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Fotos: Desagravo Público é promovido pela OAB/AC

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7 anos atrásem

Ato ocorreu nesta terça-feira (21) em prol de advogada que teve escritório violado por delegado.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC) realizou, na terça-feira (21), ato de Desagravo Público, em frente ao Fórum Criminal, em favor da Edilene Ad’Vincula. A mesma foi agravada pelo delegado Marcos Frank Costa e Silva ao ter o escritório, localizado em sua casa, violado durante ação de busca e apreensão. A Seccional deveria ter sido previamente informada sobre o caso, mas só ficou sabendo após o ocorrido.
Durante o Desagravo, a advogada violada falou sobre o ato de desrespeito. “Na mesma medida em que respeitamos as autoridades públicas, merecemos e precisamos ser respeitados. Nossas prerrogativas não são privilégios, são ferramentas que a advocacia deve usar enquanto parte indispensável a administração da justiça. Fui extremamente ofendida no exercício da minha profissão e sobretudo em razão dela. Tive a infelicidade de ver jogado na lama o meu nome. Sorrateiramente ocorrem avanços as violações, a violência e o desrespeito a nossa classe. Por isso conclamo a classe que este ato sirva de incentivo aos advogados a sustentação de nossas prerrogativas”, disse Edilene Ad’Vincula.
A presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas (CDAP) também ressaltou a importância da união entre os advogados. “Não adianta termos a lei a nosso favor se a classe não se unir. Essa união de hoje é o que realmente nos faz ter força contra qualquer violação. Repudiamos a violação dentro da nossa profissão. Ontem, a advogada violada foi a Dra. Edilene, amanhã pode ser qualquer um de nós. Este ato é justamente para repudiar e para que não volte a ocorrer a violação de nossas prerrogativas. Vamos mostrar que não estamos aqui para ser violados, mas sermos respeitados. Tentam quase que diariamente tirar nossa liberdade profissional, como se nós estivéssemos trabalhando em favor próprio, pelo contrário, trabalhamos em favor da justiça e do cidadão. Se calar o advogado, onde existirá a justiça? Não existirá. Que fique claro, a Comissão de Prerrogativas jamais baixará a voz, a cabeça e jamais deixará a nossa classe ser vilipendiada e ser alvo de criminalização. Trabalhamos e queremos fazer justiça. Nós fazemos com que a lei aconteça.”
O presidente da Comissão da Advocacia Criminal, Romano Gouveia, também prestou apoio a advogada violada. “Estamos vivendo momentos tortuosos, onde tanto a mídia quanto certas autoridades tentam criminalizar a advocacia e fazer isso é criminalizar a defesa da sociedade. O advogado não pode ser tratado com preconceito, pois não há justiça sem participação plena e livre do profissional da advocacia”, esclareceu.
Já o presidente da Comissão de Assuntos Legislativos, Thalles Vinicius, fez questão de ressaltar medidas que a OAB/AC, por meio da Comissão, toma para combater a violação de prerrogativas. “Quando a Dra. Edilene teve seu escritório violado, nossos escritórios também foram. Tenho sete anos de advocacia, este é o quinto ato de desagravo que participo, em quatro deles as violações foram com mulheres. Será que esse número é aleatório? É algo que precisamos refletir. É importante citar que recentemente a Comissão de Assuntos Legislativos aprovou uma lei na Assembleia Legislativa que transforma as violações de prerrogativas em ilícitos funcionais. A partir de agora a OAB tomará providências nesse sentido.”
O ato de Desagravo Público foi marcado pelo discurso do presidente da OAB/AC, Marcos Vinícius Jardim Rodrigues. Ao desagravar a advogada Edilene Ad’Vincula, ele falou que o país está à deriva. “Diante dessa situação, de um Estado envolvido em criminalidade e Poder Judiciário moroso, as autoridades públicas utilizam-se da impunidade como mote para todo tipo de violação de direito. O advogado que luta por justiça, profissional que tem a função social de trazer democracia e fazer com que o judiciário se movimente, é aquele que é injustiçado no exercício de sua profissão. Os exemplos são muitos. No Estado do Acre o juiz criminal da Comarca de Feijó lacra o cartório e cria um guichê vergonhoso. A desculpa é medo. Há muitos meses a OAB luta no Conselho Nacional de Justiça, na presidência do TJ e na Corregedoria-Geral de Justiça, e o Poder Judiciário não faz absolutamente nada. Na Cidade da Justiça não se garante acessibilidade, não se respeita cidadão, usuário do serviço público. É no Estado do Acre, que em nome da luta contra a criminalidade, os advogados simplesmente não conseguem ter acesso aos clientes no presídio. E não há OAB que consiga resolver isso administrativamente. Tal qual a luta no caso do juiz de Feijó, tivemos que entrar com mandado de segurança para garantir que o cidadão tenha uma defesa plena e que o advogado consiga exercer a profissão de forma altaneira. E é no Estado do Acre que as delegacias são verdadeiros palcos de abuso de poder.”
Ainda durante discurso, Marcos Vinícius Jardim Rodrigues afirmou que “os delegados de polícia se acham acima da lei. É o que aconteceu com a Dra. Edilene, que teve violado seu ambiente de trabalho e nosso Estatuto é muito claro. O delegado jamais poderia ter alegado que não tinha placa e não tinha como saber, embora a colega o tenha alertado no momento do cumprimento da diligência. A ousadia do delegado de polícia é gritante. Não bastasse violar nossa Lei Federal, fez questão ainda de desobedecer a ordem do magistrado da 4ª Vara Criminal dessa comarca que afirmou no mandado que ‘caso seja constatado que no local funciona escritório de advocacia da representada e venham ser apreendidos documentos que dizem respeito ao seu exercício de profissão a autoridade policial deverá comunicar previamente a Ordem dos Advogados do Brasil’. É uma autoridade pública que não respeita lei, advogado e nem juiz. Para esse tipo de autoridade o veemente repúdio da advocacia acreana. Esse é o nosso recado. Não vão calar a advocacia.” Notícias OAB/AC.
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Minicurso para agricultores aborda qualidade e certificação de feijão — Universidade Federal do Acre

