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Covardia tira a vida de mais uma mulher no 19º feminicídio no DF em 2024

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A covardia contra mulheres fez mais uma vítima no Distrito Federal. A pedagoga Denise Rodrigues de Oliveira, 30 anos, foi morta pelo ex-namorado, o garçom Adriel Munis Teixeira, 29, na manhã dessa segunda-feira (11/11), dentro de casa em Vicente Pires. A perícia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apontou que uma facada no peito foi o que matou a vítima. Após executar a ex-namorada, Adriel se matou com um golpe de faca no coração. Este é o 19º feminicídio cometido no DF somente no ano de 2024.

Denise e Adriel ficaram juntos por três meses e estavam separados há um. O homem não aceitava o fim do relacionamento e ficava perseguindo a ex-companheira em casa e no trabalho. Ele chegou a ameaçá-la dizendo que divulgaria fotos e vídeos íntimos em um grupo de amigos se ela não reatasse o namoro. Segundo a polícia, Denise chegou a conversar com a avó de Adriel, com quem ele morava, pedindo que intercedesse e pedisse que ele parasse de perturbá-la.

Entrou pela janela

Por não ser mais bem-vindo na casa de Denise, Adriel precisou forçar sua entrada na residência dela para cometer o crime. Antes, ele ficou de espreita na porta do edifício durante algumas horas. Imagens de uma câmera de segurança mostram o autor aproveitando-se da saída de um veículo para entrar no local pela garagem. Para ter acesso ao apartamento da vítima, ele usou uma escada interna do edifício e invadiu o imóvel pela janela, surpreendendo-a enquanto ela dormia.

Por ela não ter aparecido no local onde trabalha, uma escola particular em Vicente Pires, colegas de Denise resolveram ir até o prédio onde a vítima morava. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foram acionados e entraram no local após uma amiga de Denise, que tinha a chave do imóvel, abrir a porta. “Ao entrarem no local, os policiais se depararam com o corpo do autor caído no chão e, ao lado, o corpo da mulher”, relatou o delegado Pablo Aguiar.

De acordo com o delegado, é possível que Denise tenha sido surpreendida enquanto estava dormindo. “Quando encontramos o corpo, ela estava de pijama”, disse. “O crime traz indícios de que pode ter sido premeditado, pois o autor usou silver tape para amordaçar a vítima e não permitir que ela gritasse”, completou.

Lutou para sobreviver

Ao lado do corpo de Denise, foram encontradas uma faca e uma tesoura quebrada. Próximo ao corpo dele, outra faca foi achada. Havia resquícios de sangue nos três instrumentos. A perícia apontou que as lesões encontradas mostravam que Denise tentou se defender do assassino. “As unhas estavam quebradas. Ela lutou até o último minuto para sobreviver”, afirmou o delegado. “Além do golpe fatal, que foi a facada no peito, havia outra lesão de faca também na garganta dela”, acrescentou.

O homem tinha uma passagem pela polícia por lesão corporal, cometida em 2021. Apesar de testemunhas relatarem que Adriel perseguia Denise, a vítima não chegou a registrar boletim de ocorrência de violência doméstica ou stalking contra o autor. “A dica que eu dou para as mulheres é que no primeiro sinal de ciúme, saia fora. É uma escalada para violência”, pontuou o delegado Pablo Aguiar.

“Seja forte e corajosa”

Nascida em Campina Grande, na Paraíba, Denise Rodrigues de Oliveira era pedagoga e trabalhava em uma escola particular, localizada em Vicente Pires. Ela dava aula para crianças da educação infantil e também do segundo ano do Ensino Fundamental. A família de Denise mora em Cocalzinho (GO).

No perfil de Denise no Instagram, ela deixou um conselho: “Seja forte e corajosa”. A vítima não tinha filhos e morava sozinha em uma quitinete em Vicente Pires e era descrita por amigos e colegas de trabalho como uma “pessoa incrível”.

“A Denise era uma pessoa fantástica, bem resolvida, tinha um histórico de vida muito sofrido, mas ela venceu, se formou, era trabalhadora. Eu acho que essa geração é muito disfuncional e também muito tóxica, ela tentou sair desse relançamento algumas vezes, mas ele perseguia”, declarou Graziela Assenço, diretora de uma escola onde a vítima trabalhou.

Advogada e mestre em estado, governo e políticas públicas, com atuação em gênero e raça, Larissa Guedes reforça que o motivo do aumento do número de casos de feminicídio é a estrutura patriarcal enraizada no Brasil. “Isso acaba naturalizando o abuso e a ideia de submissão das mulheres. Isso é alimentado por um sistema que, muitas vezes, minimiza nossos direitos e trata a violência como algo normal, suportável, parte da relação”, comentou. “O sistema de proteção às mulheres que são vitimizadas falha em dar respostas adequadas no tempo adequado. A impunidade contribui para que os agressores não tenham medo das consequências”, completou.

