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História

HISTÓRIA: COMPANHIA REGIONAL DO TARAUACÁ E EUGENIO AUGUSTO TERRAL, SEU 1º COMANDANTE

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As fotografias, abaixo, fazem parte do álbum-dossiê apresentado, em 1917, pelo capitão do Exército Eugenio Augusto Terral, comandante da Companhia Regional do Tarauacá, ao Ministro da Justiça Carlos Maximiliano. Eugenio Terral chegou a Tarauacá no dia 11 de junho de 1916, para fundar a Companhia Regional do Tarauacá, à época, composta por 1 capitão, 1 alferes, 2 sargentos e 60 praças, conforme registrou o jornal Município (18/6/1916). 

Devido discordâncias com o prefeito José Thomaz da Cunha Vasconcelos, no caso Amin Kontar, Terral entregou o cargo no início de 1918. Em 1920, foi nomeado novamente comandante da Companhia, permanecendo no cargo até início de 1921. Ele era filho de um francês de nome Erasmo Jacques Augusto Terral, que havia se estabelecido no estado do Paraná.



Nas imagens, vê-se roçados, pois Terral fez seus soldados também dedicarem-se à agricultura, para a produção de alimentos para usufruto da própria Companhia.

As fotografias foram retiradas do Sistema de Informações do Arquivo Nacional (https://sian.an.gov.br/).

Por Alma Acreana (ISAAC MELO)

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ACRE

Aprovado na OAB-AC, indígena se emociona ao falar da conquista: ‘defender o direito do meu povo’

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Aprovação saiu no último dia 24. Ele passou na ordem antes de finalizar o curso: ‘espero inspirar mais indígenas’.

Oitavo filho de uma família de 11 irmãos, nascido em um dos municípios mais isolados do Acre e um sobrevivente e persistente diante de preconceitos ultrapassados, mas ainda fortes na sociedade, Heliton Kaxinawá ainda está em êxtase com a aprovação na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB-AC) divulgada no último dia 24.

Aos 23 anos e ainda cursando o 9º período de direito, ele diz que a aprovação é a realização de um sonho e que agora pretende ser inspiração para que outros jovens indígenas ocupem seus espaços.



Mas, até chegar a essa conquista, foi um longo caminho percorrido, começando por ter nascido em um dos municípios mais isolados do Acre, que tem pouco mais de 8,6 mil habitantes.

A Terra Indígena Kaxinawá do Rio Jordão tem 87 mil hectares e uma cerca de 1.470 indígenas, também conhecidos como Huni Kuin que ocupam Jordão e Marechal Thaumaturgo.

“Nasci no município de Jordão, no baixo Rio Tarauacá, em um local conhecido, ainda hoje, como igarapé dos índios, porque, por residirmos lá, os moradores próximos acabaram denominando assim aquele lugar. Morei lá por um tempo e lembro que houve uma reunião de alguns moradores para tentar nos expulsar de lá porque éramos indígenas e não poderíamos morar naquele local. Após isso, fomos morar próximos à cidade Jordão, uma comunidade indígena, e de lá me deslocava para estudar na escola pública e foi lá que cresci e me criei até os 18 anos”, conta.

Movido pelo sonho

Porém, ao se formar no ensino médio, Heliton, pensando em focar mais em seus estudos e com o sonho do curso superior, decidiu morar em Rio Branco – capital acreana.

“O que me moveu para Rio Brano foi o sonho do nível superior e o gosto pelo direito nasceu em mim por uma série de questões. Uma delas foi a injustiça social que sofri, principalmente no ensino fundamental, porque era um período que eu não conseguia me encaixar em nenhum grupo. Nos trabalhos escolares eu era a única criança a não me integrar em um grupo, fazia os trabalhos sozinhos”, relembra.

Isso fez com que o estudante se tornasse, segundo ele, uma pessoa retraída e que tinha vergonha de fazer coisas que parecem simples, como, por exemplo, fazer compras.

“Eu era uma pessoa que tinha vergonha de falar, de ir ao supermercado, era uma pessoa presa em mim mesma. Só fui mudar, quando cheguei em Rio Branco e comecei a ter acesso à internet, livros e comecei a ter conhecimento. Isso tudo tem me libertado a cada dia, porque tenho aprendido a me desenvolver, falar, conversar e tive a oportunidade de cursar direito.”

Heliton faz o curso em uma faculdade particular de Rio Branco através da bolsa do Fies. Além do preconceito que teve que enfrentar, as dificuldades financeiras também pesaram nessa caminhada.

