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A COP30 entre a diplomacia e o folclore – 04/01/2025 – Elio Gaspari

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Começou a contagem regressiva para a 30ª Conferência da ONU para Mudanças Climáticas, a ser realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro.

Já germinaram duas correntes. Uma privilegia as discussões técnicas e a negociação diplomática. A outra estimula eventos folclóricos. Elas podem conviver, mas basta perder a mão para se produzir situações ridículas, como a da recente passagem do presidente americano Joe Biden por Manaus.

Os eventos têm a virtude de distrair a atenção de quem quer debates sérios. Como a Amazônia é um prato cheio para encenações, a marquetagem tende a privilegiar eventos cenográficos. Eles darão brilho às figuras de penetras infiltrados no cenário de uma reunião diplomática.

Belém já tem problemas de infraestrutura suficientes para ocupar os çábios do governo. Brasília anunciou R$ 4,7 bilhões de investimentos na cidade. É um bom dinheiro e pode mudar a cara da cidade.

Valeria a pena incluir na equipe que planeja as iniciativas alguém que conheça o desastre dos investimentos feitos no Rio para as Olimpíadas de 2016. (A Olimpíada de 2012 de Londres revitalizou uma parte da cidade. A do Rio engordou investimentos imobiliários em Miami.)

As COPs, como quase todas as grandes reuniões da ONU, têm uma tradição de muito palavrório e poucos resultados. Se a conferência de Belém for nessa linha, o Brasil e a Amazônia serão associados a um fracasso.

Palavras ao fogo

O Brasil fechou 2024 com 278 mil incêndios na mata, um aumento de 46% em relação a 2023 e o pior resultado desde 2007. Diga-se que esses são fogos passados.

Com o novo ano, o relógio corre para que se meça o tempo de hibernação da promessa de criação de uma Autoridade Climática, reiterada por Lula em setembro do ano passado. A criação desse novo organismo era uma promessa de campanha.

Os agrotrogloditas são contra qualquer iniciativa para a proteção do meio ambiente, mas a Autoridade Climática não sai por causa de quizilas dentro do próprio governo. Cada quadrado da burocracia ambiental defende quaisquer iniciativas, desde que não se mexa no seu mundinho de poder.

Se a Autoridade Climática for criada amanhã, será possível que em novembro tenha resultados a oferecer.


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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

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Curso de Letras/Libras da Ufac realiza sua 8ª Semana Acadêmica — Universidade Federal do Acre

O curso de Letras/Libras da Ufac realizou, nessa segunda-feira, 3, a abertura de sua 8ª Semana Acadêmica, com o tema “Povo Surdo: Entrelaçamentos entre Línguas e Culturas”. A programação continua até quarta-feira, 5, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede, com palestras, minicursos e mesas-redondas que abordam o bilinguismo, a educação inclusiva e as práticas pedagógicas voltadas à comunidade surda.

“A Semana de Letras/Libras é um momento importante para o curso e para a universidade”, disse a pró-reitora de Graduação, Edinaceli Damasceno. “Reúne alunos, professores e a comunidade surda em torno de um diálogo sobre educação, cultura e inclusão. Ainda enfrentamos desafios, mas o curso tem se consolidado como um dos mais importantes da Ufac.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou que o evento representa um espaço de transformação institucional. “A semana provoca uma reflexão sobre a necessidade de acolher o povo surdo e integrar essa diversidade. A inclusão não é mais uma escolha, é uma necessidade. As universidades precisam se mobilizar para acompanhar as mudanças sociais e culturais, e o curso de Libras tem um papel fundamental nesse processo.”

A organizadora da semana, Karlene Souza, destacou que o evento celebra os 11 anos do curso e marca um momento de fortalecimento da extensão universitária. “Essa é uma oportunidade de promover discussões sobre bilinguismo e educação de surdos com nossos alunos, egressos e a comunidade externa. Convidamos pesquisadores e professores surdos para compartilhar experiências e ampliar o debate sobre as políticas públicas de educação bilíngue.”

A palestra de abertura foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, referência nacional nos estudos sobre bilinguismo e ensino de português como segunda língua para surdos.

O evento também conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado de Educação e Cultura, da Secretaria Municipal de Educação, do Centro de Apoio ao Surdo e de profissionais que atuam na gestão da educação especial.

 

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)

 

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Propeg — Universidade Federal do Acre

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Propeg — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) comunica que estão abertas as inscrições até esta segunda-feira, 3, para o mestrado profissional em Administração Pública (Profiap). São oferecidas oito vagas para servidores da Ufac, duas para instituições de ensino federais e quatro para ampla concorrência.

 

Confira mais informações e o QR code na imagem abaixo:

 



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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

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Atlética Sinistra conquista 5º título em disputa de baterias em RO — Universidade Federal do Acre

A atlética Sinistra, do curso de Medicina da Ufac, participou, entre os dias 22 e 26 de outubro, do 10º Intermed Rondônia-Acre, sediado pela atlética Marreta, em Porto Velho. O evento reuniu estudantes de diferentes instituições dos dois Estados em competições esportivas e culturais, com destaque para a tradicional disputa de baterias universitárias.

Na competição musical, a bateria da atlética Sinistra conquistou o pentacampeonato do Intermed (2018, 2019, 2023, 2024 e 2025), tornando-se a mais premiada da história do evento. O grupo superou sete concorrentes do Acre e de Rondônia, com uma apresentação que se destacou pela técnica, criatividade e entrosamento.

Além do título principal, a bateria levou quase todos os prêmios individuais da disputa, incluindo melhor estandarte, chocalho, tamborim, mestre de bateria, surdos de marcação e surdos de terceira.

Nas modalidades esportivas, a Sinistra obteve o terceiro lugar geral, sendo a única equipe fora de Porto Velho a subir no pódio, por uma diferença mínima de pontos do segundo colocado.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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