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A nova visão de Jair Bolsonaro sobre o golpe de 1964

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Matheus Leitão

Ufa, finalmente uma nova visão de Bolsonaro sobre o golpe de 64

Na entrevista em que admitiu se refugiar em uma embaixada para não ser preso, Jair Bolsonaro finalmente mudou sua visão sobre o 31 de Março e o 1º de Abril de 1964, afirmando que houve sim um golpe de estado.

Ufa. Demorou só 35 anos de vida pública para o ex-presidente fazer isso.

Questionado pela jornalista Raquel Landim se algum subordinado pediu para ele dar um golpe de Estado em 2022, o líder da extrema-direita brasileira respondeu que “golpe de estado […] tem que articular com as Forças Armadas, com políticos, classe empresarial, como fizeram em 1964”.

Bolsonaro sempre negou que tenha havido golpe em 64 ou mesmo ditadura. Ele é inclusive um defensor das barbáries da tortura de um regime que usou a força bruta do estado contra o cidadão comum.

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Em entrevista a este colunista quando ainda era deputado, ele afirmou que a ditadura teve eleição presidencial indireta pelo Congresso, que apoiou tudo o que os militares quiseram.

Confrontado com as cassações de mandatos, as prisões arbitrárias, a censura à imprensa, com a tortura ou mesmo o próprio fechamento do parlamento e a troca de ministros do Supremo, o político sempre desconversava, ao longo dos anos, ou fugia do tema com questionamentos sobre o comunismo.

Indiciado pela tentativa violenta de abolir o estado democrático de direito em pleno 2024, com uma trama envolvendo outras 36 pessoas, incluindo ministros de estado e generais, Bolsonaro finalmente disse a verdade.

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A narrativa de que houve uma “revolução” foi abandonada. 

Mas Bolsonaro também mostrou que sabia o caminho. Tentou articular com as Forças Armadas durante todo o governo. Fracassou no final. Conseguiu uma rede de apoio de políticos. Não foi suficiente. Tentou se cercar de empresários golpistas. Foram menos do que ele queria. Pelo que descreveu agora, e diante do que ele fez nos quatro anos de mandato, dá para concluir que ele tentou seguir a receita de 1964, mas não foi bem sucedido. 



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Frase do dia: Ciro Gomes

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Frase do dia: Ciro Gomes

Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Charge do JCaesar: 05 de maio

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Charge do JCaesar: 05 de maio

Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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