A Chapada Diamantina é a mais nova região cafeeira com denominação de origem do Brasil, anunciou nesta terça-feira (15) o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Trata-se do primeiro produto baiano a obter a chancela.
As Indicações Geográficas (IGs) consistem em um selo –que no Brasil é conferido pelo INPI– que reconhece uma região célebre pela produção de determinado produto.
Ela pode ser uma indicação de procedência (IP), que apenas delimita a região que tenha se tornado conhecida como centro de produção, ou denominação de origem (DO), que designa um produto cujas qualidades se devam ao meio geográfico.
Essa última, de obtenção mais difícil, é o que ocorre na Europa com o espumante da região de Champagne, na França, ou os queijos parmigiano reggiano, na Itália.
Atualmente, a Bahia tem cinco IGs, todas elas de Procedência (IP): Sul da Bahia (amêndoas de cacau), Região Oeste da Bahia (café), Microrregião Abaíra (cachaça), Vale Submédio São Francisco (uvas e mangas) e Vale do São Francisco (vinhos e espumantes).
Ao todo, 24 municípios fazem parte da área delimitada pela recém-conquistada denominação de origem de café. Segundo o INPI, fatores humanos e ambientais do local fazem a bebida ter um sabor e propriedades únicas –encorpada, adocicada, com acidez cítrica, notas de nozes e chocolate, além de final prolongado.
O reconhecimento de uma região como IG tem sido uma crescente na cafeicultura brasileira, como mostrou o Café na Prensa. O selo ajuda a agregar valor ao produto e facilita o acesso a novos mercados.
Várias entidades apoiam os projetos para que as regiões cafeeiras alcancem esse patamar. Entre essas organizações estão o CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e o Sebrae.
Segundo a coordenadora de Tecnologias Portadoras de Futuro do Sebrae, Hulda Giesbrecht, o selo agora conquistado pelos produtores da Chapada Diamantina fortalece a reputação do produto ali cultivado e deve fazer com que esses agricultores tenham mais acesso sobretudo ao mercado internacional.
OUTRAS NOTÍCIAS DO SETOR DE CAFÉ
Recorde na Alta Mogiana – A Terracota Specialty Coffee, do produtor Flávio Antônio de Matos, foi a vencedora do Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana. O grão da variedade geisha alcançou uma nota de 91,43 pontos na escala de avaliação sensorial e foi vendido pelo valor recorde de R$ 25.000,00 a saca de 60kg.
Atletas do café – O barista Lucas Almeida, da cafeteria Solo Brewing, do Recife, conquistou a Olimpíada do Café 2024, que ocorreu nesta semana, em Natal. Ele foi seguido por João Gabriel e Aruan Thiele, ambos do Observatório do Café, situado na capital potiguar. Os três ganharam uma viagem para a Semana Internacional do Café, evento mais importante do setor, que ocorre em novembro, em Belo Horizonte. Esta foi a primeira edição da competição organizada pelo especialista Edgard Bressani.
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