MUNDO
O que mantém as nações africanas na Commonwealth? – DW – 11/06/2024

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8 meses atrásem
Hoje, 19 países africanos continuam a fazer parte da Comunidade das Nações, que tem um total de 56 Estados-membros em todo o mundo. Quase todos eles já foram colonizados pelo Império Britânico de alguma forma.
Recentemente, tem havido apelos crescentes de algumas das antigas colónias britânicas para que se avalie o seu papel no comércio transatlântico de escravos.
Os líderes dos Estados membros pediram uma discussão “significativa, respeitosa e verdadeira” sobre a justiça reparatória na recente 27ª Reunião de Chefes de Governo da Commonwealth.
Até agora, a Grã-Bretanha rejeitou a ideia de pagar compensações monetárias como reparações. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, um antigo advogado de direitos humanos, argumentou que preferia “olhar para frente” do que ter “discussões intermináveis sobre reparações”. envolvendo o passado.
Mas como é que os africanos opinam sobre esta questão?
‘Reparação não tem a ver com dinheiro’
Entre os séculos XV e XIX, estima-se que pelo menos 12,5 milhões de africanos tenham sido retirados das suas casas, raptados e forçados a embarcar em navios americanos e europeus. Eles foram levados através do Atlântico contra a sua vontade e vendidos como escravos em todas as Américas.
Alguns cálculos afirmam que o número pode chegar a 28 milhões de vítimas da escravidão.
De acordo com o website do parlamento do Reino Unido, o envolvimento da Grã-Bretanha no comércio de escravos começou em 1562: na década de 1730, o Reino Unido tornou-se a maior nação de comércio de escravos do mundo.
Durante a sua viagem à Nigéria, o secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy, disse que abordar o capítulo negro da história do país “não se trata de transferência de dinheiro, especialmente num momento de crise de custo de vida em grande parte do mundo”.
Ele instou os líderes da Commonwealth a encontrarem a “linguagem certa” e uma compreensão da história “para nos guiar no sentido de fazer as escolhas certas no futuro, onde existe desigualdade”.
Entretanto, o governo do Reino Unido nunca se desculpou formalmente pelo seu papel na escravatura, mas apenas reconheceu o seu envolvimento com “grande pesar” – pelo menos foi assim que o antigo primeiro-ministro Tony Blair expressou os seus sentimentos sobre o assunto já em 2007.
A Grã-Bretanha – e a Commonwealth – pouco fizeram nos 17 anos desde então para falar sobre o que este “arrependimento” poderá ter de traduzir.
‘Nada a ganhar com a Commonwealth’
De acordo com Khalifa Ali Dikwa, professor de Lingüística Social e Relações Internacionais da Universidade de Maiduguri, no norte da Nigéria, há uma grande relutância entre as nações africanas em permanecer na Commonwealth, num contexto em que nenhuma reparação real ocorre como parte do debate sobre a escravidão histórica. .
Dikwa diz, no entanto, que os líderes africanos não têm outra escolha senão permanecer no Comunidade: “Houve coerção nos bastidores, diplomaticamente ou não. Não há nenhum ganho em ser membro da Commonwealth porque todo o comércio era desequilibrado”, disse ele à DW.
De acordo com Dikwa, o único país que beneficia da Commonwealth ainda é a Grã-Bretanha.
“Não há nada de comum na Commonwealth”, disse Dikwa, acrescentando que, para garantir que o processo de reparações possa sequer começar, os países africanos da Commonwealth devem falar a uma só voz.
Qual é o futuro da Comunidade?
A nova abordagem da Grã-Bretanha
Chris Vandome, especialista em relações internacionais em Chatham House, no Reino Unido, disse à DW, no entanto, que a Commonwealth ainda desempenha um papel importante nos bastidores, fornecendo grande apoio quando se trata de questões económicas, bem como de ideias em torno da democracia e do compromisso com a democracia. instituições democráticas.
“Esta é uma organização que tem princípios em torno da democracia, tem princípios em torno das eleições, os princípios de Harare, e deseja subscrever o Estado de direito e as instituições democráticas”, disse Vandome.
Entretanto, o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Lammy, acredita que o Reino Unido pode envolver-se de forma diferente e que deve prosseguir uma nova abordagem nas suas relações com as nações africanas, que proporcione “parcerias respeitosas que ouçam em vez de dizer, proporcionem crescimento a longo prazo em vez de soluções a curto prazo, e construir um continente mais livre, mais seguro e mais próspero.”
Mas muitos líderes da Comunidade Africana parecem duvidar que isto resulte de facto em mais riqueza comum.
Editado por: Sertan Sanderson
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MUNDO
Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

PUBLICADO
1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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MUNDO
Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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MUNDO
Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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1 mês atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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