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Este derby de Manchester foi um futebol de elite reimaginado por um robô de ressaca | Manchester United
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11 meses atrásem
Barney Ronay
Foi profundamente apropriado que Amad Diallo decidisse este clássico de Manchester, principalmente porque por longos períodos ele parecia ser a única pessoa em campo que não jogava sob forte sedação.
Costuma-se dizer que os jogadores de futebol se destacaram em um jogo. Diallo se destacou aqui principalmente porque parecia gostar de jogar futebol. No caso, isso se expressou em quatro minutos extraordinários durante os quais Diallo jogou sozinho para transformar o 1 a 0 em um vitória por 2-1. Mesmo antes disso, houve longos períodos durante os quais a figura leve, rápida e chocantemente urgente do lado direito do ataque do Manchester United parecia ser a única pessoa em campo com algum tipo de esperança de que a vida ainda pudesse continuar, como o único sobrevivente em um filme de George Romero, andando por um shopping center, esquivando-se de zumbis.
O maior beneficiário da energia e habilidade de Diallo é seu empresário, que se arriscou aqui desde o início. Para Ruben Amorim esta foi uma daquelas ocasiões num desporto extremamente baseado em resultados onde os mínimos detalhes podem mudar toda uma narrativa. A maior coisa que Amorim fez aqui foi retirar Marcus Rashford de sua equipe. A segunda coisa mais importante foi falar sobre isso antes do pontapé inicial, dizendo às câmeras de TV que esta era uma escolha baseada na atitude e no comprometimento, na verdade, um ato de tudo ou nada de golpe de foice dirigido à sua estrela local mais famosa.
“Presto atenção em tudo, na maneira como você come, na maneira como você se veste para ir ao jogo”, disse Amorim, o que provavelmente não saiu como pretendido. À medida que o jogo passava dos 70 minutos, com o United perdendo por 1 a 0 e ainda jogando um futebol assombrado, lateral e sinuoso, essas citações já estavam sendo reproduzidas com entusiasmo na internet. O chefe do United observa os jogadores se vestirem. Rashford foi punido por comer peixe com a faca errada. Esse tipo de coisa. O futebol odeia o vácuo. É necessário algo para preencher o ar vazio. O ridículo serve, e muitas vezes o ridículo pode acabar sendo terminal.
Nesse ponto, entra: Diallo e o triunfo da esperança. O empate do United aos 88 minutos veio após um péssimo passe para trás de Matheus Nunes, que passou para Diallo, que viu na sua periferia Nunes avançando, com a sirene tocando, empenhado em resgatar seu próprio erro. Sua habilidade naquele momento foi esperar, colocar o pé na bola, deixar Nunes passar direto por ele. Bruno Fernandes enterrou o chute.
City já estava remando forte em direção ao fim da piscina, afundando lentamente, com os braços doendo. Diallo continuou correndo. Aos 90 minutos, ele galopou após um passe de Lisandro Martínez, passou a bola por Ederson, que realmente adora uma cambalhota aleatória, e acertou no canto mais distante. Mesmo assim, Josko Gvardiol poderia ter ficado com a bola, mas em vez disso tentou e não conseguiu desviá-la de calcanhar.
O futebol pelo menos parece ter mantido o seu amargo sentido de humor. O aspecto mais surpreendente da intervenção de Diallo foi a total mortalidade do jogo que o precedeu. Observando estas duas equipas a vaguear sem rumo, o futebol de elite reimaginado por um robô de ressaca, foi espantoso pensar nas vastas e barrocas superestruturas que deram origem a este espectáculo, nos níveis de microgestão, nos milhares de milhões gastos, na equipes de advogados em uma luta mortal fora do palco, a vontade do Estado-nação de poder.
No final do qual estas duas entidades desportivas globais produziram um jogo que durante longos períodos foi como ver alguém descarregar mal uma máquina de lavar louça.
Quarenta minutos depois, Kyle Walker foi culpado de uma encenação ridícula, caindo de costas depois de roçar na testa de Rasmus Højlund. Talvez Walker só quisesse sentir alguma coisa. Bata em mim, Rasmus. Faça-me sangrar. Vamos fazer uma dor falsa.
após a promoção do boletim informativo
Caso contrário, isso seria futebol morto, cortes, espasmos de energia aprisionada. O City ainda parecia um time com algo suave e confuso no centro. Felizmente, eles estavam enfrentando adversários que pareciam ter medo de pressionar demais.
O City assumiu a liderança aos 36 minutos com um cabeceamento de Gvardiol após um cruzamento desviado, possibilitado por uma péssima defesa falsa. Mesmo depois disso, e fora dos últimos quatro minutos, esta pareceu uma oportunidade perdida para o United e para Amorim. A cidade estava lá para ser tomada. Eles simplesmente são hoje em dia. Fernandes produziu uma versão irregular e sincera do que tinha de melhor. Højlund estava disposto e disposto, mesmo que às vezes pareça um pouco como assistir a um cavalo sem cavaleiro muito ansioso que ainda pensa que vai vencer o grande campeonato nacional.
Mas no final foi Diallo e a simples recusa em desistir que mudaram o dia. Ele agora tem seis assistências e dois gols nos últimos nove jogos.
Aconteça o que acontecer a partir daqui, Amorim ficará sempre grato pela intervenção de Diallo, por aqueles quatro minutos que vão comprar um pouco mais da paciência que ele pediu, mas que provavelmente nunca teria. O tempo é moeda para Amorim. Ele conseguiu um pouco mais aqui. Ele teve que fazer uma declaração de sua própria crueldade. Pequenas vitórias por enquanto. Mas esta versão de Manchester United deleitar-se-á com eles.
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Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
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12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
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CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
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Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
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11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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