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Acabar com as deportações “draconianas” em massa de haitianos que fogem de gangues, dizem ativistas | Haiti

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Natricia Duncan, Anthony Lugg in Kingston and agencies

Os activistas apelaram aos governos das Caraíbas para que parem com a deportação em massa de haitianos que fogem da escalada da violência dos gangues que ceifou milhares de vidas e deslocou centenas de milhares de pessoas.

No último mês, dezenas de milhares de pessoas foram deportadas para Haitiincluindo 61 mil da vizinha República Dominicana, cujo presidente prometeu recentemente deportar 10 mil migrantes por semana.

Em Outubro, os EUA deportaram 258 haitianos, enquanto as Ilhas Turcas e Caicos, a Jamaica e os Bahamas deportaram um total combinado de 231, de acordo com Sam Guillaume, porta-voz do Grupo de Apoio aos Retornados e Refugiados do Haiti.

Ativistas e organizações de direitos humanos nas Caraíbas dizem estar preocupados com as medidas “draconianas” de deportação e argumentam que os refugiados que regressarem ao Haiti irão simplesmente juntar-se às cerca de 700 mil pessoas que ficaram desalojadas devido à continuação do conflito.

“Muitos deles não conseguem voltar para casa porque seu bairro é controlado por gangues”, disse Guillaume.

Aqueles detidos para deportação no República Dominicana estão sendo forçados a entrar em prisões lotadas, sem água, sem comida e sem camas, e às vezes recebem gás lacrimogêneo quando protestam contra o tratamento recebido, disse Guillaume.

“As pessoas estão sendo tratadas como criminosas”, disse ele.

As acusações foram negadas por Julio Caraballo, porta-voz do gabinete de migração da República Dominicana, que afirmou que as deportações são realizadas com “respeito pela integridade física dos detidos, com respeito pelos direitos humanos e com dignidade”, acrescentando que as refeições e cuidados médicos foram fornecido aos detidos.

Em Jamaicaa advogada internacional de direitos humanos Malene Alleyne, que apoia os requerentes de asilo haitianos, também levantou preocupações sobre o processamento de casos de refugiados.

Alleyne disse que os refugiados lhe contaram o medo de serem devolvidos a uma “zona de guerra”.

“A Jamaica adoptou uma abordagem draconiana que se baseia na expulsão colectiva, sem avaliar de forma individualizada as suas necessidades de protecção e o risco de perseguição no seu regresso ao Haiti, e por isso temos crianças e mulheres que teriam necessidades de protecção a serem enviadas de volta sem o devido processo legal. e sem oportunidade de falar com um advogado”, disse ela.

O Ministro da Segurança Nacional da Jamaica, Horace Chang, disse que as autoridades de imigração estavam seguindo as leis do país.

“Não é uma posição do governo, é a lei do país. Se você vier aqui ilegalmente e não for desembarcado, eles o devolverão ao seu país. A lei do país me diz que se as autoridades de imigração encontrarem uma razão para não desembarcá-los porque estão aqui ilegalmente, você os envia de volta ao seu país. Eles fazem isso com americanos, colombianos, azerbaijanos (nacionais) – porque já tivemos um – e nós fazemos isso com os cubanos. Mandamos para casa 17 cubanos”, disse ele.

Alleyne apelou a uma abordagem regional para lidar com o êxodo em massa de pessoas do Haiti, que deverá aumentar em meio a um aumento na violência apesar da chegada de um governo liderado pelo Quénia missão de policiamento internacional no início deste ano.

À medida que os gangues aumentam o controlo de Porto Príncipe e do principal aeroporto do país, cenas de famílias desesperadas a fazerem as malas em busca de refúgio tornam-se mais comuns no condado em apuros.

A organização de direitos humanos de Alleyne, Freedom Imaginaries, está a fazer campanha para que o órgão intergovernamental das Caraíbas, Caricom, estabeleça um quadro para lidar com casos de asilo e refugiados em conformidade com os princípios de assistência humanitária.

