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Defesa de Lula questiona evento de Moro com Dória

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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou ao juiz de primeira instância Sérgio Moro uma exceção de suspeição pela sua participação em evento da empresa LIDE, do pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB João Dória Jr., com uso de foto e vídeo pelo político nas suas redes sociais dentro da sua pré-campanha ao governo de São Paulo. Os advogados também questionam o evento ter sido apoiado pela Petrobras, empresa que é parte como assistente de acusação em casos julgados por Moro.

A peça lembra os diversos eventos que Moro participou junto com João Dória, declarado opositor do ex-presidente Lula, quando este pleiteava a prefeitura de São Paulo contra o Partido dos Trabalhadores, e o evidente uso eleitoral por Dória da sua relação com o juiz. Para os advogados houve quebra da imparcialidade objetiva e subjetiva do juiz no processo, dado seu evidente interesse pessoal na causa.



Caso Moro não reconheça sua suspeição, ela deve ser remetida para a análise do Tribunal Regional Federal da 4º Região. Os advogados querem que Moro preste esclarecimentos sobre as remunerações e custeio das suas despesas como palestrante no evento: quanto custou e quem pagou sua participação nas atividades com João Dória Jr., que junto com Pedro Parente, presidente da Petrobras, foram arrolados como testemunhas no caso. Leia mais aqui.

Veja abaixo o documento completo da defesa:

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André Mendonça, do STF, manda trancar dois inquéri…

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André Mendonça, do STF, manda trancar dois inquéri...

Ludmilla de Lima

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na quinta-feira, 10, o encerramento de duas investigações contra o governador do Rio, Cláudio Castro, que tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para o ministro, que atendeu a um pedido da defesa de Castro, violações cometidas no processo de apuração provocaram a nulidade do caso. “Diante das nulidades verificadas e da umbilical correlação entre as duas investigações em curso, as quais tramitam conjuntamente e sob a condução direta da mesma autoridade policial (…) determina-se o trancamento dos Inquéritos”, decidiu o ministro.

A defesa do governador, que nega ter cometido qualquer irregularidade, havia protocolado em agosto de 2023 pedido de habeas corpus. No ano passado, o STJ autorizou abertura de inquérito para investigar Castro em relação a suspeitas de desvios em contratos da Fundação Leão XIII. Já em julho deste ano, ele foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por corrupção passiva e peculato no período que vai de 2017, quando era vereador, a 2020, quando já governava o estado no lugar de Wilson Witzel, de quem era vice.

Castro foi envolvido na Operação Catarata, que levantava supostos desvios em contratos da assistência social do governo. Em delação, o ex-assessor de Castro na Câmara  Marcus Vinícius de Azevedo relatou ter repassado propina ao então vereador e também quando o político já atuava como vice-governador. No depoimento ao Ministério Público do Rio, ele cita inclusive que Castro teria recebido propina em dólar, durante uma viagem com a família a Orlando.

O caso passou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) em agosto de 2020, e em abril de 2023 o ministro do STJ Raul Araújo acolheu o pedido da PGR para abertura de um inquérito pela PF.

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Os advogados do governador defendem que o delegado à frente do inquérito descumpriu Instrução Normativa da PF que prevê que investigados só podem ser indiciados após serem interrogados. Eles dizem que a condução da investigação foi ilegal, classificando como abuso de autoridade a postura do delegado, que, para a defesa, “escancara o viés arbitrário e político do rumo das investigações”.

Para o advogado Carlo Luchione, o depoimento do ex-assessor que envolveu o governador em suspeitas de propina ocorreu de forma irregular junto a promotores do MP do Rio, em momento em que Castro já era governador e tinha foro privilegiado no STJ. Em nota, ele diz que “finalmente foi reconhecida a ilegalidade e trancados os inquéritos”.





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Colunistas de VEJA analisam disputas de segundo tu…

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Colunistas de VEJA analisam disputas de segundo tu...

Da Redação

O programa Os Três Poderes, de VEJA,  desta sexta-feira, 11, vai abordar, a partir das 14h, o início das disputas de segundo turno das eleições municipais pelo Brasil. Os colunistas Matheus Leitão, Robson Bonin e Ricardo Rangel vão analisar as primeiras pesquisas nas principais capitais, a derrota da esquerda, tema de capa de VEJA desta semana, e os avanços do Centrão, da direita e do conservadorismo. O avanço da Câmara com pautas anti-STF também será tema. A apresentação será de Ricardo Ferraz.

PRIMEIRAS PESQUISAS

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) lidera a corrida eleitoral no segundo turno em São Paulo com 52,8% das intenções de voto contra 39% do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), segundo levantamento divulgado nesta quinta pelo instituto Paraná Pesquisas. A primeira sondagem após a votação do último domingo mostra que há ainda um contingente de eleitores que não fizeram opção por nenhum dos dois candidatos. Segundo o levantamento, 4,8% dos entrevistados disseram que irão votar em branco. nulo ou nenhum, enquanto 3,4% declararam que não sabem ou não responderam. O instituto ouviu 1.200 eleitores.

O primeiro levantamento do Datafolha sobre o segundo turno em São Paulo mostra uma liderança folgada de Ricardo Nunes (MDB) contra Guilherme Boulos (PSOL). O atual prefeito tem 55% das intenções de voto, enquanto o psolista, 33%. Votos brancos e nulos somam 10% e 2% não souberam responder. Entre os eleitores de Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, 84% agora declaram voto no emedebista, contra 4% que escolhem o deputado federal. A sondagem indica também que Nunes tem 85% dos eleitores de Jair Bolsonaro e Boulos, 63% dos de Lula. Em Belo Horizonte, o Datafolha aponta que o prefeito Fuad Noman (PSD) lidera com 48%, contra 41% de Bruno Engler (PL).

O RECADO DAS URNAS

O resultado das eleições municipais frustrou a esquerda e criou novos problemas para Lula. Reportagem de capa de VEJA desta semana mostra que, apesar do presidente e o PT terem feito um balanço positivo e falado em ‘vitórias simbólicas’, as urnas mostraram um avanço do Centrão, da direita e do conservadorismo no país. Até 2026, muita coisa pode mudar. O resultado num pleito municipal não tem necessariamente relação direta com o de um geral, mas não há como negar que, por enquanto, os ventos sopram numa direção contrária à sonhada pelo mandatário, que vê sua oposição cada vez com mais musculatura.

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Relação do PT com pobres hoje é “digital”, critica…

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Relação do PT com pobres hoje é “digital”, critica...

Nicholas Shores

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Eleito prefeito de Maricá (RJ), o deputado federal Washington Quaquá vai lançar o livro Diálogos com a Utopia. Um dos vice-presidentes do PT, ele aponta, na obra, caminhos para tentar tirar seu partido do buraco em que se meteu nas últimas eleições.

Em trechos adiantados ao Radar, Quaquá diz que o PT deve priorizar pautas econômicas e sociais acima de temas “de comportamento”. Para ele, a ligação do partido com o pobre hoje é “digital”. Por isso, tem de construir redes “físicas e reais” nas periferias, “lá onde o povo está”.

Quaquá também defende que o PT faça um “acordo sincero, pragmático e programático” com partidos de centro. “O PT precisa voltar a fazer política ampla, coisa que abandonou no governo Dilma e nos levou ao golpe”, afirma.

Agora, Quaquá vai mandar o manuscrito de Diálogos com a Utopia para José Dirceu e o historiador Vladimir Palmeira, que escreverão os prefácios da obra.



“No fim do ano, o livro vai entrar no debate nacional do PT. Vou lançá-lo em dezembro”, afirma Quaquá.



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