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Os encontros entre o presidente do PL e o líder do PT

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Marcela Mattos

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi cobrado no fim do ano passado por um deputado de seu partido após ter tido um encontro com o líder do PT, deputado Odair Cunha.

A reunião aconteceu na sede do PL, em Brasília, reduto que abriga tanto Valdemar quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro – que, por ordem judicial, tem despachado no gabinete ao lado por estar impedido de se comunicar com o dirigente partidário.

O encontro entre o petista e o liberal se deu na esteira das negociações sobre o apoio de ambas as legendas ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para assumir a presidência da Câmara neste ano. Ao ser provocado pelo correligionário sobre o episódio, Valdemar não só confirmou a ida de Odair Cunha ao PL como destacou que não foi a primeira conversa entre os dois. “Eu o recebi no PL. E na semana anterior fui tomar café da manhã na casa dele”, detalhou.

O objetivo da conversa foi definir a divisão de espaços entre os maiores partidos na Câmara. Valdemar explicou que, se não sentasse à mesa de negociação, a legenda poderia perder espaços privilegiados. Pelo acordo, o PL deve ficar com a vice-presidência da Casa, posto que será assumido pelo atual líder da legenda na Câmara, deputado Altineu Cortes (PL-RJ).

Divergências internas

Valdemar Costa Neto foi deputado federal por mais de duas décadas. Ele saiu da vida parlamentar após ser tragado no escândalo do mensalão e acabar preso. À época, o então PR era aliado do governo Lula.

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Após o episódio, Valdemar submergiu. Ele voltou à cena em 2021, quando Bolsonaro se filiou à legenda, carregou seus aliados mais fieis e fez do PL o partido com mais deputados do país.

Agora um bastião da direita, o PL enfrenta divergências internas sobre como lidar com seus opositores. Valdemar, como se vê, defende o diálogo saudável entre todos os grupos políticos e um aceno ao centro, com o objetivo de ampliar o arco de apoio e tentar retomar o poder em 2026.

Já bolsonaristas mais radicais fecham as portas para qualquer contato com a esquerda e defendem até a expulsão daqueles que não se alinham ideologicamente às suas bandeiras.

O expurgo desses parlamentares, no entanto, depende do aval dos membros do colégio eleitoral do PL, que, estrategicamente, é formado em sua maioria por aliados de Valdemar. E, até agora, o dirigente não dá nenhum sinal de querer fazer uma “limpa” em seu partido.



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Matheus Leitão

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“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!” (Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, usando as redes sociais para reclamar da troca de Carlos Lupi por Wolney Queiroz, seu desafeto no PDT, no comando do Ministério da Previdência Social) 


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Charge do JCaesar: 05 de maio

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Felipe Barbosa

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A articulação para mudar quem define o teto de jur…

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A articulação para mudar quem define o teto de jur...

Nicholas Shores

O Ministério da Fazenda e os principais bancos do país trabalham em uma articulação para transferir a definição do teto de juros das linhas de consignado para o Conselho Monetário Nacional (CMN). 

A ideia é que o poder de decisão sobre o custo desse tipo de crédito fique com um órgão vocacionado para a análise da conjuntura econômica. 

Compõem o CMN os titulares dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento e da presidência do Banco Central – que, atualmente, são Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo.

A oportunidade enxergada pelos defensores da mudança é a MP 1.292 de 2025, do chamado consignado CLT. O Congresso deve instalar a comissão mista que vai analisar a proposta na próxima quarta-feira. 

Uma possibilidade seria aprovar uma emenda ao texto para transferir a função ao CMN.

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Hoje, o poder de definir o teto de juros das diferentes linhas de empréstimo consignado está espalhado por alguns ministérios. 

Cabe ao Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), presidido pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, fixar o juro máximo cobrado no consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, é quem decide o teto para os empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais.

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Na modalidade do consignado para beneficiários do BPC-Loas, a decisão cabe ao ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

Já no consignado de adiantamento do saque-aniversário do FGTS, é o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que tem a palavra final sobre o juro máximo.

Atualmente, o teto de juros no consignado para aposentados do INSS é de 1,85% ao mês. No consignado de servidores públicos federais, o limite está fixado em 1,80% ao mês.

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Segundo os defensores da transferência da decisão para o CMN, o teto “achatado” de juros faz com que, a partir de uma modelagem de risco de crédito, os bancos priorizem conceder empréstimos nessas linhas para quem ganha mais e tem menos idade – restringindo o acesso a crédito para uma parcela considerável do público-alvo desses consignados.

Ainda de acordo com essa lógica, com os contratos de juros futuros de dois anos beirando os 15% e a regra do Banco Central que proíbe que qualquer empréstimo consignado tenha rentabilidade negativa, a tendência é que o universo de tomadores elegíveis para os quais os bancos estejam dispostos a emprestar fique cada vez menor.



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