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Poderá a SADC resolver o impasse político? – DW – 14/11/2024

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Zimbábueo atual presidente do Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC)disse que o bloco regional se reunirá em Harare para uma cimeira extraordinária entre 16 e 20 de novembro.
A SADC é composta por 16 nações: Angola, Botswana, Comores, República Democrática do Congo, Eswatini, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícias, MoçambiqueNamíbia, Seicheles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.
O violência pós-eleitoral que se desenrola em Moçambique estará no topo da agenda da cimeira.
“Inicialmente, (a cimeira da SADC) foi organizada para abordar as questões relacionadas com o desenvolvimento na República Democrática do Congo”, disse Piers Pigou, analista político sobre a África Austral no Instituto de Estudos de Segurança (ISS) em Pretória.
Moçambique: Novos protestos sobre resultados eleitorais contestados
A SADC enviou tropas para ajudar as tropas congolesas que lutam Rebeldes M23 e outros grupos armados que têm lutado por uma parte do ouro e outros recursos minerais do leste do Congo — que incluem grandes depósitos de cobre, ouro e diamantes.
“No entanto, devido à situação que se desenrola desde as eleições do mês passado em Moçambique, espera-se que a SADC resolva essa situação ou pelo menos ouça do Presidente moçambicano (Filipe Nyusi) o que está a acontecer e o que estão a fazer sobre isso”, Pigou disse à DW.
África do Sul ‘observando de perto’
África do Sul fechou em diversas ocasiões a sua fronteira com Moçambique, num sinal de quão cauteloso é o governo de unidade nacional do Presidente Cyril Ramaphosa relativamente à convulsão política na nação vizinha de língua portuguesa.
De acordo com a associação ferroviária e de transporte de mercadorias da África do Sul, o encerramento da fronteira estava a custar à economia sul-africana pelo menos 10 milhões de rands (550 mil dólares, 521 mil euros) por dia.
De acordo com Vigilância dos Direitos Humanospelo menos 30 pessoas foram mortas em Moçambique depois de quase três semanas de protestos após as disputadas eleições presidenciais de 9 de outubro.
Esta semana, o líder da oposição Venâncio Mondlane convocou novas manifestações sobre os controversos resultados eleitorais, apesar de uma feroz repressão policial e de um destacamento militar para reprimir os protestos. “Vamos paralisar todas as actividades”, disse Mondlane nas redes sociais.
Mondlane, que ficou em segundo lugar depois do candidato no poder da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) Daniel Chapocontestou veementemente o resultado das eleições, citando fraude eleitoral generalizada.
“A SADC não tem estado à altura da sua tarefa”, disse à DW Linda Masarira, líder política da oposição do Zimbabué que concorreu à presidência nas eleições de 2023. “A SADC sempre foi indiferente quando se trata de conflitos eleitorais e isso realmente levanta suspeitas sobre o compromisso da SADC em lidar com questões eleitorais.”
Será que a missão de observação eleitoral da SADC errou?
A oposição de Moçambique criticou a missão de observação eleitoral da SADC (SEOM) depois de ter elogiou a condução do processo eleitoral.
Observadores internacionais, incluindo os da União Europeia, concluíram que irregularidades massivas prejudicaram as eleições.
O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa – que presidirá à cimeira da SADC – tornou-se um dos primeiros chefes de Estado a felicitar Chapo pela sua vitória eleitoral. A oposição rapidamente repreendeu o líder do Zimbabué por o ter feito antes mesmo de o órgão eleitoral (CNE) anunciar os resultados finais. Para complicar ainda mais a situação, o Conselho Constitucional do país ainda não validou os resultados enquanto se aguarda contestações legais por parte dos partidos da oposição.
Então, quão unificada está a SADC na sua tentativa de acabar com a crise política em Moçambique?
“Existe esse tipo de suposição em torno de que a liderança em Angola, Tanzânia, África do Sul e Zimbabué já felicitou a Frelimo e o seu candidato presidencial, enquanto outros ficaram de braços cruzados, por assim dizer, à espera da finalização do processo.” Pigou, acrescentando que esses apelos prematuros não reflectem necessariamente quaisquer divisões graves dentro da SADC.
