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Pesquisa de IA revela 160 mil novos vírus de RNA – DW – 14/10/2024

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Mais de 160.000 vírus até então desconhecidos pelos cientistas foram identificados usando um método especializado inteligência artificial (IA).
O maior estudo do gênerodestacou a enorme escala da virosfera – os vírus que habitam os muitos ambientes da Terra.
Os pesquisadores usaram um programa de IA chamado LucaProt, que identificou vírus de RNA anteriormente não reconhecidos, armazenados em bancos de dados de material genético proveniente de ecossistemas de todo o mundo.
Vírus RNA – incluindo coronavírus – ter material genético consistindo em uma única fita de ácido ribonucleico (RNA), em oposição à fita dupla de DNA em vírus de DNA, como os vírus do herpes.
O estudo mostra como a IA se tornou “transformacional” para os cientistas “que procuram identificar estruturas proteicas e encontrar vírus divergentes”, disse o virologista Eddie Holmes, da Universidade de Sydney, na Austrália, que co-liderou a investigação.
O algoritmo LucaProt AI utilizado neste estudo funciona de forma semelhante ao Sistema AlphaFold que foi reconhecido na química deste ano Prêmio Nobel. Trabalho em IA também foi reconhecido no Prêmio Nobel para física.
Trio compartilha Prêmio Nobel de Química por trabalho com proteínas
IA ajudando cientistas a se tornarem virais como nunca antes
Holmes e seus colaboradores descreveram o sistema LucaProt como um dispositivo que corta a “matéria escura” do material genético.
Eles começaram com amostras “metagenômicas” de material genético – uma confusão de informações de plantas, animais, fungos, bactérias e materiais “não vivos”, como vírus.
Dentro dos pedaços conhecidos de ADN havia linhas de código desconhecido: “Coisas que não correspondem a nada que conhecemos nas nossas bases de dados”, diz Holmes.
Os pesquisadores chamaram isso de “matéria escura”.
A pesquisa treinou um algoritmo chamado LucaProt para prever quais informações genéticas na matéria escura vieram de espécies de RNA viral.
Numa única amostra metagenómica de 50 gramas retirada de uma estação agrícola ao sul de Sydney, Holmes disse que foram encontrados mais de 1.600 novos vírus.
No total, a equipe analisou mais de 10.000 amostras metagenômicas semelhantes, o que levou à descoberta de 161.979 espécies potenciais de vírus RNA e 180 supergrupos de vírus RNA.
Mas 160 mil vírus é uma gota no oceano de vírus ainda a serem encontrados – provavelmente menos de 0,1%. Os autores dizem que isto sugere a verdadeira escala da virosfera mundial.
Ben Longdon, especialista em biologia evolutiva da Universidade de Exeter, no Reino Unido, disse que o LucaProt é uma ferramenta incrivelmente útil para identificar vírus e já está usando a ferramenta para ajudar em sua pesquisa sobre doenças virais emergentes.
LucaProt, disse Longon, mostra como a IA está ajudando a descobrir “toneladas de coisas” sobre vírus, até mesmo “ultrapassando nossa capacidade de catalogá-los e nomeá-los”.
Milhares de novos vírus, mas os humanos provavelmente estão seguros
Este estudo expõe alguma nova ameaça viral aos humanos? Provavelmente não, diz Holmes, já que os vírus encontrados no seu estudo provavelmente não podem infectar humanos.
“Dos 160 mil novos, nenhum deles está próximo dos vírus de mamíferos, não acho que nenhum deles infectaria um ser humano”, disse Holmes.
E mesmo que pudessem infectar humanos, não há indicação de que sejam vírus perigosos ou causadores de doenças. Tal como acontece com as bactérias, os vírus “bons” ou “amigáveis” também podem ser benéfico para a saúde.
Apesar dos vírus serem inofensivos, saber que eles existem é vital, disse Longdon.
“Se quisermos compreender as doenças infecciosas emergentes, precisamos de compreender quais os vírus que existem, como são partilhados e que factores determinam a sua capacidade de saltar entre espécies hospedeiras”, disse Longdon.
Longon acrescentou que as descobertas são um passo para a compreensão da diversidade dos vírus e como eles podem evoluir para se tornarem mais ou menos infecciosos.
Editado por: Fred Schwaller
Fonte Primária:
Xin Hou, Yong He, Pan Fang e outros. Usando inteligência artificial para documentar a virosfera oculta (2024). Célula. http://dx.doi.org/10.1016/j.cell.2024.09.027
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Ufac inicia 34º Seminário de Iniciação Científica no campus-sede — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) da Ufac iniciou, nessa segunda-feira, 22, no Teatro Universitário, campus-sede, o 34º Seminário de Iniciação Científica, com o tema “Pesquisa Científica e Inovação na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental da Amazônia”. O evento continua até quarta-feira, 24, reunindo acadêmicos, pesquisadores e a comunidade externa.
“Estamos muito felizes em anunciar o aumento de 130 bolsas de pesquisa. É importante destacar que esse avanço não vem da renda do orçamento da universidade, mas sim de emendas parlamentares”, disse a reitora Guida Aquino. “Os trabalhos apresentados pelos nossos acadêmicos estão magníficos e refletem o potencial científico da Ufac.”
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarida Lima de Carvalho, ressaltou a importância da iniciação científica na formação acadêmica. “Quando o aluno participa da pesquisa desde a graduação, ele terá mais facilidade em chegar ao mestrado, ao doutorado e em compreender os processos que levam ao desenvolvimento de uma região.”
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes, comentou a integração entre ensino, pesquisa, extensão e o compromisso da universidade com a sociedade. “A universidade faz ensino e pesquisa de qualidade e não é de graça; ela custa muito, custa os impostos daqueles que talvez nunca entrem dentro de uma universidade. Por isso, o nosso compromisso é devolver a essa sociedade nossa contribuição.”
Os participantes assistiram à palestra do professor Leandro Dênis Battirola, que abordou o tema “Ciência e Tecnologia na Amazônia: O Papel Estratégico da Iniciação Científica”, e logo após participaram de uma oficina técnica com o professor Danilo Scramin Alves, proporcionando aos acadêmicos um momento de aprendizado prático e aprofundamento nas discussões propostas pelo evento.
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Representantes da UNE apresentam agenda à reitora da Ufac — Universidade Federal do Acre

