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Os sobreviventes do Tigrayan buscam justiça nos tribunais alemães – DW – 31/03/2025

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4 meses atrásem

Uma queixa criminal foi apresentada ao promotor público federal alemão sobre supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante o conflito na Etiópia’s Região de Tigray. A denúncia, submetida pela Ação Jurídica em todo o mundo (direito) e pelo escritório de advocacia de Berlim Oehmichen International, tem como alvo doze indivíduos em posições de liderança militar e da Etiópia e Eritreia. O promotor público federal confirmou que recebeu a denúncia.
“Agora cabe ao promotor público federal decidir se deve iniciar uma investigação”, disse Nick Leddy, advogado principal.
“Enviamos um extenso corpo de evidências – nossa queixa tem mais de 100 páginas com vários apêndices, incluindo inúmeras evidências disponíveis ao público e testemunhos de testemunhas. Esperamos que as autoridades alemãs adotem essa reclamação e lançem o que é chamado de investigação estrutural”, disse ele à DW.
Atrocidades inimagináveis
O conflitoque ocorreu entre o exército etíope, apoiado pelas forças da Eritreia, e a Frente de Libertação Popular de Tigray (TPLF), terminou em 2022. Os relatórios sugerem um número significativo de baixas militares e civis.
“Vi atrocidades em Tigray que ainda assombram meus sonhos e quebraram minha compreensão do que significa ser humano – atrocidades que vão além dos crimes comuns”, disse um sobrevivente à lei. Esse indivíduo está entre os oito tigrayans que residem atualmente na Alemanha que estão buscando ações legais.
Por dois anos, o exército etíope, apoiado pelas forças da Eritreia, travou guerra contra a Frente de Libertação Popular de Tigray (TPLF), o partido no poder na província mais ao norte da Etiópia. As organizações de direitos humanos documentaram atrocidades generalizadas, rotulando -lhes crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Estima -se que o conflito tenha conquistado a vida de pelo menos 200.000 soldados e 400.000 civis.
Tigray da Etiópia cada vez mais tenso sob congelamento da USAID
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Justiça negada em casa
A decisão de buscar ação legal na Alemanha decorre de perguntas sobre a eficácia dos mecanismos de justiça doméstica na Etiópia. Enquanto a Etiópia implementou estruturas de justiça de transição, os especialistas expressaram reservas.
Em 2024, Etiópia introduzida Uma estrutura para a justiça de transição, projetada para abordar seus muitos conflitos internos. No entanto, os especialistas permanecem céticos em relação à sua eficácia.
“Deveria haver responsabilidade, mas novas violações continuam ocorrendo, especialmente em Amhara e Oromia, onde os abusos graves dos direitos humanos continuam ocorrendo”, disse Gerrit Kurtz, especialista em Etiópia do Instituto Alemão de Assuntos Internacionais e de Segurança (SWP). O sistema judicial da Etiópia, já tenso, luta para processar os autores ainda mais baixos, tornando o julgamento de funcionários de alto nível altamente improvável.
“O judiciário da Etiópia simplesmente não está acompanhando”, disse Kurtz.
Kurtz reconhece que processar funcionários de alto escalão, como os mencionados na denúncia da lei, é altamente improvável na Etiópia.
“A responsabilidade é mais fácil quando uma guerra termina com uma ruptura clara, e um novo governo assume o que não estava envolvido no conflito. Só então pode haver responsabilidade doméstica credível – e mesmo assim, ainda existem grandes desafios. Mas esse não é o caso na Etiópia”, disse ele à DW.
Sobrevivente relata massacres civis de Tigray
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A jurisdição universal é um último recurso?
Dadas as limitações da acusação doméstica, os sobreviventes estão invocando o princípio da jurisdição universal, que permite que os países terceiros processarem violações severas do direito internacional. A Alemanha, líder na aplicação desse princípio, tem investigações em andamento sobre crimes de guerra na Síria e na Ucrânia.
