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Países que ajudam a ocupação de Israel podem ser ‘cúmplices’: especialistas da ONU | Notícias do conflito Israel-Palestina

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Os países terceiros que permitem a “ocupação ilegal” do território palestiniano por Israel e o ajudam apesar dos avisos de crimes de guerra e de possível genocídio na Faixa de Gaza devem ser considerados “cúmplices”, dizem especialistas das Nações Unidas.

“Os atos internacionalmente ilícitos de Israel dão origem à responsabilidade do Estado, não apenas para Israel, mas para todos os Estados”, disse Navi Pillay, chefe da Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU, na sexta-feira.

A comissão publicou um novo documento jurídico papel de posição especificando as ações específicas necessárias após um recente parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) que declarou “ilegal” a ocupação de Israel desde 1967.

Também examina as implicações da votação da Assembleia Geral da ONU no mês passado, exigindo o fim da ocupação dentro de um ano.

A comissão de três pessoas, criada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em Maio de 2021 para investigar alegadas violações do direito internacional em Israel e no território palestiniano, apontou primeiro para as obrigações de Israel.

A votação na Assembleia Geral significou que Israel estava sob a obrigação legal internacional de cessar todas as novas actividades de colonatos e de desmantelar os colonatos existentes o mais rapidamente possível, observou a comissão.

“Israel deve implementar imediatamente um plano de ação abrangente que evacuará fisicamente todos os colonos do território ocupado”, afirmou.

A comissão também exigiu que Israel “devolvesse terras, títulos e recursos naturais aos palestinos que foram deslocados desde 1967”.

Todos os assentamentos israelenses na Cisjordânia, ocupados desde 1967 e habitados por cerca de 700 mil colonos israelenses, incluindo Jerusalém Oriental ocupada, são considerados ilegal sob o direito internacionalindependentemente de terem permissão de planejamento israelense.

Mais de 500 mil israelenses vivem em mais de 100 assentamentos na Cisjordânia. A sua existência continua a ser um grande obstáculo aos planos já interrompidos descritos no Acordos de Oslo que prometia a transferência gradual de áreas controladas por Israel para os palestinos.

A violência tanto do exército israelita como dos colonos na Cisjordânia aumentou desde o início da guerra de Israel em Gaza. Cerca de três milhões de palestinos no território estão sujeitos ao regime militar israelense.

Falhando na prevenção do ‘genocídio’?

Outros países também têm uma lista de obrigações a cumprir, segundo a comissão.

Pillay, ex-chefe de direitos humanos da ONU, disse que todos os países são “obrigados a não reconhecer reivindicações territoriais ou de soberania feitas por Israel sobre os territórios ocupados”.

Os Estados são obrigados a “distinguir nas suas relações entre Israel e o território palestiniano ocupado”, e nenhum país deve “reconhecer Jerusalém como a capital de Israel ou colocar os seus representantes diplomáticos em Israel em Jerusalém”, disse ela.

Os Estados também devem abster-se de prestar “ajuda ou assistência na manutenção da ocupação ilegal”, disse ela, acrescentando que isso inclui toda “ajuda ou apoio financeiro, militar e político”.

A comissão também insistiu que todos os estados devem cumprir as suas “obrigações ao abrigo da Convenção do Genocídio” e seguir as medidas provisórias ordenadas pelo TIJ num caso apresentado pela África do Sul acusando Israel de cometer genocídio em Gaza.

“A comissão conclui que todos os estados estão cientes de que Israel pode estar ou está cometendo atos internacionalmente ilícitos, tanto na sua conduta nas operações militares em Gaza como na sua ocupação ilegal da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental”, afirmou o documento de posição.

“Assim, a comissão conclui que, a menos que os estados cessem a sua ajuda e assistência a Israel na prática destes atos, esses estados serão considerados cúmplices desses atos internacionalmente ilícitos”, acrescentou.

Israel há muito que acusa a comissão independente da ONU de “discriminação sistemática anti-Israel”.

A comissão sublinhou que a ONU também precisa de fazer mais para garantir que Israel cumpra as suas obrigações ao abrigo do direito internacional.

Condenou, em particular, o Conselho de Segurança da ONU por repetidamente não ter agido devido ao poder de veto exercido por um dos seus cinco membros permanentes, referindo-se implicitamente aos Estados Unidos, o principal aliado de Israel.

“A comissão é de opinião que, quando as normas imperativas do direito internacional são violadas, os membros permanentes do Conselho de Segurança não devem ser autorizados a exercer o seu veto, pois isso é contrário à obrigação de defender as normas imperativas do direito internacional”, afirmou. disse.



