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‘Ilusão de ótica’: principais conclusões da COP29 em Baku | Notícias sobre o clima

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Os países ricos comprometeram-se a contribuir com 300 mil milhões de dólares por ano até 2035 para ajudar as nações mais pobres a combater os efeitos das alterações climáticas, após duas semanas de intensas negociações no Cimeira do clima das Nações Unidas (COP29) na capital do Azerbaijão, Baku.
Embora isto represente um aumento significativo em relação ao compromisso anterior de 100 mil milhões de dólares, o acordo foi duramente criticado pelas nações em desenvolvimento como lamentavelmente insuficiente para enfrentar a escala da crise climática.
A cimeira deste ano, organizada pela ex-república soviética rica em petróleo e gás, desenrolou-se tendo como pano de fundo uma mudança política iminente nos Estados Unidos, quando a administração de Donald Trump, céptico em termos climáticos, toma posse em Janeiro. Confrontados com esta incerteza, muitos países consideraram que a incapacidade de garantir um novo acordo financeiro em Baku era um risco inaceitável.
Aqui estão as principais conclusões da cúpula deste ano:
‘Não há dinheiro real na mesa’: fundo de financiamento climático de US$ 300 bilhões foi criticado
Embora tenha sido adoptada uma meta mais ampla de 1,3 biliões de dólares anuais até 2035, apenas 300 mil milhões de dólares anuais foram designados para subvenções e empréstimos a juros baixos dos países desenvolvidos para ajudar o mundo em desenvolvimento na transição para economias de baixo carbono e na preparação para os efeitos das alterações climáticas.
Nos termos do acordo, espera-se que a maior parte do financiamento venha de investimento privado e de fontes alternativas, tais como taxas propostas sobre combustíveis fósseis e passageiros frequentes – que permanecem em discussão.
“O mundo rico organizou uma grande fuga em Baku”, disse Mohamed Adow, diretor queniano do grupo de reflexão Power Shift Africa.
“Sem dinheiro real em cima da mesa e com promessas vagas e inexplicáveis de fundos a mobilizar, estão a tentar esquivar-se às suas obrigações de financiamento climático”, acrescentou, explicando que “os países pobres precisavam de ver um financiamento climático claro e baseado em subvenções. ” que “estava em falta”.
O acordo afirma que os países desenvolvidos “assumiriam a liderança” no fornecimento dos 300 mil milhões de dólares – o que implica que outros poderiam aderir.
Os EUA e a União Europeia querem que as economias emergentes recentemente ricas, como a China – actualmente o maior emissor do mundo – contribuam. Mas o acordo apenas “encoraja” as economias emergentes a fazerem contribuições voluntárias.
Falha em repetir explicitamente o apelo para uma transição dos combustíveis fósseis
Um apelo à “transição” do carvão, petróleo e gás feito durante a cimeira COP28 do ano passado no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, foi considerado inovador – a primeira vez que 200 países, incluindo os principais produtores de petróleo e gás como a Arábia Saudita e os EUA, reconheceram a necessidade de reduzir gradualmente os combustíveis fósseis. Mas as últimas conversações referiram-se apenas ao acordo do Dubai, sem repetir explicitamente o apelo a uma transição dos combustíveis fósseis.
O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, referiu-se aos recursos de combustíveis fósseis como um “presente de Deus”Durante seu discurso de abertura.
Aprovadas novas regras de comércio de créditos de carbono
Novas regras que permitem que países ricos e com elevadas emissões comprem “compensações” de redução de carbono de países em desenvolvimento foram aprovadas esta semana.
A iniciativa, conhecida como Artigo 6 do Acordo de Paris, estabelece quadros tanto para o comércio direto de carbono entre países como para um mercado regulamentado pela ONU.
Os proponentes acreditam que isto poderia canalizar investimentos vitais para os países em desenvolvimento, onde muitos créditos de carbono são gerados através de atividades como reflorestamento, proteção de sumidouros de carbono e transição para energia limpa.
