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Corpo de Bombeiros realiza simulação de desastre hidrológico em Rio Branco

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5 meses atrásem
Felipe Souza
O Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) realizou, na manhã desta sexta-feira, 31, no Comando-Geral da instituição, em Rio Branco, uma simulação voltada para o treinamento e capacitação de agentes públicos em um possível desastre hidrológico. A presença desses agentes garante a melhoria e o aprimoramento das ações de resgate e assistência à população em caso de alagação.

Com os meses de fevereiro e março se aproximando, o governo reforça a atenção à fiscalização do nível do Rio Acre em todo o estado. Devido ao risco de ocorrer enchentes, as forças de segurança iniciam os processos de treinamento, na tentativa de melhorar o serviço que é oferecido aos afetados.
No local, estiverem presentes o efetivo da capital do Corpo de Bombeiros, membros da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre) e da Defesa Civil do Estado do Acre, além de servidores de diversas secretarias e órgãos municipais de Rio Branco, todos em prol de qualificar a sua atuação em um momento de crise.

De acordo com a coordenadora de Atendimento a Desastres Hidrológicos em Rio Branco e Entorno, capitã Francisca Fragoso, essa foi a segunda edição do simulado, que tem como principal objetivo observar os pontos que precisam ser melhorados.
“A partir do simulado, a gente faz um protocolo de atendimento e, principalmente, coloca toda essa estrutura, tanto do município quanto do estado, em alerta para uma possível ocorrência de desastre. O principal objetivo do nosso simulado é a melhoria, nós trabalhamos com melhoria contínua. O Corpo de Bombeiros sempre visa isso, com o foco em melhorar o atendimento à população acreana”, destacou a capitã.

Desafios
Situações extremas e de risco, como as grandes enchentes e alagações, apresentam desafios para o Corpo de Bombeiros. Mesmo com a imprevisibilidade em alguns casos, a força-tarefa da instituição procura estar pronta para enfrentar os problemas da melhor maneira possível, visando ao bem-estar da população acreana.
O comandante-geral do CBMAC, coronel Charles Santos, afirma que, na tentativa de melhorar a atuação da corporação e evitar os desafios impostos, um simulado como esse também desempenha o papel de identificar a função e de que maneira cada órgão e secretaria vai trabalhar durante um momento de crise hidrológica na capital.
“Isso faz com que a gente tenha a possibilidade de ter o conhecimento básico. Quais são as empresas e os entes que poderemos acionar, e a tropa já fica preparada para se deslocar para realizar o atendimento. No momento que ela chegar aqui, vai tomar conta do material, vai lidar com o transporte, ficar na logística, fazer o levantamento de dados. Esses pontos são cruciais para que, no andamento do atendimento da ocorrência, tenhamos a possibilidade de mitigar os danos”, observou o comandante-geral.

Além disso, o coronel destaca que o principal desafio durante uma enchente é realizar o atendimento inicial, e a simulação também serve para avaliar essa logística e quais mudanças devem ser feitas para melhorar o serviço prestado aos populares.
“Chegar até a ponta é o principal desafio. Nós temos a logística diária para atender as ocorrências do dia a dia. No entanto, num desastre que afeta ao mesmo tempo mais de 150 famílias, você não vai ter 150 embarcações. Então, esse é um dos principais desafios, em que você vai começar a providenciar a logística durante o atendimento, que é algo que não é normal no cotidiano”, salientou o coronel.

Defesa Civil
A Defesa Civil do Estado realiza uma função importante durante uma alagação. Por conta disso, todas as ações e prevenções já são devidamente planejadas com antecedência, para garantir o sucesso nos atendimentos. No treinamento, o órgão atuou como principal responsável por articular e mobilizar toda a estrutura do sistema estadual de defesa aos cidadãos.
Para o coordenador da Defesa Civil estadual, coronel Carlos Batista, faz-se necessária a participação de todos em uma simulação como essa, para garantir uma organização eficaz no enfrentamento de eventos extremos em Rio Branco. O oficial aproveitou, ainda, para parabenizar os responsáveis pela realização.
“Esse simulado foi um treinamento muito exitoso. Parabenizo toda a equipe do Corpo de Bombeiros, na pessoa do coronel Charles e da capitã Fragoso, que organizaram esse simulado, em que a gente pôde ver a quantidade de estrutura e de quase 200 pessoas, para mostrar que a Prefeitura, que é o órgão de primeira resposta como Defesa Civil Municipal, e o Estado, como órgão de apoio, completam uma grande força-tarefa unida, pronta para enfrentamento dos eventos extremos aqui na capital Rio Branco”, declarou Carlos Batista.

