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Médicos exigem que Into libere celular a pacientes internados para contato com família

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A Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) reuniu nesta sexta-feira, 11, deputados e representantes de organizações sindicais, médicas, Ministério Público, gestores públicos e da empresa Medial – gestora do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) – em audiência pública que debate a falta de informações no hospital de campanha de Rio Branco.
O presidente da Comissão, deputado José Bestene, conduziu a audiência. Familiares se queixam que nada sabem sobre os pacientes de Covid-19 quando internados no Into, que é gerido pela Medial em um contrato de terceirização emergencial firmado pelo Governo do Estado.
Inicialmente, os deputados fizeram reconhecimento pelo trabalho prestado no Into. No entanto, foram muitas as reclamações sobre familiares com pouca informação. O secretário de Saúde, Alysson Bestene, diz que cresceu a movimentação de pessoas na capital elevando as internações por Covid-19.
“Sabemos a dificuldade que o Estado tem na contratação e o Into fez adaptações para atender a população”, informou, lembrando que a Covid-19 limita o acesso da família aos pacientes devido ao alto índice de contaminação. Ele afirmou que “ajustes” estão sendo feitos para melhorar a comunicação com as famílias no Into.
O representante técnico da Medial, Hilton Picceli, disse que há atualmente 78 leitos ocupados e capacidade de expansão para 50 leitos. “Atendemos hoje cerca de 230 pacientes com síndromes gripais por dia”, disse Hilton. Antes de outubro eram 60 pacientes por dia, com internação de 40 a 45 em enfermaria, e 15 por dia em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – numa demonstração do quanto aumentaram as internações de outubro para cá.
Em novembro, a ocupação chegou a 95% da capacidade. Ele disse que foi estabelecida uma rotina de comunicação com os familiares porque os hospitais tem série de restrições, especialmente por serem abertos e com elevado risco de contaminação.
Hilton diz que foram criados mecanismos para manter os familiares bem informados. “Falta de notícia traz ansiedade com impacto que não é o melhor na evolução do paciente”, disse.
Foi instituída a seguinte rotina: ligação telefônica diária para o responsável; trabalho com oito assistentes sociais; aproximação com cuidados para visualização de pacientes em área específica. “A gente observou que houve mais demanda e a partir de hoje desmembramos serviço social da enfermagem, passando a ter coordenação própria com mais recursos humanos e criamos uma sala de comunicação para assistência ao familiar”, garantiu Hilton, que afirma não ter receber tanta queixa assim como fala o deputado Jenilson Leite. Há também uma sala de comunicação no hospital de campanha.
A internação precoce faz com que os pacientes evoluam melhor, diz Hilton, que é médico. Sobre o acesso de médicos que não atuam no Into, disse que as visitas sociais podem ser autorizadas mediante contato telefônico diretamente a ele, que fará o agendamento. “O que peço é ordenamento para não atrapalhar a ordem e a rotina da instituição”, diz.
Júlio Henrique, filho de um paciente morto por Covid-19, confirmou as dificuldades que teve por informação quando seu pai esteve no Into. “Informação a cada 24 horas é um período muito longo”, disse, sugerindo redução nesse prazo.
O promotor do MPAC, Glaucio Oshiro, argumentou que realmente há necessidade de adaptações e estas foram feitas, segundo anunciou o representante técnico da Medial. “Cabe observar se Medial conseguirá realizar programação projetada”, disse.
O representante do Conselho Regional de Medicina, Virgílio Prado, disse que o médico que é de confiança da família é muito importante que a este seja facultado o acesso ao paciente. Ele defendeu que os informes sejam repassados à família várias vezes ao dia – e o uso de celular pelos pacientes que possam assim fazer.
A presidente do Sindicato dos Profissionais Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Acre do Acre (Spate), Rosa Nogueira, pediu que a Comissão de Saúde realize audiência sobre a Fundhacre, onde há problemas também.
Adailton Cruz, vereador eleito em Rio Branco, disse que tem recebido diariamente pedidos de famílias que buscam informação. “É uma situação desesperadora”, disse. Os profissionais que atuam no Into sofrem pressão, segundo Cruz, para não ficar repassando informações sobre o paciente.
O presidente do Sindmed, Guilherme Pullici, relatou que uma médica perdeu o esposo para a Covid-19 no Into e queixou-se ao sindicato sobre a falta de acesso aos pacientes. “Nunca fui barrado em São Paulo e vi colega médico ser barrado aqui”, disse, defendendo também a liberação de celular a pacientes que possam usá-lo para comunicar-se com a família.
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Homem é preso com quase 60 quilos de droga dentro de carro no interior do Acre