No entanto, os críticos alertam que, sem salvaguardas rigorosas, estes sistemas poderiam ser explorados para fazer uma lavagem verde das metas climáticas, permitindo que os principais poluidores atrasem reduções significativas de emissões. O mercado de carbono não regulamentado já enfrentou escândalos anteriormente, levantando preocupações sobre a eficácia e integridade destes créditos.
Desentendimentos no mundo em desenvolvimento
As negociações também foram palco de divergências no mundo em desenvolvimento.
O bloco dos Países Menos Desenvolvidos (PMA) pediu que recebesse 220 mil milhões de dólares por ano, enquanto a Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS) queria 39 mil milhões de dólares – exigências que foram contestadas por outras nações em desenvolvimento.
Os números não apareceram no acordo final. Em vez disso, apela à triplicação de outros fundos públicos que recebem até 2030.
Espera-se que a próxima COP, no Brasil em 2025, publique um relatório sobre como impulsionar o financiamento climático para esses países.
Quem disse o quê?
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou o acordo em Baku como marcando “uma nova era para a cooperação e o financiamento climático”.
Ela disse que o acordo de 300 mil milhões de dólares após a maratona de conversações “impulsionará os investimentos na transição limpa, reduzindo as emissões e construindo resiliência às alterações climáticas”.
O presidente dos EUA, Joe Biden, classificou o acordo alcançado em Baku como um “resultado histórico”, enquanto o enviado climático da UE, Wopke Hoekstra, disse que seria lembrado como “o início de uma nova era para o financiamento climático”.
Mas outros discordaram totalmente. A Índia, uma crítica veemente da posição dos países ricos nas negociações climáticas, chamou-lhe “uma soma irrisória”.
“Este documento é pouco mais que uma ilusão de ótica”, disse o delegado da Índia, Chandni Raina.
O Ministro do Ambiente da Serra Leoa, Jiwoh Abdulai, disse que o acordo demonstra uma “falta de boa vontade” dos países ricos em apoiar os mais pobres do mundo enquanto enfrentam a subida dos mares e secas mais severas. O enviado da Nigéria, Nkiruka Maduekwe, chamou-lhe “um insulto”.
O processo COP está em dúvida?
Apesar de anos de acordos climáticos celebrados, as emissões de gases com efeito de estufa e as temperaturas globais continuam a aumentar, com 2024 a caminho de ser o ano mais quente registado. Os efeitos intensificados das condições meteorológicas extremas realçam o ritmo de acção insuficiente para evitar uma crise climática total.
O acordo financeiro da COP29 atraiu críticas por ser considerado inadequado.
Para aumentar o desconforto, a vitória de Trump nas eleições presidenciais pairou sobre as negociações, com as suas promessas de retirar os EUA dos esforços climáticos globais e nomear um céptico climático como secretário da Energia, atenuando ainda mais o optimismo.
‘Não é mais adequado para o propósito’
A coligação de ONG Kick the Big Polluters Out (KBPO) analisou as acreditações na cimeira, calculando que participaram mais de 1.700 pessoas ligadas a interesses em combustíveis fósseis.
Um grupo de importantes ativistas e cientistas climáticos, incluindo o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou no início deste mês que o processo da COP “não era mais adequado ao seu propósito”.
Apelaram a reuniões mais pequenas e mais frequentes, a critérios rigorosos para os países anfitriões e a regras que garantam que as empresas demonstrem compromissos climáticos claros antes de serem autorizadas a enviar lobistas para as conversações.
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Conheça a jovem que ficou em 1º lugar no exame do CNU; Enem dos concursos

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7 horas atrásem
1 de maio de 2025
Imagina a alegria! Miriam Martins, de 23 anos, de Santana do Matos, no RN, simplesmente obteve a maior nota entre quase 1 milhão de candidatos em todo país. A jovem ficou em 1º lugar no exame do CNU (Concurso Nacional Unificado), o chamado de Enem dos concursos.
Estudante de escola pública e formada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Miriam uniu disciplina, dedicação e equilíbrio para estudar. Segundo ela, a tática deu a certo:
“Quando vi meu nome no primeiro lugar, fiquei sem acreditar. Me emocionei muito e senti um alívio inexplicável”, falou a potiguar em entrevista à Revista Exame.