Leia artigo completo:

Um problema de todos

Por Larissa Guedes,

advogada e mestre em estado, governo e políticas públicas, com atuação em gênero e raça

A violência contra a mulher não pode ser tratada como algo privado, como um problema interno das famílias. É preciso ser encarada como uma questão pública de segurança nacional. Creio que a conscientização e transformação cultural é o caminho para frear os feminicídios no DF e no Brasil. Não é algo que dá para ser feito de um dia para o outro, mas é preciso uma educação de jovens e adultos sobre igualdade de gênero, respeito, desconstrução dos estereótipos machistas e misóginos. Isso tem que ser prioridade nas escolas e nas comunidades de forma geral. É muito importante que o sistema de segurança e de justiça seja mais efetivo no acolhimento e na proteção das vítimas. As mulheres não podem ser revitimizadas, não podem deixar de acessar espaços de proteção com medo de julgamento. Delegacias especializadas, juízes, promotores devem estar preparados para lidar com casos de violência doméstica. Políticas públicas como casas abrigo, casas de acolhimento devem garantir a proteção das mulheres, isso deve ter um acesso mais fácil.

O fortalecimento da rede de apoio também é importante. Mulheres vítimas de violência doméstico acabam se acuando muito. Organizações que prestam serviço de atendimento psicológico, legal e jurídico precisam ser apoiadas. Isso garante que mais mulheres possam denunciar sem medo de represália. Geralmente, o sistema tende a fazer uma revitimização. É preciso haver um acompanhamento real dos casos desde a denúncia até o processo judicial. Mulheres pobres também precisam acessar a plenitude da justiça.
O Estado e a sociedade precisam se comprometer a tratar a violência contra as mulheres como algo urgente e necessário e não como um problema individual. Se não houver um compromisso efetivo da sociedade, a realidade não será transformada.

 

Onde pedir ajuda

» Ligue 190: Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Uma viatura é enviada imediatamente até o local. Serviço disponível 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.

» Ligue 197: Polícia Civil

do DF (PCDF)

E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br

WhatsApp: (61) 98626-1197

Site: https://www.pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher

» Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, canal da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. Serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, além de reclamações, sugestões e elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. A denúncia pode ser feita de forma anônima, 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.

» Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (DEAM): previne, reprime e investiga crimes contra a mulher praticados no DF, com funcionamento 24 horas por dia, todos os dias, em duas unidades (Asa Sul e Ceilândia).

DEAM 1: EQS 204/205, Asa Sul.

Telefones: 3207-6172 / 3207-6195 / 98362-5673

E-mail: deam_sa@pcdf.df.gov.br

DEAM 2: QNM 2, Ceilândia

Telefones: 3207-7391 / 3207-7408 / 3207-7438

» Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

Whatsapp: (61) 99656-5008 – Canal 24h

» Subsecretaria de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres – SUBEV

3330- 3109 Assessoria:

3330-3118/3105

» Casa da Mulher Brasileira:

CASA DA MULHER BRASILEIRA

Recepção – Térreo:3371-2897

Acolhimento e Triagem – 1º andar: (61) 3371-2637

» Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)

Promotorias nas regiões administrativas do DF

https://www.mpdft.mp.br/portal/index.php/promotorias-de-justica-nas-cidades

» Núcleo de Gênero

Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT

Telefones: 3343-6086 e 3343-9625— Defensoria Pública do DF

» Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem)

Endereço: Fórum José Júlio Leal Fagundes, Setor de Múltiplas Atividades Sul, Trecho 3, Lotes 4/6, BL 4 Telefones: (061) 3103-1926 / 3103-1928 / 3103-1765

WhatsApp (61) 999359-0032

E-mail: najmulher@defensoria.df.gov.br

http://www.defensoria.df.gov.br/nucleos-de-assistencia-juridica/

» Núcleos do Pró-vítima

Site: https://www.sejus.df.gov.br/pro-vitima/

Um problema de todos

Por Larissa Guedes, advogada e mestre em estado, governo e políticas públicas, com atuação em gênero e raça

A violência contra a mulher não pode ser tratada como algo privado, como um problema interno das famílias. É preciso ser encarada como uma questão pública de segurança nacional. Creio que a conscientização e transformação cultural é o caminho para frear os feminicídios no DF e no Brasil. Não é algo que dá para ser feito de um dia para o outro, mas é preciso uma educação de jovens e adultos sobre igualdade de gênero, respeito, desconstrução dos estereótipos machistas e misóginos. Isso tem que ser prioridade nas escolas e nas comunidades de forma geral. É muito importante que o sistema de segurança e de justiça seja mais efetivo no acolhimento e na proteção das vítimas. As mulheres não podem ser revitimizadas, não podem deixar de acessar espaços de proteção com medo de julgamento. Delegacias especializadas, juízes, promotores devem estar preparados para lidar com casos de violência doméstica. Políticas públicas como casas abrigo, casas de acolhimento devem garantir a proteção das mulheres, isso deve ter um acesso mais fácil.

