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Trump é um ‘grande risco’ para os EUA, diz Kamala em comício
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AFPi AFP https://istoe.com.br/autor/afp/
15/10/2024 – 5:57
Kamala Harris afirmou na segunda-feira (14) que Donald Trump é “cada vez mais instável e perturbado” e se ganhar as eleições “seria um grande risco para os Estados Unidos” porque, para ele, o “inimigo interno” são os “jornalistas”, os “funcionários eleitorais” e os “juízes”.
A vice-presidente e candidata democrata às eleições presidenciais de 5 de novembro fez um comício na localidade de Erie, no estado-chave da Pensilvânia, no qual atacou de frente seu rival.
“Há muito em jogo nessas eleições, e temos que lembrar que não estamos em 2016 nem em 2020, o que está em jogo é ainda mais importante”, afirmou.
Há alguns meses, lembrou, a Suprema Corte decidiu que Trump “seria essencialmente imune a tudo o que fizesse enquanto estivesse no cargo”, assim que o imaginem sem limites, disse.
“Ele, que prometeu, que se for reeleito, será um ditador desde o primeiro dia, que utilizará o Departamento de Justiça como arma contra seus inimigos políticos, ele, que pediu o fim da Constituição”, advertiu.
A Pensilvânia é um dos sete estados-pêndulo, que não se inclinam claramente por nenhum partido e decidirão provavelmente quem será o presidente, de modo que ambos os candidatos tentam mobilizar o voto dos indecisos.
“Ouçam suas palavras, elas nos dizem quem ele é e o que ele vai fazer se for eleito presidente”, disse Kamala antes de Trump aparecer em um vídeo dizendo que “os piores são os inimigos internos”, que é “gente doente, lunáticos de esquerda radical”, muito “mais perigosos do que Rússia e China”.
O magnata vem repetindo há alguns dias que, “se for necessário”, a “Guarda Nacional” ou “os militares” deveriam ficar a cargo desse “inimigo interno”.
“Está falando que considera [inimigo] qualquer um que não o apoie, ou que não se dobre às suas vontades” e que “usaria os militares para persegui-los”, afirmou a vice-presidente de 59 anos.
“Sabemos para quem ele apontaria porque já os atacou antes, jornalistas cujas histórias não lhe agradam, funcionários eleitorais que se negam a cometer fraudes […] encontrando votos adicionais para ele, juízes que insistem em cumprir a lei ao invés de se dobrarem à sua vontade”, afirmou.
‘Um poder sem controle’
“Esta é uma das razões pelas quais acredito tão firmemente que um segundo mandato de Trump seria um grande risco para os Estados Unidos e perigoso”, ressaltou Kamala em um de seus discursos mais duros.
Segundo ela, seu adversário “está cada vez mais instável e perturbado, e está em busca de um poder sem controle”.
A ex-procuradora da Califórnia também se dirigiu ao eleitorado negro, já que está em desvantagem nas pesquisas nessa faixa do eleitorado em comparação com seus antecessores democratas na corrida pela Casa Branca.
A candidata trabalha em um novo plano econômico voltado para este setor da população.
Kamala propôs ajudas aos homens afro-americanos para criar pequenas empresas ou comércios, com empréstimos a juros baixos, e para facilitar seu acesso à educação e formação.
A “agenda de oportunidades” está planejada para dar “ferramentas para alcançar a liberdade financeira (…) e proteger os seus direitos”, afirmou a sua campanha.
“Tenho a intenção de ganhar o voto de todos”, disse Kamala em entrevista ao ‘The Shade Room’, um dos dois meios de comunicação voltados para a população negra com os quais conversou.
Na Geórgia, outro estado decisivo onde Biden venceu por pouco em 2020, o ex-presidente Bill Clinton fez campanha para a candidata democrata.
“Kamala Harris será uma boa presidente”, disse Clinton. “É literalmente possível que toda a eleição seja decidida aqui”, completou.
‘Lunáticos de esquerda’
Por sua vez, Trump participou de um ato de campanha na localidade de Oaks, nos arredores da Filadélfia, a maior cidade da Pensilvânia, estado que oferece 19 votos dos 270 necessários no Colégio Eleitoral para ganhar as eleições.