Aplicativo Família Segura
No simulado, o aplicativo Família Segura, projeto idealizado pelo Corpo de Bombeiros do Acre, também foi apresentado como um instrumento de grande importância. Por meio desse instrumento tecnológico, a corporação vai melhorar a comunicação com a população, na tentativa de resguardar vidas e apresentar rapidez nos atendimentos.
“Sem dúvida vai melhorar o nosso tempo de resposta. A gente não vai perder tempo em processos analógicos para entender que aquela família precisa ser atendida ou se ela já foi atendida. Então, vamos ganhar em tempo de resposta. A partir do momento que o aplicativo possibilita um monitoramento em tempo real, eu já vou entender o andamento da operação e isso vai resultar num atendimento mais rápido”, contou o capitão Roger Freitas.

Por intermédio do aplicativo, as pessoas afetadas poderão fazer o cadastro inicial e a solicitação de agentes para realizarem o resgate, destacando pontos como a quantidade membros na família e a localização em que se encontram. Dessa forma, as informações serão atualizadas em tempo real, o que vai facilitar a gestão, principalmente na distribuição de recursos.
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BANCO DA AMAZÔNIA LANÇA EDITAL DE R$ 4 MILHÕES PARA APOIAR PROJETOS DE BIOECONOMIA NA REGIÃO AMAZÔNICA

