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Meta de financiamento sugerida fica aquém – DW – 22/11/2024

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Com negociações que vão até o fim no último dia de conversações em Baku, Azerbaijãoum segundo projeto de texto propôs que os países desenvolvidos deveriam fornecer US$ 250 bilhões por ano até 2035 para que os países em desenvolvimento tomem medidas climáticas.

O número foi recebido com profunda decepção por observadores dos estados em desenvolvimento, que apelaram às nações industrializadas para fornecerem pelo menos 1 bilião de dólares em financiamento.

“Estamos profundamente insultados com esta proposta”, disse Lydinyda Nacpil, do Movimento Jubileu do Sul da Ásia-Pacífico, à DW.

“As nossas expectativas eram baixas, mas isto é uma bofetada”, disse Mohamed Adow, da Power Shift Africa. “Nenhum país em desenvolvimento cairá nesta situação. Eles irritaram e ofenderam o mundo em desenvolvimento.”

O montante proposto é mais do dobro do meta anterior de US$ 100 bilhões por anoque foi cumprido dois anos após o prazo de 2020. As nações desenvolvidas disseram que o número é o limite do que são capazes de mobilizar.

“Foi um avanço significativo na última década para atingir a meta anterior, menor”, ​​disse um alto funcionário dos EUA à DW. “250 mil milhões de dólares exigirão ainda mais ambição e um alcance extraordinário. Este objectivo terá de ser apoiado por uma acção bilateral ambiciosa, contribuições de bancos multilaterais de desenvolvimento e esforços para melhor mobilizar o financiamento privado, entre outros factores críticos.”

O novo texto substitui um primeiro rascunho publicado na quinta-feira que foi recebido com críticas generalizadas.

“O texto tal como está agora é claramente inaceitável”, disse Wopke Hoekstra, comissário da UE para a acção climática, aos jornalistas na conferência de quinta-feira. “Não há um único país ambicioso que considere que isto seja suficientemente bom.”

O primeiro texto destacou a falta de consenso entre os países em desenvolvimento e os países industrializados sobre a questão do financiamento climático.

Azerbaijão BAKU Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas COP29
Os negociadores têm-se reunido nas últimas duas semanas para estabelecer uma meta de financiamento climático.Imagem: Alexander Nemenov/AFP

Quem deveria pagar pela ação climática?

O novo texto difere do primeiro rascunho, que não especificava número. Nesse primeiro projecto, os países em desenvolvimento apelaram às nações industrializadas para que se comprometessem com um objectivo de financiamento indefinido na ordem dos biliões de dólares de 2025 a 2035, “fornecidos e mobilizados pelos países desenvolvidos para todos os países em desenvolvimento”.

Os países industrializados também se referiram a um objectivo de financiamento indefinido na ordem dos biliões, dizendo que deveria ser alcançado até 2035 e incluir “todas as fontes de financiamento, incluindo recursos internos”, o que implica que os países em desenvolvimento deveriam pagar, pelo menos em parte, por mudanças para lidar com próprias alterações climáticas.

Um dos maiores pontos de discórdia ao longo das negociações tem sido o papel dos países em desenvolvimento mais ricos, como a China e os Estados do Golfo, e se deveriam contribuir para os objectivos financeiros.

“Estamos ansiosos por garantir que os países da UE e outros cumpram as suas responsabilidades de fornecer financiamento climático, mas também estamos muito conscientes de que precisaremos de um esforço global para mobilizar esses recursos, e isso não pode ser feito por doadores tradicionais sozinho”, disse Zinta Zommers, chefe de ciência climática do escritório da ONU para a coordenação de assuntos humanitários, à DW.

Enquanto isso, Juan Carlos Monterrey Gomez, do Panamá, disse que a falta de compromisso foi como um “tapa na cara dos mais vulneráveis”, acrescentando que “os países desenvolvidos devem parar de brincar com as nossas vidas e colocar uma proposta financeira séria e quantificada sobre a mesa”.