No entanto, diferentemente dos conflitos, que viram grandes fluxos de refugiados na Alemanha, A Etiópia viu comparativamente menos aplicações de asilo. Por exemplo, houve apenas cerca de 1.500 aplicativos de asilo registrados no ano passado.
Isso levanta questões sobre os recursos que o promotor público federal alocará ao caso de Tigray.
Desafios e impacto potencial
A lei alemã proíbe os julgamentos à revelia. Isso significa que a acusação só ocorreria se um suspeito estivesse sob custódia alemã.
Na história jurídica alemã, apenas um caso envolveu a prisão e condenação de um cidadão estrangeiro sob jurisdição universal. Este era um ex -membro do ISIS do Iraque que foi preso na Grécia sob um mandado de prisão europeia.
Como tal, embora tenha havido um precedente de extraditar indivíduos sob jurisdição universal, é altamente improvável Etiópia ou a Eritreia extraditaria seus próprios cidadãos.
Apesar desses desafios, o pesquisador do SWP Kurtz diz que existem alguns valores estratégicos na denúncia, especialmente o anonimato atualmente atribuído às pessoas acusadas.
“Isso significa que certos indivíduos na Etiópia e na Eritreia-figuras de alto escalão no aparato militar ou estadual-não podem ter certeza se estão implicadas ou não”, disse ele.
Se as investigações prosseguirem, esses indivíduos podem ter que ser mais cautelosos ao viajar para o exterior.
Explicação: Como começou a guerra de Tigray da Etiópia?
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Um sinal para os autores
Além da responsabilidade individual, o caso serve a um objetivo mais amplo no contexto da dissuasão.
“A jurisdição universal deve enviar o sinal de que não há refúgio seguro para os autores, especialmente porque essas atrocidades não têm um estatuto de limitações”, disse Kristina Hook, professora de gerenciamento de conflitos da Universidade Estadual de Kennesaw, na Geórgia.
Hook, que contribuiu para um estudo de 2024 sobre potencial Genocídio em Tigraydescreve três caminhos legais para processar os autores: jurisdição universal, julgamentos domésticos e o Tribunal Penal Internacional (ICC).
A ICC em Haia normalmente seria uma avenida para esses casos, mas a Etiópia não é um estado membro. Como resultado, o governo etíope teria que aceitar voluntariamente a jurisdição do TPI. Este é um cenário altamente improvável neste caso.
A equipe jurídica reconhece esses desafios, mas destaca suas esperanças no sistema alemão.
“Para nossos clientes, não há outra maneira – não através dos tribunais etíopes, nem através do Tribunal Penal Internacional”, disse Leddy. “Esperamos que as autoridades alemãs lançem investigações para determinar quem é responsável pelos crimes de guerra e emitir mandados de prisão”.
Tigray: a seca causa insegurança alimentar e desnutrição
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Esta peça foi adaptada do alemão.
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Mulher alimenta pássaros livres na janela do apartamento e tem o melhor bom dia, diariamente; vídeo

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Todos os dias de manhã, essa mulher começa a rotina com uma cena emocionante: alimenta vários pássaros livres que chegam à janela do apartamento dela, bem na hora do café. Ela gravou as imagens e o vídeo é tão incrível que já acumula mais de 1 milhão de visualizações.
Cecilia Monteiro, de São Paulo, tem o mesmo ritual. Entre alpiste e frutas coloridas, ela conversa com as aves e dá até nomes para elas.
Nas imagens, ela aparece espalhando delicadamente comida para os pássaros, que chegam aos poucos e transformam a janela num pedacinho de floresta urbana. “Bom dia. Chegaram cedinho hoje, hein?”, brinca Cecilia, enquanto as aves fazem a festa com o banquete.
Amor e semente
Todos os dias Cecilia acorda e vai direto preparar a comida das aves livres.
Ela oferece porções de alpiste e frutas frescas e arruma tudo na borda da janela para os pequenos visitantes.
E faz isso com tanto amor e carinho que a gratidão da natureza é visível.
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Cantos de agradecimento
E a recompensa vem em forma de asas e cantos.