“Lembro que ao sair de casa e comunicar isso aos meus familiares, dizendo que eu iria lutar pelos meus sonhos, meus pais, quase que em lágrimas, falavam que não teriam condições de me ajudar. Me lembro que durante muito tempo, antes de eu conseguir meu primeiro estágio, ia para a faculdade com fome. Às vezes eu conseguia a passagem para ir de ônibus, mas, muitas vezes, voltava andando porque o dinheiro não dava para a volta”, conta emocionado.

Mesmo com tanta dificuldade, ele tinha o foco e determinação de conseguir chegar ao objetivo que o fez sair de casa: se formar. “Fui me dedicando, dando o meu melhor, o máximo de mim para mostrar que indígena também pode, aprende e consegue. E hoje, ao conseguir essa pequena conquista, que pra mim é grande, gigante, enorme, que era quase inimaginável há alguns anos, eu me sinto eufórico, alegre. Assim que saiu o resultado eu desabei, comecei a chorar, é indescritível o sentimento de felicidade e alegria, mas me sinto triste por saber que sou um dos poucos a conseguir”, pontua.

Heliton quando ainda morava em Jordão, no interior do Acre  — Foto: Arquivo pessoal

Heliton quando ainda morava em Jordão, no interior do Acre — Foto: Arquivo pessoal

Inspiração para jovens

Como ainda não terminou o curso, Heliton só deve pegar a carteira da OAB no ano que vem, mas, enquanto isso, ele segue se dedicando e correndo atrás do que sempre sonhou. Para ele, o que vale é o clichê de que a educação salva vidas e muda rumos.

E, ao se tornar advogado, ele não pretende esquecer suas raízes e nem seu povo. Pelo contrário, ele promete trabalhar pela manutenção dos direitos dos povos tradicionais e honrar a memória de seus ancestrais.

“Assim que formar, vou pegar minha carteira e buscar o que vim fazer: ser advogado, exercer a defesa do meu povo, ser um representante do meu povo. O que espero com isso é que cada vez mais os indígenas se sintam inspirados e mais jovens consigam o que eu consegui. Quero que me olhem e vejam que um parente que chegou na capital semianalfabeto, que falava mal, escrevia mal, alcançou o objetivo”, finaliza.

 

Amazônia Que Eu Quero

O projeto Amazônia Que Eu Quero está na sua segunda temporada, que tem como tema “Educar para desenvolver e proteger”. Após a primeira temporada, ‘Caminhos para a democracia”,- o tema escolhido para 2023 remete aos impactos do déficit de educação no Norte do Brasil e tem como objetivo chamar a atenção do poder público através de propostas para incentivar a implementação de projetos e lei que acessibilizem não só a educação, mas a conectividade e o turismo na região.

O projeto tem como premissa a discussão de assuntos fundamentais para a realidade amazônica e que têm sido deixados em segundo plano por décadas, ao mesmo tempo que propõe ampliar a capacidade de análise da população da região norte ao levantar informações da gestão pública e apontar caminhos a partir da discussão entre especialistas e a sociedade civil, despertando o senso crítico e o voto consciente dos Amazônidas.

A partir dos fóruns, câmaras de debates entre especialistas foram criadas com objetivo de criar propostas para a resolução dos problemas apresentados para cada estado da região norte. Ao fim da temporada, 50 propostas foram criadas e compuseram um caderno que será entregue a deputados, senadores e governadores dos estados da região além do presidente da república em Brasília.

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ESPORTE

De Pelé a Neymar: Os maiores jogadores do futebol brasileiro

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O Brasil não é considerado o “país do futebol” à toa. O esporte é uma verdadeira paixão entre os brasileiros, que muitas vezes começam a consumir e praticar o exercício desde pequenos. Ele está presente na cultura, nas televisões, no dialeto do povo, e, mais recentemente, se tornou o esporte mais presente nas casas de apostas online. O futebol brasileiro ganhou grande notoriedade no mundo pelo estilo de jogo rítmico, fluido e improvisado, caracterizado por movimentos rápidos, fintas e mudanças de direção de grandes jogadores ao longo de décadas.

Lendas pioneiras

Antes de Pelé, outros jogadores chamaram a atenção com seus talentos. Leônidas da Silva, por exemplo, ficou marcado na história como o primeiro jogador a marcar um gol de bicicleta, jogada que então virou a sua assinatura.



Zizinho, eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1950, ganhou seu apelido de “Mestre” por sua atuação implacável e é um dos maiores artilheiros da Copa América, ao lado do argentino Norberto Mendez, com 17 gols. 

