CULTURA
Só 5 dos 13 presidenciáveis listam planos para cultura em programas de governo

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7 anos atrásem

Folha pediu aos candidatos que respondessem a questões sobre a área e apresentassem suas propostas para o setor.

O PT de Fernando Haddad diz desejar “cumprir a recomendação da Unesco e aumentar progressivamente os recursos para o MinC, visando alcançar a meta de 1% do orçamento da União”. A verba também é assunto de Guilherme Boulos (PSOL) —seu programa defende que 2% do PIB sejam destinados à área.
Já o programa de Ciro Gomes (PDT) fala em “aperfeiçoar a legislação do mecenato, preocupado em fortalecer expressões artísticas não comerciais, sem desmerecê-las”.
Marina Silva (Rede) fala em revitalizar pontos de cultura, investir em fomento por meio de editais, bolsas e premiações e estimular a produção audiovisual. João Goulart Filho (PPL) defende “revigorar o Ministério da Cultura pelo restabelecimento e fortalecimento de seus institutos para o livro, a música, o cinema e as artes cênicas” e a “criação de uma secretaria especial para as culturas digitais”.
A Folha pediu aos candidatos que respondessem a questões sobre cultura e listassem suas propostas para o setor. Ciro, Daciolo e Bolsonaro (internado pela facada que levou num atentado) não responderam.
Ministério da Cultura
Quase todos os candidatos dizem que é necessário manter o Ministério da Cultura —e não transformar a pasta, por exemplo, numa secretaria. Para Haddad, ela é “essencial para o desenvolvimento social e econômico do Brasil”. Alckmin diz que sua existência garante, entrou outros, “expressões culturais e a vigilância sobre a liberdade de expressão”. O único a discordar é João Amoêdo (NOVO), segundo quem “países como os Estados Unidos conseguem ter uma produção cultural de excelência sem necessidade de um ministério”.
Censura
Sobre polêmicas que levaram a casos como o fechamento da exposição “Queermuseu”, os candidatos são unânimes em condenar a censura. Eles divergem quando a questão é a regularização da classificação etária em atividades culturais. João Amoêdo, Guilherme Boulos e Henrique Meirelles defendem a classificação. Já Eymael e Vera Lúcia afirmam que eventos culturais devem funcionar “com bom senso”. Haddad fala em “autorregulação das próprias instituições culturais”. Marina se restringiu a dizer que “os limites [da arte] são dados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente”.
Museus
Quanto às dificuldades em manter arquivos e instituições, por vezes destruídos em incêndios, como o caso do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, os presidenciáveis batem na tecla do descaso com o patrimônio. Alguns, como Amoêdo, Alckmin e Alvaro Dias, falam em buscar parcerias com entidades privadas para administrar os espaços. Já Haddad, Boulos, João Goulart e Vera Lúcia defendem mais investimento de recursos públicos. As instituições, segundo o PT, precisam “ter orçamento condizente com o tamanho de sua importância cultural e de sua estrutura de gestão e pesquisa”.
Leis de incentivo
A maioria dos presidenciáveis defende o uso de leis de incentivo ou programas de fomento à cultura. Muitos criticam a abrangência da Lei Rouanet, que ficaria restrita a produções comerciais e não contemplaria criações de menor porte. Para Marina, “é fundamental que [a lei] seja utilizada para atender a prioridades de interesse público”. Boulos afirma que as leis de incentivo precisam ser revistas, enquanto Haddad diz que criará um “sistema mais equitativo”. Eymael e Vera dizem que os recursos para a cultura devem vir do governo, não da iniciativa privada. Já Amoêdo defende concentrar os recursos do Estado não na cultura, mas em segurança pública, saúde e educação.
Orçamento
A maioria dos candidatos diz que todas as áreas culturais carecem de investimentos. Para Alckmin, é necessário maior recurso para a preservação do patrimônio nacional. O candidato do PSDB diz que é preciso rever os processos de gestão a fim de obter ganhos de eficiência. Boulos afirma que quer levar riqueza e diversidade para o povo. Por isso, pretende destinar para a Cultura 2% do orçamento nacional, 1,5% do estadual e 1% do municipal. Henrique Meirelles, por outro lado, quer privatizar a gestão dos equipamentos culturais e criar um conselho curador para definir as prioridades nos gastos com a cultura.
Eduardo Moura, Isabella Menon, Guilherme Genestreti, Maria Luísa Barsanelli e Maurício Meireles. Folha SP.
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CULTURA
Exposição sobre presídios acreanos é levada para Assembleia Legislativa do Acre para Audiência Pública do plano Pena Justa

PUBLICADO
1 semana atrásem
25 de junho de 2025
Fotografias ficarão expostas apenas na quinta-feira, 26, a partir das 9h, fruto do trabalho de jornalistas do TJAC durante inspeções as unidades prisionais do estado feitas por integrantes do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF)
A exposição fotográfica “Além das Muralhas: olhares sobre o sistema penitenciário” produzida pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) será levada para a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na quinta-feira, 26, às 9h, por ocasião da Audiência Pública para construção do plano estadual do Pena Justa.
As 47 fotos foram produzidas pelo jornalista Elisson Magalhães, Márcio Bleiner e Miriane Teles da Secretária de Comunicação Social (Secom) da Justiça, durante as inspeções e visitas as unidades penitenciárias do estado, realizadas pelos integrantes do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF).
Com as imagens é possível notar a precarização, a lesão de direitos, a condição e, principalmente, a falta de condições estruturais desses lugares. Mas, também foram tirados retratos de ações implantadas para resolver essa crise, voltadas a profissionalização, capacitação e respeito aos direitos básicos estabelecidos em lei.


