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Irã diz que futuro da Síria não está claro após resposta do ministro das Relações Exteriores | Notícias de política

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O principal diplomata do Irão disse que é demasiado cedo para julgar o futuro da Síria, uma vez que muitos desenvolvimentos poderão afectá-la, depois do seu homólogo no incipiente governo sírio ter criticado fortemente Teerão.

“Acho que atualmente é muito cedo para julgar, tanto para nós quanto para aqueles outros que pensam que as vitórias foram conquistadas na Síria”, disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, com um sorriso, em um pequeno clipe de uma entrevista divulgada em seu canal Telegram na quarta-feira. .

Os comentários foram feitos depois que o novo ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad Hassan al-Shibani, disse ao Irã que ele deveria respeitar a vontade do povo sírio e a soberania e segurança do país.

“Nós os alertamos contra a propagação do caos na Síria e os responsabilizamos pelas repercussões dos últimos comentários”, disse ele, mas não especificou a que comentários se referia.

Araghchi liderou a resposta diplomática do Irão após a queda de Bashar al-Assad, aliado de longa data de Teerão, que consistiu em expressar a vontade de manter relações bilaterais, ao mesmo tempo que advertiu que isso iria fortemente dependem da posição do país em relação a Israel.

Mas o Líder Supremo, Aiatolá Ali Khamenei, que descreveu os acontecimentos na Síria como uma manobra dos Estados Unidos e de Israel – com a agência da vizinha Turkiye – utilizou uma linguagem mais forte.

“A juventude síria não tem nada a perder. Suas universidades, escolas, casas e vidas não estão seguras”, disse ele num discurso no início desta semana.

“O que eles podem fazer? Eles devem permanecer com firme determinação contra aqueles que orquestraram e provocaram esta insegurança e, se Deus quiser, eles prevalecerão sobre eles.”

O líder iraniano também disse que o desígnio dos EUA de “dominar” os países consiste em estabelecer um regime com o qual possam trabalhar ou em “caos e tumultos”. Os acontecimentos na Síria, disse Khamenei, levaram a este último caso.

O Irão gastou dezenas de milhares de milhões de dólares, principalmente durante a guerra civil síria, que durou uma década, para manter o governo al-Assad no poder com a ajuda da Rússia. O “eixo de resistência” liderado pelo Irão perdeu um dos seus membros e um rota crucial de abastecimento terrestre para o Hezbollah através da Síria com a queda da dinastia al-Assad.

Khamenei disse que o Irão estava a reembolsar parcialmente a Síria desde que Hafez al-Assad, o pai do presidente deposto, ajudou o Irão quando este estava a ser invadido pelo vizinho Iraque na década de 1980, cortando um crucial oleoduto iraquiano.

O Irão e a região também obtiveram ganhos significativos ao combater na Síria para repelir o ISIL (ISIS) e outros grupos armados, enfatizou o líder supremo iraniano.

Relatórios não confirmados sugerem que a Síria pode estar a planear exigir milhares de milhões de dólares em indemnizações do Irão em tribunais internacionais.

Na semana passada, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Esmail Baghaei, disse aos jornalistas que as alegações de que a Síria deve ao Irão 50 mil milhões de dólares são “exageradas”, mas acrescentou que quaisquer dívidas existentes serão transferidas para a nova liderança do país com base no princípio da sucessão de Estado.

Além dos seus investimentos para apoiar a presença na Síria, o Irão também forneceu petróleo bruto ao governo de al-Assad. A exportação de petróleo cessou agora, com o último petroleiro a fazer uma inversão de marcha para o Irão no dia da sua derrubada.

Reorganização interna e conexões externas

A postura endurecida contra Teerã por parte do novo governo sírio surge como Líder do Hayat Tahrir al-Sham, Ahmed al-Sharaatambém conhecido como Abu Mohammed al-Julani, e outros têm-se reunido com altos responsáveis ​​internacionais – incluindo dos EUA, da União Europeia, da Turquia e dos vizinhos árabes do Irão – e reaberto embaixadas.

O líder de facto da Síria chegou na terça-feira a um acordo com facções rebeldes para se unirem como uma força sob o Ministério da Defesa do país. O proeminente comandante do HTS, Murhaf Abu Qasra, foi nomeado ministro da defesa.