O bilionário, que se nega a tornar público um relatório médico detalhado e se recusou a participar de um segundo debate na televisão com sua rival, estimou que Kamala “não foi talhada para este trabalho”.
Mais uma vez, atacou a imigração irregular, o problema mais importante do país na sua opinião, à frente da economia.
“É incrível, estes lunáticos da esquerda radical. Querem que todo o mundo entre em nosso país, muitas dessas pessoas são criminosos, e depois também querem tirar as armas de vocês”, quando “vocês precisam delas para se protegerem”, afirmou o republicano.
Além disso, reiterou que invocará a lei de inimigos estrangeiros promulgada em 1798 para expulsar os migrantes que estão em situação irregular.
O magnata teve que interromper o comício duas vezes por emergências médicas, e aproveitou para pedir que espalhassem a “Ave Maria”. O evento terminou com música.
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Trump nomeará crítico chinês Navarro como conselheiro comercial – DW – 12/05/2024
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4 de dezembro de 2024Estados Unidos Presidente eleito Donald Trump anunciou na quarta-feira que Peter Navarro, um ex-conselheiro comercial que cumpriu pena de prisão em relação ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, ingressará em sua nova administração como conselheiro sênior para comércio e manufatura.
Ao anunciar a nomeação nas redes sociais, Trump elogiou a “ampla experiência de Navarro na Casa Branca” e as “amplas habilidades de análise política e de mídia”.
Ele disse que a missão de Navarro na nova função “será ajudar a avançar e comunicar com sucesso as Agendas Trump de Fabricação, Tarifas e Comércio”.
Por que Navarro cumpriu pena de prisão?
Navarro, 75 anos, foi condenado a quatro meses de prisão por desafiando uma intimação de um comitê da Câmara investigando o ataque de 6 de janeiro perpetrado por apoiadores de Trump, uma condenação que ele descreveu como “armamento partidário do sistema judicial”.
Imediatamente após sua libertação em julho, Navarro disse à Convenção Nacional Republicana em Milwaukee: “Fui para a prisão para que vocês não precisem fazê-lo. O comitê exigiu que eu traísse Donald J. Trump para salvar minha própria pele. Recusei.”
Qual é a posição de Navarro em relação à China?
Navarro, ex-professor de economia e políticas públicas da Universidade da Califórnia, tem a reputação de ser um crítico agressivo dos acordos comerciais com China.
Como diretor do Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump, de 2017 a 2021, ele defendeu veementemente tarifas sobre US$ 370 bilhões em importações chinesas e defendeu tarifas de segurança nacional sobre alumínio e aço.
“Durante o meu primeiro mandato, poucos foram mais eficazes ou tenazes do que Peter na aplicação das minhas duas regras sagradas, Buy American, Hire American”, disse Trump, elogiando Navarro por “avançar RAPIDAMENTE cada uma das minhas ações tarifárias e comerciais”.
Controvérsia de Navarro no Canadá
Mas a linguagem inflamada de Navarro também perturbou os aliados dos EUA. Em 2018, após uma disputa entre Trump e Primeiro-ministro canadense, Justin TrudeauNavarro disse:
“Há um lugar especial no inferno para qualquer líder estrangeiro que se envolva em diplomacia de má-fé com o presidente Donald J. Trump e depois tente esfaqueá-lo pelas costas ao sair pela porta.”
Ottawa ficou indignado e Navarro mais tarde pediu desculpas.
Segunda administração de Trump tomando forma
A nomeação de Navarro ocorreu em meio a uma enxurrada de anúncios na quarta-feira, enquanto a segunda administração de Trump começava a tomar forma.
O CEO de Wall Street, Howard Lutnick, será secretário de Comércio com liderança geral no comércio, juntando-se a Jamieson Greer, outro veterano da guerra comercial EUA-China de 2018-2020, nomeado na semana passada.
Trump disse que queria que Paul Atkins, um veterano do setor financeiro e defensor da criptomoeda, atuasse como o próximo presidente da Comissão de Valores Mobiliários.
Atkins “reconhece que os ativos digitais e outras inovações são cruciais para tornar a América maior do que nunca”, escreveu Trump nas redes sociais.
