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Como as empresas podem não retroceder no impacto social – 05/11/2024 – Políticas e Justiça

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As organizações sociais e os negócios de impacto social têm um papel estratégico no terceiro setor, colaborando com o poder público e a iniciativa privada. Esses negócios, que geram resultados positivos e atuam na transformação econômica e social do país, são essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade mais equitativa.

Imagine um cenário sem um ecossistema empreendedor gerido por pessoas negras dedicadas à temática racial. Muitas empresas ficariam sem novas perspectivas para inovar em suas iniciativas de diversidade, prejudicando suas atuações diante das oportunidades do mercado. Muitas dessas organizações, como negócios de impacto social, têm a missão de apoiar empreendedores negros, uma realidade que cresce no Brasil.

O Festival Feira Preta, por exemplo, é um negócio de impacto social que, há 22 anos, mostra a força transformadora desse movimento. Com 160 atrações e mais de 150 empreendedores negros, o festival gera 600 empregos diretos, mais de 1200 indiretos e movimenta R$ 1.335.000,00 em vendas, com uma circulação monetária total superior a R$ 12 milhões.

A consciência social das organizações surge em contextos de adversidade, como o enfraquecimento do poder de compra, deficiência nos sistemas educacionais e aumento da disparidade social, que prejudicam o desenvolvimento econômico. A preocupação com ações filantrópicas e assistencialistas ressurge em modelos de empreendedorismo social, especialmente quando as empresas percebem ganhos expressivos de imagem.

Grandes empresas e marcas já sabem que a diversidade é essencial. Uma equipe diversa oferece respostas mais complexas aos desafios, pois soluções que passam por diferentes pontos de vista têm melhores resultados. Além disso, o consumidor está mais atento às marcas que refletem suas subjetividades. Produtos que não se conectam com as pessoas tendem a ser esquecidos e consumidos de forma menos frequente. O conceito de nicho tornou-se crucial para o marketing moderno.

É importante que o investimento social das empresas não se limite a ações assistencialistas, evitando assim retroceder no impacto sistêmico que devem promover. Devem colaborar para transformar a sociedade de maneira mais abrangente.

Na minha vivência como empreendedora, o Festival Feira Preta foi reconhecido como o maior evento de cultura negra da América Latina. Mesmo com esse reconhecimento, continuo buscando me atualizar sobre a diversidade da população negra, entendendo que a comunidade negra é fundamental para mudanças estruturais na sociedade e no mercado. Nosso objetivo é valorizar o empreendedorismo negro não apenas no consumo, mas também na criação, promovendo uma conexão entre cultura e economia.

Um ecossistema empreendedor forte e diversificado, focado na temática racial, promove inclusão e equidade, impulsionando a inovação e o crescimento econômico. Empresas que se posicionam como agentes de mudança social positiva estão mais preparadas para enfrentar os desafios de um mercado global cada vez mais complexo e interconectado.

O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço “Políticas e Justiça” da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Adriana Barbosa foi “Sorriso Negro”, de dona Ivone Lara.


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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.

“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”

O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”

Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.

Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.

“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.

Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.

Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).

 

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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Tomaz Silva / Agência Brasil

Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.

Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.

Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.

De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.

Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.




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