O fortalecimento da rede de apoio também é importante. Mulheres vítimas de violência doméstico acabam se acuando muito. Organizações que prestam serviço de atendimento psicológico, legal e jurídico precisam ser apoiadas. Isso garante que mais mulheres possam denunciar sem medo de represália. Geralmente, o sistema tende a fazer uma revitimização. É preciso haver um acompanhamento real dos casos desde a denúncia até o processo judicial. Mulheres pobres também precisam acessar a plenitude da justiça.
O Estado e a sociedade precisam se comprometer a tratar a violência contra as mulheres como algo urgente e necessário e não como um problema individual. Se não houver um compromisso efetivo da sociedade, a realidade não será transformada.

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Mãe solo largou tudo para cuidar de filho com paralisia cerebral e pede amparo para se manter. Ajude na vaquinha

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A mulher salva o amigo, que afundava numa areia movediça e no meio do pânico, Mitchell e Breanne, descobrem que se amavam há tempos, nas nunca revelaram. - Foto: Arquivo Pessoal/Breanne Sika

A vida da Andreia mudou completamente depois que perdeu a mãe e precisou parar de trabalhar para cuidar do filho. Mãe solo do Renato, um jovem de 20 anos com paralisia cerebral. Há três meses ela vive para cuidar do filho e manter a casa com o pouco que tem, em Rio Claro (SP).

Renato é totalmente dependente. Precisa de ajuda para comer, tomar banho, se locomover, ir ao médico e para todas as atividades do dia a dia. E é Andreia quem faz tudo isso sozinha, sem rede de apoio, sem cuidador e sem descanso. A única renda da família hoje é o benefício do LOAS, que Renato recebe.

Mas o valor não é suficiente para cobrir despesas básicas como fraldas, alimentação especial, medicamentos e as contas da casa. É por isso que uma vaquinha foi criada para ajudar a Andreia a manter o essencial. Ela está tentando vender o único bem que tem, a casa da mãe, para sobreviver com o Renato.

Largou tudo pelo fio

Andreia é fisioterapeuta e trabalhava com idosos em atendimento domiciliar. Era assim que sustentava a casa antes de perder a mãe, que além de apoio emocional era também uma ajuda financeira importante. Com a perda da mãe e a rotina intensa de cuidados com o filho, ela precisou abrir mão da profissão.

A escolha não foi fácil, mas foi necessária. Sem ninguém para ficar com o filho, ela não consegue sair de casa para trabalhar. E pagar uma cuidadora, financeiramente está completamente fora de cogitação.

“Eu tenho um irmão, que mora longe, mas infelizmente ele vive com dificuldades e não pode ajudar também. Hoje dependo de doações para tudo”, disse Andreia em entrevista ao Só Notícia Boa.

Veja outras histórias do SVB:

Como ajudar

Como Andreia precisa de apoio financeiro até conseguir vender a casa e ter uma reserva de dinheiro para pagar uma cuidadora e poder voltar a trabalhar, a vaquinha vai ajudar neste momento difícil.

O valor será para a compra de fraldas, alimentação e tudo que o Renato precisar neste momento.

Quem nos trouxe essa história foi a assistente social Sônia Mantovani, que ajuda família em Rio Claro (SP), onde a mãe e o filho moram.

Doe pelo Pixe-mail:

renato@sovaquinhaboa.com.br

ou pelo site do Só Vaquinha Boa, clicando aqui.

Todos os pagamentos são seguros e verificados.

Assista ao vídeo da Andreia e do Renato:



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SUS vai distribuir vacina contra herpes-zóster, afirma ministro da Saúde; vídeo

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Em breve, os brasileiros poderão se imunizar de graça contra uma doença silenciosa, muito dolorida, que atinge principalmente, quem tem mais de 50 anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai incluir a vacina contra herpes-zóster na lista de prioridades. A notícia boa foi dada esta semana pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Atualmente, a vacina é oferecida apenas nas unidades privadas – em duas doses –  e custa, em média, R$ 800. O pedido para a inclusão da vacina foi feito diretamente ao ministro durante audiência na Comissão de Saúde na Câmara, por uma deputada que teve a doença.

“É uma prioridade nossa, enquanto ministro da Saúde, que essa vacina possa estar no Sistema Único de Saúde. A gente pode fazer grandes campanhas de vacinação para as pessoas que têm indicação de receber essa vacina. Pode contar conosco”, afirmou Padilha.