Garrincha fez história no futebol com suas pernas tortas, seus dribles rápidos e desconcertantes. Em 1958 conquistou a Copa do Mundo e se tornou o primeiro jogador a ganhar a Bola de Ouro como melhor ponta direita do mundo, além da Chuteira de Ouro como artilheiro com 14 gols. 

Pelé, o rei

Edson Arantes do Nascimento, universalmente conhecido como Pelé, morreu recentemente, no dia 29 de dezembro de 2022, mas deixou um legado surpreendente no mundo do futebol. Tornou-se um ícone mundial, teve diversos filmes a seu respeito e é até hoje considerado o rei do futebol. 

Em 1956, Pelé foi levado para treinar no Santos, onde atuou por quase duas décadas e ganhou mais de quarenta títulos. 

Aos 17 anos tornou-se o jogador mais novo a vencer uma Copa do Mundo na Suécia. O atleta foi campeão pela competição três vezes e tornou-se um dos maiores artilheiros com 12 gols, além de protagonizar alguns dos lances mais bonitos da história.

Seleção da Copa de 1970

A Copa do Mundo de 1970, sediada no México, foi histórica para o Brasil. A seleção conquistou a Taça Jules Rimet, troféu que seria destinado à primeira seleção que vencesse o torneio três vezes. A taça ficaria para sempre na posse do país vencedor, porém, a mesma foi roubada da sede da CBF em 1983.

O treinador Mário Zagallo teve uma estratégia ousada na época, trazendo para o time cinco camisas 10, ou seja, cinco craques de liderança: Gerson, Rivelino, Tostão, Jairzinho e Pelé. O resultado não poderia ser melhor, trazendo não só o título, mas também uma seleção inesquecível, contando com craques como Carlos Alberto, Brito e Everaldo.

Zico e Sócrates nos anos 80

Zico foi o maior artilheiro do Flamengo com 509 gols em 730 jogos. Conquistou diversos títulos pela equipe e ganhou notoriedade pelas suas cobranças de faltas e arremates precisos, sendo também um grande driblador.

Já Sócrates era excelente em armar jogadas e dar passes de calcanhar. Em 1978 foi jogar no Corinthians, onde se tornou um ídolo.

Sócrates e Zico jogaram lado a lado no Flamengo e conquistaram a vitória do time no Campeonato Carioca em 1986. Também jogaram pela seleção brasileira e se consagraram craques do futebol nacional. 

Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho nos anos 90 e 2000

Ronaldo Fenômeno era reconhecido por sua técnica, habilidade com as duas pernas e arrancadas rápidas. Foi eleito melhor jogador do mundo três vezes e passou por times como Barcelona, Internazionale, Real Madrid e Milan. 

Seu xará Ronaldo de Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho Gaúcho, ficou mundialmente famoso pelos seus dribles mágicos que acabaram por lhe dar o apelido de “bruxo” e encantaram os amantes de futebol. Passou por times como Paris Saint-Germain e Barcelona e conquistou o título de melhor jogador do mundo por dois anos consecutivos.

Os dois conquistaram a Copa do Mundo de 2002 lado a lado, onde Fenômeno foi responsável pelos dois gols que levaram o Brasil à vitória do pentacampeonato.

Neymar

Com muita habilidade, técnica, dribles e golaços, o atual camisa 10 da seleção vem escrevendo seu nome na história do futebol. 

Começou a jogar no Santos aos 17 anos e em 2013 chegou a Europa, iniciando a carreira internacional no Barcelona, onde conquistou dez títulos, entre eles uma Champions League. Atualmente joga no Paris Saint-Germain e já ganhou títulos importantes junto a equipe francesa.

Pela seleção brasileira conquistou diversos campeonatos, incluindo o até então inédito ouro nas Olimpíadas em 2016.

Recentemente Todd Boehly, dono do Chelsea, viajou até Paris para tentar negociar a contratação de Neymar na equipe inglesa

Conclusão

Foram tantos os talentos do futebol nacional ao longo dos anos que é difícil listá-los todos com os detalhes que merecem em apenas um artigo. Além dos craques já mencionados, outros nomes fizeram sucesso no esporte como Romário, Nilton Santos, Didi e muitos outros.

Apesar de não ser o precursor no esporte, o Brasil ficou conhecido como o país do futebol principalmente graças aos seus inigualáveis jogadores. Nomes como esses continuam influenciando novas gerações de jogadores até os dias de hoje e é de se esperar que mais estrelas surjam no caminho.