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28 de novembro de 2023
Apreensão ocorreu durante a Operação Hórus, do Programa Vigia.
Capa: Quase 60 quilos de droga foram apreendidos durante operação no interior do Acre — Foto: Arquivo/COE.
Cerca de 58 quilos de droga foram apreendidos nesta terça-feira (28) escondidos dentro de um carro em Sena Madureira, interior do Acre. A apreensão ocorreu durante a Operação Hórus, do Programa Vigia.
Segundo informações da Companha de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar (PM-AC), a apreensão ocorreu na BR-364, a 20 quilômetros do município, durante uma abordagem de rotina.
Após uma busca veicular, foram encontradas cerca de 58 quilos de cloridrato de cocaína. O motorista do carro foi preso e levado à delegacia do município.
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Câmara aprova PL que altera plano diretor de Rio Branco e amplia o perímetro urbano da capital

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28 de novembro de 2023
Projeto de Lei foi aprovado por unanimidade em sessão extraordinária nessa segunda-feira (27).
Capa: Câmara aprova PL que altera plano diretor de Rio Branco e amplia o perímetro urbano — Foto: Arquivo/Asscom Câmara de Vereadores de Rio Branco.
A Câmara Municipal de Rio Branco aprovou, por unanimidade, em sessão extraordinária nessa segunda-feira (27), o Projeto de Lei Complementar que altera trecho do plano diretor de Rio Branco. O texto segue agora para sanção ou veto do prefeito, Tião Bocalom (sem partido).
A iniciativa destaca-se pela ampliação do perímetro urbano, com alterações nas áreas de especial interesse de habitação (AEIH), direcionadas à realocação de famílias em áreas de risco e ao suprimento do déficit habitacional, além de ser um incentivo a empreendimentos residenciais.
O projeto destaca ainda a promoção de empreendimentos residenciais em regiões com infraestrutura urbana adequada. Conforme o documento aprovado, fica ainda estipulado a destinação mínima de 10% para áreas verdes públicas e 5% para áreas institucionais da gleba, ou seja, área sem proporções definidas em lei.
O secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana de Rio Branco, Cid Ferreira, informou que a última atualização do plano diretor foi feita em 2016, e que a própria lei diz que tem que ser atualizado a cada cinco anos.
“Com a nova gestão começamos a estudar, trabalhar no destravamento da nossa cidade. Nossa cidade estava um tanto engessada no que se refere à construção, a investimento, a uma série de mobilidade urbana, enfim, uma série de coisas que a cidade não consegue ser uma cidade moderna. Então, o plano diretor tem essa finalidade, vários estudos foram feitos com equipes preparadas de várias áreas com a participação de todos da iniciativa privada, da iniciativa comercial, social. Todos participaram para sua opinião dentro do plano, tanto que houve audiências públicas na Câmara”, afirmou o secretário.
A mensagem governamental enviada junto ao PL destaca a urgência de ajustes na legislação urbanística da capital acreana para viabilizar projetos públicos e privados, especialmente em consonância com a retomada do programa federal “Minha Casa Minha Vida”.
Conforme o documento, a seleção das áreas para inclusão no plano teve como critério o melhor aproveitamento dos vazios urbanos, minimizando investimentos adicionais.
“Urge ao município a adoção de medidas necessárias e urgentes à viabilização de projetos públicos e privados que, para tanto, carecem de ajustes na legislação urbanística, não passives, contudo, de aguardar à revisão integral do Plano Diretor Municipal. Com efeito, o Programa Minha Casa Vida tenciona suprir o déficit habitacional das cidades, atendendo de forma objetiva as demandas sociais pela provisão de domicílio próprio e digno, capaz de retirar numerosas famílias da atual condição em que se verificam alocadas”, diz na mensagem.
Na legislação vigente, o plano diretor de Rio Branco, no trecho que fala sobre as áreas de especial interesse de habitação, traz somente a área onde foi instalado o Conjunto Habitacional Cidade do Povo. No novo projeto, foram identificadas áreas onde possam ser construídas outras iniciativas habitacionais, atendendo os padrões do programa “Minha Casa Minha Vida”.
