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Uso inteligente das redes sociais impulsiona vendas – 17/12/2024 – Mpme
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11 meses atrásem
Victoria Borges
O Relatório do Varejo 2024, da plataforma de pagamentos Adyen Index, mostra que 47% das pessoas desejam comprar um produto após vê-lo nas redes sociais e 84% dos varejistas registraram aumento de receita com o comércio social, ou seja, vendas realizadas diretamente pelas plataformas digitais.
“As redes sociais servem para atrair a atenção das pessoas. O caminho que esse cliente vai percorrer é crucial para converter essa atenção em venda”, explica Alfredo Firmino, consultor de negócios do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Para isso, diz, o perfil da empresa nas redes sociais deve unir uma boa apresentação e design com conteúdos e informações relevantes para o público.
Pedro Barreto, 32, um dos sócios da Notorious Fish, lanchonete especializada em frutos do mar localizada em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, explica que as pessoas são instigadas a consumir não só pela qualidade do produto, mas também pelo apelo visual e pela experiência compartilhada.
No Instagram, por exemplo, muitas das publicações do restaurante são produzidas no estilo “food porn” (pornografia culinária, termo que faz referência a imagens sedutoras de comida).
Nesse sentido, Barreto destaca publicações sobre o choripolvo (uma releitura, criada pelo restaurante, do tradicional choripán argentino, com tentáculos no lugar da linguiça), que viralizaram nas redes sociais.
“Um tentáculo de polvo para algumas pessoas pode ser repugnante. No fim, rendeu uma polêmica, com algumas pessoas falando que não conseguiam olhar para o lanche e outras loucas para provar e conhecer o restaurante”, conta.
A lanchonete começou suas operações em 2020 e, desde o início, apostou em uma comunicação diferenciada. A interação com clientes nas redes sociais, especialmente no Instagram, foi um dos pilares do crescimento da marca, que utiliza os stories e mensagens diretas para engajar a audiência.
Esses recursos ajudam a fidelizar consumidores e impulsionar a divulgação orgânica, já que clientes satisfeitos tendem a compartilhar a experiência em suas redes sociais.
Criada em 2022 pelas amigas Jennifer Toledo, 28, e Deisi Machado, 36, que compartilham o gosto por séries, filmes, livros e música, a The Queen’s Lab, especializada em roupas e acessórios temáticos da cultura pop, usa as redes sociais para compartilhar conteúdos que impulsionam as vendas da empresa.
As sócias, que trabalhavam com gestão de perfis em redes sociais de outras marcas antes de decidir empreender, usaram esse conhecimento para estruturar o negócio e criar uma identidade visual diferenciada, inspirada em revistas adolescentes dos anos 2000.
Jennifer, que é formada em design gráfico, conta que ela e Deisi não queriam um feed voltado apenas para vendas. “Queremos nos diferenciar por trazer conteúdo e que as pessoas entrem no nosso perfil para adquirir conhecimento e se divertir”, afirma.
A marca vende cerca de 700 produtos por mês, entre roupas, bonés, canecas e chaveiros. As sócias também investem cerca de R$ 3.000 por mês em anúncios para aumentar a visibilidade da página –recurso disponível para perfis comerciais no Instagram.
Contas empresariais também permitem o acesso a métricas e indicadores de desempenho das postagens, além de informações detalhadas sobre características dos seguidores, como faixa etária, estado onde moram e horário de maior atividade no aplicativo, o que pode ajudar a criar conteúdos mais assertivos.
Além de dicas de moda, o perfil da Queen’s traz curiosidades e posts interativos para engajar a audiência. Atualmente, a página é seguida por mais de 40 mil pessoas, e suas publicações chegam a milhares de curtidas.
“É preciso se comunicar e, principalmente, entender o seu público: quem são essas pessoas, seus sentimentos, desejos, sonhos, vontades e as dores que elas têm”, diz Deisi, que destaca a importância de criar uma comunidade entre a marca e os clientes. É dessa troca que surgem, inclusive, ideias para novas peças e coleções.
Uma das estratégias da Las’s, marca de roupas femininas de Mogi das Cruzes (SP), foi criar um perfil privado, batizado de La’s Club, que soma mais de 20 mil seguidores.
Enquanto o perfil profissional foca nos produtos e informações comerciais, a conta privada oferece um espaço mais pessoal, onde Luana Amy Suzuki, 22, fundadora da marca, compartilha detalhes do processo de criação das coleções e dicas de beleza. Tudo com o intuito de aproximar ainda mais as consumidoras.
“As pessoas querem sentir que têm acesso a algo que não era, na verdade, para elas terem”, comenta.
Luana criou a La’s em 2020, no mesmo ano em que ingressou na faculdade de marketing da USP. A empresária se considera o público-alvo de sua própria marca, que busca atender mulheres que gostam de moda, mas também valorizam praticidade e conforto no dia a dia.
Segundo Firmino, do Sebrae, conhecer a persona da marca é essencial para o planejamento das publicações. “Isso é necessário, até porque ninguém atende todo mundo. É o que chamamos de posicionamento, ou seja, como a minha marca está construída mentalmente na cabeça das pessoas”, conclui.
Dicas para usar bem as redes sociais
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Alie frequência com qualidade
Publique regularmente, mas com conteúdo relevante. Não adianta postar sem propósito apenas para preencher espaço. -
Crie conteúdo estratégico
Use ferramentas gratuitas, como Canva (design) e CapCut (edição de vídeo), para melhorar a qualidade do conteúdo sem grandes investimentos iniciais. -
Construa bem as legendas
Para carrosséis (vários slides), prefira legendas curtas e explicativas. Já em posts únicos use legendas longas para complementar informações relevantes. É importante manter coerência entre o conteúdo visual e o texto. -
Use de forma inteligente as hashtags
Utilize hashtags que tenham relação direta com o conteúdo postado. Evite hashtags desconexas, mesmo que sejam populares. -
Tenha consistência nas publicações
Não é necessário postar todos os dias, mas evite longos períodos de inatividade. O algoritmo privilegia perfis consistentes. -
Dê atenção às tendências
Esteja atento ao que acontece na sociedade e nas redes sociais para criar conteúdo oportuno. Aproveite ganchos de eventos ou tendências virais para atrair atenção do público -
Inclua conteúdo indireto, mas relevante
Crie posts que abordam temas relacionados ao seu público, mesmo que não tenham conexão direta com sua proposta de valor para reforçar a conexão emocional com a audiência. -
Valorize a persona e autenticidade
Conheça o seu público (persona) e crie conteúdos alinhados aos seus interesses. Perfis bem-sucedidos têm seguidores porque entregam valor, não apenas porque seguem fórmulas genéricas. -
Métricas com propósito
O número de seguidores é importante, mas não é a única métrica. Foque na qualidade do engajamento e no impacto do conteúdo.
* Fonte: Alfredo Firmino, consultor do Sebrae
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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