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Varejo se preocupa mais com mão de obra do que com hacker – 28/01/2025 – Mercado

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Daniele Madureira

A maior preocupação dos CEOs da indústria de varejo e bens de consumo no Brasil não está na concorrência asiática ou na inflação: é a falta de mão de obra qualificada, que aflige 41% dos presidentes de empresas do setor no país. Em comparação aos CEOs de outras empresas, esta é uma preocupação de 30% dos líderes.

Os dados são da 28ª Pesquisa Global com CEOs, realizada pela multinacional de consultoria e auditoria PwC, que ouviu mais de 4.700 executivos de diferentes setores, em mais de cem países, entre outubro e novembro do ano passado.

Segundo a empresa, os números globais e regionais do levantamento são ponderados de acordo com o PIB (Produto Interno Bruto) nominal dos países, para garantir que as opiniões dos CEOs sejam representadas de maneira equilibrada. O Brasil foi o segundo país com mais respondentes, depois dos Estados Unidos.

O levantamento fez um recorte especial para o setor de varejo e bens de consumo. No Brasil, depois dos problemas com pessoal, os presidentes do setor estão mais preocupados com riscos cibernéticos (31%), inflação (28%), instabilidade macroeconômica (26% das respostas) e mudanças climáticas (23%).

Já entre os presidentes dos demais setores no país, o “top five” das maiores preocupações se completa com instabilidade macroeconômica (27%), riscos cibernéticos (26%), inflação (24%) e disrupção tecnológica (24%) —neste último caso, relacionado ao uso da IA generativa.

“Foi a primeira vez que a falta de mão de obra liderou o ranking das ameaças do varejo”, diz Luciana Medeiros, sócia e líder da indústria de consumo e varejo da PwC Brasil. Na visão dos executivos, faltam profissionais capacitados para o setor, uma dificuldade que pode afetar diretamente a operação e o crescimento da companhia.

Curiosamente, outro levantamento feito pela PwC —”Mercado da Maioria”— feito há pouco mais de um ano com o Instituto Locomotiva, apontou que as classes C, D e E queriam consumir mais cursos, tanto de idiomas quanto de capacitação.

Os CEOs também estão aflitos quanto à necessidade de inovação. Para 33% dos líderes do varejo e consumo, as suas empresas não serão viáveis economicamente por mais de dez anos sem implementarem mudanças significativas. “É a necessidade de se reinventar batendo à porta”, diz Luciana. “Hoje este setor procura novos serviços e produtos, assim como novas maneiras de ter acesso ao consumidor.”

Nesse sentido, há um interesse em explorar o uso da inteligência artificial para ganhos de produtividade, em gestão do estoque e controle de pessoal, por exemplo. Segundo a pesquisa, 63% dos CEOs do setor relataram ganhos de eficiência com IA generativa no uso do tempo dos funcionários (frente a 52% dos CEOs de outros setores).

A exploração da base de dados dos clientes a partir da IA, a fim de gerar novas possibilidades de venda de produtos e serviços, foi apontada por 41% dos CEOs do setor. “Os executivos estão usando a tecnologia para conhecerem ainda mais os consumidores”, diz a executiva.

A confiança dos líderes do varejo na IA, por sinal, está muito acima da percepção dos CEOs de outros setores: 82% dos presidentes de empresas de varejo e consumo no Brasil planejam investir na integração da IA para desenvolvimento de competências e aprimorar a força de trabalho (substituindo contagens manuais e planilhas de Excel, por exemplo), frente a 46% da média nacional.

Entre as principais iniciativas de inovação, os líderes do varejo e consumo no Brasil procuraram desenvolver produtos ou serviços (41%), buscar uma nova base de clientes (36%), investir em novas estratégias de crescimento (36%) e implementar novos modelos de precificação (33%). Neste último quesito, destaca Luciana, o consumidor brasileiro quer transparência na precificação, para ter a certeza de que está pagando um preço justo, como já mostraram outras pesquisas da PwC.

Em relação às perspectivas econômicas, 62% dos CEOs do setor de consumo no Brasil esperam aceleração da economia local nos próximos 12 meses, abaixo da média nacional dos demais setores no país (73%). Ainda assim, a maioria destes CEOs (59%) pretende ampliar suas equipes em 12 meses, superando a média dos líderes dos outros setores (53%).

Apenas 15% dos líderes de varejo e consumo preveem desaceleração neste ano, percentual semelhante à média nacional (14%).

“Existe um cenário de otimismo cauteloso”, diz Luciana, ressaltando que, ainda assim, o Brasil se mostra mais otimista que o resto do mundo, onde 57% dos CEOs acreditam em aceleração dos negócios, 21% preveem estabilidade e, 22%, desaceleração.



Leia Mais: Folha

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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



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Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Ufac, Guida Aquino, assinou o contrato de digitalização do acervo de documentos acadêmicos. A ação ocorreu na tarde de quarta-feira, 13, no hall do Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca). A empresa responsável pelo serviço é a SOS Tecnologia e Gestão da Informação.

O processo atende à Portaria do MEC nº 360, de 18 de maio de 2022, que obriga instituições federais de ensino a converterem o acervo acadêmico para o meio digital. A medida busca garantir segurança, organização e acesso facilitado às informações, além de preservar documentos físicos de valor histórico e acadêmico.

Para a reitora Guida Aquino, a ação reforça o compromisso institucional com a memória da comunidade acadêmica. “É de extrema importância arquivar a história da nossa querida universidade”, afirmou.

A decisão foi discutida e aprovada pelo Comitê Gestor do Acervo Acadêmico da Ufac, em reunião realizada no dia 7 de julho de 2022. Agora, a meta é mensurar o tamanho dos arquivos do Nurca para dar continuidade ao processo, assegurando que toda a documentação esteja em conformidade legal e disponível em formato digital.



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