Afastando-se dos combustíveis fósseis

Conferência climática COP29
A COP29 deverá terminar na sexta-feira, mas provavelmente será atropelada, dizem os especialistas.Imagem: Sean Gallup/Getty Images

Os delegados também expressaram preocupações de que o texto original ignorasse um acordo feito no ano passado na COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), para que os países visassem “a transição de todos os combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de uma forma justa, ordenada e equitativa”. maneiras.”

“Não podemos aceitar a opinião de que, aparentemente, para alguns, a COP anterior não aconteceu”, disse Hoekstra. “O que tínhamos na nossa agenda não era apenas reafirmar o consenso dos EAU, mas também melhorá-lo e operacionalizá-lo.”

A cimeira do clima deverá terminar oficialmente na sexta-feira, mas os especialistas esperam que continue até ao fim de semana.

Inclui reportagens de Tim Schauenberg e Leonie von Hammerstein em Baku.

Editado por: Tamsin Walker



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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

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Curso de Medicina Veterinária da Ufac promove 4ª edição do Universo VET — Universidade Federal do Acre

As escolas da rede municipal realizam visitas guiadas aos espaços temáticos montados especialmente para o evento. A programação inclui dois planetários, salas ambientadas, mostras de esqueletos de animais, estudos de células, exposição de animais de fazenda, jogos educativos e outras atividades voltadas à popularização da ciência.

A pró-reitora de Inovação e Tecnologia, Almecina Balbino, acompanhou o evento. “O Universo VET evidencia três pilares fundamentais: pesquisa, que é a base do que fazemos; extensão, que leva o conhecimento para além dos muros da Ufac; e inovação, essencial para o avanço das áreas científicas”, afirmou. “Tecnologias como robótica e inteligência artificial mostram como a inovação transforma nossa capacidade de pesquisa e ensino.”

A coordenadora do Universo VET, professora Tamyres Izarelly, destacou o caráter formativo e extensionista da iniciativa. “Estamos na quarta edição e conseguimos atender à comunidade interna e externa, que está bastante engajada no projeto”, afirmou. “Todo o curso de Medicina Veterinária participa, além de colaboradores da Química, Engenharia Elétrica e outras áreas que abraçaram o projeto para complementá-lo.”

Ela também reforçou o compromisso da universidade com a democratização do conhecimento. “Nosso objetivo é proporcionar um dia diferente, com aprendizado, diversão, jogos e experiências que muitos estudantes não têm a oportunidade de vivenciar em sala de aula”, disse. “A extensão é um dos pilares da universidade, e é ela que move nossas ações aqui.”

A programação do Universo VET segue ao longo do dia, com atividades interativas para estudantes e visitantes.

(Fhagner Soares, estagiário Ascom/Ufac)



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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

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Doutorandos da Ufac elaboram plano de prevenção a incêndios no PZ — Universidade Federal do Acre

Doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Rede Bionorte) apresentaram, na última quarta-feira, 19, propostas para o primeiro Plano de Prevenção e Ações de Combate a Incêndios voltado ao campus sede e ao Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). A atividade foi realizada na sala ambiente do PZ, como resultado da disciplina “Fundamentos de Geoinformação e Representação Gráfica para a Análise Ambiental”, ministrada pelo professor Rodrigo Serrano.

A ação marca a primeira iniciativa formalizada voltada à proteção do maior fragmento urbano de floresta em Rio Branco. As propostas foram desenvolvidas com o apoio de servidores do PZ e utilizaram ferramentas como o QGIS, mapas mentais e dados de campo.

Entre os produtos apresentados estão o Mapa de Risco de Fogo, com análise de vegetação, áreas urbanas e tráfego humano, e o Mapa de Rotas e Pontos de Água, com trilhas de evacuação e açudes úteis no combate ao fogo.

Os estudos sugerem a criação de um Plano Permanente com ações como: Parcerias com o Corpo de Bombeiros; Definição de rotas de fuga e acessos de emergência; Manutenção de aceiros e sinalização; Instalação de hidrantes ou reservatórios móveis; Monitoramento por drones; Formação de brigada voluntária e contratação de brigadistas em período de estiagem.

O Parque Zoobotânico abriga 345 espécies florestais e 402 de fauna silvestre. As medidas visam garantir a segurança da área, que integra o patrimônio ambiental da universidade.

