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Gêmeas siamesas passam bem após serem separadas em cirurgia de 15h paga pelo SUS

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As festas juninas em Brasília começaram agora em maio e vão até agosto. - Foto: Agência Brasília

Renata Dias

12 / 05 / 2025 às 08 : 02

Kiraz e Aruna, as gêmeas siamesas de 1 ano e meio, passaram por uma cirurgia de 15 horas em Goiás para serem separadas, com tudo pago pelo SUS. Mais de 60 profissionais envolvidos. – Foto: @kirazaruna

Kiraz e Aruna, de 1 ano e meio, nasceram unidas pelo tórax, com três pernas e múltiplos órgãos compartilhados – como fígado, intestino, genitália, ânus e abdômen. As gêmeas siamesas passam bem após terem sido separadas, numa cirurgia de 15h.

A operação das meninas, nascidas em Igaraçu do Tietê, no interior de São Paulo, foi no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente de Goiânia (Hecad) e terminou neste domingo (11/05). Segundo o hospital, elas se recuperam agora na UTI.

O trabalho preciso e incansável foi todo custeado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O cirurgião pediátrico Zacharias Calil, referência em tratamento de siameses no Brasil, afirmou que o custo dessa cirurgia gira em torno de R$ 2,5 milhões por causa da complexidade, dos riscos e do numeroso quadro de profissionais.

Os órgãos compartilhados

Kiraz e Aruna são classificadas como siamesas esquiópagas triplas, compartilhando órgãos, e tendo apenas uma bacia cada e, após a cirurgia, uma perna. A terceira perna foi sacrificada, para que a pele e ossos fossem usados na reconstrução delas.

Na cirurgia, foi utilizada tecnologia de ponta. Um bisturi de argônio, que é um gás, que corta e coagula com alta precisão, além de um equipamento que aspira sangue durante a cirurgia, filtra e o reintroduz no paciente, segundo o Mais Goiás.

Para a cirurgia, foram convocados mais de 60 profissionais, entre eles pelo menos 16 cirurgiões de especialidades diversas – como cirurgiões plásticos, ortopédicos, vasculares, especialistas em urologia e aparelho digestivo, além de quatro anestesiologistas.

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Pré-operatório importantíssimo

Há seis meses, as irmãs foram submetidas a uma primeira cirurgia no Hecad, considerada crucial para a pré-separação.

Nessa etapa, receberam expansores de pele, que são próteses de silicone implantadas sob a pele.

Esses expansores, ao serem inflados progressivamente, estimulam a produção de tecido suficiente para o fechamento adequado das áreas que ficarão expostas após a separação.

Pelo menos 22 cirurgias semelhantes à das gêmeas foram realizadas no mesmo hospital.

Há três anos, o Hecad passou a assumir integralmente esses atendimentos, tornando-se a estrutura mais preparada do estado para acolher e realizar com excelência esse tipo de procedimento.

Força, Kiraz e Aruna! O Só Notícia Boa está na torcida!

Veja mais imagens das gêmeas siamesas separadas:

A cirurgia de separação das gêmeas siamesas levou mais de 15 horas e reuniu uma equipe de 60 profissionais. Foto: Hecad

A cirurgia de separação das gêmeas siamesas levou mais de 15 horas e reuniu uma equipe de 60 profissionais. Foto: Hecad

Kiraz e Aruna nasceram com vários órgãos compartilhados e foram acompanhadas pelo especialista em siameses, o médico cirurgião pediátrico Zacharias Calil. Foto: @kirazaruna

Kiraz e Aruna nasceram com vários órgãos compartilhados e foram acompanhadas pelo especialista em siameses, o médico cirurgião pediátrico Zacharias Calil. Foto: @kirazaruna

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Professora da Ufac é nomeada membro afiliada da ABC — Universidade Federal do Acre

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A professora da Ufac, Simone Reis, foi nomeada membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na terça-feira (5), em cerimônia realizada na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém (PA). A escolha reconhece sua trajetória acadêmica e a pesquisa de pós-doutorado desenvolvida na Universidade de Oxford, na Inglaterra, com foco em biodiversidade, ecologia e conservação.