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2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
A reitora da Ufac, Guida Aquino, recebeu, nessa segunda-feira, 22, no gabinete da Reitoria, integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). Representando a liderança da entidade, esteve presente Letícia Holanda, responsável pelas relações institucionais. O encontro teve como foco a apresentação da agenda da UNE, que reúne propostas para o Congresso Nacional com a meta de ampliar os recursos destinados à educação na Lei Orçamentária Anual de 2026.
Entre as prioridades estão a recomposição orçamentária, o fortalecimento de políticas de permanência estudantil e o incentivo a novos investimentos. A iniciativa também busca articular essas demandas a pautas nacionais, como a efetivação do Plano Nacional de Educação, a destinação de 10% do PIB para a área e o uso de royalties do petróleo em medidas de justiça social.
“Estamos vivenciando um momento árduo, que pede coragem e compatibilidade. Viemos mostrar o que a UNE propõe para este novo ciclo, com foco em avançar cada vez mais nas políticas de permanência e assistência estudantil”, disse Letícia Holanda. Ela também destacou a importância da regulamentação da Política Nacional de Assistência Estudantil, entre outras medidas, que, segundo a dirigente, precisam sair do papel e se traduzir em melhorias concretas no cotidiano das universidades.
Para o vice-presidente da UNE-AC, Rubisclei Júnior, a prioridade local é garantir a recomposição orçamentária das universidades. “Aqui no Acre, a universidade hoje só sobrevive graças às emendas. Isso é uma realidade”, afirmou, defendendo que o Ministério da Educação e o governo federal retomem o financiamento direto para assegurar mais bolsas e melhor infraestrutura.
Também participaram da reunião a pró-reitora de Graduação, Ednaceli Damasceno; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Isaac Dayan Bastos da Silva; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Margarina Lima de Carvalho; o pró-reitor de Extensão e Cultura, Carlos Paula de Moraes; representantes dos centros acadêmicos: Adsson Fernando da Silva Sousa (CA de Geografia); Raissa Brasil Tojal (CA de História); e Thais Gabriela Lebre de Souza (CA de Letras/Português).
(Camila Barbosa, estagiária Ascom/Ufac)
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Multa para ciclistas? Entenda o que diz a lei e o que vale na prática

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2 dias atrásem
24 de setembro de 2025
CT
Tomaz Silva / Agência Brasil
Pode não parecer, mas as infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro não se limitam só aos motoristas de carros e motos — na verdade, as normas incluem também a conduta dos ciclistas. Mesmo assim, a aplicação das penalidades ainda gera dúvidas.
Nem todos sabem, mas o Código de Trânsito Brasileiro (CBT) descreve situações específicas em que ciclistas podem ser autuados, como pedalar em locais proibidos — o artigo 255 do CTB, por exemplo, diz que conduzir bicicleta em passeios sem permissão ou de forma agressiva configura infração média, com multa de R$ 130,16 e possibilidade de remoção da bicicleta.
Já o artigo 244 amplia as situações de infração para “ciclos”, nome dado à categoria que inclui bicicletas. Entre os exemplos estão transportar crianças sem segurança adequada, circular em vias de trânsito rápido e carregar passageiros fora do assento correto. Em casos mais graves, como manobras arriscadas ou malabarismos, a penalidade prevista é multa de R$ 293,47.
De fato, o CTB prevê punições para estas condutas, mas o mais curioso é que a aplicação dessas regras não está em vigor. Isso porque a Resolução 706/17, que estabelecia os procedimentos de autuação de ciclistas e pedestres, foi revogada pela norma 772/19.
Em outras palavras, estas infrações existem e, mesmo que um ciclista cometa alguma delas, não há hoje um mecanismo legal que permita a cobrança da multa.
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