POLÍTICA
PL da Anistia foi apresentado um mês antes do 8 de…

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Marcela Mattos
O projeto de lei que está sendo usado como sustentação para dar guarida a uma anistia aos vândalos do 8 de Janeiro foi apresentado um mês e meio antes dos ataques às sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
De autoria do ex-deputado major Vitor Hugo (PL-GO), que chegou a ocupar a liderança do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, o texto foi apresentado em 24 de novembro de 2022 e tem como marco temporal a data do segundo turno das eleições, quando Bolsonaro saiu derrotado para Lula.
Originalmente, a proposta perdoa manifestantes, caminhoneiros, empresários e quem também participou de manifestações em estradas, diante de quarteis militares ou em qualquer outro lugar do país a partir do dia 30 de outubro de 2022. A anistia perduraria para os atos cometidos até a data de sanção da lei.
À época da apresentação da proposta, Bolsonaro vivia um luto profundo em razão do resultado eleitoral e se mantinha recluso no Palácio da Alvorada. De acordo com as investigações da Polícia Federal, foi naquele momento que o ex-presidente passou a reunir militares, juristas e aliados em busca de soluções para virar a mesa e reverter o quadro eleitoral.
O autor, porém, nega ter elaborado a proposta a pedido de Bolsonaro ou de algum aliado dele e diz que os ataques do 8 de janeiro não eram esperados. “Foi uma surpresa. Não tinha como saber, de forma alguma, que isso ia acontecer”, disse a VEJA.
Segundo Vitor Hugo, o texto tinha naquele momento dois focos principais: anistiar os caminhoneiros que estavam sendo punidos com multas altíssimas por fecharem estradas e também anistiar a multa de 22 milhões de reais imposta pelo ministro Alexandre de Moraes após o PL pedir a verificação do resultado das urnas.
Para ele, os atentados de 8 de janeiro foram uma “grande baderna”, e não uma tentativa de golpe. “As pessoas que depredaram precisam ser punidas, mas na medida do que cada um fez. Tem gente que nem entrou nos palácios, tem gente que nem saiu do acampamento e tem gente que efetivamente quebrou. O ato não tinha um líder, nem o apoio das Forças Armadas. Não tem como dizer que isso era um golpe de Estado”, afirma.
Em 2022, Vitor Hugo se candidatou ao governo de Goiás, mas saiu derrotado. Em 2024, ele foi eleito o vereador em Goiânia. Para 2026, ele planeja disputar uma vaga ao Senado – se a anistia for aprovada, certamente será usada como bandeira para fisgar o voto de bolsonaristas.
Nova versão
No ano passado, a projeto da anistia passou por adaptações para ser enquadrado especificamente para o 8 de janeiro. A nova versão beneficia quem apoiou, participou, prestou serviços ou estimulou em redes sociais os atos de vandalismo. Em uma manobra jurídica, são perdoados os crimes de golpe de Estado e afins, mas ficam punidos atos como lesão corporal, dano, incêndio e explosão. Na prática, portanto, restariam apenas sanções pela quebradeira, e não por uma conspirata antidemocrática, com penas que caem para no máximo três anos de prisão.
“Há um consenso de que não deve haver impunidade às depredações, mas também não se deve enquadrar o que aconteceu como golpe de Estado. Maluquice não derruba governo”, afirma o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), alçado como o relator da proposta. No parecer, ele ainda prevê que eventual descumprimento da anistia por parte dos magistrados, que já preparam uma contraofensiva ao texto, pode gerar a instauração de um processo por abuso de autoridade.
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O novo constrangimento de Lula com a sua base

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24 de abril de 2025
Matheus Leitão
O presidente Lula admitiu novamente que será candidato à reeleição em 2026 se estiver com a saúde em dia. Desta vez, a declaração aconteceu em uma reunião com líderes do Congresso Nacional.
É claramente uma mudança na estratégia de comunicação do governo após a chegada do marqueteiro Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação, a Secom. O mandatário evitava completamente de falar disso, mas agora tem repetido o papo exaustivamente nas reuniões.
A popularidade lá embaixo, com a inflação em alta afastando a classe média… e hoje perdendo para Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas e a ex-primeira-dama Michelle, Lula vive sobressaltos de constrangimentos.
O desta semana foi a recusa do deputado Pedro Lucas, do União Brasil, que resolveu simplesmente não aceitar um chamado para assumir o Ministério das Comunicações, algo raríssimo em Brasília.
Todo deputado da base – ou a maioria deles – quer ser deputado.
Pedro Lucas tem negado publicamente, mas não aceitou o cargo porque o governo tem sido muito mal avaliado pela população. Achou por bem ficar no parlamento e seu partido, mesmo da base, já tem até pré-candidato a presidente.
Isso é um termômetro de que o governo não vai bem. Lula quer buscar essa reeleição, mas não vai ter vida fácil. O presidente é muito competitivo, vai sempre muito bem nas eleições, mas a realidade será bem diferente da última vez em que buscou a reeleição. O ano era 2006 e o mandatário tava com a aprovação nas alturas.
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POLÍTICA
Alexandre de Moraes determina prisão de Fernando C…

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24 de abril de 2025
Meire Kusumoto
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira, 24, a prisão do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello.
Collor foi condenado em 2023 pelo Supremo por corrupção na BR Distribuidora. Os ministros entenderam que o ex-presidente recebeu 20 milhões de reais para viabilizar irregularmente contratos da estatal com a UTC Engenharia.
Na decisão desta quinta, Moraes pede que o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, convoque uma sessão virtual extraordinária do plenário para que os demais ministros referendem sua decisão. O pedido de prisão, no entanto, deve ser cumprido imediatamente.
Barroso marcou a sessão para esta sexta-feira, 25, de 11h às 23h59.
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Câmara cassa mandato de Chiquinho Brazão, acusado…

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24 de abril de 2025
Meire Kusumoto
Acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco, o deputado Chiquinho Brazão teve seu mandato cassado nesta quinta-feira, 24, pela Mesa Diretora da Câmara, por excesso de faltas a sessões da Casa. A decisão foi publicada no Diário da Câmara dos Deputados.
O documento justifica a cassação afirmando que Brazão incorreu na hipótese prevista no artigo 55 da Constituição Federal, que prevê a perda de mandato do parlamentar “que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada”.
Brazão está preso desde março do ano passado por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle. Após a operação que prendeu Brazão, seu irmão Domingos Brazão e o ex-delegado Rivaldo Barbosa no âmbito das investigações do caso, um processo de cassação foi aberto para retirar o mandato de Chiquinho. A cassação chegou a ser aprovada no Conselho de Ética, mas não foi pautada em plenário.
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