Encontrando um terreno comum
Ele disse que a SADC se esforçará para encontrar uma posição comum entre os Estados membros. “Há uma oportunidade para que algumas vozes críticas sejam ouvidas e resta saber se a oposição em Moçambique é capaz de fazer com que as suas vozes sejam ouvidas pelos actores relevantes nesta cimeira extraordinária da SADC.”
A turbulência em Moçambique poderá ter um impacto significativo nas nações vizinhas sem litoral, como a Zâmbia, o Malawi, o Congo e o Zimbabué, que dependem fortemente dos portos de Moçambique para as suas importações e exportações.
Para a política zimbabuense Linda Masarira, a SADC deve fazer tudo o que for necessário para acabar com a incerteza política em Moçambique, que ameaça toda a região. “Precisamos de paz em Moçambique. Precisamos de estabilidade em Moçambique já para ontem.”
Editado por: Keith Walker
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Após racismo em shopping, estudantes fazem manifestação com dança em SP; vídeo

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18 horas atrásem
25 de abril de 2025
Estudantes do Colégio Equipe, em São Paulo, fizeram uma manifestação contra um caso de racismo no Shopping Pátio Higienópolis. Com danças, músicas e jograis, eles pediram justiça contra o preconceito sofrido por dois adolescentes pretos. Racistas não passarão!
Isaque e Giovana, alunos da escola, foram abordados por um segurança enquanto esperavam na fila da praça de alimentação. Eles estavam acompanhados de uma colega branca, que foi abordada pela segurança e questionada se os amigos a “incomodavam”.
Nesta terça-feira (23), estudantes, professores, familiares e movimentos sociais tomaram as ruas da região próxima ao shopping. Ao som de Ilê Aiyê, música de Paulo Camafeu, as crianças deram um show e mostraram que o preconceito não tem vez!
Ato de resistência
A resposta ao caso de racismo veio uma semana depois. Com o apoio de diversos movimentos, os estudantes organizaram a manifestação potente e simbólica.
Eles caminharam pelas ruas e avenidas da região até o Shopping. Lá, leram um manifesto emocionado, que foi repetido em jogral.
Dentro e fora do estabelecimento, o recado foi bem claro: basta de racismo! “Abaixo o racismo! Justiça para Isaque e Giovana”, disse o Colégio Equipe em uma postagem nas redes.
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Histórico de discriminação
Não foi a primeira vez que estudantes pretos do Colégio Equipe enfrentaram preconceito no Pátio Higienópolis.
Em 2022, outro aluno foi seguido por um segurança dentro de uma loja.
A escola afirmou que tentou dialogar com o shopping na época, mas sem sucesso.
Desta vez, a resposta foi outra: “Ao final, convidamos a direção do shopping para uma reunião no Colégio Equipe. A advogada que recebeu os representantes se comprometeu a encaminhar e responder ao convite.”
Internet apoia
Postado na internet, o vídeo do protesto teve milhares de visualizações e recebeu apoio dos internautas.
“Parabéns escola! Parabéns alunos! Me emocionei aqui! Fiquei até com vontade de mudar meu filho de escola”, disse a ativista Luisa Mell.
Outro exaltou o exemplo de cidadania dos pequenos.
“Cidadania na prática! Que orgulho de toda a equipe e pais. Que orgulho desses alunos que foram solidários. Incrível!”.
O racismo tem que acabar!
Veja como foi a manifestação dos estudantes:
O recado foi certeiro: não passarão!
Uma verdadeira festa da democracia:
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Cai preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil; Top 10

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18 horas atrásem
25 de abril de 2025
Notícia boa para o consumidor. Enquanto tudo sobe, cai o preço dos seguros dos carros mais vendidos no Brasil. É o que revela um novo estudo divulgado esta semana.
Conduzida pela Agger, plataforma especializada no setor de seguros, a pesquisa mostrou que o custo médio para proteger os dez veículos com maior volume de vendas no país teve redução de 5,4%. Os dados foram analisados entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.
Dentre os modelos avaliados, o Renault Kwid se destacou ao apresentar a maior diminuição no valor, com queda de 12,5%. A queda nos preços reflete uma série de fatores, desde o perfil dos condutores até as estratégias adotadas pelas seguradoras para se manterem competitivas.
