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A virada do jovem expulso de casa por homofobia; Morou com animais e hoje é vereador

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Lucas Soares, hoje conhecido como Apollo Vicz, foi expulso de casa na adolescência depois de ser vítima de homofobia, mas o jovem conseguiu se reerguer, batalhou pelo que queria e se tornou vereador no Ceará.

Sem ter para onde ir, ele encontrou abrigo no São Lázaro, um local dedicado ao resgate de animais abandonados. Ali, cercado por bichinhos, que também precisam de amor, ele começou a curar as feridas.

O rapaz abraçou a causa animal e adotou o nome Apollo Vicz. Em 2020, entrou na política, mas não foi eleito. Em 2024, ele voltou e conseguiu o cargo de vereador em Fortaleza. Pouco tempo depois, assumiu como deputado estadual interino e foi indicado como secretário de Proteção Animal da cidade. Que jornada!

O abandono

Aos 13 anos, Lucas se viu em situação de rua. Foi Rosane Dantas, fundadora do Abrigo São Lázaro, quem o acolheu.

Convivendo com animais resgatados, o garoto se apaixonou pela causa e fez disso sua nova bandeira.

“A conexão com os animais, sem espécime, já era algo que trazia no meu coração muito antes de ser adotado por ela. Quando o abrigo me resgatou, assim como faz com os animais, eu entendi o que o universo estava tentando me dizer e compreendi a minha missão. Foi ali que minha vida começou a fazer sentido”, disse em entrevista ao O Povo.

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Proteção animal à política

Inspirado pela convivência, ele entendeu a importância da causa animal, que faz parte de sua trajetória de superação.

Dentro do próprio abrigo, ele começou a se dedicar ao resgate e reabilitação de vítimas de maus-tratos.

Nesse período, começou a ganhar relevância eleitoral. Em 2020, tentou pela primeira vez como vereador de Fortaleza pelo PDT. Conseguiu 4.348 votos e ficou na suplência.

Em 2022, mais uma tentativa. Dessa vez, como Deputado Estadual. Recebeu 30.119 votos no Ceará e ficou na segunda suplência do PSD.

Vereador dos animais

Se dividindo entre a política e o trabalho no abrigo, em 2024, ele se lançou, mais uma vez, para a Câmara Municipal. E a coroação veio.

Com 12.772 votos, Lucas foi eleito vereador. Já no dia 22 de outubro, em função da licença maternidade de uma colega de bancada, Lucas assumiu o mandato de deputado estadual.

No dia 1° de janeiro, após tomar posse na Câmara, veio outra surpresa. O jovem, que chegou a morar nas ruas, se tornou secretário da Proteção Animal, nomeado pelo prefeito Evandro Leitão (PT).

“Gosto de desafios, principalmente como protetor, ocupando esse espaço para fazer a diferença. Sobre o Legislativo, foi incrível. Protocolamos nove projetos, sendo sete projetos de leis. Projetos feitos com muito cuidado e atenção para garantir eficiência. Atualmente, essas proposições encontram-se em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece)”, comemorou.

“Protetor na política”

Hoje, se denomina um “protetor na política” e não um “político na proteção animal” e disse que tem uma dívida grande com os bichinhos, que o ajudaram a chegar onde chegou.

“Notoriedade não equivale a soluções ou ao respeito aos direitos. Ainda temos muito a avançar e isso é evidente. Basta olhar para as ruas e para o crescente abandono. A verdadeira notoriedade está vinculada ao cumprimento da lei e à reparação que deve ser histórica em relação aos animais e aos protetores”.

“Acho que isso diz muito sobre mim e reflete o meu compromisso com aqueles que me trouxeram até aqui”, finalizou.

Na web, ele compartilha a rotina como Secretário:

Apollo tem uma jornada lindíssima defendendo a causa animal. – Foto: Blog Roberto Moreira

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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