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Vamos fazer da proteção das crianças contra a violência uma prioridade | Direitos da Criança

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8 meses atrásem
A primeira Conferência Ministerial Global sobre o Fim da Violência contra as Crianças, que se realizará esta semana em Bogotá, Colômbia, é uma oportunidade imperdível para os governos investirem no nosso futuro colectivo.
Todos os dias, muitos milhões de crianças em todo o mundo são vítimas de violência nas suas casas e comunidades, escolas e áreas afetadas por conflitos. Não precisa ser assim. Todas as crianças têm o direito de viver num mundo onde sejam respeitadas, protegidas e seguras, e é nossa responsabilidade tornar isso uma realidade.
Como co-anfitriões do primeiro Conferência Ministerial Global sobre o Fim da Violência contra as Criançasinstamos os líderes a imaginar, e depois a agir, com a confiança de que alcançar este Objetivo de Desenvolvimento Sustentável não é apenas uma aspiração, mas também atingível.
Através da Agenda 2030, os líderes comprometeram-se a criar um mundo em que todas as crianças cresçam livres de violência. Em conformidade com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, os governos estabeleceram as primeiras metas globais para acabar com todas as formas de violência contra as crianças. A menos que aceleremos rapidamente o progresso, não conseguiremos atingir estas metas e falharemos com as crianças do mundo.
Todos os anos, mais de metade das crianças do mundo são vítimas de violência – mais de mil milhões de rapazes e raparigas – uma estatística que demonstra o nosso fracasso colectivo em proteger os nossos cidadãos mais vulneráveis. Esta violência manifesta-se de muitas formas. Um tapa forte na cara em casa ou na escola. Uma arma letal nas ruas. Abuso de um parente no círculo de confiança. Uma barragem de balas e bombas da guerra. Um ciclo de negligência. Um ataque violento de abuso online.
As consequências duram vidas inteiras e abrangem gerações. Existe uma correlação dramática entre a experiência de violência na infância e um risco aumentado de doenças mentais, doenças e problemas sociais. As crianças afetadas pela violência em casa são muito mais vulneráveis a quase todas as outras formas de violência e exploração, incluindo online.
É crucial reconhecer que a violência que afecta hoje mil milhões de crianças irá minar a saúde, a prosperidade e a estabilidade das nossas sociedades amanhã. Esta violência acarreta custos sociais e económicos catastróficos, corroendo todos os investimentos feitos na educação das crianças, na saúde mental e no bem-estar físico.
Não há caminho para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável sem reduzir significativamente a violência sofrida por mais de uma em cada duas crianças todos os anos.
A boa notícia é que sabemos o que funciona. Somos a primeira geração a compreender as soluções para prevenir a violência contra as crianças e temos a responsabilidade de agir – desde a promoção de uma parentalidade positiva e a quebra do ciclo de violência familiar, até à garantia de ambientes de aprendizagem seguros nas escolas e ao equipamento dos trabalhadores da linha da frente para proteger crianças em situações de alto risco. No nosso mundo cada vez mais online, a proteção pode ser fornecida desde o início e desde o início. Existe um modelo de soluções económicas para cada governo adaptar ao seu contexto nacional.
Isto é importante porque quando estratégias comprovadas são aplicadas de forma eficaz, elas funcionam. Países de todas as regiões e níveis de rendimento alcançaram reduções significativas e sustentadas da violência – até 50 por cento no curto e médio prazo. A prevenção a longo prazo é mais eficaz e económica do que abordar as consequências do trauma.
No entanto, a oportunidade – e a responsabilidade – de manter todas as crianças seguras continua por concretizar. Os progressos têm sido inconsistentes e a resposta política não correspondeu à escala do desafio.
Uma oportunidade para mudanças transformadoras está no horizonte. Esta semana, os governos da Colômbia e da Suécia, em parceria com a Organização Mundial da Saúde, a UNICEF e o representante especial do secretário-geral da ONU para a violência contra as crianças, acolherão a primeira Conferência Ministerial Global sobre o Fim da Violência contra as Crianças, em Bogotá, Colômbia. Este evento histórico reunirá mais de 130 governos, 90 ministros e aliados infantis, jovens, sobreviventes, académicos e filantrópicos para impulsionar uma mudança transformadora.
Agora é o momento de tomar medidas decisivas para proporcionar avanços aos milhares de milhões de crianças afectadas pela violência todos os anos. Devemos priorizar o financiamento e a implementação de soluções baseadas em evidências. Devemos garantir que as crianças estão seguras e são vistas nas suas casas, comunidades, escolas e online e comprometer-nos a garantir que todas as crianças vítimas de violência possam aceder aos serviços de apoio de que necessitam.
Enfrentamos uma escolha. Tal como Nelson Mandela afirmou no lançamento do primeiro relatório sobre a violência contra as crianças, há 20 anos: “A segurança não acontece simplesmente; eles são o resultado de consenso e investimento coletivo.”
Em muitos aspectos, a decisão é a mais fácil de tomar – garantir que todas as crianças estejam protegidas, investir no nosso futuro. Mas requer liderança – acção corajosa proporcional à escala do desafio. A conferência desta semana é o momento para todos os governos afirmarem que proteger as crianças da violência é a sua prioridade.
As opiniões expressas neste artigo são dos próprios autores e não refletem necessariamente a posição editorial da Al Jazeera.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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