As pessoas já não consideram os palestinianos sequer como seres humanos, se é que alguma vez o fizeram. Para a maioria das pessoas, os palestinos nem sequer são vermes. Vermes precisam ser mortos. Os palestinos são menos do que isso”, disse ele.

Nesse contexto, alguns soldados “desabafando” durante uma guerra pela qual ninguém se sente responsável, onde as únicas vítimas eram palestinas, era compreensível para muitos dentro de Israel, disse Goldberg.

“Eles estão a girar isto enquanto o mundo contra Israel”, disse Goldberg sobre a resposta do governo e dos meios de comunicação social às numerosas investigações e processos que se pensa estarem em curso.

“É a perseguição aos judeus, mais uma vez”, disse ele.

“A maioria das pessoas nem sequer sente que Gaza tem algo a ver com elas”, continuou Goldberg, “Por um lado, continuamos a bombardeá-la, por outro, sentimos que não temos responsabilidade pelo que se passa lá”.



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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