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Boas Práticas: Magistrados fazem Justiça nas ondas do rádio

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É só ligar o rádio e eles estão tirando dúvidas, explicando a legislação e até temas polêmicos que envolvam alguns dos principais assuntos dos noticiários regionais e nacionais. Os juízes Cloves Ferreira e Giodane Dourado são comunicadores, possuem desenvoltura em utilizar o meio de comunicação mais tradicional e que possui mais de um século de idade, mas que não deixa de fazer parte da vida de todas as gerações de acreanos.

Toda segunda-feira, entre 7h e 7h30, o titular da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, o juiz Cloves, apresenta o programa Audiência Pública, na Difusora AM, rádio pública pioneira em informar ribeirinhos e seringueiros mesmo antes da existência de rodovias, telefones via satélite ou qualquer outro meio de comunicação tecnológico.

No estúdio, o telefone sempre toca, mas não para pedir música, como as rádios convencionais. Ele recebe muitas dúvidas. São pessoas agradecendo pela existência do programa e outras pedindo orientação.

“É gratificante pois faz com que a gente continue a realizar esse trabalho, tendo a certeza que essa concretização do desejo e do objetivo do programa.  Apesar de toda a tecnologia, ainda existe uma parcela da sociedade que tem acesso ao rádio e que utiliza o rádio como forma de comunicação e atualização”, afirmou Cloves.

O magistrado afirmou que o propósito de orientar começou em Cruzeiro do Sul, em 1996, com o programa “Vagalume”, em que ainda havia a participação do juiz Luís Camolez, atual presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), os promotores Álvaro Luiz Araújo Pereira e Alessandra Garcia Marques, além do defensor Alberto Augusto.

“Era um programa diário com a participação de outros colegas, tirando dúvidas. Em 2001, iniciamos o projeto já em Rio Branco, quando fui presidente da Asmac. Posteriormente, o Tribunal de Justiça abraçou a causa”, detalhou o titular da 4ª Vara Criminal.

Para animar o programa e atrair a nova geração, a programação também é retransmitida pelo Facebook. Dr. Cloves faz questão de conectar as mídias e, utilizando o próprio celular, ele faz imagens ao vivo.

“Não sei bem se o rádio seria hoje o melhor meio, mas ainda é um meio importante. O programa, aliado a atual tecnologia, o Facebook, possibilita fazer o rádio e ao mesmo tempo utilizar uma mídia mais moderna e, com isso, ter acesso a este público mais moderno e ao público ter acesso ao Judiciário, ao próprio juiz e à informação atualizada. Uma orientação ajustada para que o cidadão possa exercer direitos e deveres”, explicou o magistrado.

O titular do 3º Juizado Especial Cível da Comarca de Rio Branco, o juiz Giordane Dourado, segue um perfil diferente, há quase três meses possui uma coluna em uma rádio FM, mas que também transmite notícias, a CBN. Duas vezes por semana, toda terça-feira e quarta-feira, ele apresenta o “Análise CBN com Giordane Dourado”, em que opina sobre os fatos atuais, buscando debater a legislação, os direitos e deveres.

“Nessa coluna sempre escolho um tema relacionado com a Justiça, mas sempre dialogando com a sociedade. Faço esse link para não ficar no juridiquês, para que as pessoas entendam, por exemplo, já falei sobre a greve dos caminhoneiros, falei sobre o direito ao esquecimento, que é uma decisão do STJ, dentro de uma perspectiva de Justiça. O sistema carcerário brasileiro, tributação, mas de uma forma bem objetiva e prática para que as pessoas possam assimilar aquele assunto no dia a dia”, afirmou o magistrado.

Como uma pessoa que gosta de constante interação, Giordane Dourado defende que a magistratura pode ir além dos gabinetes, trocando informações com a comunidade, oferecendo orientações.

