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Nobel de Literatura premia escritora sul-coreana Han Kang

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Segundo o comitê, Han foi escolhida “por sua prosa poética intensa que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana”. Ela é a primeira mulher asiática a ganhar o prêmio.A escritora sul-coreana Han Kang foi laureada com o Prêmio Nobel de Literatura nesta quinta-feira (10/10), anunciou a Academia Sueca, em Estocolmo.
Escritora sul-coreana é a 18ª mulher a receber o Nobel de Literatura
Foto: DW / Deutsche Welle
O prêmio é atribuído à pessoa que “tiver produzido no campo da literatura o trabalho mais notável”. Cada vencedor recebe 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,3 milhões).
Segundo a Academia, Han foi escolhida “por sua prosa poética intensa que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana.”
“Em sua obra, Han Kang confronta traumas históricos e conjuntos de regras invisíveis e, em cada um de seus trabalhos, expõe a fragilidade da vida humana. Ela tem uma consciência única das conexões entre o corpo e a alma, os vivos e os mortos e, com seu estilo poético e experimental, tornou-se uma inovadora na prosa contemporânea”, escreveu a Academia.
Han é autora de romances, ensaios e contos. Ela é a primeira mulher asiática a ganhar o prêmio. Ela também é apenas a segunda sul-coreana a ganhar o Prêmio Nobel em qualquer categoria. O primeiro foi o ex-presidente Kim Dae-jung, laureado com o Nobel da Paz em 2000
Quem é Han Kang
Han Kang nasceu em 1970, na Coreia do Sul, na cidade de Gwangju. Aos nove anos de idade, ela se mudou para a capital Seul. Ela estudou literatura coreana na Universidade Yonsei, na capital.
Ela tem sido aclamada pela crítica em seu país natal, com poemas publicados desde 1993, e foi vencedora do Prêmio Internacional Man Booker, em 2016, com o romance A Vegetariana, originalmente editado em 2007. Em 2018, foi finalista com o romance O Livro Branco. Ambos possuem tradução para o português publicados pela Editora Todavia.
Em 2016, Han disse que escrever romances “é uma forma de questionamento para mim”.
“Eu apenas tento completar minhas perguntas por meio do processo de minha escrita e tento permanecer nas perguntas, às vezes dolorosas,às vezes – bem – às vezes exigentes”, afirmou.
Com A Vegetariana, a escritora disse que queria “questionar sobre ser humano e queria descrever uma mulher que, desesperadamente, não queria mais pertencer à raça humana por mais tempo e queria desesperadamente rejeitar seres humanos que cometem tanta violência.”
Escrito em três partes, o livro narra a violenta repercussão da decisão da protagonista de não comer carne. Seus romances geralmente apresentam protagonistas femininas que se sentem isoladas ou em desacordo com as rígidas normas sociais da Coreia do Sul
“A empatia física de Han Kang por histórias de vida extremas é reforçada por seu estilo metafórico cada vez mais carregado”, escreveu a Academia Sueca. Seu último romance traduzido no Brasil, em 2023, foi o livro Lições de Grego (Editora D. Quixote), originalmente publicado em 2011. “O livro é uma bonita meditação sobre perda, intimidade e as condições finais da linguagem”, disseram os organizadores do Prêmio Nobel.
Outra obra aclamada da autora é Atos Humanos, de 2014 e publicado em 2021 pela Editora Todavia. No livro de ficção, ela narra eventos reais que aconteceram em sua cidade natal, Gwangju, quando centenas de estudantes foram assassinados pelo Exército, em 1980.
Reformulação da Academia
Ela é apenas a 18ª mulher a receber o Nobel de Literatura entre os 121 laureados desde 1901. A última premiada foi a francesa Annie Ernaux, em 2022.
A Academia Sueca, organizadora do prêmio, recebe constantes críticas pelo longo histórico de premiação a homens e pela baixa representatividade geográfica dos vencedores na categoria literária. Entre os 121 ganhadores, por exemplo, 97 eram europeus.
Em 2018, a entrega do prêmio chegou a ser adiada após 18 mulheres denunciarem o marido de uma integrante da Academia Sueca por assédio sexual, por meio do movimento #MeToo.
Desde então, a organização prometeu dedicar maior foco à diversidade geográfica e linguística dos laureados. A proposta é parte de um longo trabalho de redefinição dos critérios para a escolha dos melhores escritores. Das 18 mulheres vencedoras, por exemplo, 9 foram laureadas nas duas últimas décadas.
Outros vencedores
Até agora, foram anunciados os vencedores do Nobel de Química – o bioquímico David Baker e os especialistas em IA Demis Hassabis e John M. Jumper por calcular estruturas proteicas tridimensionais -, o Nobel de Física, que foi para os cientistas John Hopfield e Geoffrey Hinton, que “usaram conceitos fundamentais da física estatística para criar redes neuronais artificiais que funcionam como memórias associativas” e o Nobel de Medicina, entregue aos americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun pela descoberta de uma nova classe de moléculas de RNA.
gq (afp, ots)
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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