A ABC busca estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, promover a pesquisa nacional e difundir a ciência. Todos os anos, cinco jovens cientistas são indicados e eleitos por membros titulares para integrar a categoria de membros afiliados, criada em 2007 para reconhecer e incentivar novos talentos na ciência brasileira.
“Nunca imaginei estar nesse time e fiquei muito surpresa por isso. Espero contribuir com pesquisas científicas, parcerias internacionais e discussões ecológicas junto à ABC”, disse a professora Simone Reis.



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Reitora assina contrato de digitalização de acervo acadêmico — Universidade Federal do Acre

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A reitora da Ufac, Guida Aquino, assinou o contrato de digitalização do acervo de documentos acadêmicos. A ação ocorreu na tarde de quarta-feira, 13, no hall do Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca). A empresa responsável pelo serviço é a SOS Tecnologia e Gestão da Informação.

O processo atende à Portaria do MEC nº 360, de 18 de maio de 2022, que obriga instituições federais de ensino a converterem o acervo acadêmico para o meio digital. A medida busca garantir segurança, organização e acesso facilitado às informações, além de preservar documentos físicos de valor histórico e acadêmico.

Para a reitora Guida Aquino, a ação reforça o compromisso institucional com a memória da comunidade acadêmica. “É de extrema importância arquivar a história da nossa querida universidade”, afirmou.

A decisão foi discutida e aprovada pelo Comitê Gestor do Acervo Acadêmico da Ufac, em reunião realizada no dia 7 de julho de 2022. Agora, a meta é mensurar o tamanho dos arquivos do Nurca para dar continuidade ao processo, assegurando que toda a documentação esteja em conformidade legal e disponível em formato digital.



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Ufac inaugura Sala Aquário no Restaurante Universitário para acolhimento sensorial — Universidade Federal do Acre

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A Ufac, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes) inaugurou, nesta quarta-feira, 13, no Restaurante Universitário (RU), a Sala Aquário, um espaço de acomodação sensorial com estímulos reduzidos, destinado a oferecer mais conforto e inclusão, especialmente para pessoas neurodivergentes ou com hipersensibilidade a ruídos, luminosidade ou odores.

A reitora Guida Aquino destacou que o espaço atende a uma reivindicação antiga e reafirmou o compromisso institucional com a inclusão. “Seguiremos apoiando nossos estudantes neurodivergentes para que tenham as condições necessárias de permanecer na universidade e concluírem seus cursos. É fundamental que encontrem aqui um ambiente que facilite sua trajetória acadêmica”, disse.

O ambiente foi adaptado a partir de uma demanda apresentada pelo Coletivo Atípico da Ufac, e pode ser utilizado por qualquer pessoa que necessite de um local mais silencioso e com menor fluxo de pessoas para realizar suas refeições, sem a necessidade de identificação específica além do procedimento já exigido para acesso ao RU.

A diretora de Apoio Estudantil, Cydia Menezes Furtado, explicou que a iniciativa surgiu a partir do diálogo com estudantes autistas, que relatavam desconforto com o alto volume de pessoas e sons no restaurante. “O RU serve, em média, 1.800 a 2.000 refeições no almoço, em um espaço com acústica que potencializa o barulho. Além disso, temos apresentações culturais no palco externo e transmissões de rádio, o que aumentava os estímulos. A Sala Aquário foi pensada para oferecer esse momento de conforto durante as refeições”, afirmou.

Representando o coletivo estudantil, a acadêmica de Letras Libras e integrante do Coletivo Atípico da Ufac, Érika Sales Aguiar, reforçou a importância do novo espaço. “Não se trata de querer se excluir, mas de evitar a sobrecarga de estímulos que pode causar crises. Este ambiente garante mais silêncio e conforto, e representa um avanço na inclusão e na acessibilidade dentro da universidade”, declarou.

Participaram ainda da inauguração o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas, Filomena Maria Oliveira da Cruz; o pró-reitor de Planejamento, Alexandre Ricardo Hid; e representantes da comunidade acadêmica.



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