“O importante é que Poder Judiciário, na figura de um magistrado, tem essa oportunidade de dialogar com a sociedade, ou seja, não ficamos, aqui, adstritos ao gabinete, aos processos. Claro, não vou falar de processo específico, até porque existe uma vedação ética e legal, mas posso falar de maneira geral sobre a Justiça, sobre temas que interessam a Justiça e a comunidade”, detalhou o titular do 3º Juizado Especial Cível.

Para ampliar o debate, ele também utiliza publicações no Facebook para lançar os temas das colunas. Assim, ele recebe contribuições da própria população que demonstra o interesse em participar.

“Os usuários, os ouvintes, interagem, mandam mensagens. Eles comentam alguma publicação que faço no Facebook. Geralmente, antecipo no Facebook o assunto que vou falar na coluna e alguém vai e faz um comentário e muitas vezes pego do comentário uma perspectiva, um exemplo, para falar na coluna”, esclareceu o magistrado.

Segundo Giordane Dourado, a informalidade da rádio e o debate sobre o contexto vivido pelo brasileiro amplia o entendimento sobre as leis.

“Trabalhar com o contexto humaniza, porque é uma manifestação sobre algum tema que está preocupando ou que se trata de uma curiosidade coletiva. No tema greve dos caminhoneiros, por exemplo, falamos sobre a lei, inclusive a questão tributária, porque o combustível é caro devido a tributação excessiva, então acabo dialogando com o dia a dia das pessoas. Procuro falar com uma linguagem mais simples, mais prática, fugindo do juridiquês, claro, as vezes solto alguma expressão jurídica, algum conceito jurídico, porque existem profissionais do direito que escutam a coluna, mas a preocupação maior é com o ouvinte que não tem formação jurídica e que precisa integrar aquele diálogo”, explicou.

A maior preocupação dos magistrados é orientar, mostrar que existem direitos que a população pode buscar e deveres a serem cumpridos por todos os cidadãos.

“Falamos de direitos, mas também abordamos os deveres e as obrigações de cada um e a coluna tem o propósito de orientar, o lado pedagógico, de orientação sobre certas questões, inclusive sobre deveres do próprio poder público. As pessoas se interessam muito porque leva esclarecimento”, resumiu o titular do 3º Juizado Especial Cível. Por Assessoria.

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Ufac promove ações pelo fim da violência contra a mulher — Universidade Federal do Acre

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A Ufac realizou ações de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em alusão à campanha Agosto Lilás. A programação, que ocorreu nesta segunda-feira, 25, incluiu distribuição de adesivos na entrada principal do campus-sede, às 7h, com a participação de pró-reitores, membros da administração superior e servidores, que entregaram mais de 2 mil adesivos da campanha às pessoas que acessavam a instituição. Outro adesivaço foi realizado no Restaurante Universitário (RU), às 11h.

“É uma alegria imensa a Ufac abraçar essa causa tão importante, que é a não violência contra a mulher”, disse a reitora Guida Aquino. “Como mulher, como mãe, como gestora, como cidadã, eu defendo o nosso gênero. Precisamos de mais carinho, mais afeto, mais amor e não violência. Não à violência contra a mulher, sigamos firmes e fortes.”
Até 12h, o estacionamento do RU recebeu o Ônibus Lilás, da Secretaria de Estado da Mulher, oferecendo atendimento psicológico, jurídico e outras orientações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.

Agosto Lilás



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Evento no PZ para estudantes do Ifac difunde espécies botânicas — Universidade Federal do Acre

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A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex) da Ufac realizou a abertura do Floresta em Evidência, nesta quarta-feira, 20, no auditório da Associação dos Docentes (Adufac). O projeto de extensão segue até quinta-feira, 21, desenvolvido pelo Herbário do Parque Zoobotânico (PZ) da Ufac em parceria com o Instituto Federal do Acre (Ifac) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A iniciativa tem como público-alvo estudantes do campus Transacreana do Ifac.

O projeto busca difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre coleta, identificação e preservação de espécies botânicas, contribuindo para valorização da biodiversidade amazônica e fortalecimento da pesquisa científica na região.

