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A aposta da VW no Brasil pode ajudar com a queda das vendas na Alemanha e na China? – DW – 31/10/2024

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Volkswagen – há muito um símbolo da engenharia alemã e das proezas automotivas – está olhando para um futuro incertoconfrontado com uma série de desafios à medida que o mercado automóvel global transita dos motores de combustão interna para alternativas mais ecológicas, particularmente a mobilidade eléctrica.

A empresa na quarta-feira relatou seu trimestre menos lucrativo em anoscom o lucro a cair até 64% entre Julho e Setembro, para apenas 1,58 mil milhões de euros (1,7 mil milhões de dólares), face aos 4,35 mil milhões de euros que obteve um ano antes.

As receitas também foram ligeiramente mais baixas, caindo 0,5% para 78,49 mil milhões de euros.

Os números vieram como A VW, a maior montadora da Europa, estava envolvida em negociações sobre possíveis demissões em massa e cortes salariais.

O conselho de trabalhadores da empresa disse no início desta semana que a administração informou aos representantes dos funcionários que quer fechar pelo menos três fábricas na Alemanhae cortaram dezenas de milhares de empregos.

A administração apresentou na quarta-feira uma proposta de redução de custos aos trabalhadores, incluindo um corte salarial de 10% e um sistema de bônus revisado. Eles disseram que pode ser possível evitar o fechamento de fábricas se houver um acordo sobre o plano e outras medidas necessárias para fortalecer a montadora.

Rival estrangeiro ou questão interna: o que está atormentando a Volkswagen?

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Os chefes da VW dizem que o ambiente geral do mercado é “desafiador” e que há uma “necessidade urgente de reduções significativas de custos e ganhos de eficiência”.

Eles citam uma série de desenvolvimentos para os problemas da empresa, que vão desde o enfraquecimento da procura pelos seus veículos nos principais mercados e uma maior concorrência dos fabricantes chineses de automóveis eléctricos até aos elevados custos de mão-de-obra e energia na Alemanha.

Nos primeiros nove meses deste ano, as entregas da VW caíram cerca de 1,6% no seu mercado doméstico de A Alemanha, que luta contra a fraqueza económica e desafios estruturais crescentes.

Na China, que tem sido fundamental para a solidez financeira da empresa nos últimos anos, a queda chegou a 10,2%.

Os problemas da VW na China

China é o maior e mais lucrativo mercado para a VWrepresentando um terço das vendas globais da montadora e uma parcela significativa de seus lucros.

Mas a gigante automobilística alemã até agora não conseguiu quebrar o mercado de carros elétricos em rápido crescimento no país asiático, resultando na VW perdendo terreno rapidamente para rivais chineses como BYD, NIO e XPeng Motors.

Dunne Insights, uma empresa global de consultoria da indústria automobilística, estima que a participação dos veículos elétricos nas vendas totais de automóveis na China saltará para quase 50% este ano, contra apenas 6% em 2020.

Salientou que 18 dos 20 VE mais vendidos este ano são marcas chinesas, sendo os dois modelos restantes Teslas.

Indústria automobilística alemã enfrenta uma recessão iminente

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Entretanto, dos mais de 1,3 milhões de unidades VW vendidas na China no primeiro semestre do ano, apenas pouco mais de 90.000 eram elétricas.

Alicia Garcia-Herrero, membro sénior do think tank europeu Bruegel, disse que será cada vez mais difícil para os fabricantes de automóveis europeus como a VW competir no mercado chinês.

“A China subiu na hierarquia, está a competir com empresas europeias, talvez o setor do luxo seja o menos afetado, mas há muito nacionalismo e pressão das marcas locais, por isso penso, francamente, que será cada vez mais difícil”, disse ela. disse à DW.

“Além disso, o crescimento está a abrandar. Então, como sabem, não há consumo suficiente por parte das famílias chinesas para realmente apoiar o crescimento dos fabricantes de automóveis europeus na China”, acrescentou o especialista.

O que está por trás do crescimento impressionante no Brasil?

Enquanto a VW enfrenta uma grave crise nos seus principais países europeus e Mercados asiáticosa montadora ainda registra crescimento em regiões como América do Norte e América do Sul.

No Brasil, por exemplo, a empresa disse no início deste mês que suas vendas cresceram 19,1%.

“No mercado chinês, os carros elétricos são importantes. Mas no Brasil, eles não são tão importantes. Em segundo lugar, modelos relativamente mais antigos e mais acessíveis funcionam bem no Brasil”, o que tem ajudado a VW até agora, disse Ferdinand Dudenhöffer, diretor do Centro de Automotive Research (CAR) na cidade alemã de Bochum, disse à DW.

No entanto, “o Brasil é pequeno demais para compensar a fraqueza da Europa e da China”, disse ele, acrescentando que o bom desempenho do país sul-americano é como “uma gota no oceano e não resolverá o problema” de declínio das vendas da VW nos principais mercados.

O especialista também destacou que a VW enfrentará maior concorrência das montadoras chinesas em Brasil nos próximos cinco anos.

“A empresa enfrentará uma concorrência maior mesmo quando se trata de motores a combustão e de veículos movidos a etanol. A concorrência vai se tornar acirrada, no momento ainda é relativamente administrável, mas certamente se tornará mais acirrada.”

Temores de que a China ultrapasse a Alemanha, país automobilístico

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Para fortalecer sua posição no mercado brasileiro, a VW disse este ano que vai injetar mais dinheiro no país para desenvolver novos modelos, incluindo veículos flex, híbridos e elétricos.

Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Brasileira dos Fabricantes de Veículos Automotores), disse à DW que o país está “vivendo o maior ciclo de investimentos da história do setor automotivo, com 130 bilhões de reais (20,9 bilhões de euros) investidos em veículos apenas os fabricantes, sem contar os fornecedores de peças automotivas.”

Ele observou que vários fatores contribuíram para o fluxo de investimentos, incluindo o ritmo de recuperação do mercado automobilístico brasileiro, a estabilidade econômica e política, bem como políticas industriais favoráveis.

Leite também atribuiu à política MOVER do governo brasileiro o impulso ao setor. O programa oferece incentivos fiscais para montadoras comprometidas com o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono, como veículos híbridos e elétricos, no país.

Vendas de veículos elétricos aumentam no Brasil

Embora os carros elétricos ainda representem menos de 5% das vendas globais de veículos no Brasil, eles estão registrando um rápido crescimento.

E as empresas chinesas já estão a fazer incursões no mercado.

Será que as novas tarifas da UE sobre os automóveis chineses poderão sair pela culatra?

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Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), vendas de carros eletrificados saltaram 146% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anteriorpara 79.304 unidades, com os rivais chineses da VW BYD e Great Wall Motor liderando o grupo.

O governo brasileiro respondeu às crescentes importações de VE impondo tarifas de 10% no início deste ano, que foram aumentadas para 18% em julho e devem chegar a 35% até 2026.

Neste contexto, para competir eficazmente com as empresas chinesas, “é importante que a VW não fique parada com os modelos de veículos existentes”, disse Dudenhöffer.

“Como os chineses, tal como os japoneses, estão a criar veículos mais modernos, a VW deve gerir eficazmente a transição e modernizar os seus veículos, peça por peça, para que não seja ultrapassada pela concorrência no futuro.”

Editado por: Ashutosh Pandey



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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