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‘Grande parte da minha vida’: ex-associado de Banksy vende seu arquivo | Banksy

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8 meses atrásem
Pamela Chelin
UMdepois de vários anos tumultuados, o antigo Banksy o associado Steve Lazarides viu o que estava escrito na parede. Entre os desafios da pandemia, o aumento do custo de vida, as dificuldades de saúde mental e um pesado revés financeiro da sua agora extinta empresa de produção, Lazarides de repente sentiu vontade de recuperar o seu primeiro amor, a fotografia.
Para se dedicar totalmente ao seu ofício, ele está vendendo sua coleção única de obras de arte e artefatos de Banksy. “Esta tem sido uma grande parte da minha vida nos últimos 25 anos, quer eu estivesse trabalhando com ele ou não”, disse Lazarides durante uma ligação da Zoom de Londres na semana passada. “Eu só quero tirar isso da minha bandeja de entrada e voltar a me concentrar em tirar fotos.”
Não é que Lazarides não tenha passado algum tempo atrás das lentes nas últimas duas décadas e meia. Em 2019, ele publicou Banksy Captured, uma crônica dos bastidores de Banksy contada por meio de fotos e anedotas de Lazarides, seguida por um segundo volume um ano depois. Ainda assim, Lazarides diz: “Nunca tive tempo para me dedicar à fotografia que realmente queria, por isso é onde estou agora. Atualmente também estou editando algumas centenas de milhares de imagens que tirei na época pré-Banksy.”
Para limpar o prato, Lazarides recorreu à ajuda dos Leilões Julien, onde o apropriadamente intitulado Sob coação: o arquivo Banksy de Steve Lazarides está programado para ir ao ar hoje no armazém de Julien em Los Angeles e online.
Apresentando obras de arte originais, incluindo uma pintura de Hooded Figure, um estêncil cortado à mão de Drill Rat e um desenho de Burning Police Car, e mais de 40 gravuras, incluindo Rude Copper, Love Is In The Air (também conhecido como Flower Thrower) e Bomb Hugger, o tesouro também oferece um vislumbre do processo criativo de Banksy com esboços conceituais de Paparazzi Rat e Every Time I Make Love To You, I Think of Someone Else. A diversidade de itens diversos varia de um certificado de registro de nome de domínio original de 2002 até a edição limitada de Puma Clydes usada por Banksy em sua exposição Turf War de 2003.
Lazarides conheceu Banksy em 1997, em Bristol, onde foi enviado pela revista londrina Sleazenation para fotografar e entrevistar o artista de rua. “Eu vi as merdas dele na rua e isso me surpreendeu. Foi totalmente diferente de qualquer outra merda que eu estava vendo”, diz Lazarides. “Aquela coisa do estêncil era política, atrevida e engraçada. E ele poderia colocá-lo em lugares insanos que você realmente não conseguiria com um graffiti completo.” A partir daí, a sua ligação evoluiu rapidamente, com Lazarides pouco depois a tornar-se agente, gestor e galerista de Banksy.
Por mais próximos que fossem, Lazarides diz que o relacionamento deles nem sempre foi fácil. Ele descreve o trabalho com Banksy como “a todo vapor” e observa que o ritmo implacável do prolífico artista tornou sua dinâmica “muito intensa”. No entanto, Lazarides admira a dedicação de Banksy à sua arte, chamando-o de “o verdadeiro”. Ele se lembra com um sorriso caloroso de ocasiões em que eles se encontravam para beber, e Banksy saía para marcar o bar, retornando rapidamente e cheirando a tinta spray, antes mesmo de suas cervejas serem servidas.
Em 2008, entretanto, o exigente show 24 horas por dia, 7 dias por semana, havia cobrado seu preço de Lazarides. “Banksy é um trabalho de tempo integral e eu queria cuidar de outros artistas, então ele seguiu o caminho dele e eu o meu”, diz ele. A partir daí, e até o ano passado, Lazarides trabalhou como marchand, galerista e promotor de arte.