Mas as Forças Democráticas Sírias (SDF), lideradas pelos Curdos e apoiadas pelos EUA, que foram empurrados para trás por forças apoiadas pela Turquia de algumas partes do nordeste da Síria, não faz parte do acordo.

O primeiro-ministro interino da Síria, Mohammed al-Bashir, disse na semana passada que o ministério seria reestruturado usando antigas facções rebeldes e oficiais que desertaram do exército de al-Assad.

Entretanto, outros elementos das forças de al-Assad estão a ser perseguidos pelos novos governadores da Síria, com al-Sharaa a dizer num comunicado que aqueles que mataram ou torturaram sírios no passado não serão poupados.

Um ex-lealista anônimo de al-Assad teria sido morto no bairro de al-Qadam, em Damasco, no início desta semana.

Vídeos que circulam online mostram combatentes armados comprometendo-se a combater os alauítas, uma minoria religiosa xiita da qual provém a família al-Assad, baseada principalmente em Latakia e Tartous, na costa da Síria.



Leia Mais: Aljazeera

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Após racismo em shopping, estudantes fazem manifestação com dança em SP; vídeo

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Esse cãozinho bastante ferido pediu socorro em uma delegacia no Recife (PE), com um chicote de moto no pescoço dele. Foi atendido na hora. Foto: PRF

Estudantes do Colégio Equipe, em São Paulo, fizeram uma manifestação contra um caso de racismo no Shopping Pátio Higienópolis. Com danças, músicas e jograis, eles pediram justiça contra o preconceito sofrido por dois adolescentes pretos. Racistas não passarão!

Isaque e Giovana, alunos da escola, foram abordados por um segurança enquanto esperavam na fila da praça de alimentação. Eles estavam acompanhados de uma colega branca, que foi abordada pela segurança e questionada se os amigos a “incomodavam”.

Nesta terça-feira (23), estudantes, professores, familiares e movimentos sociais tomaram as ruas da região próxima ao shopping. Ao som de Ilê Aiyê, música de Paulo Camafeu, as crianças deram um show e mostraram que o preconceito não tem vez!

Ato de resistência

A resposta ao caso de racismo veio uma semana depois. Com o apoio de diversos movimentos, os estudantes organizaram a manifestação potente e simbólica.

Eles caminharam pelas ruas e avenidas da região até o Shopping. Lá, leram um manifesto emocionado, que foi repetido em jogral.

Dentro e fora do estabelecimento, o recado foi bem claro: basta de racismo! “Abaixo o racismo! Justiça para Isaque e Giovana”, disse o Colégio Equipe em uma postagem nas redes.

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Histórico de discriminação

Não foi a primeira vez que estudantes pretos do Colégio Equipe enfrentaram preconceito no Pátio Higienópolis.

Em 2022, outro aluno foi seguido por um segurança dentro de uma loja.

A escola afirmou que tentou dialogar com o shopping na época, mas sem sucesso.

Desta vez, a resposta foi outra: “Ao final, convidamos a direção do shopping para uma reunião no Colégio Equipe. A advogada que recebeu os representantes se comprometeu a encaminhar e responder ao convite.”

Internet apoia

Postado na internet, o vídeo do protesto teve milhares de visualizações e recebeu apoio dos internautas.

“Parabéns escola! Parabéns alunos! Me emocionei aqui! Fiquei até com vontade de mudar meu filho de escola”, disse a ativista Luisa Mell.

Outro exaltou o exemplo de cidadania dos pequenos.

“Cidadania na prática! Que orgulho de toda a equipe e pais. Que orgulho desses alunos que foram solidários. Incrível!”.

O racismo tem que acabar!

Veja como foi a manifestação dos estudantes:

O recado foi certeiro: não passarão!

Uma verdadeira festa da democracia:



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Cai preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil; Top 10

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O garoto João, de 10 anos, fez um verdadeiro discurso de capitão emocionante para incentivar o time, que perdia partida de futebol em Aparecida de Goiás. - Foto: @caboverdetop/Instagra

Notícia boa para o consumidor. Enquanto tudo sobe, cai o preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil. É o que revela um novo estudo divulgado esta semana.

Conduzida pela Agger, plataforma especializada no setor de seguros, a pesquisa mostrou que o custo médio para proteger os dez veículos com maior volume de vendas no país teve redução de 5,4%. Os dados foram analisados entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.

Dentre os modelos avaliados, o Renault Kwid se destacou ao apresentar a maior diminuição no valor, com queda de 12,5%. A queda nos preços reflete uma série de fatores, desde o perfil dos condutores até as estratégias adotadas pelas seguradoras para se manterem competitivas.