Leia Mais: Aljazeera

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

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PPG em Educação da Ufac promove 4º Simpósio de Pesquisa — Universidade Federal do Acre

A Ufac realizou, nessa terça-feira, 18, no teatro E-Amazônia, campus-sede, a abertura do 4º Simpósio de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Com o tema “A Produção do Conhecimento, a Formação Docente e o Compromisso Social”, o evento marca os dez anos do programa e reúne estudantes, professores e pesquisadores da comunidade acadêmica. A programação terminou nesta quarta-feira, 19, com debates, mesas-redondas e apresentação de estudos que abordam os desafios e avanços da pesquisa em educação no Estado.

Representando a Reitoria, a pró-reitora de Pós-Graduação, Margarida Lima Carvalho, destacou o papel coletivo na consolidação do programa. “Não se faz um programa de pós-graduação somente com a coordenação, mas com uma equipe inteira comprometida e formada por professores dedicados.”

O coordenador do PPGE, Nádson Araújo dos Santos, reforçou a relevância histórica do momento. “Uma década pode parecer pouco diante dos longos caminhos da ciência, mas nós sabemos que dez anos em educação carregam o peso de muitas lutas, muitas conquistas e muitos sonhos coletivos.”

 

A aluna do programa, Nicoly de Lima Quintela, também ressaltou o significado acadêmico da programação e a importância do evento para a formação crítica e investigativa dos estudantes. “O simpósio não é simplesmente dois dias de palestra, mas dois dias de produção de conhecimento.” 

A palestra de abertura foi conduzida por Mariam Fabia Alves, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que discutiu os rumos da pesquisa educacional no Brasil e os desafios contemporâneos enfrentados pela área. O evento contou ainda com um espaço de homenagens, incluindo a exibição de vídeos e a entrega de placas a professores e colaboradores que contribuíram para o fortalecimento do PPGE ao longo desses dez anos.

Também participaram da solenidade o diretor do Cela, Selmo Azevedo Apontes; a presidente estadual da Associação de Política e Administração da Educação; e a coordenadora estadual da Anfope, Francisca do Nascimento Pereira Filha.

(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)

 



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Consu da Ufac adia votação para 24/11 devido ao ponto facultativo — Universidade Federal do Acre

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A votação do Conselho Universitário (Consu) da Ufac, prevista para sexta-feira, 21, foi adiada para a próxima segunda-feira, 24. O adiamento ocorre em razão do ponto facultativo decretado pela Reitoria para esta sexta-feira, 21, após o feriado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

A votação será realizada na segunda-feira, 24, a partir das 9h, por meio do sistema eletrônico do Órgão dos Colegiados Superiores. Os conselheiros deverão acessar o sistema com sua matrícula e senha institucional, selecionar a pauta em votação e registrar seu voto conforme as orientações enviadas previamente por e-mail institucional. Em caso de dúvidas, o suporte da Secrecs estará disponível antes e durante o período de votação.

 



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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

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Professora Aline Nicolli, da Ufac, é eleita presidente da Abrapec — Universidade Federal do Acre

A professora Aline Andréia Nicolli, do Centro de Educação, Letras e Artes (Cela) da Ufac, foi eleita presidente da Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec), para o biênio 2025-2027, tornando-se a primeira representante da região Norte a assumir a presidência da entidade.

Segundo ela, sua eleição simboliza não apenas o reconhecimento de sua trajetória acadêmica (recentemente promovida ao cargo de professora titular), mas também a valorização da pesquisa produzida no Norte do país. Além disso, Aline considera que sua escolha resulta de sua ampla participação em redes de pesquisa, da produção científica qualificada e do engajamento em discussões sobre formação de professores, práticas pedagógicas e políticas públicas para o ensino de ciências.

“Essa eleição também reflete o prestígio crescente das pesquisas desenvolvidas na região Norte, reforçando a mensagem de que é possível produzir ciência rigorosa, inovadora e socialmente comprometida, mesmo diante das dificuldades operacionais e logísticas que marcam a realidade amazônica”, opinou a professora.

Aline explicou que, à frente da Abrapec, deverá conduzir iniciativas que ampliem a interlocução da associação com universidades, escolas e entidades científicas, fortalecendo a pesquisa em educação em ciências e contribuindo para a consolidação de espaços acadêmicos mais diversos, plurais e conectados aos desafios educacionais do país.

 



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