ACRE
lançamento de operadora pode afetar projeções para TIM e Vivo na Bolsa?
PUBLICADO
1 ano atrásem
Na última terça-feira (29), um lançamento agitou o mercado: o Nubank lançou o NuCel, sua iniciativa de telefonia móvel para clientes da instituição e cobertura em quase todo o território brasileiro, fornecendo detalhes sobre seus planos iniciais de celular. Esse tem sido um passo amplamente esperado desde que o banco teve sua operação MVNO (operadora de rede móvel virtual) sobre a rede da Claro aprovada pela Anatel (reguladora brasileira de telecomunicações) no início do ano.
O plano pós-pago, com características de controle, começa em R$ 45/mês com 15GB de dados, cerca de R$ 10 abaixo dos principais planos das três operadoras, mas em linha com outros planos específicos e menos divulgados da Claro (Claro Flex) e da Intercel (MVNO do Banco Inter com a Vivo).
O lançamento do Nubank era monitorado de perto pelos investidores, principalmente para aqueles de empresas de telecomunicações, mais precisamente para os das listadas na B3 Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3), uma vez que seria visto como uma possível ameaça ao atual cenário de calmaria no setor com a saída da Oi (OIBR3).
Continua depois da publicidade
Conforme destaca a XP, do ponto de vista dos preços, é difícil dizer que os planos irão perturbar o atual ambiente competitivo.
Entretanto, como a equipe de analistas da corretora ressaltou em seu relatório de maio, a Nu possui fatores diferenciais relevantes além do preço, tais como (i) uma estratégia de execução distinta com custos operacionais e de aquisição mais baixos; e (ii) uma experiência de usuário (UX) diferenciada proporcionada por uma abordagem 100% digital e uma marca bem conceituada. Além disso, o banco digital tem um forte canal de vendas, e o foco que ele colocar nessa implementação será crucial para avaliar sua capacidade de atrair e converter clientes nesse novo setor.
Na visão do Bradesco BBI, dado que um eventual lançamento do NuCel já era esperado, o banco tende a ver os novos elementos nas notícias como positivos para as empresas de telecomunicações, uma vez que: (1) os planos da NuCel não trazem aspectos disruptivos em termos de estrutura, (2) os preços da NuCel estão bastante alinhados com os planos das grandes empresas de telecomunicações e (3) os serviços da NuCel são inicialmente endereçáveis apenas a um universo muito restrito de clientes.
Continua depois da publicidade
Nesse contexto, vê o Nubank apostando na diferenciação por meio de serviços de atendimento ao cliente e sua forte reputação de marca para “revolucionar” o mercado de telefonia móvel.
O Nubank disse que eliminará complexidades, trará transparência e oferecerá o melhor serviço e suporte ao serviço móvel. “Vemos isso como uma abordagem racional e o cenário mais construtivo que poderíamos esperar da iniciativa móvel do Nubank. Embora a combinação de uma marca forte e serviços eficientes ao cliente deva garantir uma certa participação de mercado para a NuCel, acreditamos que a magnitude das vantagens competitivas da NuCel no mercado de telecomunicações é substancialmente menor do que as que o Nubank tinha no segmento de serviços financeiros, portanto, não esperamos que a NuCel replique um sucesso semelhante, com as empresas de telecomunicações mantendo seu domínio”, avalia.
O BBI aponta que a preocupação inicial quando o Nubank anunciou sua iniciativa móvel há alguns meses era que o NuCel pudesse entrar no mercado com preços muito mais baixos do que as grandes empresas de telecomunicações, forçando imediatamente uma redução nos preços médios do setor. Mas esse pior cenário parece muito improvável agora, na visão dos analistas, com base nos planos anunciados pela NuCel.
Continua depois da publicidade
E se a NuCel ganhar espaço no mercado?
No entanto, mesmo praticando preços semelhantes, se a NuCel começar a capturar uma participação de mercado substancial, isso deve desencadear uma reação rápida das empresas de telecomunicações estabelecidas, implicando risco para o atual ambiente construtivo de preços, avalia o BBI, também atribuindo baixa probabilidade a esse cenário.
Finalmente, o segmento de mercado médio (controle) é responsável por aproximadamente 50% da receita móvel total do setor, portanto, uma deterioração nos preços provavelmente afetaria as receitas. Nesse cenário, estima que a Claro também seria impactada negativamente, reduzindo um pouco os incentivos para que a parceria NuCel-Claro continue alimentando uma deterioração no mercado.