Maritacas, sabiás, rolinha e até uma pomba muito ousada resolveu participar da festa.
O ambiente se transforma com todas as aves cantando e se deliciando.
Vai dizer que essa não é a melhor forma de começar o dia?
Liberdade e confiança
O que mais chama a atenção é a relação de respeito entre a mulher e as aves.
Nada de gaiolas ou cercados. Os pássaros vêm porque querem. E voltam porque confiam nela.
“Podem vir, podem vir”, diz ela na legenda do vídeo.
Internautas apaixonados
O vídeo se tornou viral e emocionou milhares de pessoas nas redes sociais.
Os comentários vão de elogios carinhosos a relatos de seguidores que se sentiram inspirados a fazer o mesmo.
“O nome disso é riqueza! De alma, de vida, de generosidade!”, disse um.
“Pra mim quem conquista os animais assim é gente de coração puro, que benção, moça”, compartilhou um segundo.
Olha que fofura essa janela movimentada, cheia de aves:
Cecila tem a mesma rotina todos os dias. Põe comida para os pássaros livres na janela do apartamento dela em SP. – Foto: @cecidasaves/TikTok
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Cavalos ajudam dependentes químicos a se reconectar com a vida, emprego e família

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
O poder sensorial dos cavalos e de conexão com seres humanos é incrível. Tanto que estão ajudando dependentes químicos a se reconectar com a família, a vida e trabalho nos Estados Unidos. Até agora, mais de 110 homens passaram com sucesso pelo programa.
No Stable Recovery, em Kentucky, os cavalos imensos parecem intimidantes, mas eles estão ali para ajudar. O projeto ousado, criado por Frank Taylor, coloca os homens em contato direto com os equinos para desenvolverem um senso de responsabilidade e cuidado.
“Eu estava simplesmente destruído. Eu só queria algo diferente, e no dia em que entrei neste estábulo e comecei a trabalhar com os cavalos, senti que eles estavam curando minha alma”, contou Jaron Kohari, um dos pacientes.
Ideia improvável
Os pacientes chegam ali perdidos, mas saem com emprego, dignidade e, muitas vezes, de volta ao convívio com aqueles que amam.
“Você é meio egoísta e esses cavalos exigem sua atenção 24 horas por dia, 7 dias por semana, então isso te ensina a amar algo e cuidar dele novamente”, disse Jaron Kohari, ex-mineiro de 36 anos, em entrevista à AP News.
O programa nasceu da cabeça de Frank, criador de cavalos puro-sangue e dono de uma fazenda tradicional na indústria de corridas. Ele, que já foi dependente em álcool, sabe muito bem como é preciso dar uma chance para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
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A ideia
Mas antes de colocar a iniciativa em prática, precisou convencer os irmãos a deixar ex-viciados lidarem com animais avaliados em milhões de dólares.“Frank, achamos que você é louco”, disse a família dele.
Mesmo assim, ele não desistiu e conseguiu a autorização para tentar por 90 dias. Se algo desse errado, o programa seria encerrado imediatamente.
E o melhor aconteceu.
A recuperação
Na Stable Recovery, os participantes acordam às 4h30, participam de reuniões dos Alcoólicos Anônimos e trabalham o dia inteiro cuidando dos cavalos.
Eles escovam, alimentam, limpam baias, levam aos pastos e acompanham as visitas de veterinários aos animais.
À noite, cozinham em esquema revezamento e vão dormir às 21h.
Todo o programa dura um ano, e isso permite que os participantes se tornem amigos, criem laços e fortaleçam a autoestima.
“Em poucos dias, estando em um estábulo perto de um cavalo, ele está sorrindo, rindo e interagindo com seus colegas. Um cara que literalmente não conseguia levantar a cabeça e olhar nos olhos já está se saindo melhor”, disse Frank.
Cavalos que curam
Os cavalos funcionam como espelhos dos tratadores. Se o homem está tenso, o cavalo sente. Se está calmo, ele vai retribuir.
Frank, o dono, chegou a investir mais de US$ 800 mil para dar suporte aos pacientes.
