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Alex Salmond normalizou o conceito de independência escocesa ao liderar o SNP ao poder | Alex Salmond

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Severin Carrell and Libby Brooks

Alex Salmond consolidou o seu lugar na história política britânica em Maio de 2011, quando ele e o Partido Nacional Escocês fizeram algo extraordinário.

Eles ganharam a maioria geral em Holyroodsob um sistema proporcional concebido para promover coligações e não a dominação de um partido. Com o SNP conquistando 69 dos 129 assentos de Holyrood, o resultado trouxe duas coisas que definiram o legado de Salmond.

Estabeleceu o SNP como uma força política formidável, forjada em grande parte pelo que John Swinney descreveu no domingo como a “determinação absoluta” de Salmond em vencer. E em segundo lugar, estabeleceu que um referendo sobre Independência escocesa era inevitável.

No entanto, surgiram posteriormente questões sobre os efeitos colaterais do poder que Salmond foi autorizado a acumular dentro do partido e do governo escocês.

Isso impediu que alguns dos colegas de Salmond vissem ou agissem com base em evidências perturbadoras sobre sua conduta pessoal, ações que mais tarde levaram ao seu julgamento por agressão sexual e a amarga disputa com Nicola Esturjão que definiu seus últimos anos?

Poucos meses depois das eleições de 2011, o então governo de coligação Conservador-Liberal Democrata liderado por David Cameron concordou rapidamente com as exigências de Salmond para um referendo. Na altura, o apoio à independência rondava os 32%; Cameron e seus aliados próximos estavam confiantes na vitória e em 19 de setembro de 2014 a nenhuma campanha ganhou em 55% a 45%.

Salmond desistiu, abrindo caminho para que Sturgeon fosse eleito líder do SNP sem oposição. Mas nessa derrota Salmond conseguiu normalizar a independência como uma posição popular, graças à profundidade e qualidade da sua parceria com Sturgeon. Ela atraiu eleitores urbanos mais jovens e de esquerda, complementando seu apelo à classe média rural e suburbana. Escócia.

O apoio à independência tem oscilado desde então entre 45% e 50%. O voto sim é agora a vontade estabelecida da maioria dos eleitores mais jovens.

Também preparou o SNP para se tornar uma das forças políticas mais dominantes na história política britânica recente. Até Julho deste ano, o SNP não tinha perdido uma eleição na Escócia desde a sua primeira vitória estreita em 2007.

Impulsionado pelo notável aumento no apoio do SNP que surgiu da derrota no referendo, quando o número de membros do partido subiu para 120.000, o SNP ganhou uma vitória extraordinária eleições esmagadoras em 2015obtendo 56 dos 59 assentos de Westminster da Escócia com 50% dos votos.

No entanto, esse foi, em retrospecto, o ponto alto de Sturgeon. O referendo da UE em 2016, quando a Escócia votou pela permanência, mas se esperava que concordasse com o Brexit por causa do voto da Inglaterra pela saída, turbinou brevemente o apoio à independência.

As suas tentativas de alavancar um segundo referendo de independência do Brexit saíram pela culatra nas eleições gerais de 2017. Os eleitores ficaram alienados pela sua retórica, e o SNP perdeu uma série de assentos – incluindo Salmond. Ele nunca havia perdido uma disputa parlamentar antes e atacou.

Para frustração de Sturgeon, Salmond ignorou os conselhos dos seus assessores mais próximos para escolher uma saída digna, criando uma fundação ou escolhendo funções internacionais. Em vez disso, ele lançou um programa de bate-papo no canal de televisão RT, financiado pelo Kremlin.

Alex Salmond durante o lançamento de seu chat show RT em 2017. Fotografia: Chris Radburn/PA

Em agosto de 2018, surgiu a notícia de que Salmond havia sido investigado por funcionários do governo escocês por suposta má conduta para com funcionárias públicas. Embora as conclusões tenham sido posteriormente anuladas por um tribunal por falhas processuais, incluindo parcialidade aparente, esse inquérito interno teve acolheu cinco reclamações de duas mulheres.

Em março de 2020, Salmond foi processado por 13 acusações de agressão sexual, incluindo agressão sexual com intenção de estuprar. Ele foi absolvido de todas as acusações, mas o julgamento ouviu que algumas reclamações foram tratadas discretamente por alguns dos funcionários de Salmond; alguns reclamantes admitiram que minimizaram suas experiências na época para evitar minar a campanha de independência de Salmond.

Até mesmo seu advogado descreveu o comportamento “sensível” de Salmond como “inapropriado”. Um confidente sugere que ele não estava disposto a reflectir sobre a sua parte nesta situação e ainda acreditava fortemente que as acusações eram o resultado de uma conspiração.

A essa altura, Holyrood havia lançado sua investigação sobre a má gestão da revisão interna pelo governo, consolidando uma rivalidade agora aberta com Sturgeon.

Na primavera de 2021, a popularidade de Salmond despencou: as pesquisas abertas mostraram que apenas 8% dos eleitores eram favoráveis ​​a ele; até 75% não gostavam dele. A popularidade do Sturgeon disparou, especialmente durante o primeiro ano da crise de Covid.

Salmond saiu do SNP furioso, criando um partido rival, Alba. Tornou-se uma saída para um punhado de políticos do SNP e para os ativistas irritados com as políticas progressistas e focadas na identidade de Sturgeon e com sua aliança com os Verdes Escoceses.

Com a morte inesperada de Salmond Alba é pouco provável que sobreviva como força política. É improvável que o seu único MSP, Ash Regan, ganhe um assento nas próximas eleições de Holyrood; nas eleições gerais de julho, Alba obteve apenas 0,5% dos votos nacionais.

A morte de Salmond também levanta uma questão mais subtil e significativa para o movimento nacionalista mais amplo. Com Sturgeon agora um backbencher em grande parte inativo que pode não se candidatar novamente a Holyrood, Swinney é o único líder nacionalista estabelecido que resta.

Há um punhado de possíveis candidatos na geração mais jovem – a deputada de Swinney, Kate Forbes, e o líder do partido em Westminster, Stephen Flynn, são mencionados com mais frequência, mas até a próxima eleição de Holyrood em 2026, Swinney será o último veterano em pé.



Leia Mais: The Guardian

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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