Estratégia organizada e seguida à risca
Para o Enem dos concursos, a jovem afirmou ter estudado de cinco a seis horas por dia, com a ajuda de plataformas de cursinhos on-line. Ela assistia a videoaulas, revisava cada disciplina e acompanhava atentamente as correções.
Miriam disse que utilizou também a técnica de flashcards para memorização e na resolução de muitas questões.
Porém, na opinião da jovem, o diferencial foi o equilíbrio: “Tentei manter a calma, me alimentar bem, dormir o suficiente e confiar na minha preparação”, ressaltou Miriam ao Tribuna do Norte.
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Grande concorrência
O Enem dos Concursos, de 2024, foi o primeiro realizado pelo governo. Foi o que Miriam ficou em 1º lugar. O exame reuniu 2,1 milhões de inscritos, mas nas provas agendadas para agosto de 2024, compareceram 970.037 candidatos.
No total foram 6.640 vagas do concurso, para 21 órgãos e entidades, e as provas foram aplicadas em 228 cidades do país.
Os números foram divulgados pelo Ministério de Gestão e Inovação.
O governo federal confirmou que haverá uma segunda versão do Enem dos Concursos ainda este ano.
O governo federal vai entre as 3 mil vagas oferecidas no Enem dos Concursos duas carreiras novas destinadas à segurança e desenvolvimento econômico. – Foto: Agência Brasil
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Aprovado novo antibiótico contra infecções urinárias recorrentes; primeiro em 30 anos

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7 horas atrásem
1 de maio de 2025
A FDA, dos EUA, aprovou o primeiro antibiótico oral para infecções urinárias recorrentes em 30 anos. O tratamento promete ser mais eficaz. Veja Foto: Pixabay
Que notícia boa! Um novo antibiótico contra infecções urinárias recorrentes acaba de ser aprovado pela FDA, a Anvisa dos Estados Unidos. O medicamento é esperança para milhões de mulheres e meninas que sofrem com infecções do trato urinário (ITUs). O Blujepa, é o primeiro antibiótico oral para tratar o problema em quase três décadas.
Desenvolvido pela farmacêutica GSK, o medicamento contém a substância ativa gepotidacina e será uma nova opção para pacientes que enfrentam infecções recorrentes e o aumento da resistência a tratamentos tradicionais.
A novidade é vista como um avanço importante, especialmente considerando que as ITUs são uma das infecções bacterianas mais comuns entre mulheres, levando milhões de pacientes todos os anos aos hospitais nos Estados Unidos.
Combate às bactérias
O Blujepa faz parte de uma nova classe de antibióticos. A gepotidacina age inibindo duas enzimas que são essenciais para a multiplicação das bactérias causadoras das ITUs.
Essa é a primeira grande inovação no combate bacteriano oral para esse tipo de infecção em quase três décadas.
A criação do medicamento contou com o apoio financeiro da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado (BARDA), do governo dos EUA.
Leia mais notícia boa:
A importância do novo tratamento
As estatísticas mostram o impacto das infecções urinárias na saúde pública:
- Aproximadamente 50% das mulheres terão uma ITU em algum momento da vida;
- Um terço dessas mulheres enfrentará infecções recorrentes;
As ITUs são responsáveis por 8 milhões de visitas a prontos-socorros e 100 mil hospitalizações anuais nos Estados Unidos.
Segundo a GSK, o Blujepa oferece uma resposta mais eficaz ao problema crescente da resistência aos antibióticos tradicionais.
Resultados dos estudos clínicos
Mais de 3.000 mulheres e meninas participaram dos testes clínicos que avaliaram o Blujepa. Os resultados mostraram que o novo antibiótico foi mais eficaz que a nitrofurantoína, atualmente o tratamento oral mais comum para ITUs.
Os efeitos colaterais relatados durante os testes incluíram:
- Diarreia em 16% das pacientes;
- Náusea em 9% dos casos.
Em sua maioria, os efeitos foram considerados leves.
