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Comércio de armas cresce em todo o mundo, especialmente na Rússia – DW – 12/02/2024

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As guerras em Ucrânia e o Faixa de Gaza estão principalmente a impulsionar a procura de armas e equipamento militar, mas as tensões crescentes na Ásia Oriental também têm um papel a desempenhar.

Em 2023, a receita total dos 100 maiores produtores de armas do mundo cresceu para 632 mil milhões de dólares (598 mil milhões de euros), um aumento de 4,2% em relação a 2022. Isto é de acordo com um novo relatório do Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo, SIPRI, que analisa os números empresariais. dos 100 maiores fabricantes de armas.

“O maior desenvolvimento em 2023 foi como, especialmente as empresas europeias e norte-americanas, foram finalmente capazes de traduzir a crescente procura resultante da guerra na Ucrânia num aumento real de receitas”, explicou Xiao Liang, um dos autores do relatório, à DW.

“Em 2022 vimos muitas empresas ainda lutando com Pandemia do covid interrupções na cadeia de fornecimento e estavam tendo dificuldades para aumentar sua produção”, acrescentou.

Rússia: Aumento dos gastos militares, pouca transparência

As empresas de armas russas registaram os maiores aumentos em 2023. Segundo os investigadores do SIPRI, os seus rendimentos aumentaram 40%. A Rússia inicialmente esperava uma vitória rápida sobre a Ucrânia. Quando isso não se concretizou, Moscou ordenou que a produção de armas aumentasse. Segundo o relatório, foram produzidos foguetes, aeronaves táticas e drones, às vezes 24 horas por dia, para compensar as perdas na frente.

Há uma razão pela qual apenas duas empresas russas estão listadas entre as 100 maiores do mundo. “A maioria das empresas parou de publicar números financeiros desde 2022”, explicou Xiao Liang. Mas não todos. Os investigadores baseados em Estocolmo analisaram dados da Rostec, que é classificada como a 7ª maior empresa de armamentos do mundo. “(É) na verdade uma holding de 7 ou 8 empresas russas diferentes que costumávamos ter em nosso banco de dados. Portanto, ainda deu uma representação muito boa de como essas empresas estão se saindo”, enfatizou Liang. A única empresa ucraniana entre as 100 maiores é a JSC Ucraniana Defense Industry. Sua receita aumentou 69%.

Fabricantes alemães em ascensão

Para os fabricantes de armas europeus (excluindo a Rússia), a guerra na Ucrânia teve impactos diferentes. Alguns países, como França e Itália, registaram quedas significativas nas receitas. As receitas combinadas das empresas alemãs, por outro lado, aumentaram 7,5%.

No total, quatro produtores de armas alemães estão entre os 100 maiores do mundo: Rheinmetall, Thyssenkrupp, Hensoldt e Diehl. Sendo a maior empresa alemã, a Rheinmetall ocupa a 26ª posição e conseguiu aumentar as suas receitas em 10%. Seus produtos incluem munição de artilharia de 155 mm, obuseiros autopropelidos e veículos blindados. equipamentos que estão em alta demanda devido à guerra na Ucrânia.

A empresa Diehl, que produz mísseis guiados e sistemas de defesa aérea, cresceu ainda mais, reportando um aumento de receita de 30% em 2023.

Fraco crescimento na Europa

Apesar do crescimento de empresas individuais, a Europa foi a região que registou o menor crescimento no sector do armamento — com um aumento de 0,2% em comparação com 2022. Isto pode ser atribuído às baixas capacidades de produção e aos orçamentos de defesa comparativamente baixos.

A lista das 100 maiores empresas de armas do mundo continua a ser encabeçada pelas gigantes norte-americanas Lockheed Martin e RTX, antiga Raytheon. Ambos relataram ligeiras quedas nas receitas em 2023. Segundo o SIPRI, isso se deve à disponibilidade restrita de componentes ou matérias-primas especiais, necessários à aviação e à fabricação de mísseis. A procura não é o problema aqui, mas sim as cadeias de abastecimento. Em geral, os pequenos fabricantes conseguiram aumentar a sua produção mais rapidamente do que as grandes empresas em 2023.

Rheinmetall inicia construção de fábrica de munições

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Nova situação no Leste Asiático

Na Ásia, os fabricantes de armas da Coreia do Sul e do Japão registaram aumentos significativos nas receitas – uma reacção às crescentes tensões na região.

Desde 2022, O Japão tem se armado massivamentea um nível não visto desde o final de Segunda Guerra Mundial. Os fabricantes de armas sul-coreanos também conseguiram entrar no mercado europeu. Por exemplo, a empresa Hyundai Rotem vendeu tanques de batalha para a Polônia.

Em Chinaonde o crescimento económico geral abrandou, as receitas das empresas de armas aumentaram apenas 0,7% em 2023. Esse foi o menor crescimento registado desde 2019. De acordo com Xiao Liang, a indústria de armas chinesa permanecerá no caminho do crescimento, apesar disso. “A modernização militar do ELP (Exército de Libertação Popular) é realmente uma prioridade para o governo chinês e pessoalmente para o presidente Xi”, disse Liang à DW.

Lucro recorde para fabricantes israelenses

Seis dos 100 maiores fabricantes de armas estão sediados no Médio Oriente. As suas vendas aumentaram 18%, para 19,6 mil milhões de dólares em 2023. Após o início da guerra na Faixa de Gaza, as receitas dos três fabricantes de armas israelitas atingiram um total recorde de 13,6 mil milhões de dólares.

Esse foi o valor mais elevado alguma vez reportado pelos produtores de armas israelitas no top 100. Entre estas empresas estão os fabricantes do sistema de protecção Iron Dome, que intercepta ataques de mísseis contra Israel.

Este artigo foi escrito originalmente em alemão.



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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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