Experiência dolorosa pessoal

O apelo partiu da deputada federal Adriana Accorsi (PT-GO), que ficou cinco dias internada em Goiânia, por uma crise causada pelo vírus que provoca herpes-zóster. Com dores pelo corpo, sentindo a pele queimar, ela disse que foi uma experiência muito dolorosa.

“Passei por essa doença recentemente e senti na pele o quanto ela é dolorosa, perigosa e pode deixar sequelas graves. Por isso, sei o quanto é fundamental garantir acesso à prevenção e à informação, especialmente para quem mais precisa”, afirmou a parlamentar.

As sequelas mais graves da doença podem provocar lesões na pele, cegueira, surdez e paralisia cerebral, por exemplo. Estudos indicam que os casos aumentaram 35% após a pandemia de Covid-19

Leia mais notícia boa

A doença herpes-zóster

Só em 2023, mais de 2,6 mil pessoas foram internadas com o diagnóstico da doença no Brasil.

O herpes- zóster, chamado popularmente como “cobreiro”, é infeccioso. A doença é causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora.

A crise gera erupções na pele, febre, mal-estar e dor intensa fortes nos nervos.

Em geral as pessoas com baixa imunidade estão mais propensas.

Vai SUS!

A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde A vacina contra herpes-zóster deve ser incluída na lista de prioridades, de acordo com o ministro Alexandre Padilha. Foto: Ministério da Saúde

A promessa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi registrada:



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Anvisa aprova medicamento que pode retardar Alzheimer

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São 7 os próximos feriados de 2025. Três vão cair em plena quinta-feira. - Foto: Freepik

Anvisa aprovou o Kinsula, primeiro medicamento que pode retardar a progressão do Alzheimer. Já provado nos EUA, ele é da farmacêutica Eli Lilly. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma notícia boa para renovar a esperança de milhares de brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento internacional para tratar o Alzheimer.

Indicado para o estágio inicial da doença, o Kisunla (donanemabe) é fruto de mais de três décadas de pesquisa. Em testes, o medicamento retardou em até 35% o avanço da doença em pacientes com sintomas leves.

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o donanemabe foi aprovado nos Estados Unidos em julho de 2024. No Brasil, a aprovação foi divulgada nesta terça-feira (22). O Kisunla é injetável e deve ser administrado uma vez por mês.

Como funciona

A principal função do fármaco é remover as chamadas placas amiloides, os acúmulos anormais de proteínas no cérebro.

São esses acúmulos que atrapalham a comunicação entre os neurônios e estão associados ao surgimento e à progressão da doença.

Nos testes clínicos, o remédio conseguiu eliminar até 75% das placas após 18 meses de tratamento.

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Quem se beneficia

O tratamento é indicado apenas para pacientes com comprometimento cognitivo leve e demência leve.

Por outro lado, o Kisunla não é recomendado para quem usa anticoagulantes ou sofre de uma condição chamada angiopatia amiloide cerebral.

Também há restrições para pacientes que não possuem uma variante específica do gene ApoE ε4.

Em comunicado à imprensa, Luiz Magno, diretor médico sênior da Lilly do Brasil, comemorou a aprovação pela Anvisa:

“Estamos vivendo um momento único na história da neurociência. Depois de mais de trinta e cinco anos de pesquisa da Lilly, finalmente temos o primeiro tratamento que modifica a história natural da doença de Alzheimer aprovado no Brasil. Claro, esse é um marco para nós como companhia e para a ciência, mas principalmente para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer e seus familiares – que há anos buscam por mais esperança. Essa é nossa missão, transformar vidas.”

Estudo clínico

A avaliação para a aprovação foi feita a partir de um estudo clínico de 2023. Ao todo, a pesquisa envolveu 1.736 pacientes de 8 países com Alzheimer em estágio inicial.

Aqueles que receberam o Kisunla tiveram uma progressão clínica da doença menor em comparação aos pacientes tratados com o placebo.

Segundo a Anvisa, assim como qualquer outro remédio, o medicamento vai continuar sendo monitorado.

Disponível em breve

Apesar da aprovação, o Kisunla ainda não está disponível nas farmácias.

Para isso, é preciso esperar o medicamento passar pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

O processo pode levar semanas ou até meses.

Nos Estados Unidos, o tratamento com o fármaco custa por volta de US$ 12.522 por 6 meses e US$32.000 por 12 meses, aproximadamente R$ 183.192 na cotação atual.

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. - Foto: Getty Images/Science Photo Libra

O medicamento é injetável e deve ser administrado uma vez por mês. – Foto: Getty Images/Science Photo Libra



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