Plano Pena Justa
O Pena Justa é um plano nacional para enfrentar o estado de coisas inconstitucional nas prisões brasileiras, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O plano apresenta quatro eixos de atuação: controle de vagas, estrutura dos presídios, reintegração dos egressos na sociedade e criação de mecanismos para evitar que essa lesão massiva de direitos seja repetida.
Depois do lançamento do Pena Justa, no dia 12 de fevereiro deste ano, pelo Poder Executivo e CNJ, os estados do país terão que adaptar e construir seus planos estaduais para implantar essa ferramenta, a partir das realidades e necessidades locais. Então, para garantir a ampla participação social, será realizada a Audiência Pública.
Serviço:
O que: Audiência Pública para construção do Plano Pena Justa e exposição “Além das Muralhas: olhares sobre o sistema penitenciário”
Quando: quinta-feira, 26, às 9h
Onde: Aleac
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Saudades do meu gato Dom é um relato sobre a perda e o luto de uma família ao vivenciar a eutanásia de um ente querido quatro patas
Será que a perda de um bichinho de estimação, que você considera como membro da família, tem a mesma importância de outros tipos de luto?
“Eu mesmo conversei com várias pessoas que, mesmo anos depois da perda de seu pet, ainda sonhavam com ele. Isso quer dizer que ainda estavam em processo de luto e sofriam de saudade, mas às vezes tinham vergonha de falar e, por isso, viviam um luto solitário”, relata o autor de Saudades do meu gato Dom, um conto testemunho que, com uma linguagem poética, promete ter efeitos terapêuticos naqueles leitores que também já vivenciaram a perda de um animalzinho que era, na verdade, como um membro da família.
Em Saudades do meu gato Dom, o autor nos apresenta um relato sensível, honesto, realista, mas também poético sobre a perda de Dom, um gato de rua que encontrou um lar acolhedor com Pedro, Ana e Théo. Adotado pela família, Dom se tornou um filho do casal e ganhou um irmãozinho, como acontece, de fato, com muitas famílias contemporâneas ao redor do mundo. Porém, quando diagnosticado com uma doença terminal, a difícil decisão de submetê-lo à eutanásia surgiu, acompanhada pela incerteza e o peso da escolha. Será que esse foi mesmo o melhor caminho? Ou seria mais justo esperar a morte chegar naturalmente, mesmo isso significando mais dor e sofrimento para Dom, que já não tinha mais forças de lutar pela vida? O conto narra essa jornada emocional e ética, mesclando memórias, testemunhos e ficção, de forma sensível e na língua da poesia.
“Inicialmente escrevi esse conto como uma forma de lidar com a dor, como recurso para o processo do luto. Agora, a decisão de publicar veio quando percebi que poderia ajudar outras pessoas que também estão sofrendo com a perda de seu bichinho de estimação, mas acham que seu luto não é legítimo. Ninguém tem vergonho pela dor de perder outro ser humano, mas às vezes tem pelo sofrimento em relação ao luto de um pet querido”, diz Francisco Neto Pereira Pinto, que já havia publicado um outro livro em homenagem a Dom, o conto infantil O gato Dom. Assista ao Booktrailer:
Amar às vezes é deixar partir. Dom se foi
em uma noite de quinta-feira, nublada, sem
estrelas no céu ou lua como testemunhas de
sua morte, que foi sem dor, agonia, sofrimento,
abandono (…)
Dom não voltaria jamais para seus pais, seu
irmão Théo, e não conheceria seu irmãozinho
Ravi, que nasceria quase dois meses depois.
Recebeu uma dose letal de anestésico, entrou
em sono profundo, para não perceber que a
morte, como uma dama branca e com patas de
ferro, o rondava. (Saudades do meu gato Dom, p. 7)
Com uma narrativa acolhedora e imersiva, Saudades do meu gato Dom é uma leitura rápida, porém surpreendente, arrebatadora e terapêutica, prometendo tocar o coração de quem já amou e perdeu um amigo ou um ente querido quatro patas.
FICHA TÉCNICA
Título: Saudades do meu gato Dom
Autor: Francisco Neto Pereira Pinto
Editora: Mercado de Letras
ISBN: 978-85-7591-741-1
Páginas: 32
Preço: R$ 29
Onde comprar: Amazon
Sobre o autor: Francisco Neto Pereira Pinto é professor, escritor e psicanalista. Doutor em Ensino de Língua e Literatura e graduado em Letras – Português / Inglês, leciona no programa de pós-graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal do Norte do Tocantins e nos cursos de Medicina e Direito do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos. Membro da Academia de Letras de Araguaína – Acalanto, publicou os livros: “À beira do Araguaia”. “O gato Dom”, “Você vai ganhar um irmãozinho”, e Saudades do meu gato Dom.
Redes sociais do autor:
Instagram: @francisconetopereirapinto
LinkedIn: Francisco Neto Pereira Pinto
Youtube: @francisconetopereirapinto
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Estão abertas e se estendem até o final do mês de março (29), inscrições para o projeto “As Vozes de Tarauacá”. Os interessados em participar deverão procurar os seguintes locais:
Crianças de 10 a 14 anos: Escola onde estuda
Jovens de 14 a 18 anos: Escola onde estuda
Adulto, acima de 18 anos, escola, se ainda estudar e Rádio Comunitária Nova Era FM.
A inscrição deve ser realizada num formulário simples disponibilizado para a direção das escolas e da rádio.
Informações:
WHATSAAP – 99977 5176 (Raimundo Accioly) 99938 6041 (Leandro Simões)
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