O Goldman Sachs também vê impacto limitado no curto prazo para as empresas de telecomunicações; de qualquer forma, vê isso como um fator de risco incremental para o setor, em linha com sua visão de longa data de que a competição no espaço móvel do Brasil deve se intensificar novamente, também após lançamentos de serviços móveis por várias operadoras regionais de fibra, discussões sobre potenciais incentivos regulatórios para operadoras móveis menores e ruído recente sobre o aumento da atividade promocional.
Continua depois da publicidade
O banco vê um impacto negativo maior para a TIM do que para a Vivo, dada a maior exposição da TIM ao celular (e ao pré-pago), com exposição muito mais limitada para a América Móvil, dona da Claro (que é menos exposta ao Brasil e é a operadora de rede, o que lhe rende parte das receitas dos planos).
O Itaú BBA também aponta que, embora o preço seja competitivo, não é tão disruptivo quanto inicialmente temido. Assim, por enquanto, o banco mantém as recomendações outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para Vivo e TIM, com preços-alvo para o fim de 2025 de R$ 61 para VIVT3 e de R$ 21 em 2024 para TIMS3.
Planilha
Resultados do 3º trimestre
Acesse gratuitamente a planilha secreta do InfoMoney para acompanhar a temporada de balanços. Clique no link abaixo para receber a sua por email.
Relacionado
VOCÊ PODE GOSTAR
ACRE
Aperfeiçoamento em cuidado pré-natal é encerrado na Ufac — Universidade Federal do Acre
PUBLICADO
2 dias atrásem
12 de novembro de 2025A Ufac realizou o encerramento do curso de aperfeiçoamento em cuidado pré-natal na atenção primária à saúde, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex), Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa). O evento, que ocorreu nessa terça-feira, 11, no auditório do E-Amazônia, campus-sede, marcou também a primeira mostra de planos de intervenção que se transformaram em ações no território, intitulada “O Cuidar que Floresce”.
Com carga horária de 180 horas, o curso qualificou 70 enfermeiros da rede municipal de saúde de Rio Branco, com foco na atualização das práticas de cuidado pré-natal e na ampliação da atenção às gestantes de risco habitual. A formação teve início em março e foi conduzida em formato modular, utilizando metodologias ativas de aprendizagem.
Representando a reitora da Ufac, Guida Aquino, o diretor de Ações de Extensão da Proex, Gilvan Martins, destacou o papel social da universidade na formação continuada dos profissionais de saúde. “Cada cursista leva consigo o conhecimento científico que foi compartilhado aqui. Esse é o compromisso da Ufac: transformar o saber em ação, alcançando as comunidades e contribuindo para a melhoria da assistência às mulheres atendidas nas unidades.”
A coordenadora do curso, professora Clisângela Lago Santos, explicou que a iniciativa nasceu de uma demanda da Sesacre e foi planejada de forma inovadora. “Percebemos que o modelo tradicional já não surtia o efeito esperado. Por isso, pensamos em um formato diferente, com módulos e metodologias ativas. Foi a nossa primeira experiência nesse formato e o resultado foi muito positivo.”
Para ela, a formação representa um esforço conjunto. “Esse curso só foi possível com o envolvimento de professores, residentes e estudantes da graduação, além do apoio da Rede Alyne e da Sesacre”, disse. “Hoje é um dia de celebração, porque quem vai sentir os resultados desse trabalho são as gestantes atendidas nos territórios.”
Representando o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, a diretora de Políticas de Saúde da Semsa, Jocelene Soares, destacou o impacto da qualificação na rotina dos profissionais. “Esse curso veio para aprimorar os conhecimentos de quem está na ponta, nas unidades de saúde da família. Sei da dedicação de cada enfermeiro e fico feliz em ver que a qualidade do curso está se refletindo no atendimento às nossas gestantes.”
A programação do encerramento contou com uma mostra cultural intitulada “O Impacto da Formação na Prática dos Enfermeiros”, que reuniu relatos e produções dos participantes sobre as transformações promovidas pelo curso em suas rotinas de trabalho. Em seguida, foi realizada uma exposição de banners com os planos de intervenção desenvolvidos pelos cursistas, apresentando as ações implementadas nos territórios de saúde.
Também participaram do evento o coordenador da Rede Alyne, Walber Carvalho, representando a Sesacre; a enfermeira cursista Narjara Campos; além de docentes e residentes da área de saúde da mulher da Ufac.