Com relação à ampliação do perímetro urbano do município de Rio Branco, o projeto destaca que o objetivo principal é contribuir com a implantação do “arco metropolitano”, de iniciativa do governo do estado. “Cujo projeto para os fins de captação do recurso necessário requisita que parte deste esteja inserido no interior do limite urbano de Rio Branco.”
Ainda segundo a mensagem, a prefeitura destacou que o projeto, antes de ser apresentado na Câmara, foi submetido à discussão e aprovação do Conselho Municipal de Urbanismo (CMU).
Audiência pública
Também nessa segunda-feira (27), antes da aprovação do Projeto de Lei, a Câmara Municipal de Rio Branco fez uma audiência pública para debater a proposta. O debate atendeu a um requerimento do vereador Samir Bestene (PP), relator do projeto.
O vereador, que foi relator do projeto, enfatizou a importância dessas mudanças para o desenvolvimento da cidade. Segundo ele, o aumento do perímetro urbano, em conjunto com as áreas de especial interesse de habitação, visa não apenas suprir o déficit habitacional, mas também contribuir para a implantação do “arco metropolitano”.
“Essas áreas têm que se tornar perímetros urbanos. Trazer investimento nessas áreas é justamente trazer desenvolvimento, trazer infraestruturas, trazer melhores condições, quando essas áreas virarem perímetro urbano. Elas vão poder requerer todos os direitos de um bairro, na qual a prefeitura tem a obrigação de entrar trazendo infraestrutura, trazendo transporte público, trazendo limpeza, trazendo iluminação pública, e outros itens que fazem parte de obrigação da prefeitura em nível de perímetro urbano”, destacou o vereador.
A coordenadora da revisão do plano diretor, Ana Cunha, ressaltou a atenção dedicada à alteração da legislação vigente, considerando o impacto abrangente que essas mudanças têm na cidade. O processo reflete um estudo minucioso e uma adaptação necessária à evolução da gestão municipal.
“O Plano Diretor trata sobre vários pontos que dizem respeito à vida da cidade, e o comitê de revisão juntamente com a sociedade, fizeram sugestões, e tratando da cidade como um todo. Mas, devido à demanda, nós precisamos encaminhar para esta casa, partes do plano que dizem respeito a dois anexos, um é o anexo sobre as áreas especiais de interesse de habitação, e também o anexo que diz respeito ao perímetro urbano”, explicou à coordenadora.
Projeto 1.001 Dignidades
O projeto lançado pela prefeitura de Rio Branco “1.001 Dignidades” pretende beneficiar moradores vítimas de enchentes, que moram próximos de bueiros e outros locais de áreas de risco.
A meta é, no dia 31 de março 2024, entregar 1.001 casas em vários bairros. Três mil profissionais de várias áreas devem estar envolvidos no projeto, segundo a gestão municipal.
As casas do do projeto devem ter 42 metros quadrados de área construída, com dois quartos, cozinha americana, sala e banheiro e cerca de madeira em todo o quintal. Os locais das obras serão espalhados em pelo menos seis bairros da cidade, nos dois distritos de Rio Branco.
Déficit habitacional no Acre
A Secretaria de Habitação e Urbanismo (Sehurb) foi criada no segundo mandato de Gladson Cameli, reeleito em 2022. Egleuson Santiago afirmou que o objetivo da criação da pasta é auxiliar a execução de programas federais em benefício do estado acreano.
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FOTOS: Estudantes do Juruá, autores de melhores redações, são premiados no projeto Cidadania e Justiça na Escola

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3 dias atrásem
28 de novembro de 2023
Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) premiou estudantes de três escolas, uma de Cruzeiro do Sul, outra em Mâncio Lima e a terceira em Rodrigues Alves
A Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) premiou, nesta segunda-feira, 27, estudantes de três unidades escolares, autores das melhores redações sobre cidadania. A atividade faz parte do encerramento do projeto Cidadania e Justiça na Escola, realizado pelo Poder Judiciário acreano, na região do Juruá.
Foram premiados estudardes da Escola São José, em Cruzeiro do Sul; da Escola Padre Edson, em Mâncio Lima; e da Escola Pedro de Melo Correia, de Rodrigues Alves.