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ACRE

Cavernas no AC são registradas pela 1ª vez em cadastro nacional e uma delas leva o nome do descobridor

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No Acre, foram identificadas quatro cavernas todas dentro do Parque Nacional da Serra do Divisor. Equipe do ICMBio esteve no local em setembro de 2021 para realizar a primeira expedição de prospecção espeleológica.

Imagem de capa – Primeira caverna descoberta no Acre leva o nome do morador que a achou — Foto: Mauro Gomes/ICMBio.

Pela primeira vez na história, o Acre aparece no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (Canie) após terem sido encontradas dentro do Parque Nacional da Serra do Divisor quatro cavernas. A equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/Cecav) fez a primeira expedição no local em setembro de 2021.



Em 2020, Edson Cavalcante, morador da unidade de conservação, divulgou que havia encontrado uma caverna há muitos anos enquanto fazia trilhas dentro do parque. Apesar de ter encontrado a cavidade há pelo menos 15 anos, ele disse que não sabia que a descoberta era relevante. Logo depois, Edson, que era o morador mais antigo da unidade morreu vítima de Covid. Hoje, a caverna leva o nome dele.

“Não sabia que isso interessava a alguém. Acho que está com uns 15 anos que achei, até que no ano passado vieram uns alemães aqui e comentei sobre essa caverna e de uns lagos que achei. Eles disseram que informariam para um amigo. Só assim, eu soube que eu devia ter divulgado. Agora, vou sempre dizer tudo que eu encontrar aqui dentro do parque”, explicou na época.

Naquele ano, o Cecav passou a colher informações e em setembro esteve no local. “Acompanhados da equipe do parque, estivemos na caverna encontrada há anos atrás pelo senhor Edson e lá foram coletadas informações sobre a localização e dimensões da cavidade. Pessoas da comunidade Pé de Serra também nos acompanharam nesta visita e depois nos levaram a outras localidades onde identificamos mais três cavidades, todas dentro da área do parque, não muito distantes da sua sede”, explica o analista ambiental do centro, Mauro Gomes.

O resultado dessa expedição foi divulgado em artigo científico em abril de 2022. A expedição foi entre 20 e 29 de setembro de 2021, com deslocamento terrestre de cerca de 1 hora do município de Cruzeiro do Sul ao município de Mâncio Lima e 8h de barco, subindo o rio Môa até a comunidade de Pé de Serra, aos pés da Serra do Divisor, onde se localiza também a base operacional da unidade de conservação.

Edson Cavalcante foi homenageado e caverna leva o nome dele — Foto: Edson Cavalcante/Arquivo pessoal

Edson Cavalcante foi homenageado e caverna leva o nome dele — Foto: Edson Cavalcante/Arquivo pessoal

“Ao todo foram registradas 3 cavernas com desenvolvimento linear variando entre 35,5 metros a 10,7 metros e um abrigo com desenvolvimento linear de 5,7 m, todos em arenito”, destaca o artigo.

O estudo também destaca que as cavidades já tinham sido descobertas pelos moradores do local, que, inclusive, ajudaram como guias apontando os locais.

  • Gruta do Edson

A primeira caverna levou o nome do seu descobridor, Edson. “Esta foi a primeira caverna do parque, e consequentemente do Estado do Acre, da qual se teve notícia da existência”, pontua o artigo.

Toca da Onça é uma das cavernas achadas no Parque Nacional da Serra do Divisor — Foto: Mauro Gomes/ICMBio

Toca da Onça é uma das cavernas achadas no Parque Nacional da Serra do Divisor — Foto: Mauro Gomes/ICMBio

  • Toca da Onça

No dia 24 de setembro de 2021, a equipe subiu novamente o rio Môa em direção à caverna Toca da Onça, a mais próxima da localidade. A trilha começa na margem esquerda do rio Môa.

  • Toca da Paca

A caverna Toca da Paca foi encontrada por comunitários durante a expedição, o que demonstra o potencial espeleológico da região. No dia seguinte à descoberta (25/09) a equipe subiu o rio Môa em direção à caverna que foi batizada de Toca da Paca. A trilha começa na margem esquerda do rio.

  • Abrigo do Apertado da Hora

Além das 3 cavernas, a expedição também identificou um abrigo na margem esquerda rio Môa. Batizado de Abrigo do Apertado da Hora.

Artigo publicado em 2022 traz detalhes das cavernas no Acre — Foto: ICMBio/CECAV

Artigo publicado em 2022 traz detalhes das cavernas no Acre — Foto: ICMBio/CECAV

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