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2 dias atrásem
27 de junho de 2025
Edital Amabio contemplará organizações comunitárias, cooperativas, startups e microempresas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão e Pará. Propostas podem ser enviadas até 31/07/2025.
O Banco da Amazônia, em cooperação com a Agência Francesa de Desenvolvimento, lança o Edital AMABIO 001/2025, que vai destinar R$ 4 milhões em apoio financeiro não reembolsável a projetos de bioeconomia na Amazônia. A chamada pública é voltada a organizações da sociedade civil, cooperativas, startups e microempresas com atuação nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão e Pará.
As inscrições estarão abertas até 31 de julho de 2025, exclusivamente pela plataforma digital do Banco. O edital completo, com critérios de seleção, lista de documentos obrigatórios e formulário de inscrição estão disponíveis no site: www.bancoamazonia.com.br/programa-amabio
A iniciativa é fruto da cooperação Franco Brasileira e integra o Programa AMABIO – Financiamento Sustentável e Inclusivo da Bioeconomia Amazônica, uma parceria entre o Banco da Amazônia e o Grupo Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com apoio técnico da Expertise France. O objetivo é fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, valorizar saberes tradicionais e promover inovação na região amazônica.
Os proponentes podem inscrever propostas de projetos de até R$150 mil, com cronograma de execução em até 12 meses, em uma das duas linhas temáticas: Fortalecimento de Organizações de Povos e Comunidades Tradicionais ou Inovação nas Cadeias de Valor da Sociobiodiversidade Amazônica.
O edital visa o fomento de soluções inovadoras e o fortalecimento da atuação de organizações nos territórios amazônicos. Propostas com liderança feminina e/ou liderança de jovens entre 18 e 35 anos terão pontuação adicional. A chamada também assegura que pelo menos 30% dos projetos selecionados sejam liderados por mulheres.
Linhas temáticas
A primeira linha de atuação, Fortalecimento de organizações de Povos e Comunidades Tradicionais, visa o apoio ao desenvolvimento institucional de cooperativas, associações e demais organizações de base que atuam com agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, aquicultores, silvicultores, povos indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais da Amazônia.
Já a segunda linha, Inovação nas Cadeias de Valor da Bioeconomia na Amazônia, tem como foco o incentivo à criação, adaptação ou aprimoramento de produtos, processos, serviços, tecnologias sociais e arranjos organizacionais.
As propostas devem gerar valor ambiental, social, cultural e econômico, respeitando a diversidade socioterritorial da região. São esperadas soluções que promovam a sustentabilidade, valorizem os saberes tradicionais, fortaleçam a segurança alimentar e contribuam para a geração de renda nos territórios.
Esse edital representa um marco no apoio do Banco da Amazônia para a Bioeconomia na região. A instituição financeira reconhece o papel estratégico das organizações locais e busca apoiar soluções baseadas na floresta, na ciência e nos conhecimentos tradicionais para gerar renda, inclusão e sustentabilidade.
Processo de seleção
O processo seletivo será conduzido em três etapas: triagem de elegibilidade do Projeto, análise técnica e de mérito e deliberação final. A Comissão de Seleção será composta por representantes do Banco da Amazônia (BASA), da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), da Expertise France (EF) e por especialistas com notório saber em bioeconomia, inovação, saberes locais ou tradicionais e desenvolvimento sustentável.
A seleção será baseada em critérios técnicos, como relevância estratégica, impacto socioambiental, grau de inovação, sustentabilidade, inclusão e diversidade, além de capacidade de gestão. A publicação do resultado final está prevista para 10 de outubro de 2025.
Sobre o BASA
O Banco da Amazônia é a principal instituição financeira de fomento da região, com mais de 80 anos de atuação. Presente em todos os estados da Amazônia Legal por meio de 121 agências e canais digitais, é o principal executor de políticas públicas na região, como operador do Fundo Constitucional do Norte (FNO).
Com foco no desenvolvimento sustentável, oferece crédito e soluções financeiras para iniciativas que valorizam a floresta e as comunidades locais, apoiando projetos de bioeconomia, agroecologia, manejo florestal e inclusão social. Seu compromisso é com uma Amazônia mais próspera, justa e respeitosa. Saiba mais em: www.bancoamazonia.com.br
Sobre o Grupo AFD – Agência francesa de desenvolvimento
Em alinhamento com a agenda internacional para o desenvolvimento sustentável e a luta contra as mudanças climáticas, o Grupo AFD apoia a trajetória de desenvolvimento do Brasil rumo a um modelo de baixo carbono, resiliente e equitativo, colocando seus instrumentos financeiros a serviço dos atores do desenvolvimento territorial. As atividades incluem planejamento urbano, gestão sustentável de recursos naturais e água, apoio à transição energética e progresso social. Brasil | AFD – Agence Française de Développement
Sobre a Expertise France
A Expertise France é uma agência pública e um ator chave da cooperação técnica internacional. Ela projeta e implementa projetos que fortalecem de maneira sustentável as políticas públicas em países em desenvolvimento e emergentes. Governança, segurança, clima, saúde, educação, atua em áreas-chave do desenvolvimento sustentável e contribui, ao lado de seus parceiros, para a realização da Agenda 2030. www.expertisefrance.fr.
Serviço
Edital AMABIO 001/2025
Prazo para inscrições: até 31 de julho de 2025
Edital completo, critérios de seleção, lista de documentos obrigatórios e formulário de inscrição: www.bancoamazonia.com.br/programa-amabio
Crédito fotos: Divulgação/Canva
Mais informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Banco da Amazônia
indhira.ramos@basa.com.br
Dominik Giusti – Expertise France
dominik.giusti@expertisefrance.fr | (91) 98107-8710
Natália Mello – Jornalista
nataliafmello@gmail.com | (91) 98033-2967
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Simpósio na Ufac debate defesa nacional, fronteiras e migrações — Universidade Federal do Acre