Carros com maiores descontos

Entre os modelos analisados, vários apresentaram queda no valor das apólices. Veja os destaques:

  • Renault Kwid: queda de 12,5%
  • Volkswagen T-Cross: queda de 11,22%
  • Honda HR-V: queda de 8,29%
  • Fiat Argo: queda de 7,73%
  • Fiat Mobi: queda de 6,06%
  • Hyundai Creta: queda de 5,88%
  • Volkswagen Polo: queda de 1,27%
  • Chevrolet Onix: queda de 0,43%

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Impacto para motoristas

Para quem está pensando em contratar ou renovar o seguro, a notícia é animadora.

Com os valores mais baixos, fica mais fácil encontrar um plano acessível e que tenha boa cobertura.

Segundo Gabriel Ronacher, CEO da Agger, “é essencial que os motoristas busquem a orientação de corretores especializados para garantir a melhor cobertura e custo-benefício”, disse em entrevista à Tupi FM.

Impacto nos preços

De acordo com o estudo publicado pela Agger, quatro fatores explicam o motivo dos preços de um seguro.

O histórico do motorista é o principal. Quem não se envolve em acidentes tende a pagar menos.

A idade e o valor do carro também interferem. Veículos mais caros ou com peças difíceis de achar têm seguros mais altos.

Proprietários que moram em regiões com mais roubos ou colisões também tendem a pagar mais.

Por último, o perfil do consumidor, como idade, gênero e até mesmo hábitos de direção.

O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. - Foto: Divulgação O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. – Foto: Divulgação



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Estudantes de Medicina terão de fazer nova prova tipo “Exame da OAB”; entenda

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O garoto João, de 10 anos, fez um verdadeiro discurso de capitão emocionante para incentivar o time, que perdia partida de futebol em Aparecida de Goiás. - Foto: @caboverdetop/Instagra

A partir de agora, é como com os bacharéis de Direito: se formou, será submetido a uma avaliação específica para verificar os  conhecimentos. Os estudantes de medicina terão de obrigatoriamente fazer uma prova, no último ano do curso, tipo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O exame já será aplicado, em outubro de 2025, e mais de 42 mil alunos devem ser avaliados. Será um exame nacional e anual. Porém, diferentemente do que ocorre no Direito, o resultado não será uma exigência para o exercício da profissão. O Ministério da Educação (MEC) lançou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) para avaliar a formação dos profissionais no país.

Para os ministros Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), o exame vai elevar a qualidade da formação dos médicos no Brasil, assim como reforçar a humanização no tratamento dos pacientes.

Como vai funcionar

A nota poderá servir como meio de ingresso em programas de residência médica de acesso direto. A prova será anual. O exame vai verificar se os estudantes adquiriram as competências e habilidades exigidas para o exercício prático e efetivo da profissão.

Também há a expectativa de que, a partir dos resultados, seja possível aperfeiçoar os cursos já existentes, elevando a qualidade oferecida no país. Outra meta é unificar a avaliação para o ingresso na residência médica.

Há, ainda, a previsão de preparar os futuros médicos para o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde). Os médicos já formados, que tiverem interesse, poderão participar do processo seletivo de programas de residência médica de acesso direto.

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O que os resultados vão mudar

Os resultados poderão ser utilizados para acesso a programas de residência médica. Caberá ao estudante decidir se quer que a nota seja aplicada para a escolha do local onde fará residência.

A estimativa é de que 42 mil estudantes, no último ano do curso de Medicina, façam o exame. No total são 300 cursos no país, com aplicação das provas em 200 municípios.

O exame será conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Segundo as autoridades, a ideia é unificar as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação no âmbito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos e a prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).

Como fazer as inscrições

Os interessados deverão se inscrever a partir de julho. O exame é obrigatório para todos os estudantes concluintes de cursos de graduação em Medicina.

A aplicação da prova está prevista para outubro e a divulgação dos resultados individuais para dezembro.

Para utilizar os resultados do Enamed para o Exame Nacional de Residência, é necessário se inscrever no Enare e pagar uma taxa de inscrição (exceto casos de isenção previstos em edital).

Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e que não pretendem utilizar os resultados da prova para ingressar na residência, pelo Enare, estarão isentos de taxa, segundo o MEC.

O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil



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