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ChatGPT: podemos construir superinteligência, diz CEO – 06/01/2025 – Tec

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Pedro S. Teixeira

“Agora nós estamos confiantes que sabemos como construir a inteligência artificial geral como foi definida desde o princípio”, escreveu o CEO da OpenAI, Sam Altman, em publicação no seu blog desta segunda-feira (6).

Trata-se de uma IA capaz de superar a capacidade cognitiva da humanidade e trazer avanços científicos e tecnológicos, mas que pode trazer riscos existenciais para a população caso saia de controle.

A empresa conseguiu superar um desafio elaborado em 2020, para medir se os desenvolvedores estavam na direção correta para desenvolver a IA geral. “Era um benchmark realmente difícil, e o modelo que nós vamos anunciar na próxima sexta-feira (10) atingiu esse patamar”, afirmou Altman em entrevista à Bloomberg.

A criadora do ChatGPT vai divulgar novidades sobre o modelo o3, a versão mais moderna do o1 —uma IA que já era capaz de fazer a prova de residência em medicina da USP e gabaritar a prova de matemática do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). Não houve o2, a empresa pulou o número em razão dos direitos de marca provedora de telecomunicações britânica homônima.

Segundo Altman, o o3 não precisou de nenhuma personalização para alcançar esse desempenho. O novo modelo usa um esquema de divisão da tarefa em etapas e revisão de respostas por outra plataforma de IA para conseguir executar tarefas complexas.

A criadora do ChatGPT foi fundada em 2016 como uma companhia sem fins lucrativos com o objetivo de construir uma superinteligência artificial e direcioná-la para o bem comum. A empresa mudou esse desenho para adicionar um braço que visa lucros e, no fim do ano passado, comunicou que deve se tornar uma companhia voltada ao lucro em 2025.

Cientistas líderes no campo da IA alertam que erros no desenvolvimento da tecnologia que supera as capacidades humanas podem gerar catástrofes, se os modelos não estiverem sob o controle das pessoas. O pioneiro da inteligência artificial Geoffrey Hinton, que liderou a equipe especializada do Google por quase uma década, foi um dos pensadores que fizeram alertas nesse sentido.

Altman, no artigo publicado no blog, argumenta que a maneira mais efetiva de lidar com problemas de segurança é compartilhar a tecnologia com outras empresas. Assim, os próprios clientes poderiam desenvolver diretrizes eficientes de defesa.

“No longo prazo, ao pensar em um sistema de uma capacidade incrível, há riscos que provavelmente são difíceis de imaginar e modelar com precisão, mas posso, ao mesmo tempo, acreditar que a única maneira de abordá-los adequadamente é lançar produtos e aprender”, disse na entrevista à Bloomberg.

O executivo argumenta que dar tecnologia na mão das pessoas mais capazes vai melhorar a sociedade, como tem sido uma tendência histórica. “Ferramentas superinteligentes podem turbinar descobertas cientificas e inovação muito além do que nós seríamos capazes de fazer sozinhos, o que aumentaria maciçamente a abundância e a prosperidade no mundo”, afirma.

Para alcançar a superinteligência, o CEO disse que OpenAI precisará de uma “quantidade insana” de capital. Esse seria o motivo por trás da mudança no desenho corporativo de uma empresa voltada ao lucro sob controle de uma ONG para uma empresa totalmente voltada ao lucro. O formato anterior visava evitar que as pretensões comerciais desviassem o trabalho da companhia de seu objetivo social.

Ainda assim, a OpenAI reportou uma série de prejuízos nos últimos anos. No domingo, por exemplo, Altman afirmou que a empresa está perdendo dinheiro com seu plano ChatGPT Pro de US$ 200 (R$ 1.222) por mês, porque as pessoas estão usando mais do que a empresa esperava. O executivo disse que escolheu o preço da ferramenta arbitrariamente. “Pensei que ganharíamos algum dinheiro.”

Embora a OpenAI não renda lucro, a empresa recebeu diversos investimentos, como um aporte de US$ 13 bilhões da Microsoft anunciado em janeiro de 2023 e, mais recentemente, uma rodada de US$ 6,6 bilhões, com dinheiro de várias empresas. Um sinal de que os donos das maiores fortunas do mundo apostam na startup.

Essas quantias foram reinvestidas em supercomputadores e serviços de computação em nuvem. Segundo Altman, o que seus funcionários o perguntam é sobre as placas da Nvidia usadas para produzir computação de ponta.

“Essa conversa de superinteligência parece conversa de ficção científica, uma loucura para se considerar agora”, afirmou Altman. “Nós estamos certos de que nos próximos anos todas as pessoas verão a tecnologia e entenderão a necessidade de lidar com isso com o maior cuidado”, acrescenta.



Leia Mais: Folha

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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