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Alaíde Costa e Wisnik abrilhantam Cultura Artística – 14/03/2025 – Ilustrada

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Felipe Maia
“Tem que ser de circo para cantar a música dele”, diz Alaíde Costa em um dos interlúdios proseados de sua apresentação com José Miguel Wisnik. Pois ninguém melhor que ela própria, que se iniciou num picadeiro de circo —vitoriosa em uma competição de canto— e se agigantou com malabares únicos de voz até alcançar o panteão da música brasileira.
Nesta quinta (13), a cantora e o pianista abrilhantaram a retomada do Teatro Cultura Artística, no centro de São Paulo, em curso desde a reabertura em agosto último. Após intensos trabalhos ante às ruínas do incêndio de 2008, a casa voltou a cumprir a vocação apontada pelas musas das artes de Di Cavalcanti em sua portentosa fachada —empena remanescente da tragédia. Com Costa e Wisnik, a sala foi da música.
O concerto de pouco mais de uma hora consiste essencialmente no álbum lançado pelo duo em 2020. “O Anel” é a celebração de um encontro em 1968. Aos 19 anos, o prodígio da música e estudante de letras Zé Miguel abocanhara uma vaga no Festival Universitário da Canção Popular —época em que todas essas palavras tinham outro significado. O jovem escolheu Alaíde Costa para interpretar sua canção, que lhe retribuiu com um anel. Estava selada a aliança.
“Outra Viagem”, a música que os uniu, é ponto alto no palco do teatro. Pontuando o piano contorcionista de Wisnik, Costa é precisa como Maria Callas e eloquente como Billie Holiday. Não arfa nem perde o compasso passeando entre divisões incomuns e notas díspares. À beira dos 90 anos, é uma atleta: ora sentada, ora em pé, sempre serena e nunca rendida a exageros.
Na canção que dá nome ao disco, o paso doble de Costa e Alaíde ganha cor entre cantiga de roda desconstruída de um e solfejo ornamentado de outra —seu destaque em “Me Deixa em Paz”, dueto atemporal com Milton Nascimento. Em “Saudade de Saudade”, cantora e pianista perseguem voz de uma e melodia de outro em torno de uma melancólica modinha.
Esse movimento circular é também sinuoso entre erudito e popular. Costa resgata com graça “Come again”, canção renascentista e item caro de se ver e ouvir hoje em dia. “Assum Preto” acena para o clássico “Asa Branca” em intertextualidade típica à obra de Wisnik. Sem o arranjo etéreo de cordas da gravação original, contudo, cabe à intérprete a tarefa árdua de preencher o arranjo. É um raro momento em que Costa parece deslizar.
Aliás, se as composições do ensaísta Wisnik soam às vezes como um conto borgiano ou uma escada do pintor Escher —entremeadas entre fim e começo—, cabe ao contrabaixo de Sidiel Vieira, ao clarinete de Nailor Proveta e à bateria de Sérgio Reze dar margem, linha e pontuação ao texto. Este último, comedido mesmo cercado de tambores e pratos, dá ritmo à virtuosidade melódica e harmônica do duo que toma o centro do teatro.
No palco, Wisnik é um coadjuvante de luxo de uma estrela em eterna ascensão. Esnobada da historiografia dominante da bossa nova e encurralada por sua condição —recusar o que se esperava de uma cantora negra—, Alaíde Costa vem sendo celebrada ano após ano. Com ganas de jovem, a cantora lança ainda em 2025 um disco em homenagem a Dalva de Oliveira, ídolo de sua mocidade.
A própria Costa foi homenageada recentemente. Na novela “Garota do Momento”, ela virou personagem da história e também surgiu à frente das câmeras sob salva de palmas do elenco. Entre ficção de TV e realidade de parcerias longevas com nomes como Wisnik, os palcos hoje se tornaram generosos para a artista. Ovacionada ao fim do espetáculo, com um buquê de flores a tiracolo, ela entrou para a coxia do Teatro Cultura Artística apressada para o que vem pela frente.
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Idosa vende bolo na rua para sobreviver e mora em casa que está desabando. Ajude

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20 minutos atrásem
9 de maio de 2025
Todos os dias, dona Edna enfrenta o calor grande de Teresina (Ì) e vai para a rua vender o bolinho dela para conseguir ganhar um pouco de dinheiro para comer. Além da dificuldade para se manter, agora ela enfrenta outro grande problema, está com a casa prestes a desabar e, se isso acontecer, a idosa vai ficar sem um teto para viver.