“É importante registrar essa iniciativa acadêmica voltada à proteção do Campus Sede e do PZ”, disse Harley Araújo da Silva, coordenador do Parque Zoobotânico. Ele destacou “a sensibilidade do professor Rodrigo Serrano ao propor o desenvolvimento do trabalho em uma área da própria universidade, permitindo que os doutorandos apliquem conhecimentos técnicos de forma concreta e contribuam diretamente para a gestão e segurança” do espaço.

Participaram da atividade os doutorandos Alessandro, Francisco Bezerra, Moisés, Norma, Daniela Silva Tamwing Aguilar, David Pedroza Guimarães, Luana Alencar de Lima, Richarlly da Costa Silva e Rodrigo da Gama de Santana. A equipe contou com apoio dos servidores Nilson Alves Brilhante, Plínio Carlos Mitoso e Francisco Félix Amaral.

 



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Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

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Ufac sedia 10ª edição do Seminário de Integração do PGEDA — Universidade Federal do Acre

A Rede Educanorte é composta por universidades da região amazônica que ofertam doutorado em Educação de forma consorciada. A proposta é formar pesquisadores capazes de compreender e enfrentar os desafios educacionais da Amazônia, fortalecendo a pós-graduação na região.

Coordenadora geral da Rede Educanorte, a professora Fátima Matos, da Universidade Federal do Pará (UFPA), destacou que o seminário tem como objetivo avaliar as atividades realizadas no semestre e planejar os próximos passos. “A cada semestre, realizamos o seminário em um dos polos do programa. Aqui em Rio Branco, estamos conhecendo de perto a dinâmica do polo da Ufac, aproximando a gestão da Rede da reitoria local e permitindo que professores, coordenadores e alunos compartilhem experiências”, explicou. Para ela, cada edição contribui para consolidar o programa. “É uma forma de dizer à sociedade que temos um doutorado potente em Educação. Cada visita fortalece os polos e amplia o impacto do programa em nossas cidades e na região Norte.”

Durante a cerimônia, o professor Mark Clark Assen de Carvalho, coordenador do polo Rio Branco, reforçou o papel da Ufac na Rede. “Em 2022, nos credenciamos com sete docentes e passamos a ser um polo. Hoje somos dez professores, sendo dois do Campus Floresta, e temos 27 doutorandos em andamento e mais 13 aprovados no edital de 2025. Isso representa um avanço importante na qualificação de pesquisadores da região”, afirmou.

Mark Clark explicou ainda que o seminário é um espaço estratégico. “Esse encontro é uma prática da Rede, realizado semestralmente, para avaliação das atividades e planejamento do que será desenvolvido no próximo quadriênio. A nossa expectativa é ampliar o conceito na Avaliação Quadrienal da Capes, pois esse modelo de doutorado em rede é único no país e tem impacto relevante na formação docente da região norte”, pontuou.

Representando a reitora Guida Aquino, o diretor de pós-graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg), Lisandro Juno Soares, destacou o compromisso institucional com os programas em rede. “A Ufac tem se esforçado para estruturar tanto seus programas próprios quanto os consorciados. O Educanorte mostra que é possível, mesmo com limitações orçamentárias, fortalecer a pós-graduação, utilizando estratégias como captação de recursos por emendas parlamentares e parcerias com agências de fomento”, disse.

Lisandro também ressaltou os impactos sociais do programa. “Esses doutores e doutoras retornam às suas comunidades, fortalecem redes de ensino e inspiram novas gerações a seguir na pesquisa. É uma formação que também gera impacto social e econômico.”

A coordenadora regional da Rede Educanorte, professora Ney Cristina Monteiro, da Universidade Federal do Pará (UFPA), lembrou o esforço coletivo na criação do programa e reforçou o protagonismo da região norte. “O PGEDA é hoje o maior programa de pós-graduação da UFPA em número de docentes e discentes. Desde 2020, já formamos mais de 100 doutores. É um orgulho fazer parte dessa rede, que nasceu de uma mobilização conjunta das universidades amazônicas e que precisa ser fortalecida com melhores condições de funcionamento”, afirmou.

Participou também da mesa de abertura o vice-reitor da Ufac, Josimar Batista Ferreira.



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