Relacionado
ACRE
CAp promove minimaratona com alunos, professores e comunidade — Universidade Federal do Acre
PUBLICADO
3 dias atrásem
11 de novembro de 2025O Colégio de Aplicação (CAp) da Ufac realizou uma minimaratona com participação de estudantes, professores, técnico-administrativos, familiares e ex-alunos. A atividade é um projeto de extensão pedagógico interdisciplinar, chamado Maracap, que está em sua 11ª edição. Reunindo mais de 800 pessoas, o evento ocorreu em 25 de outubro, no campus-sede da Ufac.
Idealizado e coordenado pela professora de Educação Física e vice-diretora do CAp, Alessandra Lima Peres de Oliveira, o projeto promove a saúde física e social no ambiente estudantil, com caráter competitivo e formativo, integrando diferentes áreas do conhecimento e estimulando o espírito esportivo e o convívio entre gerações. A minimaratona envolve alunos dos ensinos fundamental e médio, do 6º ano à 3ª série, com classificação para o 1º, 2º e 3º lugar em cada categoria.
“O Maracap é muito mais do que uma corrida. Ele representa a união da nossa comunidade em torno de valores como disciplina, cooperação e respeito”, disse Alessandra. “É também uma proposta de pedagogia de inclusão do esporte no currículo escolar, que desperta nos estudantes o prazer pela prática esportiva e pela vida saudável.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, ressaltou a importância do projeto como uma ação de extensão universitária que conecta a Ufac à sociedade. “Projetos como o Maracap mostram como a extensão universitária cumpre seu papel de integrar a universidade à comunidade. O Colégio de Aplicação é um espaço de formação integral e o esporte é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento humano, social e educacional.”
Relacionado
ACRE
Semana de Letras/Português da Ufac tematiza ‘língua pretuguesa’ — Universidade Federal do Acre
PUBLICADO
3 dias atrásem
11 de novembro de 2025O curso e o Centro Acadêmico de Letras/Português da Ufac iniciaram, nessa segunda-feira, 10, no anfiteatro Garibaldi Brasil, sua 24ª Semana Acadêmica, com o tema “Minha Pátria é a Língua Pretuguesa”. O evento é dedicado à reflexão sobre memória, decolonialidade e as relações históricas entre o Brasil e as demais nações de língua portuguesa. A programação segue até sexta-feira, 14, com mesas-redondas, intervenções artísticas, conferências, minicursos, oficinas e comunicações orais.
Na abertura, o coordenador da semana acadêmica, Henrique Silvestre Soares, destacou a necessidade de ligar a celebração da língua às lutas históricas por soberania e justiça social. Segundo ele, é importante que, ao celebrar a Semana de Letras e a independência dos países africanos, se lembre também que esses países continuam, assim como o Brasil, subjugados à força de imperialismos que conduzem à pobreza, à violência e aos preconceitos que ainda persistem.
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, salientou o compromisso ético da educação e reforçou que a universidade deve assumir uma postura crítica diante da realidade. “A educação não é imparcial. É preciso, sim, refletir sobre essas questões, é preciso, sim, assumir o lado da história.”
A pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno, ressaltou a força do tema proposto. Para ela, o assunto é precioso por levar uma mensagem forte sobre o papel da universidade na sociedade. “Na própria abertura dos eventos na faculdade, percebemos o que ocorre ao nosso redor e que não podemos mais tratar como aula generalizada ou naturalizada”, observou.
O diretor do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela), Selmo Azevedo Pontes, reafirmou a urgência do debate proposto pela semana. Ele lembrou que, no Brasil, as universidades estiveram, durante muitos anos, atreladas a um projeto hegemônico. “Diziam que não era mais urgente nem necessário, mas é urgente e necessário.”
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-reitor, Josimar Batista Ferreira; o coordenador de Letras/Português, Sérgio da Silva Santos; a presidente do Cela, Thaís de Souza; e a professora do Laboratório de Letras, Jeissyane Furtado da Silva.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
Relacionado
PESQUISE AQUI
MAIS LIDAS
ACRE7 dias agoUfac realiza cerimônia de inauguração do prédio do CFCH — Universidade Federal do Acre
ACRE7 dias agoReitora se reúne com secretário de Educação Superior do MEC — Universidade Federal do Acre
ACRE3 dias agoMestrado em Ciências Ambientais é destacado em livro da Capes — Universidade Federal do Acre
ACRE4 dias agoUfac assina ordem de serviço para expansão do campus Fronteira — Universidade Federal do Acre
Warning: Undefined variable $user_ID in /home/u824415267/domains/acre.com.br/public_html/wp-content/themes/zox-news/comments.php on line 48
You must be logged in to post a comment Login