Ele ficou desiludido, entretanto, com a comercialização da arte. “’Quanto é e quanto valerá em três anos?’ Foi só isso”, diz ele, lamentando as pesquisas sobre arte que respondia regularmente. “Esse é o problema de todo o mundo da arte no momento.” Isso marca um forte contraste com suas origens com Banksy. “Ele nunca entrou nisso por dinheiro. Nem sabíamos que você poderia ganhar dinheiro”, diz ele. “Não era arte. Isso estava nas ruas para todos.”
Ainda assim, Lazarides poderá ganhar muito dinheiro com o leilão de hoje, que está estimado em render entre 1 e 2 milhões de dólares. Uma impressão de cerca de 2004 da icônica obra de arte de Banksy, Girl with Balloon, que iniciará o leilão de quinta-feira, já atraiu uma oferta de US$ 60 mil em lances antecipados online. Ironicamente, Lazarides detesta a obra-prima mundialmente amada. “Não suporto a estampa da Garota com Balão”, diz ele. “Todo mundo pensa que esta é uma cena feliz, e eu penso: ‘Nah, é uma garotinha perdendo o coração. Onde você vê felicidade nisso, seu filho da puta doente? Não há felicidade nisso.”
No entanto, Lazarides elogia a infame destruição de uma pintura de Girl with Balloon de 2006, que, orquestrada por Banksy, se autodestruiu na sua tela num leilão da Sotheby’s em 2018, logo depois de ter sido vendida por mais de 1 milhão de dólares. “Só isso já garante a Banksy um lugar na história da arte”, diz Lazarides. “Acho que é uma das peças de arte performática mais fortes que já vi nos últimos anos. Foi ousado e provocativo e exigiu planejamento.” Três anos depois, os restos mortais, que Banksy chamou de Love Is In The Bin, foram vendidos por US$ 25,4 milhões na Sotheby’s.
Apesar da notória pegadinha, Lazarides diz que Banksy “parece apoiar bastante este (leilão), o que me deixa muito feliz”. Como ele sabe que tem a bênção de Banksy? Desviando os olhos, Lazarides se torna evasivo. “Ah, você sabe, apenas através daquelas vibrações vindo do céu”, diz ele, antes de abrir um sorriso com um brilho travesso nos olhos.
No entanto, Lazarides prontamente conta que viu Banksy pela última vez “desaparecendo no meio da multidão em um show do Massive Attack”. Durante anos, especulou-se que Banksy seria o vocalista da banda de Bristol, Robert Del Naja, que também é um grafiteiro conhecido como 3D. No entanto, de acordo com os boatos, o fundador do Gorillaz, Jamie Hewlett, que co-criou os quadrinhos Tank Girl, também é um potencial pioneiro de Banksy, assim como o artista Robin Gunningham. Ainda assim, outros teorizam que Banksy é um pseudônimo que abrange um coletivo de artistas. Lazarides permanece calado, mas estima que já lhe pediram 100 mil vezes para revelar a identidade do misterioso artista. Além do mais, ele conta que “um grande negociante de arte americano”, cujo nome ele também mantém em segredo, certa vez lhe fez uma oferta de US$ 10 mil para estragar o disfarce de Banksy.
O compromisso de Lazarides em proteger o anonimato de Banksy é refletido por um conjunto de 15 telefones celulares queimadores que também estão à venda no leilão de hoje. A cada duas semanas, Lazarides, que diz “administrar um navio muito apertado”, comprava um novo telemóvel com dinheiro e encontrava-se com Banksy numa igreja para trocar o seu telefone, com cada novo número de telefone mantido em sigilo entre eles.
Prestes a abandonar tais recordações notáveis, artefatos pessoais e obras de arte lendárias, pode-se perguntar se Lazarides ficará impressionado com o remorso do vendedor após o leilão. Mas ele ressalta que não é propenso à nostalgia nem a viver no passado. “Mantive alguns trechos dirigidos a mim, como bilhetes irados que eu encontrava colados na tela do meu computador pela manhã com fita adesiva”, diz Lazarides. “Mas não preciso de 1.000 impressões para provar que trabalhei com Banksy. Está feito.”
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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4 semanas atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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