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Alemanha atrás no esporte para deficientes – DW – 12/03/2024

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Anos depois de ganhar medalhas de ouro no Paraolimpíadas e vários títulos de Campeonatos Mundiais, Heinrich Popow acredita que o futuro das pessoas com deficiência é mais brilhante do que nunca, graças em parte ao sucesso e à crescente popularidade dos Jogos Paraolímpicos. Mas há uma questão social específica que o amputado de perna gostaria de ver mudado: os adultos devem ver as pessoas com deficiência através dos mesmos olhos e curiosidade que as crianças.
“A maior mudança que eu adoraria ver é quebrar as barreiras de ter isto, como chamamos em alemão, Medo de contatocom medo de chegar muito perto”, disse Popow à DW. “A maneira como as crianças interagem com pessoas com deficiência e também com coisas que veem pela primeira vez. Isso é o que eu gostaria de ver os adultos fazerem.
“Então, quando eu, por exemplo, vou para o jardim de infância de short no verão, sou o papai mais legal do mundo porque as crianças me aceitam. E então me perguntam: ‘O que você tem?’ Então eu explico. E porque minhas duas filhas sempre colocam adesivos novos nas minhas pernas, todo dia eu tenho uma perna diferente.
“O que eu realmente adoraria ver é que nos aceitássemos como somos e aprendêssemos com as crianças.”
Um dos maiores para-atletas da Alemanha
Popow afirma que a amputação da perna foi mais difícil para seus pais do que para seu filho de 9 anos. Ele permaneceu ativo nos esportes e acabou optando pelo atletismo no clube esportivo Bayer Leverkusen. Em 2002, aos 19 anos, Popow ganhou a medalha de bronze no Campeonato Mundial de Atletismo do Comitê Paraolímpico Internacional em Lille, França. Seguiram-se três medalhas de bronze na categoria T42 nos Jogos Paraolímpicos de 2004 em Atenas, depois uma prata em Pequim 2008, e depois uma medalha de ouro nos 100 metros nas Paraolimpíadas de Londres. Ele conquistou o ouro no salto em distância nos Jogos do Rio de 2016. “O esporte me deu a oportunidade de ultrapassar barreiras e limites”, disse Popow. E ainda acontece.
Além de incentivar e estimular aqueles que podem ter novas deficiências a praticarem o esporte hoje em dia, ele promove e defende ativamente as pessoas com deficiência na Alemanha e em todo o mundo. Ele é frequentemente visto em clínicas e outras oportunidades de envolvimento da empresa de mobilidade Ottobock (que o emprega), que se concentra, entre outras coisas, em próteses para quem teve amputações, lesões ou doenças neurológicas.
Inclusão gera sucesso
As viagens de Popow o levaram a acreditar que os países que se saem bem nas Paraolimpíadas geralmente se dão bem com a inclusão dos deficientes em seus países de origem. A Alemanha terminou em um decepcionante 11º lugar no quadro de medalhas das Paraolimpíadas de 2024. Popow acredita ter uma ideia do porquê.
“Base esportes na Alemanha não estão melhorando da maneira que precisam”, disse ele à DW. Uma pesquisa do governo federal em 2022 sugeriu que mais da metade das pessoas com deficiência na Alemanha evitavam esportes. Parte do motivo pode ser que 90% de todos os campos de jogos e ginásios não eram livres de barreiras. Entretanto, as companhias de seguros muitas vezes não cobrem dispositivos médicos para desporto.
“Acho que o governo e as seguradoras podem economizar muito dinheiro se perceberem que pagar por esportes para deficientes é melhor do que pagar uma farmácia.
“Eu administro clínicas e vejo atividades em todo o mundo. A Holanda está fazendo um excelente trabalho. É do tamanho do estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália e tem mais sucesso do que todo o nosso país.” A Holanda ficou em 4º lugar no quadro de medalhas das Paraolimpíadas de 2024.
O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência ajuda?
Popow é um reforço declarado para pessoas com deficiência. Ele tem a certeza de que o único dia do ano reservado pela ONU para promover os direitos e o bem-estar das pessoas com deficiência é positivo de uma forma que vai muito além da simples sensibilização. “Às vezes esqueço o dia do meu casamento”, brincou. “Mas este dia da ONU torna-se cada vez mais especial.”
No entanto, ele reconhece que, tendo convivido com a sua deficiência desde 1992 (tinha nove anos quando uma forma rara de cancro na panturrilha esquerda levou à amputação da perna esquerda), o dia pessoalmente importa menos para ele do que antes. Aqueles que ficaram recentemente incapacitados vêem as coisas de forma muito diferente, e o reconhecimento desse facto é importante, disse ele.
“Não tenho restrições por causa da minha deficiência no meu dia a dia. Está lotado de filhos, trabalho e tudo mais, mas nenhum movimento adicional é importante.
“Mas, para ser sincero, e isso também é algo em que a comunidade (com deficiência) pensa, é mais importante se pensarmos nas deficiências todos os dias, como a consciência que deveríamos ter todos os dias.
“Um dia especial é bom, mas é apenas um passo. Precisamos desse segundo e terceiro dia.”
E além.
Editado por: Matt Pearson
Paraolimpíadas: como os atletas ganham a vida
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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6 dias atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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6 dias atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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6 dias atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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