Alternativa necessária
Embora muitos pacientes ainda optem por tratar infecções urinárias com métodos naturais ou homeopáticos, especialistas ressaltam que em casos de infecções mais severas ou situações em que tratamentos alternativos não estão disponíveis — como em viagens —, o acesso a novas opções antibióticas é essencial.
Em nota oficial, a GSK declarou:
“Estamos orgulhosos de ter desenvolvido o Blujepa, o primeiro de uma nova classe de antibióticos orais para ITUs não complicadas em quase três décadas, e de trazer outra opção aos pacientes que sofrem de infecções recorrentes e taxas crescentes de resistência aos tratamentos existentes.”
A previsão é que o medicamento esteja disponível para venda ainda este ano, no segundo semestre.

O medicamento aprovado pela FDA é o primeiro antibiótico oral para infecções urinárias recorrentes em 30 anos. – Foto: Shutterstock
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Lady Gaga compra pizzas para fãs acampados na porta do Copacabana Palace; que gentileza! Assista

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8 horas atrásem
1 de maio de 2025
Ela é demais. Lady Gaga simplesmente comprou pizzas e mandou distribuir para os fãs, acampados há dias, na porta do hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, enfrentando sol e chuva forte, para tentar ver de perto a diva pop. Um show de carinho e gentileza!
A surpresa dos fãs ao receberem o mimo foi gigante. Eles receberam 80 caixas de pizzas na tarde desta quarta-feira (30). Tudo foi confirmado pela equipe do hotel, que ajudou a distribuir o presente. A boa ação ocorreu por volta das 19h e rapidamente ganhou as redes sociais.
Fãs emocionados compartilharam fotos, vídeos e mensagens de agradecimento. E Gaga se pronunciou: “Rio babies, minha pequena pizza está chegando. Parece que dormi na cama com vocês ontem à noite. Toda vez que eu acordava, eu ouvia vocês gritando”, brincou a cantora no X.
Fãs acampados
Antes mesmo da chegada da cantora, fãs já acampavam na porta de um dos hotéis mais icônicos do Rio de Janeiro.
Com barracas montadas e cânticos dedicados à cantora, a turma se divertiu e virou meme na internet.
Mesmo sem aparições públicas, a diva pop mostrou que acompanhou tudo de perto.
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Pizza grátis!
Lady Gaga, muito conhecida pelo carinho que tem pelos fãs, não decepcionou no Rio e mostrou, mais uma vez, porque é endeusada pelo público.
“A gaga mandou pizza pra gente! Foram 80 pizzas do Copacabana Palace enviadas para fãs que a aguardam na porta do hotel como um gesto de carinho. Ou seja, ela não nos deu bolo, ela nos deu pizza!”, disse o influenciador Spartakus.
Ao som de “Obrigado, obrigado, obrigado”, o público respondeu ao mimo da cantora com muita felicidade. Olha o clima que antecede o show em Copacabana, neste sábado, dia 3.
Breve aparição… do noivo
Quem deu um pequeno sinal de vida no Copacabana Palace foi o noivo da cantora, Michael Polansky.
Já era de noite quando o Michael apareceu discretamente em uma das janelas, uma hora após a distribuição das pizzas.
A visão foi rápida, mas o suficiente para deixar a multidão ainda mais eufórica.
Show histórico
O show histórico de Lady Gaga no Rio será na noite deste sábado (3), gratuito na Praia de Copacabana.
A expectativa é de um público gigantesco: mais de 1,6 milhão de pessoas, segundo o governo do Rio de Janeiro.
A artista chegou ao Brasil no último dia 29 de abril e trouxe com ela uma equipe de aproximadamente 250 pessoas, além de dois aviões carregados com equipamentos.
O evento vai ser transmitido pela TV Globo logo após a novela Vale Tudo. Mas dá para assistir antes o pré-show comandado por MC Daniel e Gominho no Multishow e Globoplay, a partir das 20h15.
Vai perder?
Os fãs se amaram na surpresa da pizza enviada por Lady Gaga. Veja:
A pizza da Gaga fez a alegria dos fãs!
Ao todo, a cantora Lady Gaga mandou entregar 80 caixas de pizza para os fãs acampados em frente ao Copacabana Palace, no Rio. – Foto: AgNews
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