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Da infância na Nigéria ao líder conservador: a notável ascensão de Kemi Badenoch | Sunder Katwala

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Sunder Katwala

KEmi Badenoch eleição como líder do partido conservador é uma conquista política e pessoal notavelmente histórica. “Para todos os efeitos, sou uma imigrante de primeira geração”, disse ela à Câmara dos Comuns no seu discurso inaugural em 2017.

Ela nasceu britânica, como Olukemi Olufunto Adegoke, em um hospital de Wimbledon em dezembro de 1980, antes de seus pais a levarem para casa para Nigéria. Badenoch foi uma das últimas a beneficiar das regras de cidadania por primogenitura que a sua heroína, Margaret Thatcher, em breve aboliria na Lei da Nacionalidade Britânica de 1981. Ela comparou seu passaporte britânico ao bilhete dourado que permitiu a Charlie Bucket entrar na fábrica de chocolate de Willy Wonka.

A jornada migratória de Badenoch moldou a sua visão de mundo. Ela voltou aos 16 anos para a Grã-Bretanha em 1996 – um país onde nenhum cidadão negro ou asiático jamais havia sido ministro do governo. Ela disse que o facto de ser “uma jovem muito zangada” a envolveu na política, empurrada para a direita ao sentir-se patrocinada por conselheiros de carreira e activistas de desenvolvimento que não valorizavam as vozes africanas.

Badenoch diz que deseja que a cor da pele não seja mais relevante do que a cor do cabelo – mas a política de identidade Kemi Badenoch muitas vezes soam muito mais conscientes das cores do que isso. “Eu sou o pior pesadelo do Partido Trabalhista, eles não podem me pintar como preconceituoso” foi a manchete de uma entrevista recente ao Telegraph. Há também uma tensão no seu apelo para que a política de migração reflita o quanto as diferenças culturais são importantes.

A própria experiência de Badenoch em termos de abertura de oportunidades sustenta a sua insistência em que a Grã-Bretanha seja o melhor país do mundo para ser negro. No entanto, mais de três quartos dos britânicos negros valorizaram a mensagem dos protestos anti-racismo Black Lives Matter na Grã-Bretanha – que o progresso alcançado deixa muito mais por fazer – enquanto Badenoch temia principalmente importar os conflitos raciais da América para a Grã-Bretanha.

Ela apoiou a revisão de Tony Sewell sobre as disparidades étnicas em seu esforço para reformular a narrativa. No entanto, isso transformou a verdadeira história de um padrão cada vez mais complexo de oportunidades e resultados num conflito cultural extraordinariamente polarizado. Como ministra da Igualdade, Badenoch buscou um perfil muito mais construtivo, como seu Agenda política inclusiva da Grã-Bretanha que visava reduzir as lacunas restantes.

Isso levou alguns membros da direita online a agora caracterizá-la como demasiado “acordada”, enquanto a esquerda a chama de guerreira cultural em matéria de raça e género. Perguntado no GB News debate de liderança se era altura de cancelar as guerras culturais, Badenoch rejeitou esse rótulo como um “apito de cão para atacar a direita”. “Estamos defendendo nossa cultura, estamos defendendo nosso país”, disse ela.

Kemi Badenoch x Robert Jenrick foi uma disputa acidental depois que parlamentares em jogos táticos eliminaram James Cleverly por engano. Robert Jenrick apostou tudo nos membros conservadores escolhendo quem oferecesse mais carne vermelha na imigração e nos direitos humanos para reconquistar os votos perdidos para Nigel Farage. Os membros conservadores desafiaram os estereótipos ao rejeitar essa oferta.

Ao transformar a oposição à CEDH num novo teste decisivo dos Conservadores, Jenrick presenteou Kemi Badenoch com novos aliados; George Osborne foi um dos surpresos ao votar nela. Badenoch de alguma forma encerrou esta disputa como a candidata da unidade da “igreja ampla” dentro do partido, apesar da sua reputação polarizadora fora dele.

O instinto de Keir Starmer pode ser evitar debater com Badenoch sobre questões de identidade. Há algum sentido estratégico nisso. O sucesso ou o fracasso do orçamento social-democrata de Rachel Reeves e o contraste com o instinto de Badenoch de que o Estado deveria encolher significativamente serão os que mais moldarão esta era da política britânica.

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Mas governar uma Grã-Bretanha cada vez mais diversificada em tempos voláteis requer uma agenda para gerir as nossas diferenças e unir as pessoas. Aqueles que discordam da política de identidade de Badenoch deveriam ser capazes de definir o que diriam e fariam.



Leia Mais: The Guardian

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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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O projeto com os cavalos, no Kentucky (EUA), ajuda dependentes químicos a recomeçarem a vida. - Foto: AP News

Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.

Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.

Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.

Amor e semente

Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.

Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.

E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.

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Cantos de agradecimento

E a recompensa vem em forma de asas e cantos.

Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.

O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.

Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?

Liberdade e confiança

O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.

Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.

“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.

Internautas apaixonados

O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.

Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.

“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.

“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.

Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:

Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Que gracinha! - Foto: @cecidasaves/TikTok Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok



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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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Cecília, uma mulher de São Paulo, põe alimentos todos os dias os para pássaros livres na janela do apartamento dela. - Foto: @cecidasaves/TikTok

O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.

No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.

“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.

Ideia improvável

Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.

“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.

O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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A ideia

Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.

Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.

E o melhor aconteceu.

A recuperação

Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.

Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.

À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.

Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.

“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.

Cavalos que curam

Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.

Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.

Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.

“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”

A gente aqui ama cavalos. E você?

A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News



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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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O brasileiro Hugo Calderano, de 28 anos, conquista a inédita medalha de prata no Mundial de Tênis de Mesa no Catar.- Foto: @hugocalderano

Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.

O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.

O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.

Da tranquilidade ao pesadelo

Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.

Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.

A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.

Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.

Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.

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Caminho errado

Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.

“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.

Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.

Caiu na neve

Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.

Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.

Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.

“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”

Luz no fim do túnel

Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.

De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.

“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.

A gentileza dos policiais

Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.

“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.

Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!

Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:

Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni

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