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1 semana atrásem
15 de abril de 2025
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá realizou o minicurso “Controle de Qualidade de Feijões Armazenados e Certificação de Feijão”, ministrado pelos professores Bruno Freitas, da Ufac, e Guiomar Sousa, do Instituto Federal do Acre (Ifac). As aulas ocorreram em 30 de março e 1 de abril, em Marechal Thaumaturgo (AC).
O minicurso teve como público-alvo agricultores e membros da Cooperativa Sonho de Todos (Coopersonhos), os quais conheceram informações teóricas e práticas sobre técnicas de armazenamento, parâmetros de qualidade dos grãos e processos para certificação de feijão, usados para agregar valor à produção local e ampliar o acesso a mercados diferenciados.
“Embora existam desafios significativos no processo de certificação do feijão, as oportunidades são vastas”, disse Bruno Freitas. “Ao superar essas barreiras, com apoio adequado e estratégias bem estruturadas, os produtores podem conquistar mercados internacionais, aumentar sua rentabilidade e melhorar a sustentabilidade de suas operações.”
Guiomar Sousa também destacou a importância do minicurso para os produtores da região. “O controle de qualidade durante o armazenamento do feijão é essencial para garantir a segurança alimentar, preservar o valor nutricional e evitar perdas que comprometem a renda dos agricultores.”
O minicurso tem previsão de ser oferecido, em breve, para alunos dos cursos de Agronomia da Ufac e cursos técnicos em agropecuária e alimentos, do Ifac.
O projeto Bioeconomia e Modelagem da Cadeia Produtiva dos Feijões do Vale do Juruá é financiado pela Fapac, pelo CNPq e pelo Basa. A atividade contou com parceria da Embrapa-AC, da Coopersonhos e da Prefeitura de Marechal Thaumaturgo.
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Projeto oferece assistência jurídica a alunos indígenas da Ufac — Universidade Federal do Acre

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1 semana atrásem
15 de abril de 2025
O curso de Direito e o Observatório de Direitos Humanos, da Ufac, realizam projeto de extensão para prestação de assistência jurídica ao Coletivo de Estudantes Indígenas da Ufac (CeiUfac) e a demais estudantes indígenas, por meio de discentes de Direito. O projeto, coordenado pelo professor Francisco Pereira, começou em janeiro e prossegue até novembro deste ano; o horário de atendimento é pela manhã ou à tarde.
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail cei.ccjsa@ufac.br.
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Ufac discute convênios na área ambiental em visita ao TCE-AC — Universidade Federal do Acre

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11 de abril de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, participou de uma visita institucional ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), com o objetivo de tratar dos convênios em andamento entre as duas instituições. A reunião, que ocorreu nesta sexta-feira, 11, teve como foco o fortalecimento da cooperação técnica voltada à revitalização da bacia do igarapé São Francisco e à ampliação das ações conjuntas na área ambiental.
Guida destacou que a parceria com o TCE em torno do igarapé São Francisco é uma das mais importantes já estabelecidas. “Estamos enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e precisamos de mais intervenções no meio ambiente. Essa ação conjunta é estratégica, especialmente neste ano em que o Brasil sedia a COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima].”
A reitora também valorizou a atuação da presidente Dulcinéia Benício à frente do TCE. “É uma mulher que valoriza a educação e sabe que é por meio da ciência que alcançamos os objetivos importantes para o desenvolvimento do nosso Estado”, completou.
Durante o encontro, foram discutidos os termos de cooperação técnica entre o TCE e a Ufac. O objetivo é fortalecer a capacidade de resposta das instituições públicas frente às emergências ambientais na capital acreana, com o suporte técnico e científico da universidade.
Para Dulcinéia Benício, o momento marca o fortalecimento da parceria entre o tribunal e a universidade. Ela disse que a iniciativa tem gerado resultados importantes, mas que ainda há muito a ser feito. “É uma referência a ser seguida; ainda estamos no início, mas temos muito a contribuir. A universidade tem sido parceira em todos os projetos ambientais desenvolvidos pelo tribunal.”
Ela também ressaltou que a proposta vai além da contenção de enxurradas. “O projeto avança sobre aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento, que hoje são indispensáveis na execução das políticas públicas.”
Participaram da reunião o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Hid, além de professores e pesquisadores envolvidos no projeto. Pelo TCE, acompanharam a agenda os conselheiros Ronald Polanco e Naluh Gouveia.
Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo, da Fundape e do governo do Estado. O professor aposentado e economista Orlando Sabino esteve presente, representando a Assembleia Legislativa do Acre.
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