Carros com maiores descontos
Entre os modelos analisados, vários apresentaram queda no valor das apólices. Veja os destaques:
- Renault Kwid: queda de 12,5%
- Volkswagen T-Cross: queda de 11,22%
- Honda HR-V: queda de 8,29%
- Fiat Argo: queda de 7,73%
- Fiat Mobi: queda de 6,06%
- Hyundai Creta: queda de 5,88%
- Volkswagen Polo: queda de 1,27%
- Chevrolet Onix: queda de 0,43%
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Impacto para motoristas
Para quem está pensando em contratar ou renovar o seguro, a notícia é animadora.
Com os valores mais baixos, fica mais fácil encontrar um plano acessível e que tenha boa cobertura.
Segundo Gabriel Ronacher, CEO da Agger, “é essencial que os motoristas busquem a orientação de corretores especializados para garantir a melhor cobertura e custo-benefício”, disse em entrevista à Tupi FM.
Impacto nos preços
De acordo com o estudo publicado pela Agger, quatro fatores explicam o motivo dos preços de um seguro.
O histórico do motorista é o principal. Quem não se envolve em acidentes tende a pagar menos.
A idade e o valor do carro também interferem. Veículos mais caros ou com peças difíceis de achar têm seguros mais altos.
Proprietários que moram em regiões com mais roubos ou colisões também tendem a pagar mais.
Por último, o perfil do consumidor, como idade, gênero e até mesmo hábitos de direção.
O Renault Kwid teve uma redução de mais de 12% no preço do seguro. – Foto: Divulgação
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Estudantes de Medicina terão de fazer nova prova tipo “Exame da OAB”; entenda

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25 de abril de 2025
A partir de agora, é como com os bacharéis de Direito: se formou, será submetido a uma avaliação específica para verificar os conhecimentos. Os estudantes de medicina terão de obrigatoriamente fazer uma prova, no último ano do curso, tipo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O exame já será aplicado, em outubro de 2025, e mais de 42 mil alunos devem ser avaliados. Será um exame nacional e anual. Porém, diferentemente do que ocorre no Direito, o resultado não será uma exigência para o exercício da profissão. O Ministério da Educação (MEC) lançou o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) para avaliar a formação dos profissionais no país.
Para os ministros Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), o exame vai elevar a qualidade da formação dos médicos no Brasil, assim como reforçar a humanização no tratamento dos pacientes.
Como vai funcionar
A nota poderá servir como meio de ingresso em programas de residência médica de acesso direto. A prova será anual. O exame vai verificar se os estudantes adquiriram as competências e habilidades exigidas para o exercício prático e efetivo da profissão.
Também há a expectativa de que, a partir dos resultados, seja possível aperfeiçoar os cursos já existentes, elevando a qualidade oferecida no país. Outra meta é unificar a avaliação para o ingresso na residência médica.
Há, ainda, a previsão de preparar os futuros médicos para o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde). Os médicos já formados, que tiverem interesse, poderão participar do processo seletivo de programas de residência médica de acesso direto.
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- Motociclista de aplicativo é aprovado em Medicina; segundo colocado
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O que os resultados vão mudar
Os resultados poderão ser utilizados para acesso a programas de residência médica. Caberá ao estudante decidir se quer que a nota seja aplicada para a escolha do local onde fará residência.
A estimativa é de que 42 mil estudantes, no último ano do curso de Medicina, façam o exame. No total são 300 cursos no país, com aplicação das provas em 200 municípios.
O exame será conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Segundo as autoridades, a ideia é unificar as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação no âmbito do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos e a prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).
Como fazer as inscrições
Os interessados deverão se inscrever a partir de julho. O exame é obrigatório para todos os estudantes concluintes de cursos de graduação em Medicina.
A aplicação da prova está prevista para outubro e a divulgação dos resultados individuais para dezembro.
Para utilizar os resultados do Enamed para o Exame Nacional de Residência, é necessário se inscrever no Enare e pagar uma taxa de inscrição (exceto casos de isenção previstos em edital).
Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e que não pretendem utilizar os resultados da prova para ingressar na residência, pelo Enare, estarão isentos de taxa, segundo o MEC.
O exame será aplicado, em outubro de 2025, e cerca de 42 mil estudantes devem fazer a prova. Foto: Agência Brasil
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