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Verdes da Alemanha pressionam para manter o poder – DW – 18/11/2024

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Não houve tempo para nostalgia ou olhar para trás com raiva, pois Os Verdes da Alemanha entraram em modo de campanha na conferência do partido no fim de semana em Wiesbaden.

Espera-se que a Alemanha eleja um novo parlamento federal em 23 de Fevereiro, sete meses antes do esperado, após o colapso da sua coligação governamental dos Verdes, o neoliberal Democratas Livres (FDP) e o centro-esquerda Sociais Democratas (SPD)sobre 6 de novembro.

Mas os Verdes, um antigo partido de protesto, não querem perder a esperança de se tornarem uma potência governante como parte de uma nova coligação. Os líderes do partido têm falado em assumir a responsabilidade pelo país em tempos difíceis – mesmo que isso possa significar ter de entrar numa coligação com os conservadores do Democratas-Cristãos (CDU) e União Social Cristã (CSU)que atualmente estão muito à frente nas pesquisas de opinião.

Vice-Chanceler e Ministro da Economia Roberto Habeck era eleito como principal candidato dos Verdes no domingo, com 96% dos votos. No seu discurso de aceitação, Habeck disse que a democracia estava ameaçada pelas divisões na sociedade, pelo extremismo de direita e pelos populistas. acrescentando que ainda não se sabia como seria a eleição do Donald Trump como o novo presidente dos EUA significaria para a segurança da Alemanha. Nesta situação dramática, tendo também em conta as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, os Verdes eram mais necessários do que nunca, segundo Habeck.

“A resposta da Alemanha à força crescente dos regimes autoritários não é mais nacionalismo, mas sim uma aliança de democratas numa União Europeia que é forte e está em contacto com os seus cidadãos”, disse ele em referência ao sucesso dos partidos populistas na Alemanha.

Nomeação de Habeck mostra que os Verdes da Alemanha querem governar

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Robert Habeck para chanceler?

Os Verdes estão a iniciar esta campanha eleitoral de costas contra a parede. Eles têm apenas cerca de 10-12% dos votos, de acordo com as últimas pesquisas.

Não é apenas Habeck, mas também os membros de base do partido que estão determinados a não sucumbir à tentação de fazer exigências máximas e, assim, certamente encontrar-se nas bancadas da oposição.

“Vejo aqui um partido que quer assumir a responsabilidade e ajudar a moldar as coisas”, disse Andrea Lübcke, delegada de Brandemburgo, à DW. “Devemos mostrar o que conseguimos e para onde queremos chegar e, no final, devemos fazer uma boa oferta ao povo”.

Os Verdes reformularam toda a sua equipa de liderança em Wiesbaden. Há várias semanas os antigos co-líderes o especialista em relações exteriores Omid Nouripour e a deputada do Bundestag Ricarda Lang anunciaram sua demissão em resposta às derrotas pesadas nas eleições recentes – especialmente Eleições para o Parlamento Europeu em junhoquando a percentagem de votos dos Verdes caiu de 20,5% nas eleições de 2019 para apenas 11,9%.

No sábado, o partido votou nos novos colíderes Felix Banaszak, legislador do Bundestag da Renânia do Norte-Vestfália, e Franziska Brantner, que atuou como secretária de Estado no Ministério da Economia de Habeck. Banaszak recebeu 93% dos votos dos delegados, Brantner cerca de 78%.

Brantner, 45 anos, cientista social, faz parte do círculo íntimo de Habeck. A sua eleição é a prova de que a campanha nacional dos Verdes será muito adaptada ao candidato principal a chanceler.

Ministro das Relações Exteriores Annalena Baerbockprincipal candidata do partido na campanha eleitoral de 2021, manifestou interesse em manter o seu cargo mesmo após as eleições antecipadas. O objectivo é defender o país e a democracia contra ameaças internas e externas, sobretudo, extremistas de direita e populistas, disse ela aos delegados do partido.

“A nossa responsabilidade como partido progressista é agora, acima de tudo, dar segurança, proteger o que nos é caro e sagrado”, disse ela. Baerbock também afirmou que os inimigos da democracia, do progresso e da liberdade jogaram com as inseguranças das pessoas ao “falar mal da Alemanha todos os dias”.

Foco nas mudanças climáticas, infraestrutura e habitação

Palestrante convidada Luisa Neubauer, a mais conhecida da Alemanha ativista climática do movimento Fridays for Futurelembrou aos Verdes que não deveriam esquecer a sua questão fundamental de combater mudanças climáticas em sua busca pelo poder.

“Se não nomearmos de forma honesta e clara o que está a acontecer em termos da crise climática e o que ainda precisa de ser feito em matéria de justiça climática, então todos os outros se esconderão atrás disso.” ela disse.

Ela apelou à equipa de Habeck para se envolver numa “verdadeira campanha eleitoral climática que ninguém mais está a fazer de outra forma”.

Os Verdes também querem resolver a escassez de habitação e renovar as infraestruturas deficientes do país. Todos estes são projectos que a coligação de centro-esquerda decidiu fazer, mas não conseguiu implementar.

Os Verdes mudaram claramente para o modo de campanha eleitoral. “Dada a situação no mundo, as crises e os conflitos, a guerra de agressão de Putin na Ucrânia, gostaríamos de ter mais responsabilidade pela continuação desta aliança”, disse Britta Hasselmann, líder parlamentar dos Verdes no Bundestag, à DW. “Mas agora estamos olhando para frente.”

Este sentimento também é impulsionado pelos quase 10.000 novos membros que o partido ganhou desde a queda do governo em 6 de Novembro, dando aos Verdes um número de membros de cerca de 140.000. Apesar disso, seria um enorme feito de força para o partido da protecção ambiental continuar a fazer parte do governo depois de 23 de Fevereiro.

Este artigo foi escrito originalmente em alemão.

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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