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A retórica de guerra da Coreia do Norte é apoiada por ameaças reais? – DW – 19/11/2024

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O retórica beligerante do regime norte-coreano tem subiu para novos máximos nos últimos dias, com Kim Jong Un apelando publicamente aos militares para prepare-se para a guerra e que as capacidades nucleares do país sejam desenvolvidas “sem limitações”.

A mídia estatal KCNA citou na segunda-feira Kim dizendo a oficiais militares e políticos do Exército do Povo Coreano que os inimigos da nação estão intensificando confrontos “frenéticos” com Coréia do Norte.

“Fortaleceremos nosso poder de autodefesa, centrado nas forças nucleares, sem limitações… e incessantemente”, informou Kim em seu discurso, segundo a KCNA.

Ele também criticou a recente cooperação em segurança entre Coréia do Sulo NÓS e Japão — descrevendo a sua aliança trilateral como uma ameaça à paz e à estabilidade na região.

Kim acusou Washington e o Ocidente de usarem Ucrânia como uma guerra por procuração para lutar Rússia e expandir o seu domínio militar global.

Um editorial da KCNA publicado na terça-feira disse que Pyongyang se reservava o direito de realizar “respostas retaliatórias”, acrescentando: “O destino miserável daqueles que deram o primeiro passo em direção à cooperação trilateral demonstra que a ‘era da cooperação trilateral’ é uma era sombria, sem futuro.”

Não cruzando nenhuma linha vermelha

Embora os analistas digam que a região precisa de estar vigilante e monitorizar de perto os movimentos das forças armadas do Norte, a sensação é de que Pyongyang está consciente de que permanece militarmente inferior à aliança da Coreia do Sul e dos EUA e não pretende atravessar qualquer fronteira vermelha. linhas ou provocar um conflito em grande escala.

O líder norte-coreano Kim Jong Un (E) inspeciona o teste de desempenho de drones de ataque suicida em um local não revelado na Coreia do Norte
Kim Jong Un ordenou a “produção em massa” de drones de ataque suicida, informou a mídia estatal em 15 de novembro.Imagem: KCNA VIA KNS/AFP

Advertem, no entanto, que existe sempre a possibilidade de um conflito de pequena escala que possa resultar de um mal-entendido na tensa fronteira Norte-Sul, que rapidamente se transformará em algo mais sério, especialmente quando os dois lados não estão a comunicar.

“Não estou muito preocupado com as coisas fervilhando neste momento, especialmente se Kim estiver enviando munições e pessoal militar para Ucrânia para ajudar a Rússia”, disse Dan Pinkston, professor de relações internacionais no campus de Seul da Universidade Troy.

“Não creio que ele queira lutar aqui agora, o que significa que a retórica furiosa que estamos a ver neste momento está a ser usada para intimidar o Sul e os seus aliados no mundo democrático”, disse ele à DW.

Da mesma forma, o forte apoio do regime norte-coreano a tudo o que a Rússia faz na cena internacional destina-se a reforçar a imagem de um poderosa aliança política e militar que os inimigos não deveriam tentar testar, acrescentou Pinkston.

“E embora não saibamos o que se passa em Pyongyang, é uma característica deste tipo de regimes que, quando se sentem ameaçados ou enfrentam alguma forma de instabilidade interna, frequentemente os vemos envolvidos neste tipo de golpes de sabre para alimentar a tensão e o medo em casa e fazer com que seu povo se reúna em torno da bandeira”, disse ele.

Negócios como sempre na Coreia do Sul

Entre os sul-coreanos comuns, tudo parece continuar como sempre.

“Realmente não me preocupo porque já vimos tudo isto antes”, disse Eunkoo Lee, co-fundador de uma ONG com sede em Seul que ajuda desertores norte-coreanos a instalarem-se no Sul. “Estamos acostumados com essas tensões.”

EUA, Japão e Coreia do Sul realizam exercícios militares no Leste Asiático

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Eunkoo mora na cidade de Ilsan, que fica a noroeste de Seul e a apenas 20 quilômetros (12 milhas) da fronteira com a Coreia do Norte. Os sinais de trânsito na área ainda indicam distâncias até Pyongyang, embora a fronteira esteja firmemente fechada.

“Muitas vezes recebemos notificações do governo sobre como precisamos ter cuidado caso algo aconteça e como precisamos estar prontos para agir, mas as relações com o Norte sempre foram difíceis, então ninguém pensa muito nisso”, disse ela. DW.

Balões e tensões fronteiriças

A Coreia do Norte enviou milhares de balões carregando sacos de lixo — incluindo pontas de cigarro, garrafas de plástico e roupas velhas — do outro lado da fronteira.

Lee os descreveu como um pequeno inconveniente que causou danos limitados, descartando-os como inúteis para fins de propaganda. Seus amigos desertores concordaram, dizendo que os balões têm pouco impacto.

Relações Coreia do Norte-Coreia do Sul atingem novo mínimo

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Estão a ouvir através das suas redes clandestinas norte-coreanas que os balões enviados por grupos de direitos humanos ao Norte com medicamentos, pequenas quantidades de alimentos, dinheiro e cartões de memória com notícias e programas de televisão do Sul estão a ter um impacto na sociedade norte-coreana.

O facto de Pyongyang estar tão desesperado para parar os balões e punir tão severamente qualquer pessoa encontrada na posse de meios de comunicação estrangeiros indica que está preocupado, dizem.

‘Postura’ da Coreia do Norte

Os desertores concordam que muitas das ameaças do Norte equivalem a postura.

E embora Pinkston esteja relativamente confiante de que os militares de Kim não estão actualmente dispostos a desafiar o Sul, isso poderá não ser verdade dentro de alguns anos.

“As coisas podem ser muito diferentes em apenas três ou quatro anos”, disse ele. “Há preocupação de que a Rússia esteja a fornecer ao Norte muita tecnologia militar avançada e que as suas forças em Kursk estejam a aprender importantes habilidades no campo de batalha”.

Os especialistas alertam que as mudanças políticas em Washington poderão enfraquecer o apoio dos EUA à Coreia do Sul – deixando o Sul mais vulnerável a um Norte militarmente fortalecido.

Kyiv: Tropas norte-coreanas já lutam pela Rússia

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Editado por: Keith Walker



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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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