Dona Edna vive sozinha e a única pessoa por perto é a sobrinha Jordana, que também enfrenta dificuldades e ajuda como pode. O lar de dona Edna é uma casa de taipa, daquelas feitas de barro e madeira, e que já não oferece mais segurança.
As paredes estão rachadas, o teto tem buracos, e quando chove, a água entra por todos os lados. Ela já perdeu tudo uma vez. Agora, corre o risco de perder o pouco que restou. Você pode ajudar a mudar o final dessa história! Doe na vaquinha da dona Edna.
Dificuldades são muitas
A situação que a idosa vive é de partir o coração. Ela vende bolo na rua smpre com um sorriso e quem a vê não imagina o sufoco que a idosa passa em casa.
Quando o tempo fecha, ela mal consegue dormir. A água entra por todos os cantos, molha tudo, e traz de volta o medo que ela já conhece bem.
No ano passado, uma enchente invadiu a casa onde vivia e levou tudo embora. Desde então, ela só tem uma rede, pendurada num cantinho seco, onde tenta descansar à noite e uma geladeira, que vive vazia.
Veja outras histórias do SVB:
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Como ajudar
Ela não reclama, mas quem conhece a história sabe o quanto ela precisa de ajuda. Não estamos falando apenas de conforto, mas de dignidade, de um lar seguro, de alimentação garantida e de paz.
Qualquer pessoa pode contribuir com uma doação para ajudar a reconstruir a casa de dona Edna e garantir que ela tenha um lar de verdade — seco, seguro e digno.
Doe pelo PIX: edna@sovaquinhaboa.com.br
Você também pode doar pelo site do Só Vaquinha Boa, usando cartão de crédito. Ajude a dona Edna neste link.
Vamos juntos mostrar que a solidariedade transforma vidas? Dona Edna merece viver com o mínimo de tranquilidade que qualquer ser humano precisa.
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Criança autista desaparecida é resgatada em rodovia movimentada; vídeo

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9 de maio de 2025
Um momento de desespero terminou com um final feliz. Uma criança autista de 11 anos, que não se comunica verbalmente, foi salva depois de correr por uma rodovia movimentada. A ação rápida dos policiais foi fundamental!
A cena, captada em vídeo no último dia 9 de março em Santee, Califórnia, é desesperadora. O pequeno fugiu de um supermercado enquanto a família, que acionou a polícia, fazia compras.
A resposta foi rápida: equipes do Gabinete do xerife do Condado de San Diego iniciaram a busca, com o apoio de helicópteros. Graças a uma rede de apoio, o garoto foi encontrado muito assustado, mas foi salvo sem ferimentos.
Desaparecimento repentino
Em questão de segundos, o menino que não teve o nome identificado sumiu.
Depois que saiu correndo do mercado, a família ficou desesperada.
Por ser autista e não se comunicar pela fala, a preocupação foi ainda maior.
Assim que perceberam o desaparecimento, os familiares acionaram o 911.
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Mobilização grande
A busca contou com um helicóptero e mensagens de alerta enviadas à população.
A comunidade se mobilizou rapidamente para ajudar nas buscas.
Todos tinham atenção máxima e qualquer sinal de pista era comunicado à polícia.
Momento do alívio
Por volta das 17h, o despachante Shiloh Cobert, que estava de folga, viu uma criança com as mesmas características perto da rampa de acesso à rodovia.
Mesmo fora de serviço, ele chamou o reforço, parou o carro e seguiu o menino até o canteiro central da estrada.
A tensão era grande: qualquer movimento brusco o garoto poderia correr para o meio dos carros.
Ação policial
Quando os policiais chegaram, o pequeno estava no topo de um barranco.
Assustado, ele pulou o guarda-corpo e correu pela rodovia.
Os agentes Cody Green e Michael Moser não hesitaram: pularam a proteção e correram atrás dele.
Depois de alguns minutos de perseguição, o menino foi entregue à famila, sem ferimentos. Final feliz!
“O Gabinete do Xerife do Condado de San Diego gostaria de agradecer ao despachante do xerife Shiloh Corbet, aos delegados Cody Green e Michael Moser, bem como à delegacia do xerife de Santee, à subdelegacia do xerife de Lakeside, ao ASTREA do xerife, ao centro de comunicações do xerife e a vários bons samaritanos por trabalharem juntos para encontrar a criança desaparecida e colocá-la em segurança.”
