POLÍTICA
Sob pressão: Banco Central adverte: era crise, ago…
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1 mês atrásem
José Casado
Era crise, agora é emergência. Essa é a mensagem do Banco Central à sociedade embutida no aumento da taxa básica de juros (de 11,25% para 12,5% ao ano) e com o aviso de que vai subir mais ainda (para 14,5% até março).
No dialeto dos economistas do BC é a resposta necessária e adequada ao cenário “menos incerto e mais adverso”.
Eles têm o hábito de se comunicar com a sociedade numa língua-código que, talvez, alguns sejam capazes de decifrar, depois de torturar as sílabas.
É legítimo, portanto, imaginar que estejam tentando dizer o seguinte: o Banco Central tem certeza de um avanço expressivo dos desequilíbrios, ou adversidades, na vulnerável economia brasileira.
Para comparação, juros básicos no patamar previsto até março (de 14,5%) é pouco acima da taxa mais alta (14,25%) arbitrada na crise política de 2015-2016, cujo epílogo foi o impeachment de Dilma Rousseff.
Em português, o BC está equiparando a complexidade da situação sob Lula à confusão da etapa final de Dilma.
Quando voltar ao Planalto, Lula poderá se juntar ao coro habitual do Partido dos Trabalhadores contra “o mercado” e o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. Inútil, até porque estaria abstraindo o fato relevante de que essa foi, na prática, a primeira decisão da nova gestão, comandada por Gabriel Galípolo, num colegiado dominado pelo governo.
O Banco Central sinalizou o rumo (ou a falta dele) da economia. A vida das pessoas e das empresas tende a mudar para pior durante o ano que vem. Será difícil sustentar o atual ritmo de crescimento econômico, baseado no consumo, com uma taxa de juros real (descontada a inflação) próxima de 10% ao ano.
É previsível, também, maior corrosão no poder de compra dos mais pobres, maioria no eleitorado. Já é recorde a insatisfação com a inflação dos alimentos, como retrata a pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira (11/12).
Políticos que vivem fora de Brasília já receiam a volta de protestos nas ruas. Julgam que governo, Congresso e Judiciário optaram pela cegueira deliberada em decisões sobre a expansão dos gastos com privilégios corporativos no setor público e, sobretudo, na concessão de mais e novos benefícios a empresas privadas com poder de influência na praça dos Três Poderes.
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POLÍTICA
Surpreso com repercussão, Lula diz que Haddad não…
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30 minutos atrásem
21 de janeiro de 2025 Daniel Pereira
O presidente Lula disse a auxiliares nesta terça-feira, 21, que a reclamação sobre a divulgação de portaria que “depois arrebenta e cai na Presidência da República” não era uma bronca endereçada ao ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, ao contrário do que entendeu a maioria dos participantes da reunião ministerial realizada na segunda-feira, 20.
Em conversas reservadas, o presidente alegou que a declaração foi um alerta a todos os ministérios para que tomem cuidado com a repercussão política de suas iniciativas, mesmo aquelas que têm um viés eminentemente técnico, como foi o caso da portaria da Receita Federal sobre monitoramento de transações financeiras feitas por meio do Pix.
Lula foi obrigado a revogar a norma depois de a oposição usá-la para difundir a tese de que, a partir de sua implantação, haveria taxação do Pix e uma ofensiva do Leão sobre empreendedores e pequenos empresários. A Receita até tentou negar essa versão, tachando-a de mentirosa, mas não conseguiu equilibrar o jogo nas redes sociais. Diante do estrago de imagem, o governo recuou.
“Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer uma portaria que depois crie confusão para nós sem que passe pela presidência através da Casa Civil. Muitas vezes a gente pensa que não é nada, faz uma portaria qualquer e depois arrebenta e cai na Presidência da República”, afirmou o presidente.
Falha na comunicação
Publicamente, prevaleceu a impressão de que houve uma reprimenda a Haddad. O momento não poderia ser pior para ele. Desde o fim do ano passado, quando o governo deixou de lado propostas do ministro e anunciou um pacote de corte de gastos considerado tímido por agentes econômicos, Haddad e a política econômica enfrentam uma crise de credibilidade.
Há dúvida se o governo conseguirá cortar despesas e deter o crescimento da dívida. Há dúvida também se Haddad terá força para impedir soluções populistas, como a tentação de baixar na marra a taxa de juros e o preço dos alimentos, duas obsessões de Lula, que deixou claro na reunião ministerial que a eleição presidencial de 2026 já começou.
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POLÍTICA
“Não vai mudar nada”, diz secretário do PT sobre relação do Brasil com EUA
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2 horas atrásem
21 de janeiro de 2025Marcela Rahal
Em entrevista ao programa Ponto de Vista, de Veja, o deputado federal Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT, disse que a relação entre Brasil e Estados Unidos não vai mudar nada durante a gestão do presidente Donald Trump. Segundo o parlamentar, será preciso verificar se as bravatas do Trump vão realmente ser colocadas em prática. Para Tatto, medidas como os decretos envolvendo a saída do país americano do Acordo de Paris e da OMS é que de fato vão impactar o mundo, não apenas o Brasil.
Nesta terça-feira, 21, o presidente Lula decidiu nomear o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, André Corrêa do Lago, como o presidente da COP30, que acontece neste ano, em Belém. Sobre a expectativa em relação ao presidente americano, o embaixador afirmou que a decisão de Trump sobre ao aquecimento global tem um impacto significativo na preparação do evento, mas que pode haver uma forma de contornar a ausência dos Estados Unidos.
O presidente americano iniciou o seu segundo mandato com uma série de decretos também em outras áreas, como a deportação de imigrantes, retrocessos nas políticas de diversidade e o perdão aos condenados pela invasão ao Capitólio, em 2021. Acompanhe o Giro Veja.
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POLÍTICA
O que os ministros acharam da reunião ministerial…
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3 horas atrásem
21 de janeiro de 2025 Gustavo Maia
Ministros que participaram das sete horas da reunião comandada pelo presidente Lula nesta segunda-feira saíram otimistas da Granja do Torto, em Brasília.
“Achei a reunião mais produtiva até agora”, confidenciou ao Radar o chefe de um dos 38 ministérios do governo Lula.
Para outro auxiliar do presidente, o encontro foi bom e deu a entender que agora “vai dar certo”.
Um ministro avaliou que a apresentação do novo chefe da Secom, o publicitário Sidônio Palmeira, sobre as novas diretrizes da comunicação do governo foi competente.
“Acho que ele vai ajudar”, comentou.
Até mesmo o recado político direcionado pelo presidente aos ministros de partidos que se dizem da base do governo, dos quais o petista cobrou apoio de olho nas eleições do ano que vem, foi bem recebido pelos destinatários da mensagem.
Em entrevista coletiva após a reunião, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou que, de todas as reuniões que ele participou, essa foi a que mais gostou. “Pelo grau de unidade e de afinamento dos ministros do governo. Então, agora, chegou a hora, mais do que nunca, de mostrar o esforço e o trabalho”, afirmou.
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