Ao olhar tantas vidas que ele já ajudou a transformar, ele diz que não se arrepende de nada.
“Perdemos cerca de metade do nosso dinheiro, mas apesar disso, todos aqueles caras permaneceram sóbrios.”
A gente aqui ama cavalos. E você?
A rotina com os animais é puxada, mas a recompensa é enorme. – Foto: AP News
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Resgatado brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia após seguir sugestão do GPS

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2 meses atrásem
26 de maio de 2025
Cuidado com as sugestões do GPS do seu carro. Este brasileiro, que ficou preso na neve na Patagônia, foi resgatado após horas no frio. Ele seguiu as orientações do navegador por satélite e o carro acabou atolado em uma duna de neve. Sem sinal de internet para pedir socorro, teve que caminhar durante horas no frio de -10º C, até que foi salvo pela polícia.
O progframador Thiago Araújo Crevelloni, de 38 anos, estava sozinho a caminho de El Calafate, no dia 17 de maio, quando tudo aconteceu. Ele chegou a pensar que não sairia vivo.
O resgate só ocorreu porque a anfitriã da pousada onde ele estava avisou aos policiais sobre o desaparecimento do Thiago. Aí começaram as buscas da polícia.
Da tranquilidade ao pesadelo
Thiago seguia viagem rumo a El Calafate, após passar por Mendoza, El Bolsón e Perito Moreno.
Cruzar a Patagônia de carro sempre foi um sonho para ele. Na manhã do ocorrido, nevava levemente, mas as estradas ainda estavam transitáveis.
A antiga Rota 40, por onde ele dirigia, é famosa pelas paisagens e pela solidão.
Segundo o programador, alguns caminhões passavam e havia máquinas limpando a neve.
Tudo parecia seguro, até que o GPS sugeriu o desvio que mudou tudo.
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Caminho errado
Thiago seguiu pela rota alternativa e, após 20 km, a neve ficou mais intensa e o vento dificultava a visibilidade.
“Até que, numa curva, o carro subiu em uma espécie de duna de neve que não dava para distinguir bem por causa do vento branco. Tudo era branco, não dava para ver o que era estrada e o que era acúmulo de neve. Fiquei completamente preso”, contou em entrevista ao G1.
Ele tentou desatolar o veículo com pedras e ferramentas, mas nada funcionava.
Caiu na neve
Sem ajuda por perto, exausto, encharcado e com muito frio, Thiago decidiu caminhar até a estrada principal.
Mesmo fraco, com fome e mal-estar, colocou uma mochila nas costas e saiu por volta das 17h.
Após mais de cinco horas de caminhada no escuro e com o corpo congelando, ele caiu na neve.
“Fiquei deitado alguns minutos, sozinho, tentando recuperar energia. Consegui me levantar e segui, mesmo sem saber quanta distância faltava.”
Luz no fim do túnel
Sem saber quanto tempo faltava para a estrada principal, Thiago se levantou e continuou a caminhada.
De repente, viu uma luz. No início, o programador achou que estava alucinando.
“Um pouco depois, ao olhar para trás em uma reta infinita, vi uma luz. Primeiro achei que estava vendo coisas, mas ela se aproximava. Era uma viatura da polícia com as luzes acesas. Naquele momento senti um alívio que não consigo descrever. Agitei os braços, liguei a lanterna do celular e eles me viram”, disse.
A gentileza dos policiais
Os policiais ofereceram água, comida e agasalhos.
“Falaram comigo com uma ternura que me emocionou profundamente. Me levaram ao hospital, depois para um hotel. Na manhã seguinte, com a ajuda de um guincho, consegui recuperar o carro”, agradeceu o brasileiro.
Apesar do susto, ele se recuperou e decidiu manter a viagem. Afinal, era o sonho dele!
Veja como foi resgatado o brasileiro que ficou preso na neve na Patagônia:
Thiago caminhou por 5 horas no frio até ser encontrado. – Foto: Thiago Araújo Crevelloni
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