O momento desesperador foi capturado em vídeo:
Recently, the quick thinking actions of an off-duty @SDSheriff Dispatcher and @SDSOSantee Deputies led to the rescue of an 11-year-old non-verbal child with autism who had wandered onto a freeway in @CityofSantee.
We want to thank them, as well as several Good Samaritans, for… pic.twitter.com/2pW1xtyKv3
— San Diego Sheriff (@SDSheriff) April 29, 2025
O garoto estava muito assustado, foi no fim deu tudo certo. Que ação! – Foto: San Diego Sheriff
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Quem é o novo papa: Leão XIV é progressista e vai seguir os passos de Francisco: ‘o mal não prevalecerá’

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8 de maio de 2025
Rinaldo de Oliveira
08 / 05 / 2025 às 16 : 05
Leão XIV: o novo papa é o primeiro norte-americano a assumir o cargo. – Foto: Foto: Robson Caramano/CNBB
A fumaça branca que emocionou o mundo nesta quinta-feira (8) saiu da Capela Sistina por volta das 13h07, no horário de Brasília, e anunciou um novo capítulo para a Igreja Católica. O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi escolhido como o novo papa e adotou o nome de Leão XIV. Ele recebeu o apoio de pelo menos 89 dos 133 cardeais votantes — número necessário para a eleição.
Aos 69 anos, Prevost faz história ao se tornar o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e o primeiro vindo de um país de maioria protestante. Apesar da nacionalidade, ele construiu grande parte de sua trajetória religiosa na América Latina, especialmente no Peru, onde se destacou pela atuação pastoral e por defender os mais vulneráveis.
Com um perfil discreto e sereno, o novo papa é considerado progressista e alinhado com a linha de abertura e acolhimento de Francisco. A escolha de Leão XIV indica que a Igreja deve seguir no caminho das reformas e da escuta, com foco em justiça social e combate aos abusos. Logo após a eleição, o novo papa afirmou em suas primeiras palavras públicas: “O mal não prevalecerá”.
Americano com alma latina
Robert Francis Prevost nasceu em Chicago, nos Estados Unidos, em 1955. Entrou para a vida religiosa aos 22 anos, formou-se em teologia e, aos 27, foi enviado a Roma para estudar direito canônico, o conjunto de leis que rege a Igreja. Pouco depois, iniciou a missão no Peru, país onde viveu por mais de uma década.
Foi no país andino que ele enfrentou desafios profundos: lidou com a pobreza extrema, conflitos políticos e chegou até a cobrar desculpas públicas durante o governo autoritário de Fujimori. A sua ligação com o povo peruano marcou sua atuação e moldou seu compromisso com a justiça e a escuta dos que mais sofrem.
Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, no Peru, onde virou bispo. Durante esse período, enfrentou denúncias delicadas de acobertamento de abusos, que ainda estão sob investigação no Vaticano. Segundo a diocese, ele seguiu os protocolos da Igreja, afastando um dos acusados e informando Roma.
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Próximo de Francisco
Antes de ser eleito papa, Prevost ocupava dois dos cargos mais importantes da Cúria Romana: era prefeito do Dicastério para os Bispos, responsável pela nomeação de líderes católicos no mundo, e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina. Em 2023, foi nomeado cardeal — e passou menos de dois anos no cargo antes de se tornar papa, o que é considerado raro.
Apesar de evitar os holofotes, era visto como uma figura influente, confiável e próxima de Francisco. Em um momento delicado, durante a internação do papa anterior, Prevost foi o escolhido para liderar uma oração pública no Vaticano — gesto simbólico que muitos consideraram um sinal de confiança e continuidade.
A escolha de seu nome, Leão XIV, também traz força simbólica. Ao contrário dos últimos papas, que escolheram nomes mais associados à humildade, como João Paulo ou Francisco, Leão remete a um tempo em que a Igreja enfrentava desafios externos com firmeza. O novo pontífice, no entanto, disse que a escolha representa “coragem contra o mal, com ternura e fé”.
Como foi o conclave
O conclave teve início na quarta-feira (7), com a participação de 133 cardeais, incluindo sete brasileiros. As primeiras três rodadas de votação não tiveram sucesso: a fumaça preta, que indica que nenhum nome havia alcançado dois terços dos votos, apareceu na quarta-feira à tarde e na manhã desta quinta.
Foi somente na quarta votação, já após o almoço, que a decisão saiu. A fumaça branca subiu no céu de Roma, emocionando fiéis no mundo inteiro. Na Praça São Pedro, milhares de pessoas aplaudiram e choraram ao ver a fumaça que sinalizava: “Temos um papa”.
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