POLÍTICA
Sob pressão de Lula e do mercado, Haddad avança de…
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3 dias atrásem
Daniel Pereira
O cargo de ministro da Fazenda implica uma certa solidão. Enquanto os colegas de governo querem recursos para tocar obras e projetos, e os parlamentares pressionam por verbas para seus redutos eleitorais, o chefe da equipe econômica trabalha para controlar despesas e colocar as contas em ordem. Isso, claro, se for minimamente responsável.
À frente da Fazenda, Fernando Haddad se equilibra como pode entre interesses diversos. Aos trancos e barrancos, ele tem conseguido tirar do papel pontos de sua agenda fiscal — não da forma como gostaria o mercado, que demanda um corte consistente nas despesas, e também não da maneira defendida pelo PT, fiel seguidor da cartilha segundo a qual o gasto público tem de ser motor do crescimento.
Com o aval de Lula, Haddad se tornou um especialista em meios-termos, em acordos que, se não são irretocáveis tecnicamente, são os possíveis politicamente. O novo pacote é um exemplo disso. Não houve desvinculação entre salário mínimo e benefícios previdenciários, como queria o mercado, mas foi adotado um teto na política de valorização do mínimo, a menina dos olhos de Lula.
O ministro também não conseguiu reduzir de forma expressiva benefícios tributários e isenções, mas incluiu no pacote um gatilho que, se aprovado, impedirá a criação ou prorrogação de incentivos a empresas caso as contas públicas fiquem no vermelho.
Bala de prata
Negociado durante quatro semanas, o pacote foi considerado tímido ou insuficiente por especialistas, diante do crescimento acelerado das despesas obrigatórias, que precisa ser contido sob pena de inviabilizar o funcionamento da máquina pública num futuro próximo. Na prática, o plano anunciado adia a solução do problema, dando um pouco de fôlego para Lula e Haddad sobreviverem, do ponto de vista fiscal, até 2026.
O ministro sabe disso, tanto que declarou que novas iniciativas podem ser apresentadas caso seja necessário. Não há bala de prata, afirmou, reforçando a sua estratégia de tentar equilibrar o caixa de forma gradual, até para não melindrar o presidente e o PT, que cobram dele respeito ao que chamam de programa econômico vitorioso nas urnas.
Sob pressão permanente, Haddad vai resistindo às suas sucessivas batalhas, dentro e fora do governo.
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POLÍTICA
CPI das Bets aprova convocação de ex-BBB Prior e V…
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25 minutos atrásem
3 de dezembro de 2024 Nicholas Shores
A CPI das Bets do Senado aprovou nesta terça a convocação do ex-BBB Felipe Prior e da influenciadora Virginia Fonseca para prestar depoimento. Ambos já foram contratados para aproveitar suas redes de seguidores e fazer publicidade para casas de apostas.
O senador Izalci Lucas (PL-DF) justifica o pedido de convocação de Prior com base em reportagem do The Intercept Brasil que revelaria os termos do contrato do ex-BBB com a Betsat.
Segundo a reportagem, uma das cláusulas prevê pagar a Prior 15% das perdas de apostadores que se cadastraram depois de ser direcionados na plataforma por seus anúncios.
O ex-participante do reality alega não ter recebido o pagamento devido pelas publicações que fez em suas redes sociais.
Virginia Fonseca, convocada a partir de um pedido da relatora da CPI das Bets, Soraya Thronicke (Podemos-MS), irá à comissão devido a “sua expressiva popularidade e relevância no mercado digital, onde exerce forte influência sobre milhões de seguidores em diversas plataformas”.
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POLÍTICA
STF aumenta o desafio de Lula e Haddad no Congresso
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3 horas atrásem
3 de dezembro de 2024 Matheus Leitão
A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, sobre emendas parlamentares, com mais transparência e “rastreabilidade”, ganhou o apoio da maioria dos ministros da corte.
O magistrado mandou o caso para o plenário virtual e conseguiu a chancela da maioria dos seus colegas de toga (saiba mais aqui).
Pois bem.
O problema é que isso acontece exatamente quando o Executivo mais precisa de boas relações com o Congresso. Tudo para aprovar, em três semanas e antes do recesso, o pacote de ajuste fiscal.
O grande dilema das próximas semanas será a corrida contra o tempo do governo Lula-3 num Congresso que, agora, pode estar com mau humor por causa das emendas.
Se por um lado a decisão de Dino liberou as emendas, por outro o parlamento ainda está digerindo todas as obrigações criadas pela decisão do STF.
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POLÍTICA
Senado vai ouvir Lewandowski sobre ações contra o…
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4 horas atrásem
3 de dezembro de 2024 Pedro Pupulim
A Comissão de Segurança Pública do Senado (CSP) agendou uma reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, nesta terça-feira, a partir das 10h30. O colegiado quer ouvir do chefe da pasta quais são os planos e ações do ministério para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil.
A reunião atende a pedidos de dois senadores. Sérgio Petecão (PSD-AC) propôs a consulta ao ministro em julho, quase seis meses depois da alteração do comando do Ministério, quando o ex-ministro Flávio Dino deixou o cargo para assumir seu posto no Supremo, por indicação do presidente Lula. Petecão quer que a CSP possa conhecer os planos, objetivos e metas da gestão de Lewandowski.
Em outro requerimento, o senador e ex-titular da pasta no governo Bolsonaro, Sergio Moro (União Brasil-PR), solicita esclarecimentos sobre as ações empreendidas pelo ministério e pela PF contra o crime organizado. No documento, Moro menciona a “atuação ousada” das organizações criminosas, que, segundo ele, contrasta com a falta de políticas facilmente identificáveis do governo federal e até mesmo com ações que “foram na contramão do combate ao crime”.
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