Antes de anunciar os vencedores, a coordenadora da Infância e Juventude do TJAC, desembargadora Waldirene Cordeiro, salientou sobre a missão do Poder Judiciário do Acre em levar essas ações às escolas.
“Com esse conhecimento que o judiciário proporciona, os alunos poderão ser multiplicadores e compartilhar as informações no âmbito social, com amigos e familiares”, defendeu.
Em cada escola que ela visitou para registrar os ganhadores, interagiu com os alunos sobre o que eles aprenderam no decorrer do projeto. Na ocasião, agradeceu a cada diretor escolar e a cada professor que contribuíram para a execução do projeto.

Ela acrescentou que o objetivo do tribunal em desenvolver esta ação é justamente a aproximação do Poder Judiciário à comunidade, especificamente às escolas, aos alunos, aos professores. “E a nossa ideia é colaborar com as unidades escolares para os alunos aprenderem as garantias de direitos, os deveres, levando informação de forma leve, acessível e construir uma sociedade solidária e justa, com acesso à educação, acesso à Justiça e à cidadania”, disse.
Projeto
Com a finalidade de levar conhecimentos sobre direitos, cidadania e o funcionamento do sistema de justiça para estudantes do ensino fundamental, o projeto foi executado em diversas escolas da capital acreana e do interior do Estado com as ações educativas.
Juízas, juízes, servidoras, servidores, voluntários da Rede de Proteção da Infância e Juventude realizaram palestras nas unidades escolares e ao fim, todos os estudantes foram convidados a participar de um concurso de redação sobre o que entenderam das atividades.







A primeira escola visitada foi a São José. Nela, o diretor do Foro da Comarca de Cruzeiro do Sul, juiz de Direito Erik Fahat compartilhou que o conhecimento adquirido pelos alunos será levado para sempre.
A aluna Dafnny Victoria Costa foi a estudante que teve a melhor redação. Em seu texto, ela disserta sobre a missão do Poder Judiciário e disse feliz pela premiação. “Não esperava, mas estou muito feliz”, disse.
A diretora da Escola São José, Rosa Mônica, agradeceu ao TJAC pelo projeto e se colocou à disposição para receber outros projetos de incentivo aos alunos.
“Tenho certeza que esses alunos agora têm nova visão sobre a sociedade. Eles se dedicaram muito e adquiriram muito conhecimento”, comentou.
Após a visita à escola São José, a equipe se dirigiu ao município de Mâncio Lima, onde outros alunos foram agraciados com certificados e prêmios. Recebida pela juíza de Direito substituta Glaucia Gomes, e pelos diretores da Escola Padre Edson e da Escola Lauro Cavalcante, Tânia Maria e José Arcanjo, respectivamente, a desembargadora-coordenadora anunciou os alunos premiados.
“É um projeto de fundamental importância para a escola. Eu acredito que iniciativas como essas têm que se repetir. Porque a gente discutir essa questão de cidadania, de justiça com as nossas crianças é uma experiência que eles vão levar para o resto das suas vidas. Isso só contribui de forma significativa para a sua formação como bom cidadão”, salientou o diretor José Arcanjo.
Ysadora de Oliveira, da Escola Padre Edson, e Ana Luzia Lima, da Escola Lauro Cavalcante foram as que tiveram as melhores redações. Elas foram agraciadas com um tablete como oferecimento da Associação dos Magistrados do Acre.


O projeto Cidadania e Justiça na Escola, que chegou a sua 9ª edição promovendo a conscientização jurídica e cidadã entre os estudantes, despertando neles o senso de responsabilidade e o conhecimento sobre seus direitos e deveres, teve contribuições de parceria da Associação dos Magistrados do Acre, Ministério Público do Acre, OAB/AC, Defensoria Pública do Estado, além da Rede de Proteção da Infância e Juventude.
A agenda foi finalizada no município de Rodrigues Alves, na escola Pedro de Melo Correia, onde participaram também alunos da Escola Júlia Maria Santana. A melhor redação entre as duas escolas, foi da aluna Sophya Rodrigues, da Escola Julia Maria. Ela recebeu um telefone celular, doado pela Prefeitura de Rodrigues Alves.




Na ocasião, a juíza de Direito substituta Marilene Goulart, agradeceu aos alunos pela participação e empenho orientando a eles que a educação, o conhecimento, a expertise são fundamentais no processo de aprendizado. Participaram da solenidade, as diretoras as escolas Suelena da Silva e Cynthia Silva, além do prefeito, Jailson Amorim.
Os alunos e as escolas ganharam certificados de participação no projeto.









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