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Tribunal da Geórgia desqualifica a promotora Fani Willis do caso eleitoral de Trump | Notícias de Donald Trump

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Um tribunal de apelações no estado da Geórgia decidiu que o procurador distrital do condado de Fulton Fani Willis deveria ser desqualificado para processar um caso de interferência eleitoral contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Numa decisão de 2-1 na quinta-feira, o tribunal concluiu que uma relação romântica entre Willis e um antigo deputado de alto escalão a desqualificava para liderar o caso contra Trump e 14 dos seus aliados.

“Embora reconheçamos que uma aparência de impropriedade geralmente não é suficiente para apoiar a desqualificação, este é o raro caso em que a desqualificação é obrigatória e nenhuma outra solução será suficiente para restaurar a confiança do público na integridade destes processos”, afirmou o tribunal no seu opinião.

A decisão é o mais recente revés para o caso, que se centra nos esforços de Trump para reverter a sua derrota nas eleições presidenciais de 2020 com base em falsas alegações de que a corrida foi “fraudada” contra ele.

A decisão do tribunal de recurso de quinta-feira não exige que o caso seja descartado, mas um novo procurador estadual terá de assumir o cargo, para que o processo avance.

Com Trump prestes a regressar à Casa Branca para um segundo mandato em Janeiro, muitos dos desafios jurídicos que enfrenta parecem ser perdendo impulso. O futuro do caso eleitoral na Geórgia é igualmente incerto.

Como começou o caso da Geórgia?

O caso começou em fevereiro de 2021, quando Willis – um promotor democrata recém-eleito – anunciou uma ampla investigação sobre “tentativas de influenciar” a corrida presidencial do estado.

O anúncio ocorreu quase um mês depois de Trump realizar uma reunião telefonema com o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, durante o qual ele pressionou o funcionário estadual a “encontrar” o número exato de votos necessários para reverter sua derrota no estado.

O democrata Joe Biden derrotou Trump na Geórgia, um estado decisivo crucial, por apenas cerca de 11.779 votos.

As gravações da ligação foram rapidamente divulgadas à mídia, gerando protestos públicos sobre as aparentes tentativas de Trump de influenciar a eleição.

Mas a investigação de Willis foi além do telefonema, examinando alegações de que funcionários eleitorais foram assediados, equipamentos de votação foram adulterados e certificados falsos foram criados para justificar a vitória de Trump no estado.

Em agosto de 2023, o gabinete de Willis divulgou uma ampla acusação criminal contra Trump e alguns de seus aliados mais próximos, incluindo o ex-advogado Rudy Giuliani e o ex-chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows.

Acusou-os de colaborar num empreendimento criminoso para anular os resultados eleitorais, em violação da Lei estadual de Organizações Corruptas e Influenciadas por Extorsionários (RICO).

Quatro dos acusados ​​se declararam culpados depois de chegarem a um acordo com os promotores. Os restantes 14 aliados de Trump, bem como o próprio Trump, ainda enfrentam acusações no caso.

Um destino incerto

A acusação da Geórgia foi uma das quatro acusações criminais reveladas contra Trump em 2023, incluindo um caso a nível federal em Washington, DC, que também o acusou de interferência eleitoral.

Mas apenas um dos quatro casos chegou a julgamento. Os outros estão atolados em obstáculos legais e logísticos que tornam cada vez mais improvável uma audiência judicial sobre as acusações.

Trump negou todas as irregularidades nos quatro casos e a sua equipa de defesa procurou ativamente que fossem rejeitados.

No caso da Geórgia, um dos co-réus de Trump, Michael Roman, emitiu um documento em Janeiro acusando Willis de nomear um procurador especial para a investigação “com quem ela tinha uma relação pessoal”.

Esse envolvimento romântico, argumentou a equipe de defesa, representava um conflito de interesses. Os detalhes do relacionamento romântico de Willis com o promotor, Nathan Wade, logo se tornaram assunto de audiências públicas.

Em março, o juiz do Tribunal Superior da Geórgia, Scott McAfee, decidiu que Willis poderia permanecer sobre o caso se Wade fosse demitido. Wade ofereceu sua renúncia poucas horas após a decisão.

Mas os advogados de defesa de Trump e dos seus co-réus continuaram o seu apelo para retirar Willis do caso.

Decisão do tribunal de apelação

Na quinta-feira, o tribunal de apelações de três membros emitiu sua decisão, com os juízes Trenton Brown e Todd Markle representando a maioria.

Argumentaram que a decisão de Março não fez o suficiente para restaurar a confiança do público no caso de interferência eleitoral – e que a destituição de Willis foi um passo necessário.

“A solução elaborada pelo tribunal de primeira instância para evitar uma aparência contínua de impropriedade não fez nada para resolver a aparência de impropriedade que existia nos momentos em que a promotora Willis exercia seu amplo arbítrio pré-julgamento sobre quem processar e quais acusações apresentar”, escreveu Brown.

O terceiro juiz do tribunal, no entanto, apresentou uma opinião divergente. O juiz Benjamin Land argumentou que o tribunal de apelações não tinha justificativa legal para reverter a decisão de março.

“Estamos aqui para garantir que a lei foi aplicada corretamente e para corrigir erros jurídicos prejudiciais quando os vemos. Não é nosso trabalho questionar os juízes ou substituir o nosso julgamento pelo deles”, escreveu ele.

Enquanto isso, Trump saudou a opinião da maioria como uma vitória e pediu o fim do caso. Em declaração à Fox News Digital, ele disse que “todo o caso foi uma vergonha para a justiça”.

“Todos deveriam receber um pedido de desculpas, incluindo aqueles patriotas maravilhosos que estão envolvidos nisso há anos”, disse ele.

A decisão de quinta-feira ocorre duas semanas depois que o promotor especial Jack Smith anunciou que estava abandonando dois casos federais contra Trump, com base em uma política do Departamento de Justiça contra processar presidentes em exercício durante o mandato.

Uma decisão do Supremo Tribunal no início deste ano também elevou a barreira para processar um presidente por ações tomadas durante o mandato.

Concedeu “imunidade presuntiva” a qualquer coisa que possa ser interpretada como um ato “oficial” da presidência, independentemente de essa ação fazer ou não parte da autoridade constitucional do cargo.



Leia Mais: Aljazeera

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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