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Centenas de vírus vivem em chuveiros e escovas de dente – DW – 10/10/2024

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Banhos quentes são ótimos, mas você não é o único organismo que se banha na água quente – uma nova pesquisa dos EUA descobriu que diversas comunidades de vírus também residem no seu chuveiro.

Aparentemente, isso é uma boa notícia.

“O número de vírus que encontramos é absolutamente selvagem”, disse Erica Hartmann, da Northwestern University, microbiologista que liderou o estudo.

“Encontramos muitos vírus sobre os quais sabemos muito pouco e muitos outros que nunca vimos antes. É incrível a quantidade de biodiversidade inexplorada que nos rodeia. narizes.”

Ou torneiras de banheiro, ao que parece.

Os vírus estão mais frequentemente associados às doenças que causam em humanos e outros animais. No entanto, nem todos os vírus são patogénicos em humanos e podem fornecer serviços úteis à ciência.

A maioria dos vírus identificados por Hartmann e sua equipe são conhecidos como bacteriófagos. Em vez de representarem um perigo para os seres humanos, esses fagos infectam bactérias.

No estudo recém-publicado na revista Fronteiras em Microbiomaso grupo de pesquisa de Hartmann observou que a maioria dos americanos passa dois terços de suas vidas em suas casas e, portanto, aprender sobre os organismos que ocupam esse espaço compartilhado é valioso para compreender a qualidade dos espaços de vida.

O que está vivendo na sua escova de dentes?

Para compreender a composição das comunidades virais, os investigadores utilizaram dados anteriores obtidos por projetos de ciência cidadã que limparam chuveiros e escovas de dentes em residências nos EUA. Avaliaram então a composição destes ambientes, encontrando comunidades microbianas muito diferentes em cada local.

Embora se considere geralmente que os vírus existem numa espécie de zona inferior de mortos-vivos, onde necessitam de um hospedeiro vivo para se reproduzirem e, ocasionalmente, causarem danos, ainda assim habitam muitos ambientes diferentes em comunidades complexas.

Dentro dos banheiros americanos, a equipe de Hartmann encontrou mais de 600 espécies virais únicas que vivem em chuveiros e cerdas de escovas de dente.

Sua diversidade era tal que nenhuma comunidade de chuveiros se comparava a outra. O mesmo vale para comparações entre as escovas de dente.

Espera-se que os vírus bacteriófagos identificados pelo seu grupo de pesquisa possam abrir novos caminhos para tratamentos de infecções bacterianas e servir como uma forma mais apropriada de limpar ambientes sem produtos antimicrobianos.

“Quanto mais você os ataca com desinfetantes, maior é a probabilidade de eles desenvolverem resistência ou se tornarem mais difíceis de tratar”, disse Hartmann.

“Todos deveríamos adotá-los. Os micróbios estão por toda parte e a grande maioria deles não nos deixará doentes.”

Os bacilos da escova de dentes são um perigo?

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As comunidades bacterianas dos chuveiros são uma história diferente

Não deveria ser nenhuma surpresa que os ambientes aquáticos estejam repletos de vida. Afinal, a água está no topo da lista de busca dos cientistas que procuram vida em outros planetas.

Além de vírus e bacteriófagos, essas superfícies de banheiro também podem abrigar bactérias e fungos, conforme descoberto por outros esforços de pesquisa.

Há três anos, o grupo de Hartmann iniciou suas pesquisas sobre o tema, batizando-o “Operação Boca Potty” enquanto tentava investigar a alegação de longa data de que dar descarga no vaso sanitário envia uma névoa de aerossóis fecais para sua escova de dentes.

Essa afirmação, argumentaram eles, provavelmente não era verdade. Em vez disso, a maioria das bactérias da escova de dentes parecia vir da boca do usuário.

Em 2018, os resultados do Showerhead Microbiome Project encontraram associações entre chuveiros infectados por micobactérias em banheiros americanos e europeus e a prevalência de infecções pulmonares.

Felizmente, então, a última pesquisa de Hartmann descobriu que os bacteriófagos mais comumente encontrados nesses ambientes tendem a ter como alvo micobactérias prejudiciais.

“Poderíamos imaginar pegar esses micobacteriófagos e usá-los como uma forma de limpar os patógenos do seu sistema de encanamento”, disse Hartmann.

“Queremos analisar todas as funções que esses vírus podem ter e descobrir como podemos usá-los”.

Editado por: Rob Mudge

Fonte primária:

Stefanie Huttelmai, Weitao Shuai, Jack T. Sumner, Erica M. Hartmann (2024). Comunidades de fagos em biofilmes domésticos correlacionam-se com hospedeiros bacterianos. Fronteiras em Microbiomas. https://doi.org/10.3389/frmbi.2024.1396560

Fontes adicionais:

Matthew J. Gebert e outros (2018). Análises ecológicas de micobactérias em biofilmes de chuveiros e sua relevância para a saúde humana. mBio. https://doi.org/10.1128/mbio.01614-18

Ryan A. Blaustein e outros (2021). Os microbiomas da escova de dentes constituem um ponto de encontro para a microbiota oral e ambiental humana. Microbioma. http://dx.doi.org/10.1186/s40168-020-00983-x



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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.

Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.

Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.” 

A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”

Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.” 

Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”

A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde. 

Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.

 



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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre

O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.

Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria. 

“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”

 



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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre

O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.

Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”

A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.

O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 

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