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5 dias atrásem
24 de junho de 2025
O mestrado em Geografia (MGeo) da Ufac e o programa de pós-graduação em Ciências Militares (PPGCM), da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, realizaram a abertura oficial do 6º Simpósio de Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações. O evento começou nesta terça-feira, 24, e termina nesta sexta-feira, 25, no anfiteatro Garibaldi Brasil, campus-sede.
Para a reitora Guida Aquino, o simpósio é estratégico para fortalecer a rede acadêmica voltada à segurança das fronteiras. Ela ressaltou ainda a importância da criação da Rede de Universidades de Fronteiras (Unifronteiras) e a necessidade de políticas específicas, como o adicional de fronteira, para a fixação de pesquisadores. “Essa é uma das pautas que estamos abraçando fortemente. Precisamos desburocratizar relações para garantir maior interação dos nossos pesquisadores com os países vizinhos, especialmente Bolívia e Peru.”
A coordenadora do MGeo, Maria de Jesus Morais, enfatizou a relevância acadêmica e científica do evento. “Estamos inseridos em um projeto que envolve toda a faixa de fronteira brasileira, do Amapá ao Rio Grande do Sul. Para nós, do Acre, essa discussão é essencial, considerando nossa localização estratégica como corredor de imigração internacional.” Ela informou que mais de 300 pessoas estão inscritas, entre participação presencial e transmissão online, com debates que abrangem desde mudanças climáticas até segurança e migrações.
O secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Washington Triani, reforçou a necessidade da integração entre instituições e governos locais para enfrentar desafios nas fronteiras. “Não se resolve questões de fronteira apenas com um ou dois entes. Precisamos ouvir as pessoas diretamente envolvidas nas regiões de fronteira e trabalhar integradamente. A educação leva conhecimento e prosperidade e é fundamental nesse processo.”
Também participaram da solenidade a vice-governadora do Acre, Mailza Assis; o procurador-geral de Justiça do Acre, Danilo Lovisaro; o delegado regional da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, Lauro da Veiga Santos; além dos professores Gustavo da Frota Simões e Tássio Franchi, do PPGCM.
Projeto de pesquisa
O evento ocorre no âmbito do projeto de pesquisa “Segurança Integrada na Pan-Amazônia e nas Fronteiras Sul-Americanas: Perspectivas para a Construção de um Modelo de Segurança Integrada Focada na Cooperação Interagências e Internacional”, cujo coordenador-geral é o professor Gustavo da Frota Simões, do PPGCM.
O projeto integra uma rede de pesquisa que envolve 22 universidades brasileiras e estrangeiras, 64 pesquisadores nacionais e internacionais, alunos de graduação e 14 programas de pós-graduação no Brasil, entre os quais o MGeo da Ufac. Além de simpósios anuais para divulgar o andamento das pesquisas, o projeto prevê publicações de dissertações e teses.
O objetivo principal do projeto é analisar os desafios para defesa e segurança integrada da Pan-Amazônia e as fronteiras sul-americanas, partindo de uma perspectiva que engloba a segurança humana e avalia aspectos como migração, direitos humanos, crimes transfronteiriços e ambientais, visando à construção de políticas públicas.
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Ufac e Sesacre lançam curso EaD sobre cuidado à pessoa com TEA — Universidade Federal do Acre

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2 semanas atrásem
18 de junho de 2025
A Ufac e o Núcleo de Telessaúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) realizaram o lançamento do curso de educação a distância (EaD) Cuidado Integral à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Atenção Primária à Saúde, que é gratuito, online e autoinstrucional, com carga horária de 60 horas. O evento ocorreu nessa terça-feira, 18, no anfiteatro Garibaldi Brasil.
A programação contou com apresentação cultural, palestra e mesa-redonda com o tema “O Que o Mundo Não Vê”, reunindo profissionais da saúde, estudantes, educadores e familiares. O objetivo foi ampliar o debate sobre o acolhimento e o cuidado humanizado a pessoas com TEA.
“A proposta é capacitar, de forma acessível, com uma linguagem simples, quem está na ponta do atendimento. Quando conseguimos reconhecer os sinais do TEA cedo, garantimos um caminho mais ágil para o diagnóstico e as intervenções terapêuticas”, destacou a coordenadora do Núcleo de EaD do Telessaúde do Acre, Patrícia Satrapa.
(Kenno Vinícius, estagiário Ascom/Ufac)
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