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Buzz do Oscar e desprezo pelo gênero: a Academia finalmente dará o devido valor à ficção científica, à fantasia e ao terror? | Filme
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Ben Child
UMh, o Oscar. Aquele exercício perene em Hollywood dando tapinhas nas costas com toda a sutileza de uma queima de fogos de artifício, enquanto o resto de nós olha para as telas e se pergunta quantos desses filmes realmente vimos.
Há pelo menos dois anos, havia algo para os fãs do gênero se vangloriarem: Tudo em todos os lugares ao mesmo tempo dirigiu tudo o que estava à sua frente, criando e ressuscitando carreiras enquanto satirizava de forma inteligente a saga do multiverso da Marvel antes mesmo que esta tivesse a chance de entrar em colapso sob o peso de seus próprios cronogramas complicados.
E aqueles de nós de uma safra mais antiga sempre terão 2004, quando O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei invadiu o Oscar como um hobbit no segundo café da manhã, varrendo 11 estatuetas e provando que um épico de fantasia, quando executado com suficiente coração, grandeza e ambição sangrenta, não poderiam deixar à Academia outra escolha senão entregar todos os prêmios à vista.
Outras vezes, foi fácil se desesperar com a relutância da Academia em recompensar pratos de fantasia. Os filmes de gênero muitas vezes dominam os gongos técnicos, mas lutam para quebrar as barreiras do “prestígio” das indicações de melhor filme, diretor ou ator. Os filmes de animação, por mais inovadores que sejam, raramente saem de sua categoria. O notável Homem-Aranha: No Aranhaversopor exemplo, ganhou o prêmio de melhor filme de animação em 2019, mas não foi indicado em nenhuma das categorias mais celebradas.
Muitas pessoas podem esperar que Denis Villeneuve Duna: Parte Doisum sucesso de crítica que também arrecadou mais do que decentes US$ 714 milhões (£ 584 milhões) nas bilheterias globais, para apimentar as coisas quando os indicados ao 97º Oscar forem anunciados oficialmente na quinta-feira. Uma indicação de melhor filme é uma possibilidade genuína, já que a Academia expandiu a categoria para 10 indicados, mas é provável que Villeneuve precise mais uma vez se contentar com indicações em diversas categorias técnicas (Duna ganhou quatro deles, junto com trilha sonora e fotografia, em 2022).
Estará a Academia adiando para recompensar a grande conquista do cineasta canadense quando a terceira parte chegar, quando uma geração anterior de eleitores conquistou Peter Jackson para O Senhor dos Anéis em 2004? Nesse caso, a espera pode demorar mais do que contar cada grão de areia em Arrakis, já que Villeneuve ainda não se comprometeu com uma data de início e estará trabalhando na sequência mais fraca de Frank Herbert, Duna Messias.
Então há Malvadoa empolgante adaptação de Jon M Chu do fenômeno da Broadway. Tem todas as características de um candidato em potencial: material de origem adorado, performances poderosas e um espetáculo mais brilhante do que uma residência em Las Vegas. Os musicais sempre tiveram mais facilidade em cortejar os eleitores do Oscar (veja: Chicago), embora os abundantes elementos de fantasia de Wicked possam torná-lo um ajuste estranho para uma Academia que ainda prefere histórias de pessoas “reais” fazendo coisas “reais” – muitas vezes em espartilhos, às vezes enquanto lutava contra o vício e, ocasionalmente, enquanto suportava silenciosamente alguma forma de opressão histórica.
Coralie Fargeat A substância é um exemplo tão raro de filme de terror de ficção científica com algo a dizer que poderia facilmente ser confundido com um episódio de longa-metragem de Black Mirror, de Charlie Brooker. Demi Moore é amplamente cotada para a indicação de melhor atriz – ou até mesmo para a vitória – enquanto a co-estrela Margaret Qualley parece estar na disputa para atriz coadjuvante.
Enquanto isso, o temperamental, meticulosamente elaborado e assumidamente estranho de Robert Eggers Nosferatus tem participação em diversas categorias técnicas, como design de produção e maquiagem e penteado. Um remake do clássico de 1922, a versão de Eggers está repleta de seu amor característico por visuais repletos de sombras e detalhes históricos, tornando-o menos um filme de terror e mais uma imersão imersiva na loucura.
O único problema é que o terror no Oscar tem historicamente se saído tão bem quanto os vampiros em um festival de alho. Talvez, apenas talvez, este ano seja diferente.
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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