A escolha preferida de Trump para chefe do Pentágono, Pete Hegseth, no entanto, enfrenta acusações de má conduta sexual, consumo excessivo de álcool e má gestão financeira, o que leva Trump a considerar outras opções.
mf/kb (AP, Reuters)
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Senado retira de pauta projeto que legalizaria bingos e cassinos
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23 minutos atrásem
4 de dezembro de 2024 Luiz Cláudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil
O Senado retirou de pauta nesta quarta-feira (4) o projeto (PL 2234/2022) que prevê a legalização de bingos e cassinos, com a exploração de jogos e apostas no país. Depois de parlamentares discursarem de forma contrária ao requerimento de urgência para apreciar o tema considerado complexo e polêmico, o relator da matéria, o senador Irajá (PSD-TO), pediu que o projeto não fosse votado.
“Eu gostaria de solicitar o pedido de retirada de pauta dessa matéria em atendimento ao pedido da ampla maioria dos líderes partidários e que nós possamos prosseguir, então, com o pedido de informações”, disse o senador. Não há estimativa da data para que o projeto seja novamente apreciado pelo Senado.
Argumentos
Mesmo com as posições contrárias, incluindo eventuais riscos à saúde e à segurança pública, o relatordefendeu o projeto. “Tem quem defenda a manutenção dos jogos de azar, controlado e dominado pelo crime organizado no país. E aqueles como eu (…) que sejam fiscalizados pelos órgãos de controle e que também se possa arrecadar impostos e punir, eventualmente, quem cometa algum tipo de crime ou de ilicitude”, argumentou Irajá.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), considerou que havia um consenso para que, antes de ser novamente colocado em pauta (somente em 2025), os parlamentares necessitam de mais informações dos ministérios da Saúde, e do Desenvolvimento Social. “Fica retirado de pauta e incumbirá à próxima mesa diretora do Senado a definição sobre os desdobramentos em relação a esse projeto”, disse Pacheco.
“Descontrole”
O senador Flávio Arns (PSB-PR) também considerou o assunto complexo e polêmico. Ele defendeu que o assunto precisa ser mais estudado pelos próprios ministérios. Arns pediu que os órgãos tenham mais tempo para conceder informações para o tratamento do tema.
Sérgio Moro (União-PR) reconheceu que acredita na liberdade individual para que as pessoas decidam sobre suas escolhas. “Mas a gente viu, principalmente nesse segundo semestre, o descontrole hoje das bets, das apostas, a meu ver, muito decorrente de uma publicidade excessivamente agressiva”, considerou.
Também contrário à votação e ao projeto, Espiridião Amin (PP-SC) considerou que o pedido de informações pode trazer ao Senado mais condições para tratar do assunto. “A aposta virou um descontrole. Essa é a verdade e, por isso, pelo menos o mal deixou de ser consumado hoje”, opinou.
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Corregedoria pede prisão de PM que jogou homem de ponte
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4 de dezembro de 2024 Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil
A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo pediu nesta quarta-feira (4) a prisão do policial militar que jogou um homem de cima de uma ponte em São Paulo. O caso aconteceu na madrugada da última segunda-feira (2) durante uma abordagem policial no bairro de Cidade Adhemar, na zona Sul da capital paulista.
Os policiais teriam dado ordem para que duas pessoas em uma motocicleta parassem para averiguação. Como a dupla se recusou a parar, iniciou-se uma perseguição. Um rapaz foi detido e o outro, já dominado pelos policiais, foi jogado de cima da ponte por um policial. Segundo testemunhas, ele sobreviveu com ferimentos.
“Os 13 policiais envolvidos na ação foram imediatamente afastados de suas funções e respondem a um inquérito policial militar (IPM) conduzido pela Corregedoria da PM. O agente responsável pela agressão foi ouvido e sua prisão foi solicitada à Justiça Militar”, disse em nota a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
O caso é apurado também pela Polícia Civil, pela Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas da 2ª Seccional de Polícia. De acordo com a SSP, diligências estão em andamento para que a vítima seja ouvida.
Todos os policiais envolvidos pertencem ao 24º Batalhão da PM, em Diadema, na região metropolitana da capital paulista. Eles usavam câmeras corporais, cujas imagens serão utilizadas nas averiguações sobre a ação.
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