Representando a Proex, a professora Keiti Roseani Mendes Pereira enfatizou a importância da extensão universitária como espaço de democratização do conhecimento. “A extensão nos permite sair dos muros da universidade e alcançar a sociedade.”

O coordenador do PZ, Harley Araújo, destacou a contribuição do parque para a conservação ambiental e a formação de profissionais. “A documentação botânica está diretamente ligada à conservação. O PZ é uma unidade integradora da universidade que abriga mais de 400 espécies de animais e mais de 340 espécies florestais nativas.”

A professora do Ifac, Rosana Cavalcante, lembrou que a articulação entre instituições é fundamental para consolidar a pesquisa no Acre. “Ninguém faz ciência sozinho. Esse curso é fruto de parcerias e amizades acadêmicas que nos permitem avançar. Para mim, voltar à Ufac nesse contexto é motivo de grande emoção.”

A pesquisadora Viviane Stern ressaltou a relevância da etnobotânica como campo de estudo voltado para a interação entre pessoas e plantas. “A Amazônia é enorme e diversa; conhecer essa relação entre comunidades e a floresta é essencial para compreender e preservar. Estou muito feliz com a recepção e em poder colaborar com esse trabalho em parceria com a Ufac e o Ifac.”

O evento contou ainda com a palestra da professora Andréa Rocha (Ufac), que abordou o tema “Justiça Climática e Produção Acadêmica na Amazônia”.

Nesta quarta-feira, à tarde, no PZ, ocorre a parte teórica do minicurso “Coleta e Herborização: Apoiando a Documentação da Sociobiodiversidade na Amazônia”. Na quinta-feira, 21, será realizada a etapa prática do curso, também no PZ, encerrando o evento.



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Ufac recebe deputado Tadeu Hassem e vereadores de Capixaba para tratar de cursos e transporte estudantil — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino, recebeu, na manhã desta segunda-feira, 18, no gabinete da reitoria, a visita do deputado estadual Tadeu Hassem (Republicanos) e de vereadores do município de Capixaba. A pauta do encontro envolveu a possibilidade de oferta de cursos de graduação no município e apoio ao transporte de estudantes daquele município que frequentam a instituição em Rio Branco.

A reitora Guida Aquino destacou que a interiorização do ensino superior é um compromisso da universidade, mas depende de emendas parlamentares para custeio e viabilização dos cursos. “O meu partido é a educação, e a universidade tem sido o caminho de transformação para jovens do interior. É por meio de parcerias e recursos destinados por parlamentares que conseguimos levar cursos fora da sede. Precisamos estar juntos para garantir essas oportunidades”, afirmou.

Atualmente, 32 alunos de Capixaba estudam na Ufac. A demanda apresentada pelos parlamentares inclui parcerias com o governo estadual para garantir transporte adequado, além da implantação de cursos a distância por meio do polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com a prefeitura.

O deputado Tadeu Hassem reforçou o pedido de apoio e colocou seu mandato à disposição para buscar soluções junto ao governo estadual. “Estamos tratando de um tema fundamental para Capixaba. Queremos viabilizar transporte aos estudantes e também novas possibilidades de cursos, seja de forma presencial ou a distância. Esse é um compromisso que assumimos com a população”, declarou.

A vereadora Dra. Ângela Paula (PL) ressaltou a transformação pessoal que viveu ao ingressar na universidade e defendeu a importância de ampliar esse acesso para jovens de Capixaba. “A universidade mudou minha vida e pode mudar a vida de muitas outras pessoas. Hoje, nossos alunos têm dificuldades para se deslocar e muitos desistem do sonho. Precisamos de sensibilidade para garantir oportunidades de estudo também no nosso município”, disse.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Abreu Damasceno; o presidente da Câmara Municipal de Capixaba, Diego Paulista (PP); e o advogado Amós D’Ávila de Paulo, representante legal do Legislativo municipal.



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