Ela disse: “Precisamos de um procedimento de asilo que nos permita examinar adequadamente as pessoas, para que as pessoas com reivindicações legítimas não sejam expulsas coletivamente com outras, e de uma abordagem multilateral que reúna agências governamentais, a sociedade civil, a comunidade internacional e, o que é mais importante, , Caricom porque isso não é algo que pode ser resolvido por qualquer ator agindo sozinho, tem que ser uma abordagem abrangente baseada nos direitos da região.”



Leia Mais: The Guardian

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Ufac recebe equipamentos para Laboratórios de Toxicologia e Farmácia Viva — Universidade Federal do Acre

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Ufac recebe equipamentos para Laboratórios de Toxicologia e Farmácia Viva — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou nesta segunda-feira, 1º, na sala ambiente do bloco de Nutrição, a entrega oficial do material destinado ao Laboratório de Toxicologia Analítica e ao Projeto Farmácia Viva, reforçando a infraestrutura científica da instituição e ampliando o suporte às ações de ensino, pesquisa e extensão.

A ação integra o Projeto de Implantação do Laboratório de Toxicologia Analítica, que recebeu a doação de 21 equipamentos permanentes, adquiridos com recursos do Ministério Público do Trabalho da 14ª Região (MPT-14), mediante autorização da Primeira Vara Federal do Acre. A iniciativa reconhece o interesse público e a relevância social das atividades desenvolvidas pela Universidade Federal do Acre, especialmente nas áreas da saúde, inovação científica e desenvolvimento regional.

Os equipamentos recebidos fortalecem duas frentes estratégicas da instituição. No âmbito do Projeto Farmácia Viva, eles ampliam a capacidade de cultivo, processamento e controle de qualidade de plantas medicinais, reforçando também as ações de extensão voltadas à promoção da saúde e ao uso racional de fitoterápicos. Já na área de toxicologia analítica, os novos aparelhos permitem o desenvolvimento e validação de métodos de análise, o processamento de matrizes biológicas e ambientais e o suporte a investigações científicas e forenses.

“Parabenizo os três professores que estão à frente desse projeto: a professora Marta Adelino, Dayan Marques e Anne Grace. Isso moderniza nossa universidade e representa um salto qualitativo na formação de profissionais”,  afirma a reitora Guida Aquino.

O professor Dayan de Araújo Marques, docente do Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD) e farmacêutico industrial, realizou a apresentação das fases do projeto. Ele destacou que a parceria com o MPT-14 representa a consolidação de um espaço científico. “Essa consolidação é capaz de oferecer respostas mais rápidas e precisas às demandas de saúde e meio ambiente no Acre, reduzindo a dependência de laboratórios externos e ampliando o impacto social das pesquisas desenvolvidas na universidade”.

Com a entrega desse conjunto tecnológico, a instituição eleva seu potencial de atuação laboratorial e reafirma o compromisso com a produção de conhecimento e o atendimento às demandas da sociedade acreana.

Também compuseram o dispositivo de honra o Pró Reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; a coordenadora do projeto do laboratório de toxicologia analítica, Marta Adelino da Silva Faria; a procuradora do Trabalho, representando o ministério público, Ana Paula Pinheiro de Carvalho.

 



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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.

A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”

A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”

Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”

A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.

A ação marca a primeira iniciativa formalizada voltada à proteção do maior fragmento urbano de floresta em Rio Branco. As propostas foram desenvolvidas com o apoio de servidores do PZ e utilizaram ferramentas como o QGIS, mapas mentais e dados de campo.

Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.

Os estudos sugerem a criação de um Plano Permanente com ações como: Parcerias com o Corpo de Bombeiros; Definição de rotas de fuga e acessos de emergência; Manutenção de aceiros e sinalização; Instalação de hidrantes ou reservatórios móveis; Monitoramento por drones; Formação de brigada voluntária e contratação de brigadistas em período de estiagem.

O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.

“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.

Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.

 



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